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A REPRESENTAÇÃO DO RACISMO NOS CONTOS NEGREIROS, DE

MARCELINO FREIRE1
Autor: Dandarley Gomes De Sá2

Resumo: No presente projeto, pretendemos estudar uma obra de literatura contemporânea


(DALCASTAGNE, 2012) que trata do preconceito racial, da pobreza e da violência urbana.
Trata-se do livro “Contos Negreiros”, de Marcelino Freire. Publicado em 2005, o livro
ganhou o Prêmio Jabuti em 2006 e vem recebendo estudos e críticas desde então. Para estudá-
lo, escolhemos quatro contos, “Solar Dos Príncipes”, “Alemães vão à Guerra”, “Esquece” e
“Totonha”, e partimos de considerações sobre a relação entre literatura e sociedade
(CANDIDO, 2006; EAGLETON, 2011), e sobre a questão da violência (PELEGRINI, 2005)
e do racismo (ALMEIDA, 2018) na cultura brasileira. De modo a realizar a análise da
composição dos textos, utilizamos a teoria do conto (CORTAZAR, 1974; GOTLIB, 1985 e
estudos sobre os elementos da narrativa (BONNICI & ZOLIN, 2009; GANCHO, 2006). Além
disso, pretendemos verificar como a oralidade e as temáticas se articulam para a composição
dos contos, utilizando-se, para isso, de reflexões de estudos sobre o autor e sobre a sua obra
(ALMEIDA, 2010; DUARTE, 2017; FERRAZ, 2016; LIRA, 2018; SILVA & OLIVEIRA,
2017). A metodologia do trabalho se ancora em pesquisa bibliográfica, de análise qualitativa
de textos. Espera trazer como contribuição uma reflexão sobre a questão do conteúdo (a
mensagem social dos contos) e a sua forma particular (a linguagem literária), empreendida
pelo escritor.
Palavras-chave: literatura brasileira; Marcelino Freire; contos negreiros; preconceito.
Referências: 4.DALCASTAGNÈ, Regina. Literatura brasileira contemporânea: Um território
contestado. Vinhedo, SP: Editora Horizonte; Rio de Janeiro: Editora da UERJ, 2012.
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 9ª ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
EAGLETON, Terry. Marxismo e Crítica Literária. Trad. Matheus Corrêa. São Paulo: Editora
Unesp, 2011.
PELLEGRINI, Tânia. “As vozes da violência na cultura brasileira contemporânea”. In:
Revista Crítica marxista, Campinas, v. 21, p. 132-153, 2005.
ALMEIDA, Sílvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
CORTAZAR, JULIO. Valise de Cronópio. São Paulo: Perspectiva, 1974.
GOTLIB, N. B. Teoria do Conto. São Paulo: Ática, 1985.
BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Org.). Teoria Literária: abordagens históricas e
tendências contemporâneas. 3. ed. (ver. e ampl.). Maringá: Eduem, 2009.
GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. 9. ed. São Paulo: Ática, 2006.
ALMEIDA, Geruza Zelnys. “Oralidade e improviso em Marcelino Freire: ritmo, voz e
subjetividade na leitura de Totonha”. In: Signum: estudos de linguagem. v. 13, n. 02, p. 43-
58, 2010.
DUARTE, Igor. “Escritor branco, discurso negro: as vozes negras e periféricas presentes em
‘Contos Negreiros’, de Marcelino Freire”, In: Revista Mafuá, Florianópolis, n. 28, 2017.
FERRAZ, F. H. U. “Testemunho e oralidade nos contos de Marcelino Freire: um olhar além
da violência”. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, v. 15, p. 28–35,
2016.

1
Estudo desenvolvido no PIBIC/PAIC 2023/2024, orientado pelo Prof. Douglas Ferreira de Paula–
IEAA/UFAM.
2
Discente do Curso de Letras – 3º Período. Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente – IEAA/UFAM.
LIRA, Jadson Brito de. Contos Negreiros: o personagem negro de Marcelino Freire. Trabalho
de Conclusão de Curso. Garanhuns: UFRP, 2018.
SILVA, T. C., & OLIVEIRA, V. da S. (2017). “A representação da voz subalterna: presença
de voz, corpo e oralidade nos contos de Marcelino Freire”. REVELL - REVISTA DE
ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, v. 2, n. 16, p. 50–73.

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