Este artigo analisa como o conto "Verão", de Julio Cortázar, representa elementos do insólito através da perspectiva da cor. Ele usa teorias de Todorov, Alazraki e Gumbrecht para identificar como a voz narrativa múltipla e a cor criam uma atmosfera insólita, indo além de categorias literárias rígidas.
Este artigo analisa como o conto "Verão", de Julio Cortázar, representa elementos do insólito através da perspectiva da cor. Ele usa teorias de Todorov, Alazraki e Gumbrecht para identificar como a voz narrativa múltipla e a cor criam uma atmosfera insólita, indo além de categorias literárias rígidas.
Este artigo analisa como o conto "Verão", de Julio Cortázar, representa elementos do insólito através da perspectiva da cor. Ele usa teorias de Todorov, Alazraki e Gumbrecht para identificar como a voz narrativa múltipla e a cor criam uma atmosfera insólita, indo além de categorias literárias rígidas.
VISUALIDADES DO INSÓLITO NO CONTO “VERÃO”, DE JULIO
CORTÁZAR. GABRIEL HENRIQUE CAMILO; LIGIA MARIA FOGAGNOLLO.
RESUMO: O objetivo geral desse artigo final da disciplina “Representações do
Insólito na literatura latino-americana”, ministrada pela Profa. Dra. Claudia Cristina Ferreira, pelo Programa de Pós-Graduação em Letras, Estudos Literários, da Universidade Estadual de Londrina, é analisar, partindo dos referencias teóricos de Todorov (2004) e de Alazraki (2001), os atributos da literatura fantástica que caracterizam o conto "Verão", que surge como corpus da pesquisa e tem autoria de Julio Cortázar (2004). A perspectiva teórica sobre as visualidades contempla os seguintes autores: Souza (1987), Laver (1989), Probert (1989), Kohler (1993), Paula Júnior (2011) e Erner (2015). Busca-se, diante da escuta da voz múltipla do narrador no referido autor, recorrer à proposta crítica de Gumbrecht (2014) enquanto recurso explicativo ampliado que nos permite identificar a presença da cor como um dos elementos significativos que permeia e constitui a atmosfera insólita deste conto. Em suma, evidencia-se o caráter transgressor, contribuindo e destacando os traços narrativos (re)elaborados pelo autor de forma a não se enquadrar em uma única característica ou tendência/modo abordados, tal e qual a própria contemporaneidade em uma maior fluidez de conceitos que historicamente foram lidos de modo hegemônico. As diversificadas representações cotidianas das personagens e das cores selecionadas no conto para estudo evidenciaram-se capazes de ir além de suas individualidades e se tornarem efetivas articulações ao se ler o insólito.
PALAVRAS-CHAVES: literatura fantástica; insólito na literatura; cor; conto;