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Singular e Anônimo
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Ensaio "Singular e anônimo" (1986) de Silviano Santiago.
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Sep 25, 2018
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SINGULAR E ANONINO SILVIANO SANTIAGO* Pana os mestnandos de Panis-111 RESUMO A_partir de poemas de Ana Cristina César e de refle x6es delasubre o leitor, este artigo questiona teo- rias recentes que definem a linguagem poética como intransitiva. Snfase é dada ao papel do leitor, te- matizado_desde Baudelaire como hipécrita, semelhan- te e irméo. Passa-se, em seguida, 4 apresentagao de Protocolos de leitura que configuram o leitor de po emas como singular e anénimo. Fica a pergunta: Como estabelecer uma comunidade de leitores? Ao contrério do que propde Roman Jakobson em esquema fa- moso e sempre citado, em discordancia com o que pode caber na palavra “intransitiva" que Roland Barthes usou para defini-la, a linguagem poética existe em estado de continua travessia pa xa o outro. Ela nomeia o leitor, como o fandtico da alta fide lidade indica o melhor lugar na sala para se apreciar conveni entemente 0 som. "Se meu verso nao deu certo, foi seu ouvido que entortou", quem nos diz é Carlos Drummond de Andrade.Char les Baudelaire j& nomeava o seu leitor no prefdcio-poema 4s Flores do mat: "—Leitor hipdcrita, —meu semelhante, — meu irmfo!" T.S. Eliot, como se sabe, seguiu as pegadas de Baude- laire, recitando o verso em The waste Zand. © poema, sem ser carta, sem ser carta aberta, abre no en tanto lugar para um destinatario que, apesar de ser sempre singular, nao € pessoal porque necessariamente andnimo. Singu lar e andnimo o leitor, ele no & todos como também nao é uma Gnica pessoa. O poema nao é um discurso em praga piblica para a massa indistinta, nem papo a dois confluente e intimo, ape- sar de ser linguagem em travessia - aclaremos.Paul Valéry dis se que preferia um leitor que 1é muitas vezes um poema a mui- *Professor Associado de Literatura Brasileira da PUC - RJ. 0 Eixo e a Roda, Belo Horizonte, (5): p. 95-105, 1986.96 tos leitores que o leriam uma s6 vez. Nada de elitismo ai,por favor. O poema nao é facil nem dificil, ele exige, como tudo © que, na aventura, precisa de ser palmilhado passo a passo. Nao se avanga sem contar com 0 desconhecido e o obstaculo. A escalada da leitura. As exigéncias para a leitura sao as mais variadas e miltiplas, o poema que as nomeie com clareza e des temor. Porque, nomeando-as, abre-se a linguagem para a confi- gura¢o do leitor. Ana Cristina César institui dois protocolos simultaneos e semelhantes para que o leitor atue com proveito mituo na ce na da sua poesia. 0 primeiro protocolo se situa a nivel do conhecimento e reconhecimento que de sua obra estavam fazendo os companhei- ros’ de geragao (que aparece sob a forma de um depoimento pes- soal no livro Retaate de epoca). 0 segundo protocolo se enun- cia no préprio corpo do seu livro de poemas, A teus pés, quan do o texto desalimenta (quer dizer: desestimula a progredir a leitura) 0 leitor, desalimenta e desmistifica os equivocos do que podemos chamar de leitor autoritério, & leitor autorita- rio © que enfrenta as exigéncias do poema com idéias preconce bidas e globalizantes. Um poema exige pouco e muito: olhos abertos e, enre tantas outras coisas, paciéncia e imaginagao. Lectura de vara curta Em depoimento a Carlos Alberto Messeder Pereira, encon- trado em Retrate de Cpoca, Ana Cristina nado sé chama a aten- go para duas linhas que constituem a sua poesia e que nela se constituem como ainda comenta o equivoco de leitura que es te caminho que se bifurca ia sendo produzido pelos seus pares. Cita o exemplo do poeta e critico Cacaso, amigo também, com quem mantinha discussdes permanentes: uma vez, eu li [por Cacaso] um poema meu que eu tinha adorado fazer[...}e 0 Cacaso olhou um olho comprido[...] leu esse poema e disse assim: 'B _mui- to bonito, mas ndo se entende|...] 0 leitor esta ex- cluido'. Ai eu mostrei também o meu livro pro Caca- so[...J e ele disse: ‘Legal, mas o melhor sdo os O Eéixo e a Roda, Belo Horizonte, (5): p. 95-105, 198697 didrios porque se entende... so de comunicagio £4- cil, falam do cotidiano Cacaso se enganava ao acreditar que num grupo de poemas (os que chamava de poemas dificeis) estava “excluido o lei- tor", enquanto no outro grupo, o de “comunicagao facil",o lei tor se aproximava do texto sem cansacos, entendendo-o, j4 que nao se sentia alijado do seu bojo. Num e noutro caso, o leitor est4, por assim dizer, in- cluido. A linguagem po&tica nunca exclui o leitor. Como seu depoimento, Ana Cristina parece apontar para Cacaso o fato de que —ele préprio, Cacaso —é que se excluia voluntaniamente dos poemas do primeiro grupo no movimento da sua leitura. As vezes 0 leitor nado & feito para certos poemas, assim como mui tas vezes nado fomos feitos para quem, no entanto, queremos amar: ".., £04 seu ouvido que entortou", ecoa o verso. A dicotomia facil e dificil (t@o daninha nestes trépicos de sombra e Agua fresca) nao existe para quem tem a forga de sobrecarregar de significado a linguagem para que ela viaje (significativamente) em dire¢do ao outro, para que ela sempre se organize e se libere pela dindmica da travessia. O impor- tante, insistia Ana Cristina no depoimento, é que era “um poe ma que [ela] tinha adorado fazer". A dicotomia citada sé exis te (e so eles que, em geral, a estabelecem —é claro) para 0s que abandonam a viagem, pulam do trem em movimento com me- do de uma pedra que vislumbram no meio do caminho, ou simples mente porque a curiosidade é curta. Ficou "dificil" continuar no trem, poe-se as mochilas nas costas e se dio por termina- das as “impresses de viagem", para usar a metdfora tGo reve- ladora de Heloisa Buarque de Hollanda. Um sertanejo diria —em ajuda de Ana Cristina — diria apropriadamente que 6 arriscado cutucar boi brabo com vara curta. Os chamados textos faceis (os verdadeiros, fago a distin ¢ao) nao conseguem impulsionar a linguagem ao infinito da tra vessia (seriam eles poemas?), reduzidos que sempre ficam a uma viagem cujo percurso é passageiro e batido, embora 4s ve- 0 Eixo e a Roda, Belo Horizonte, (5)? p.95-105,1986.
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