Estou no raso de mim Da água gosto é do ar que tenho medo Era moleque e já me jogava em poça Paraquedismo nunca arrisquei Pés enrugados odor de terra com chuva.
Entra-me todo e permito não tem invasão boa assim
Abre-me e estendo por toda superfície Sinto corpo molhado e dá animações Basta a vista cruzar janela de altura e tremo Prendo ar submerso compreendo respiração que falta. Paixão de nadar: sufoco, É ar aqui embaixo que me falta que tenho pavor.
As bolhas que faço ainda poderão se me jogar
Em queda livre? O que surge primeiro é a água quando penso em descontrole Forma que aprendi nadar quando ainda criança Domina-me a ideia daquilo que me acompanha.
Repito tenho medo de altura
o vento o avião a queda mas não antes o ar Ventania que insiste torna tempestade Jogo de elementos que penso o homem.
Água tem movimentos como pode
Rios e seus primos até cansar avistamento Não é o que me assusta. Medo não daquilo que vou entrar Me propus correnteza que surge em suas margens Deixa-me atônito e digo em pânico a sugestão de um vislumbre que este vos repete.