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DESCONTROLE
Gabriel Henrique Camilo

Reflito sobre questões íntimas eu fico assustado


Estou no raso de mim
Da água gosto é do ar que tenho medo
Era moleque e já me jogava em poça
Paraquedismo nunca arrisquei
Pés enrugados odor de terra com chuva.

Entra-me todo e permito não tem invasão boa assim


Abre-me e estendo por toda superfície
Sinto corpo molhado e dá animações
Basta a vista cruzar janela de altura e tremo
Prendo ar submerso compreendo respiração que falta.
Paixão de nadar: sufoco,
É ar aqui embaixo que me falta que tenho pavor.

As bolhas que faço ainda poderão se me jogar


Em queda livre?
O que surge primeiro é a água quando penso em descontrole
Forma que aprendi nadar quando ainda criança
Domina-me a ideia daquilo que me acompanha.

Repito tenho medo de altura


o vento o avião a queda mas não antes o ar
Ventania que insiste torna tempestade
Jogo de elementos que penso o homem.

Água tem movimentos como pode


Rios e seus primos até cansar avistamento
Não é o que me assusta.
Medo não daquilo que vou entrar
Me propus correnteza que surge em suas margens
Deixa-me atônito e digo em pânico a sugestão de um vislumbre que este vos repete.

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