INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO

CAMPUS RIO VERDE

BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL
ECONOMIA E VALORAÇÃO AMBIENTAL

JOSÉ GERALDO SALVADOR SILVA

TIAGO VASCONCELOS
ROSANA LIMA MANZAN

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

RIO VERDE
2022
 1. INTRODUÇÃO

Até a primeira metade do século XX a relação do homem com a natureza, era

considerada uma relação muito penosa e danosa aos recursos naturais. Se faziam uso destes
recursos de forma desenfreada, era como a humanidade intendesse que os recursos naturais
fossem todos infinitos, ou seja, não se esgotassem.
Esse comportamento predatório teve início na primeira revolução industrial, quando os
recursos passaram a ser usados de forma mais intensa, não havendo uma relação direta entre
meio ambiente e economia, ou seja, não se pensava de forma racional sem preocupação
nenhuma com a importância desses dois fatores juntos.
Basicamente o que acontecia era um país ou outro levantarem algumas bandeiras em
prol do meio ambiente, assim, como também haviam estudiosos que volta e meia abriam essa
discussão da relação homem/natureza. Mas o fato que essa discussão não tinha abrangência a
nível global, não se discutia nada articulado, ou seja, nada formulado sem o embasamento
cientifico por trás dessa problemática.
As mudanças de fator começaram a acontecer na metade do século XX em 1972 que
ficou como um marco histórico na humanidade. Onde neste mesmo ano a Organização das
Nações Unidas - ONU promoveu a primeira conferência internacional na cidade de
Estocolmo na Suécia a respeito do meio ambiente.
Embora não tenha sido tão satisfatória o encontro das principais lideranças mundiais,
esse evento ficou marcado porque na história da humanidade pela primeira vez se reunia
praticamente os países de todo o mundo para discutir sobre o meio ambiente. De lá até os dias
atuais essa questão tem acontecido e levantado temas de muita relevância para a importância
da relação homem e natureza.

2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: ORIGEM E EVOLUÇÃO

O conceito de sustentabilidade surgiu em meados do século XVIII, em uma publicação

de Thomas Malthus. Economista, estatístico e demógrafo, ele escreveu a “Teoria
Populacional Malthusiana” em 1798. Segundo Malthus, o crescimento populacional ocorrido
entre os anos de 1650 e 1850 desequilibrou a relação dos seres humanos com os meios de
subsistência.
Em 1972, a ONU organizou a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o
Meio Ambiente em Estocolmo, Suécia. Em 1983, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento, geradora do relatório Brundtland, usou oficialmente, pela primeira vez, o
conceito de desenvolvimento sustentável.
O termo desenvolvimento sustentável oficialmente foi divulgado em 1987 no relatório
de Brundtland, ganhou este nome devido a presidenta norueguesa Gor Harlem Brundtland,
relatora deste documento. Esse relatório é o primeiro documento que visa estabelecer uma
relação direta entre o meio ambiente e a economia, somente a partir deste documento que os
países passaram a serem chamados para tratar a questão ambiental também como politica
pública, e mantendo sempre essa relação economia e meio ambiente.
A partir daí o meio ambiente e economia passam a serem tratadas com parte de um
mesmo viés político. Ambos precisam serem enxergados juntos, nunca pensar somente em na
gestão financeira de empresa por exemplo, mas também na responsabilidade ambiental onde a
mesma está inserida.
O relatório de Brundtland, também é conhecido como “nosso futuro comum”, pois
somente com a apresentação deste documento que o termo desenvolvimento sustentável foi
formalizado para o mundo todo.
Assim, o conceito de desenvolvimento sustentável ficou definido. Desenvolvimento
sustentável é capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade
de atender as necessidades das futuras gerações.
Em 1992 a ONU realiza a segunda conferencia internacional do meio ambiente, teve
como país sede o Brasil, em especial na cidade do Rio de Janeiro. Essa conferencia também
ficou conhecida como Rio 92 ou Eco 92, a partir desse evento que os países começaram a se
reunir a cada dez anos, durante este intervalo os países devem se reunir para discutir pelo
menos um problema ambiental especifico, gerando assim, os famosos protocolos como o de
Montreal e Kioto por exemplo.
A partir da Rio 92 o mundo já tinha conhecimento o conceito de desenvolvimento
sustentável e esses encontros internacionais promovido pela ONU vai sempre discutir essa
pauta. Perguntas do tipo: será que é possível pensar em desenvolvimento sustentável? Será
que é possível considerar o desenvolvimento sustentável? A resposta é não, essas perguntas já
não são mais feitas desde 1992, todos o lideres mundiais entendem o desenvolvimento
sustentável é o caminho, aliás, o único caminho que a humanidade deve caminhar.
Em 2015 a ONU promoveu mais uma conferência, desta vez voltada para o
desenvolvimento sustentável, neste evento ficou estabelecida a chamada agenda 2030, que é
uma junção de vários fatores e diretrizes que devem ser aplicados por todos os países membro
ao longo do século XXI.
 3. MENSURAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Quanto aos métodos de mensuração da sustentabilidade, destacam-se em nível

internacional os modelos Ecological Footprint (Pegada Ecológica); o Dashboard of
Sustainability (Painel de Controle da Sustentabilidade); o Barometer of Sustainability
(Barômetro de Sustentabilidade) e o Global Reporting Initiative (GRI).

A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a

pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Já o painel de
sustentabilidade é uma ferramenta eletrônica que utiliza a imagem de um painel de
instrumentos de um carro, apresentando quatro mostradores, para as dimensões da
sustentabilidade, que representam a performance econômica, ambiental, social e institucional.

Por outro lado o método barômetro de sustentabilidade é uma ferramenta desenvolvida

por especialistas canadenses ligados 'as instituições International Union for Conservation of
Nature – IUCN e International Development Research Centre – IDRC para avaliação de
sustentabilidade. E por último a Global Reporting Initiative é uma organização internacional,
sem fins lucrativos e pioneira no desenvolvimento de uma abrangente estrutura de relatórios
sustentáveis.

4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: PROBLEMAS E DESAFIOS

Atualmente o mundo está passando por vários problemas ambientais provocado pelo
homem, como degradação ambiental, o consumismo, fragmentação do meio ambiente,
escassez de água, entre outras. São cada vez mais evidentes os impactos negativos que o
homem provoca na natureza. De certa forma isso contribui muito para outros fatores como o
desenvolvimento sustentável e equilíbrio do ecossistema terrestre.

Cada vez mais com o crescimento populacional tem exigido uma maior demanda da
produção de alimentos e de matéria prima para atender toda a humanidade. Com isso se
intensifica a exploração de recursos naturais e muitas vezes de recursos que a cada dia fica
mais escasso, como por exemplo a produção agrícola em Rio Verde Goiás que é considerado
o maior produtor de sementes do Brasil. Essa pratica expõe o solo a longas épocas de manejo,
o que tem contribuído para a perda de produtividade e qualidade do solo, com os insumos
agrícolas e inseticidas.
 É necessário cada vez mais discutir essa questão de desenvolvimento e
sustentabilidade, pois caso isso demore estaremos afundando num abismo sem volta. As
fontes energéticas devem passar por um processo de revolução, consumir fontes de energia
menos poluente e renováveis, menos usinas nucleares, mais uso consciente dos recursos
naturais. Essas e outras questões desafiam a permanecia de nossa sobrevivência na Terra, é
preciso adequar o modelo de uma economia mais sustentável e menos capitalista.

5. CONCLUSÃO

O desenvolvimento sustentável e um importante conceito criado para melhorar a

segurança do meio ambiente de modo a garantir um futuro melhor da atual e próximas
gerações. Ele implica possibilitar às pessoas, agora e no futuro, atingir um nível satisfatório de
desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo
tempo, um uso razoável uso dos recursos naturais de forma consciente.