Paulo Roberto Tonani Do Patrocínio (Orientador)
Resumo
O presente trabalho analisa o álbum Brasileirinho, lançado por Maria Bethânia em 1973, sobretudo no que diz respeito à representação da brasilidade. A cantora baiana sempre se destacou por trazer em suas canções temáticas relacionadas à cultura popular brasileira. Nesse sentido, Brasileirinho se apresenta como um marco, uma vez que reúne canções que abordam diversos aspectos da identidade nacional, como culinária, folclore e costumes regionais. Dentre as faixas
Paulo Roberto Tonani Do Patrocínio (Orientador)
Resumo
O presente trabalho analisa o álbum Brasileirinho, lançado por Maria Bethânia em 1973, sobretudo no que diz respeito à representação da brasilidade. A cantora baiana sempre se destacou por trazer em suas canções temáticas relacionadas à cultura popular brasileira. Nesse sentido, Brasileirinho se apresenta como um marco, uma vez que reúne canções que abordam diversos aspectos da identidade nacional, como culinária, folclore e costumes regionais. Dentre as faixas
Paulo Roberto Tonani Do Patrocínio (Orientador)
Resumo
O presente trabalho analisa o álbum Brasileirinho, lançado por Maria Bethânia em 1973, sobretudo no que diz respeito à representação da brasilidade. A cantora baiana sempre se destacou por trazer em suas canções temáticas relacionadas à cultura popular brasileira. Nesse sentido, Brasileirinho se apresenta como um marco, uma vez que reúne canções que abordam diversos aspectos da identidade nacional, como culinária, folclore e costumes regionais. Dentre as faixas
Data terça-feira, 23 de março de 2021 Horário 18:00 às 18:21 Área temática Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas Modalidade Resumo apresentação oral padrão Autores
Deryk De Almeida Viana
Paulo Roberto Tonani Do Patrocínio (Orientador)
Resumo O referido trabalho tem como objeto de estudo e análise o livro de contos O Sol na Cabeça (2018), do autor carioca Geovani Martins e, a priori, estarão em foco os contos Espiral, Estação Padre Miguel, e Rolézim. A pesquisa pretende imergir na investigação e construção de conhecimentos acerca das relações estabelecidas entre o corpo periférico e o espaço urbano da cidade do Rio de Janeiro, mormente na condição de sujeito racializado exposto à marginalidade e violência sistêmica, assim como sua existência dentro da periferia. Serão analisados elementos que indiquem uma relação da narrativa de Martins, essencialmente em Espiral e Rolézim, com as ideias de sujeito e outridade, apresentadas por Grada Kilomba (KILOMBA, 2019), que em princípio expõem os episódios de racismo cotidiano ao qual estão imersos os sujeitos periféricos na condição de corpos vulneráveis pelo espaço urbano. Os três contos aqui focalizados também serão relacionados ao conceito de cidadania mutilada proposto por Milton Santos (SANTOS, et al. 1996), a partir da condição desses sujeitos na geografia da cidade. Tanto outridade quanto cidadania mutilada tornam-se conceitos-chave na exposição de situações que demarquem os impactos causados pelo contraste social ao qual este corpo está exposto a partir do momento em que estabelece um trânsito pela cidade-metrópole. Ainda, os argumentos presentes irão dialogar com o sentido de antagonismo proposto por Giovanna Dealtry (DEALTRY, 2009), a partir da posição antagônica incorporada e/ou atribuída aos personagens da narrativa de Martins na condição de Outro. É apoiando-se nessa e em outras questões como trânsito, enunciação do nós, reivindicação da autoria legítima e da subjetividade dos sujeitos negros periféricos, que essa pesquisa traçará seus rumos e definirá suas prerrogativas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEALTRY, Giovanna. Acadêmicos da malandragem. In: No fio da navalha: malandragem na literatura e no samba. 1 ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009. KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. 1 ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019. SANTOS, Milton. et al. As cidadanias mutiladas. In: O Preconceito. 1 ed. São Paulo: Imprensa Oficial de São Paulo, 1996/1997.
No amanhã da Ilha, a cigana leu e o realejo disse:
Didi fez o insulano mais feliz. Data terça-feira, 23 de março de 2021 Horário 18:21 às 18:42 Área temática Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas Modalidade Resumo apresentação oral padrão Autores
Mateus Calheiros Pereira
Paulo Roberto Tonani Do Patrocínio (Orientador)
Resumo A presente comunicação pretende dar prosseguimento a um trabalho de pesquisa sobre a obra do compositor Gustavo Adolfo de Carvalho Baeta Neves, comumente chamado de Didi. Meu percurso de análise já se ocupou de uma leitura da figura do malandro enquanto referência possível para analisarmos a persona de Didi e também já realizamos uma análise do tópico da efemeridade no samba-enredo “É hoje”. Nesta comunicação, apresentaremos outro clássico do compositor, mas que é objeto de uma complexa disputa de autoria: “O Amanhã”. O samba-enredo para o carnaval de 1978, é assinado oficialmente por João Sérgio, mas reivindicado por Didi. A análise de um dos sambas antológicos da União da Ilha do Governador, nos permite discutir toda a problemática histórica acerca da questão das autorias dos sambas, que é fruto de debate no meio desde os tempos de Donga e Sinhô na Pequena África. Além disso, lançaremos mão de teses de Michel Foucalt e Roland Barthes para entender como a questão do autor e da autoria é lida a partir da época moderna, junto com obras de Luiz Antônio Simas, Sérgio Cabral e Marcelo de Mello, onde podemos acessar a questão da autoria sendo problematizada no mundo do samba. Além disso, também vamos analisar como o referido samba-enredo apresenta uma dúvida muito recorrente na história da humanidade: como será o amanhã? E como Didi responde a essa pergunta no decorrer do samba? A partir dessa reflexão, destrincharemos qual a resposta que o samba da tricolor insulana tenta dar para a sociedade. MUSSA, Alberto e SIMAS, Luiz Antonio. Samba de enredo: história e arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. MELLO, Marcelo de. O enredo do meu samba. Rio de Janeiro: Record, 2015. DEALTRY, Giovanna Ferreira. No fio da navalha: malandragem na literatura e no samba. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009.
Análise da representação do sujeito surdo nas obras
infanto-juvenis adquiridas pelas escolas da rede estadual do Rio de Janeiro Data terça-feira, 23 de março de 2021 Horário 18:42 às 19:03 Área temática Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas Modalidade Resumo apresentação oral padrão Autores
VANIA CORTEZ NASCIMENTO RIBEIRO
Paulo Roberto Tonani Do Patrocínio (Orientador)
Resumo O presente trabalho convida a refletir sobre como o sujeito surdo é representado na literatura infanto-juvenil e sobre as estratégias didáticas adotadas pelos docentes no uso de destes livros. O trabalho parte da premissa de que nos últimos anos observamos um considerável aumento das publicações voltadas ao público infantil que - de alguma forma -trazem o tema da diferença em suas narrativas. É de conhecimento geral que a literatura tem papel significativo, em sala de aula, no auxílio ao processo de ensino-aprendizagem, contudo também tem papel importante para trazer esclarecimentos e derrubar (ou reforçar) estereótipos relacionados a inúmeros temas. Com a surdez não seria diferente. Com isto, questões que vão desde a política do livro infanto-juvenil em relação a deficiências e políticas educacionais que permeiam o tema, ao conteúdo das narrativas e a metodologia utilizada para representar a surdez são pertinentes a este estudo. São igualmente relevantes as problematizações que levem o docente a ter o cuidado de não contribuir para aproximar seus alunos, de diferentes contextos socioculturais, a noções cristalizadas, generalizantes, capacitistas. Pesquisadores como Rosa Hessel , Carlos Skliar, Paddy Ladd, Gladis Perlin e outros darão o norte às análises e o embasamento necessário para as considerações referentes à literatura e surdez. A pesquisa apresenta duas etapas. A primeira, de natureza teórica e baseada na revisão bibliográfica, busca discutir questões como: a importância da literatura infanto-juvenil no ensino, a representação da diferença na literatura e as políticas de incentivo ao livro didático. A segunda etapa da pesquisa se baseia na análise das políticas de incentivo ao livro didático no estado do Rio de Janeiro. Nessa etapa, então, buscarei analisar os títulos de livros infanto-juvenis que trazem a temática da surdez, adquiridos pela Secretaria Estadual de Educação e distribuídos nas escolas que compõem a rede. Desta maneira, esperamos contribuir com observações e critérios específicos relacionados ao campo da surdez, auxiliando, assim, numa escolha consciente, por parte do corpo docente, em relação aos livros a serem levados para sala de aula. Referências Bibliográficas LADD, Paddy. "Em busca da surdidade 1–Colonização dos surdos." Trad. Mariani Martini. Lisboa: Surd? Universo (2013). SILVEIRA, Rosa Hessel. "A diferença na literatura infantil: narrativas e leituras." São Paulo: Moderna (2012). SKLIAR, Carlos. "A surdez: um olhar sobre as diferenças." Porto Alegre: Mediação 3 (1998).
Futebol, política e cultura no conto “Já podeis da
pátria filhos”, de João Ubaldo Ribeiro Data terça-feira, 23 de março de 2021 Horário 19:03 às 19:24 Área temática Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas Modalidade Resumo apresentação oral padrão Autores Lucas Santana Viana Pontes
Adauri Silva Bastos (Orientador)
Resumo A comunicação se dedicará à obra de João Ubaldo Ribeiro, conhecido pela capacidade de combinar expressões e temáticas populares em histórias passíveis de oferecer uma visão aguda de aspectos étnicos, políticos e sociais. A ideia é focar no conto “Já podeis da pátria filhos”, do livro homônimo lançado em 1981, portanto durante a conhecida abertura política que antecedeu o fim da ditadura. Além do criticismo, outro traço que me interessa bastante nessa narrativa curta é a maestria da abordagem de um forte ingrediente da cultura brasileira: o futebol. Verificarei de que maneira os elementos textuais possibilitam a perspectivação das relações entre os personagens, cujo pertencimento a nacionalidades distintas ajuda a lançar luzes sobre as diferenças entre o Brasil e o resto do mundo. Para tanto, recorrerei a reflexões desenvolvidas por especialistas como o teórico russo Mikhail Bakhtin, assim como de resenhistas que, a exemplo do jornalista brasileiro Luciano Trigo, acompanharam de perto a trajetória do autor baiano. REFERÊNCIAS BAKHTIN, Mikhail. Teoria do romance III: o romance como gênero literário. Tradução, posfácio e notas Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2019. RIBEIRO, João Ubaldo. Já podeis da pátria filhos. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2009. TRIGO, Luciano. Romances de João Ubaldo Ribeiro abordaram a formação do caráter nacional. G1, Rio de Janeiro, 21 de julho de 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/pop-arte/blog/maquina-de-escrever/post/romances- de-joao-ubaldo-abordaram-formacao-do-carater-nacional.html>. Acesso em 13 de março de 2020.
Maricota não está lendo o jornal: o tema da
brasilidade em Brasileirinho, de Maria Bethânia Data terça-feira, 23 de março de 2021 Horário 19:24 às 19:45 Área temática Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas Modalidade Resumo apresentação oral padrão Autores
Maurício Costa Da Silva Ribeiro
Eduardo Dos Santos Coelho
Resumo A área de Letras, no Brasil, passou por significativas mudanças a partir da contribuição dos estudos sobre canção popular nos anos 1980. Esses trabalhos semearam metodologias de análise, hoje bastante consolidadas, e uma profusão de teses que abordam, indiretamente, as políticas estritamente literárias (LUDMER, 2016) do campo da canção. A presente pesquisa lança olhares sobre as políticas específicas da canção e da crítica de canção, que orientam os modos de ouvir, pensar, interpretar e legitimar (LUDMER, 2016) essas manifestações artísticas. Investigamos, ainda em fase inicial, por meio de leitura cerrada das canções e demais textos literários e musicais presentes no álbum Brasileirinho ao vivo (2015), de Maria Bethânia, possíveis comparações entre o álbum e algumas linhas de interpretação analítica do Brasil, bem como as questões de política literária presentes na obra da intérprete. Espera-se mostrar que, embora recuse ser vinculada a grupos ou movimentos artísticos, Maria Bethânia realiza em Brasileirinho uma leitura da formação do Brasil e, consequentemente, do tema da brasilidade, em diálogo direto com as questões da fase nacionalista do modernismo brasileiro. Diferente de como ocorreu no tropicalismo, a perspectiva intuitiva de Oswald de Andrade não está presente, mas sim a “abordagem estudiosa e analítica do elemento nacional” (JARDIM, 2016, p. 73) defendida por Mário de Andrade, que pressupõe que os componentes da identidade brasileira estão contidos no acervo cultural do país (JARDIM, 2016). BETHÂNIA, Maria. Brasileirinho ao vivo. Intérpretes: Maria Bethânia, Miúcha, Nana Caymmi, Tira Poeira, Uakti. São Paulo: Biscoito Fino, 2015. 1 CD digital (86 min.). JARDIM, Eduardo. A brasilidade modernista: sua dimensão filosófica. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Ponteio, 2016. LUDMER, Josefina. Clases 1985: algunos problemas de teoría literaria. ___: Paidós, 2016.
A Ressubjetivação Da Mulher e A Desconstrução Do Mito Do Homem Moderno em "Como Se Estivéssemos em Palimpsesto de Putas", de Elvira Vigna Por Suzane Silveira