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As Parábolas de Jesus

INTRODUÇÃO

Parábola: Grego “Colocar as coisas lado a lado”, com a finalidade de fazer uma
comparação.

A bíblia é o livro mais rico em parábolas do mundo, sendo que no N.T as expressões
figuradas, comparações e metáforas são todas chamadas de parábolas. Foi também
utilizada no V.T (II Sm. 1-14; Is. 5.1-7). É uma história simples e de onde se retira
algum ensino, um exemplo ampliado de uma comparação metafórica.

Os rabinos as utilizavam para ilustrar verdades já conhecidas nas escrituras, e Jesus as


utilizou também em diversas vezes, entretanto, para proclamar o reino de Deus, o
arrebatamento, a vinda do Filho do Homem, enfim, valores da eternidade. Sejam quais
forem os assuntos tratados nas parábolas por Jesus, em todas elas vemos a ligação à
pessoa e à Obra de Cristo.

Há um número aproximado de 50 a 60 parábolas descritas por Jesus, sendo o evangelho


de Lucas o mais rico de todos os evangelhos.

As parábolas de Jesus não são apenas histórias bonitas, com uma simples instrução
moral no final, mas tem a finalidade de convocar os homens a tomarem uma decisão,
relacionada não só com a verdade da Parábola, mas com a Pessoa que a ensina, JESUS.

DESENVOLVIMENTO

Jesus iniciou seu ministério proclamando o sermão da montanha, pregando a todos sem
qualquer distinção, curava, liberta a todos que cruzassem seu caminho, mas então por
que ele passou a falar por parábolas ? Qual foi o contexto que antecedeu esta nova
forma de ensino ?

Em Mateus 13, Ele inicia seu processo de ensino com Parábolas, mas ao analisar os
fatos antecedentes a este momento, vemos em Mateus 12 uma série de rejeições e
críticas feita pelos fariseus, chegando ao ponto de, após a cura de um endemoninhado
cego e mudo (Mt. 12:22), atribuírem o milagre de Jesus a Belzebu, maioral dos
demônios.

Logo em seguida o Senhor no versículo 31 diz: “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado
e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será
perdoada aos homens.”

Jesus sabia que o coração e os ouvidos dos religiosos estavam fechados para sua
doutrina, e mesmo sabendo disto Ele continuou pregando ensinando, mas a partir deste
momento/rejeição, o Senhor passou então a falar por parábolas, de forma que somente
aqueles que andavam com Ele e tinham intimidade com o Mestre passariam a desfrutar
da plena comunhão e ensinamentos do bom Pastor.
Mateus 13:11,12 – “Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os
mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Porque àquele que tem, se
dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será
tirado.”

Os religiosos tinham o conhecimento da lei, mas o que é a lei diante da mensagem e


do sacrifício de Jesus. Por isso, até o pouco que eles possuíam (lei), lhes seria
tirado. A lei que tinha domínio sobre o homem, que acusava, condenava e servia
para mostrar-lhes as falhas e fraquezas, não teria mais “validade”. E aqueles que
caminhassem com Jesus, que passassem a ter o conhecimento da mensagem de
Cristo, passariam a ter a GRAÇA do Senhor, o favor imerecido, pois a lei não mais
teria qualquer domínio em suas vidas.

CONCLUSÃO

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de
dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hebreus 4:12

Jesus passou a pregar usando as Parábolas como método de ensino, mas como
espada de dois gumes, discernindo as intenções do coração, aqueles que ouviam e
entendiam as parábolas significava que eles tinham o coração aberto para a
mensagem de Cristo, enquanto aqueles que não entendiam a mensagem das
parábolas, a própria palavra revelava que eles tinham o coração endurecido, e seus
ouvidos e olhos estavam fechados para a palavra de Cristo.

Evangelho de Lucas

 Evangelho com o maior número de parábolas;

 24 Parábolas (15 encontradas somente em Lucas);

 Ênfase na vida de oração de Jesus (9 orações, sendo 7 encontradas só em Lucas);

 Ensino e parábolas sobre a oração;

 Humanidade de Jesus = Filho do Homem;

A parábola do “Amigo importuno” (Lc. 11:8)

Lc. 11:1 – Os discípulos pedem a Jesus que os ensine a ORAR, e o Senhor ensina que a
oração deve ser perseverante, dirigida ao Pai (Abba), um paizinho querido, próximo,
amado (pois o filho não tem vergonha de ser rejeitado pelo Pai, porém lhe tem respeito).

Importunação = (Grego) “Não ter vergonha”.

1. 00h
- Momento profético que estamos vivendo, antecede à volta do Filho.

Amós 8:11 “Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra;
não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.”

- Momento inesperado para ser solicitado.

Mt 25:5,6 “Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao


encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas
lâmpadas.”

2. Existiam 3 amigos, a) necessitado, b) Importuno, c) Importunado;

a) Necessitado (Viajante)

- Condição dos homens nesta terra, peregrinos (jornaleiros) em busca de alimento ;

b) Importuno

Solícito, hospitaleiro, mas sem alimento para oferecer;

c) Importunado;

Possuía alimento, mas não era solícito, hospitaleiro, era egoísta;

3. Pedido = 3 pães emprestados

Alimento perfeito da Trindade. Que somente o Pai, Filho e o Espírito podem dar ao
homem.

Comparado também como um talento que recebemos do Senhor. O que temos recebido
não vem de nós, mas nos foi dado como mordomia.

Mt. 25:14,15 “Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra,
chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a
outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para
longe.

A parábola se encerra dizendo nos Vs.9,10 “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á;
buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem
busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.”

Presença da Trindade no processo de Pedir, Buscar e Bater.

Pedir: Todas as nossas petições nós fazemos ao Pai, em diversos textos da palavra
encontramos essa afirmação, inclusive Jesus nos ensina a orar dizendo: “Pai nosso que
estais no céu..”
Buscar: Toda a nossa busca é mediante o Espírito Santo de Deus, nos levando pelo
bom caminho, nos convencendo da nossa condição (pecadores), no processo de
santificação, nos levando sempre a pessoa de Jesus.

Bater: buscar em Jesus, que é a PORTA. A porta da graça, pois mesmo não merecendo,
na condição de pecadores indignos, Ele é pronto em nos abençoar, a qualquer momento
que o buscarmos temos a certeza que Ele estará pronto a nos ouvir.

Sl. 121:4 Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.

Os amigos citados na parábola tinham características que revelam a humanidade dos


homens.

1) Viajante estava na condição de necessitado, e não tinha nada para dar,


mas somente para receber.
2) Importuno, embora fosse solícito não tinha o alimento preparado.
3) Importunado, embora tivesse alimento, não tinha um coração solícito,
voluntário, disposto a ajudar.

Jesus nos convoca a, como necessitados, vivendo o momento do fim, clamarmos,


sem vergonha da nossa dependência, da nossa limitação em prover com os nossos
próprios recursos o nosso sustento. Jesus ensina-nos que Ele tinha uma
comida/alimento espiritual, o qual era fazer a vontade do Pai (Jo 4:34). O nosso
alimento, o que nos sustenta é a nossa dependência ao Pai.

Sabemos que Ele está sempre pronto a nos ouvir, pois Ele é vigilante, não dorme
nem tosqueneja, pois é o guarda de Israel. Que não murmura, nem reclama
quando o buscamos, quando oramos Ele não se sente importunado, porque Jesus é
o amigo PERFEITO, que tem prazer em abençoar o homem.

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