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E M P A U T A
artigos, estudos e reportagens
3 MÚSICOS EM MISSÕES
Pregando Cristo por meio da música
Emirson Justino
12 Notas e notícias
O congresso da ambb em São Vicente
Rubens Oliveira
25 Consultoria de sonorização
Notas e notícias: O Congresso da
Ambb em São Vicente 12 Porque devo contratar um especialista?
Beto Pimentel
28 Estudando os voices
?
Diogo Monzo
25 Anos do
ISSN 1984-8676 Hinário para
o Culto Cristão
Literatura Batista
Ano 39 • Vol. 3 • Nº 148
MÚSICOS EM
MISSÕES
Pregando Cristo por meio da música
Emirson Justino
No domingo, o grupo de brasileiros dividiu-se em vá- campo missionário. As carências são enormes, e o
rias cidades a fim de realizar um trabalho mais próxi- avanço é lento numa Europa pós-cristã e materialista.
mo com as igrejas. Foram visitadas as cidades de Bra- Além disso, Portugal e Espanha, em especial, quando
ga (Pr. Teotônio Cavaco Norte), Guimarães (Pr. Di- apresentam algum viés religioso é ainda de fortíssima
né Lota Jr.), Tomar (Pr. Jorge Ligeiro), Rio de Mou- influência católica. Nesses países, onde os evangélicos
ro (Pr. Rui Sérgio Felizardo), Alfandanga (Pr. Jaime são tidos como seita, e combatidos de muitas formas,
Fernandes), Portimão (Pr. César Corsete), Faro (Pr. surpreendentemente a presença desse grupo de brasi-
Neilson Amorim), Oeiras (Pr. Pedro Salgueiro), além leiros foi percebida como algo positivo. Foi interes-
da TIEB de Lisboa (Pr. Joed Venturini). Foi um mo- sante notar que algumas pessoas passaram a olhar os
mento singular. Os músicos missionários puderam evangélicos com outros olhos. Certamente portas fo-
não só dar apoio às igrejas, mas sentir a realidade do ram abertas para o trabalho local.
LOUVOR 5
Portimão dos pelo governo português como entidades de en-
sino de música. O programa, intitulado “Concerto
de Música Sacra”, foi dirigido por Hiram Rollo Jr.,
com apoio de João Pedro Cunha, mestre de capela
da Igreja de São Sebastião, em Lagos.
A plateia, lotada, composta de maioria esmagado-
ra não evangélica, acompanhou, atenta, o programa,
que iniciou com o Pai nosso sertanejo, de Nabor Nu-
nes Filho, a capella, com o coro ainda entrando pe-
los corredores da igreja.
Reunidos no altar de um templo católico, foi emo-
cionante poder cantar “Sim, todos vão se curvar, to-
da língua confessará que Cristo é Senhor” (Só ao no-
me de Cristo, de Cindy Barry), além de músicas co-
mo Hino de Adoração (Agenor Miranda, falecido
recentemente), Glorioso em toda terra é teu nome
(Tom Fettke) e Que poder vem da cruz (Keith Getty
e Stuart Townend).
A audiência foi extremamente receptiva e ainda pe-
diu um bis, sendo executado o coro Aleluia (“Mes-
sias”, G. F. Handel).
Lagos
Conclusão
Foram 15 dias intensos, em que muitos de nós vi-
vemos coisas inusitadas e fundamentais para que
o evangelho fosse pregado. Experiência e conheci-
mento foram compartilhados com outros líderes
que atuam em uma realidade que carece de apoio
e orientação. O impacto causado pela presença de
um número tão significativo de missionários músi-
cos brasileiros que, com técnica e qualidade, pude-
Na terça-feira, 2, pela manhã seguimos para Málaga, ram chamar a atenção para Deus certamente abriu
no litoral mediterrâneo, em uma viagem de cerca de e abrirá portas para o trabalho realizado nos locais
3 horas a partir de Sevilha. Fomos recebidos pelo ca- por onde passamos. Música e missões juntas com
sal Marcos Vinicius Araújo, pastor da Iglesia Bautis- um mesmo propósito: “Para que ao nome de Jesus
ta La Luz, e sua esposa Sylvia Ramiro. O almoço foi se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na ter-
tipicamente espanhol: uma belíssima paella. ra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Je-
sus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp
O concerto da noite contou com a presença de cerca 2.10,11).
de 60 pessoas, mais uma vez com mais da metade de
não-cristãos. Repetimos basicamente o mesmo con- Participantes (em ordem alfabética, agrupados
certo de Huelva, com ótima receptividade também. por oficinas e aulas que ministraram e apoiaram):
Com esse concerto, encerraram-se as atividades do Backing vocal: Gilza Senna (PIB de Niterói, RJ),
Coro Músicos em Missões na Península Ibérica. No Judson Thompson (SIB em São Mateus, ES), Leo-
retorno a Sevilha, já tarde da noite, pudemos com- nardo Feitosa (IB do Recreio, Rio de Janeiro, RJ),
partilhar no ônibus as experiências e os destaques. Martha Keila (PIB do Paraíso, RJ);
Entre as muitas coisas compartilhadas, quero desta-
car um comentário do Pr. Noélio. Em um dos con- Culto, adoração e louvor: Emirson Justino (IB do
certos nas igrejas católicas de Portugal, o Pr. Noélio Morumbi, São Paulo, SP);
foi procurado por um padre da cidade, que resumi-
damente disse: “Fico maravilhado com a alegria e a Fisiologia da voz: Noélio Duarte (PIB em Caramu-
sinceridade dos evangélicos quando cantam e pre- jo, Niterói, RJ);
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Multimídia: Lene Rollo (Shades Crest Baptist Grupo de apoio às oficinas: Adilson Santos (IB
Church, Birmingham, Alabama); Constantinópolis, Manaus, AM), Alzira Araújo
(PIB de Vitória, ES), Beatriz Rocha (PIB de Suma-
Musicalização infantil: Deise Louzada (IB Itacuru- ré, SP), Cristiane Moutta (IB do Recreio, Rio de Ja-
çá, RJ, atuando no Chile), Josélia Duarte (PIB em neiro, RJ), Ery Zanardi (PIB de Teresópolis, RJ),
Caramujo, Niterói, RJ) Mônica Coropos (PIB São Fátima González (PIB de Niterói, RJ), Gláucia Ro-
João de Meriti, RJ); drigues João (PIB de Inhaúma, RJ), Katya Fernan-
des Dias (SIB em São Mateus, ES), Mizael Gusmão
Piano: Priscila Bomfim (IB Jardim da Prata, Nova (IEC Pernambucana, Recife, PE), Priscila Fernan-
Iguaçu, RJ); des (PIB em Bento Ferreira, ES), Raquel Lamarque
(PIB Mauá, SP), Regina Codeço (TIB de Itaperu-
Prática de banda: Filipe da Costa (PIB de Niterói, na, RJ) e Silvia Santos (IB Constantinópolis, Ma-
RJ), Ícaro Bispo (IB no Jardim das Indústrias, São naus, AM).
José dos Campos, SP), Josimar Rocha (PIB de Su-
maré, SP), Wanilton Mahfuz (IP Chácara Primave-
ra, Campinas, SP), Weslley Sanchez (IB Ebenézer,
São Paulo, SP); Grupo de tradução e interpretação em espanhol:
Cristiane Moutta (IB do Recreio, Rio de Janeiro,
Prática de orquestra: Wanilton Mahfuz (IP Cháca- RJ), Gilza Senna (PIB de Niterói, RJ) e Martha Kei-
ra Primavera, Campinas, SP); la (PIB do Paraiso, RJ).
Teatro para corais: Eloísa Baldin (IB em Planalto Coro Músicos em Missões
Paulista, São Paulo, SP);
Coordenação geral: Nadir Quadra (IB no Jardim
Teclado: Fátima González (PIB de Niterói, RJ) e das Indústrias, São José dos Campos, SP);
Regina Codeço (TIB de Itaperuna, RJ);
Auxiliares de coordenação: Ícaro Bispo (IB no Jar-
Técnica vocal e canto: Cleide Almeida (IB de Jd. dim das Indústrias, São José dos Campos, SP) e Tâ-
Satélite, São José dos Campos, SP), Eloisa Baldin nia Kammer (IB do Alto da Mooca, São Paulo, SP);
(IB em Planalto Paulista, São Paulo, SP), Gilza Sen-
na (PIB de Niterói, RJ); Ensaio preparatório: Wanilton Mahfuz (IP Cháca-
ra Primavera, Campinas, SP);
Trompa: Filipe da Costa (PIB de Niterói, RJ);
Piano: Priscila Bomfim (IB Jardim da Prata, Nova
Viola: Mére Márcia Prado (PIB de Niterói, RJ); Iguaçu, RJ);
Violão: Emirson Justino (IB do Morumbi, São Pau- Preparação vocal: Eloísa Baldin (IB em Planalto
lo, SP), Eth Zanardi (PIB de Teresópolis, RJ), Paulista, São Paulo, SP);
Violino: Weslley Sanchez (IB Ebenézer, São Pau- Regência: Hiram Rollo Jr. (Shades Crest Baptist
lo, SP). Church, Birmingham, Alabama).
Emirson Justino
É formado em canto e piano pela Escola de Música Villa-Lobos, é aluno do 2° ano do curso de Licenciatura em Música da
FABAT – Seminário do Sul, atuando como coordenador de música na Igreja Batista em Praça do Carmo. É também aluno do
6° período do curso de Psicologia da UFRJ e tem por orientação teórica a Psicanálise. É membro da Segunda Igreja Batista em
Campos dos Goytacazes, RJ.
LOUVOR 11
N O T A S E N O T Í C I A S
O CONGRESSO DA AMBB EM Nossos ensaios esse ano foram sob a batuta do MM Sidney
SÃO VICENTE Chiabai (ES), que com peculiar espontaneidade e com-
petência, nos fez cantar bem e com júbilo, expressões de
Por Rubens Oliveira fé e confiança no Senhor. As oficinas, nas áreas de gestão
Vice-presidente da AMBB – Associação dos (Rubens Oliveira, SP), arte e missões (Élcio Portugal,
Músicos Batistas do Brasil MG), comunicação visual (Alexandre Abreu, SP), regên-
cia (Donaldo Guedes, SP), belting (Fael Magalhães, RJ),
O grande acontecimento do congresso da AMBB técnica vocal (Ana Flávia, GO), produção musical (Thiago
não é um momento, uma oficina, ou um preletor, é Balbino, RJ), culto (Martha Keila, RJ) e prática de banda
a grande oportunidade que temos de viver dois dias (Mário César, SP) constituem-se em acervo para nosso dia-
intensos em comunhão com colegas que se fazem -a-dia nas igrejas. Na tarde do primeiro dia, nos deleitamos
amigos, porquanto fomos feitos irmãos. Sim, esse é com o Brassuka, grupo de metais da IB da Liberdade, com
o mote desse evento e seu ponto alto. É lógico que sua sonoridade marcante e bela.
muita coisa coopera para que isso aconteça. Dentre Como diferencial, comparado aos últimos anos, realiza-
elas destaca-se a hospitalidade da PIB de São Vi- mos nossas noites artísticas no belo Teatro Coliseu, com
cente, sob a liderança do pastor Dener Maia (que já suas colunas toscanas na marquise e colunas dóricas no
foi ministro de música), e acolheu-nos com muito salão nobre, sustentando com beleza e requinte, um belo
amor e empenho. Por isso, agradecemos a Deus foyer para recepção de nossos convidados.
pela existência desta igreja, seu prédio e principal- Na primeira noite, tradicionalmente coordenada pela lide-
mente seu povo adorável e acolhedor. rança local, celebramos os 25 anos do Hinário para o culto
O conteúdo do congresso, o cognoscível, se assim Cristão com uma cantata exclusivamente composta por
podemos dizer, foi garantido pelas reflexões sempre Ralph Manuel para a solenidade, executada pelos coros e
pujantes e espirituais do pastor Irland Pereira de orquestra de 5 igrejas batistas de São Paulo (Betel, Graça,
Azevedo que nos instrui, inspira e desafia a pau- Liberdade, Alto da Mooca e PIB Penha) juntamente com
tar todas as nossas ações ministeriais e escolhas o madrigal da AMBB, presenteando-nos com uma noite
pessoais, de forma que o nome do nosso Deus seja memorável, reconhecendo o nosso Deus como Senhor da
glorificado em tudo, tanto na postura quanto na arte, da música e das nossas vidas.
E
performance do ministro de música, cujo ministé- Na segunda noite o coro do 32º Congresso exaltou o nome
rio extrapola os limites da arte, tecendo liames com do Senhor com belas músicas sacras contemporâneas,
a vida, devoção, pastoreio e pregação evangélica. deixando-nos com saudades de tudo o que vivemos nesses
O congresso é comumente dividido em outros mo- dias. A Deus rendemos honra e glória por tudo, reconhe-
mentos onde ensaiamos repertório musical sacro, cendo que o grande acontecimento de Santos, “aconteceu”
num tempo onde nossos colegas compartilham somente por que dEle, por Ele e para Ele são todas as coi-
voluntariamente seus conhecimentos e experiências sas. Glória, pois, a Ele.
ministeriais, o que chamamos de oficinas e nos
aprazíveis recitais.
FOTOS
12 LOUVOR
A r t i g o
LOUVOR 13
seis anos estudou piano, adicionando, depois, o violino. Em Em outubro de 1992, o amado casal missionário, nossos pro-
seu sermão oficial no VI Congresso Nacional da Associação fessores da década de 70 (para quem estudou no STBSB),
dos Músicos Batistas do Brasil, realizado em Fortaleza, CE, após trabalhar, servindo durante 33 anos no Brasil, voltou à
D. Joana recordou a sua formação espiritual e musical. Real- sua terra natal, onde em 1993, o Prof. Boyd assumiu o Minis-
çou as suas experiências nos corais da sua igreja e escola, as ca- tério de música da Igreja Batista de Shaw Creek. Lá em Hen-
pelas, os cultos, os orfeões. Sobretudo ela se lembrou dos hi- dersonville, Carolina do Norte, EUA continuaram a exercer
nos, que ajudaram a formar esta líder que mais tarde teria for- com dignidade o que sempre fizeram neste nosso país – Ser-
te influência na música sacra brasileira”. vir. Após grande enfermidade, o Senhor Deus chamou para si,
para seus braços nosso amado professor Boyd.
Após 20 anos abençoados no STBSB, em 1983, seguiu para
outro campo missionário no Sul do Brasil, onde prof. Boyd Joan Sutton – compositora/autora – e tradutora (músicas pa-
dirigiu o Departamento de música da Convenção Batista do ra coros e para o ensino de Canto) tem sido considerada por
Rio Grande do Sul. Lá, profª Joana continuou sua produção muitos estudiosos como dona de um patrimônio musical sa-
musical como tradutora e assessora de Música da JUERP. cro no Brasil (e isto é comprovado no material que doou pa-
ra a mesma Universidade que estudou, a Baylor University).
Com todo seu material - manuscritos pessoais, partituras, pa-
péis, materiais de ensino e outros itens por ela doado, foi cria-
do na Biblioteca da Universidade a Coleção de Música Sacra
Brasileira. Esta homenagem que a Baylor University fez, nos
EUA, foi no dia 28 de outubro de 2010, e na ocasião do jantar
solene, o ex-missionário e pioneiro na Música Sacra no Brasil,
– Bill Icther – fez um discurso em homenagem à D. Joana, fa-
lando do Brasil. Perguntou Bill para D. Joana quanto tempo
poderia dispor para falar e ela respondeu: “No máximo 5 mi-
nutos”. Impossível isto, mas esta é a Profª Joan - simples, hu-
milde, direta e clara.
14 LOUVOR
estão espalhados por este país na Educação e no Ministério de dez (10) bisnetos: Alexis e Marcus Allison, Shelby, Peyton, e
música. Muito está nos nossos corações, marcas em cada um Annalynn Lewis, Madison, James, e William McSwain, e Ava
que teve o privilégio de estudar com ela. Sempre muito exi- e Grabriella Sutton.
gente, mas também muito competente. Os que não estuda-
ram com ela, receberam dos que tiveram este privilégio, o jei- Em julho de 2013, aos 82 anos, casou com Reagan (Rick)
to firme de encarar a obra de Deus, o desejo de fazer um traba- Houston, e com este vieram também:
lho, bem feito e correto, a amabilidade, o sorriso suave, o es-
mero em procurar a excelência em tudo. Uma americana de uma filha Lynn Houston Baskett, duas netas: Heather e Holly
alma brasileira. Baskett; e um bisneto: Jameson Baskett.
Gostaria de lembrar um hino (480 HCC) de protesto que fez Gostaria que as gerações de hoje ou vindouras a tivessem co-
em 1965 – Seguir a Cristo não é sacrifício – no primeiro pe- nhecido, e por isso não quero perder a oportunidade de es-
ríodo de férias nos EUA. Presente em grande assembleia fica- crever e deixar registrada a minha gratidão e de tantos irmãos
va triste quando alguém ao abraçá-la dizia do sacrifício que que conviveram com ela e que ainda hoje cantam seus hinos
sua família estava fazendo no campo missionário e em respos- ou arranjos
ta, então ela compôs este hino em inglês e que foi traduzido
em 1966. Foi o seu primeiro hino a ser publicado, entrando na Ao Senhor seja a Glória e a honra por sua vida preciosa!
Coletânea Vinde, Cantai (1980). Foi também o hino oficial
da União Feminina Batista do Brasil em 1985. Diz ela: ”este
hino expressa bem como sinto a chamada e a bênção suprema
de obedecer a Deus. Gosto muito do estribilho.”
Não nos promete honras nem riquezas,
mas ele diz: Convosco eu estarei.
REFERÊNCIAS:
Seguir a Cristo não é sacrifício,
é triunfar com Deus, é ser feliz. (estribilho do hino 480)
Joan Sutton deixa entre nós a MULHOLLAND, Edith Brock. Notas históricas do
sua linda prole, sua especial família: Hinário para o Culto Cristão (HCC): Rio de Janeiro:
Três filhos - John Edwin, Laura e Cecí- JUERP, 2001
lia. Cinco (5) netos, filhos do John Ed-
Hinário para o Culto Cristão. Rio de Janeiro: JUERP,
win: Leslie Sutton Lewis, Lora Lynn
1991 p.vii (apresentação)
Sutton, John Ryan Sutton, Matthew
William Sutton; e Samantha LeeAnne
Floyd, filha da Laura. Deixa também
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A r t i g o
Musicalizando
com alegria
Mônica Coropos
16 LOUVOR
Mas o nome da borboleta 4. Expressãocorporal-dinâmica
Continua sendo Pimpinha!
• Andar devagar – Greensleaves
Pimpinha (bis), você é tão bonitinha! (bis)
Pimpinha (bis), borboleta bonitinha!
•
•
3. O ROCK QUE A GENTE REPETE
•
Ô.............. •
Vou cantar um rock’n roll •
Uma música legal •
Que surgiu há muito tempo •
E é tão sensacional
Tem guitarra, bateria
Contrabaixo também tem
Tem um ritmo gostoso
E dançar faz muito bem
Digo common, everybody!
“Vem com a gente” a tradução!
Cante com muita alegria • Pular
Cante com muita emoção
Ô..............
LOUVOR 17
• ANDAR NORMALMENTE 6. ESCALA CORPORAL
• Há uma pulga
• Uma escada vou subindo
• Eu vou subir com cuidado esta escada
• Escala (Mônica Coropos)
18 LOUVOR
9. ESTAÇOES DO ANO
• Clássicos mundiais
Mônica Coropos
Mestranda em Música (UFRJ); Pós-graduada em Música e Educação (IBEC/Universidade Gama Filho); Graduada em Licenciatura em
Educação Artística – Habilitação em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991). Professora de Educação Musical da
Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro (SME), Co-diretora e sócia do Instituto Cultural, Social e Recreativo
Harmonia; Professora da Disciplina Tópicos Especiais em Educação Musical no IBEC/UGF. Compositora, Produtora, Instrumentista
(teclas) e Escritora. Tem vasta experiência na área de musicalização, ministrando em congressos, treinamentos e oficinas no Brasil
e exterior o Curso de Formação Continuada para Educadores Musicalizando com Alegria, prática metodológica que propõe
educar musicalmente com músicas. Destaca-se em suas produções a Série de CDs e livros MUSICALIZANDO COM ALEGRIA e o
Hino “Usa, Senhor” do Hinário para o culto cristão (HCC). Currículo completo em: http://lattes.cnpq.br/5444794997576352
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A r t i g o
Intercâmbio
“Música nas igrejas
dos Estados Unidos”
Jéssica Mayumi
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história da música nas igrejas, história dos órgãos, dos
sinos, instrumentos orff, técnicas de aquecimento pa-
ra canto coral etc. Além de muitas horas de observação
em escolas e na universidade.
Pudemos participar de cultos em diversas igrejas, de di-
ferentes denominações como católicas, presbiterianas,
moravianas, entre outras e ver suas semelhanças e dife-
renças litúrgicas. Visitamos igrejas em Camp Hill, Her-
shey, Harrisburg, Elizabethtown, Nova York, Lilitz,
Lancaster e Filadélfia. Foi muito interessante entrar em
ambientes tão diferentes, tão históricos e participar das
celebrações deles. Após as celebrações, tivemos o prazer
de conhecer e conversar com os responsáveis pela músi-
ca e saber mais sobre os órgãos daquelas igrejas e tocá-los.
Contemplando a parte de educação musical, observamos
escolas em Annville e Lebanon. Vimos estruturas maravi-
lhosas, salas de coro, salas de orquestra com muitos instru-
mentos. Na educação infantil havia livros didáticos para
cada aluno, muitos instrumentos orff. Um universo com-
pletamente diferente da nossa realidade brasileira. Mas is-
so não quer dizer que estão em um modelo perfeitamen-
te eficiente de educação musical. Pelo contrário, em pales-
tras e conversas com alunos da universidade e com profes-
sores vimos que há críticas sobre o currículo e uma busca
em aprimorá-lo. Foram observações que não nos desani-
maram, mas nos levaram a refletir.
No dia 28 de janeiro foi o dia do nosso recital. Nós,
alunos brasileiros fizemos um recital na capela da LVC
com músicas brasileiras. Peças para piano, violino e voz
que foram de Francisco Mignone a Tom Jobim. Para
abertura e encerramento formamos um coro, e canta-
mos “Eu só quero um xodó” de Luiz Gonzaga e “Tem-
plo coração” de Alex Calixto e Alceny Oliveira. Ambos
colegas nossos da Faculdade Batista do Rio de Janeiro,
Alex estava presente na viagem e regeu o coro. Para esse
evento foram convidados os alunos da LVC e toda co-
munidade. Lindo ver a recepção deles à nossa música e
ver a alegria dos brasileiros ali residentes em ouvir mú-
sica brasileira interpretada por brasileiros.
Além de todo conteúdo musical, aprendemos muito
sobre a cultura, sobre a diversidade e sobre amor. To-
dos ficamos em casa de famílias americanas e tínhamos
amigos designados, com os quais já fazíamos contato
por redes sociais. Mas foi maravilhoso conhecê-los pes-
soalmente e ter essa troca de conhecimentos, de cari-
nho e de compartilhar momentos maravilhosos e ines-
quecíveis como: a neve. Sim, a neve. A tão esperada ne-
ve, caiu e muito! Ficamos um final de semana sem po-
der sair de casa. Mas estávamos todos juntos na casa da
Dra. Moorman-Stahlman, o que nos uniu mais ainda.
Divertimos na neve, trabalhamos retirando-a e no do-
mingo fizemos um culto Taizé, que é uma liturgia vin-
LOUVOR 21
da da França, um culto muito simples, lindo e reflexi-
vo, em que são entoados cantos em latim (existe um li-
vro com as canções) e entre eles orações. O mesmo cul-
to foi feito posteriormente na capela da LVC.
Durante esses dias, tivemos espaço para discutir e refle-
tir sobre os assuntos abordados. E fomos divididos em
grupos com assuntos distintos. Para pensarmos no que
aprendemos, e como podemos usar esses conhecimen-
tos no futuro, no que isso nos seria importante e como
faríamos para obter bons resultados. Mas todos chega-
mos a mesma conclusão: não crescemos apenas musical-
mente, mas pessoal e espiritualmente também. Foram
pequenos detalhes que nos impressionaram por não ser
de nosso costume e que vimos que faz toda diferença,
como a pontualidade. No início, sofremos bastante, mas
no fim percebemos que se não fosse essa rigorosidade.
nada funcionaria tão bem. O amor incondicional pelo
próximo, o confiar e acreditar em nós mesmos e no ou-
tro. E não aprendemos com palavras, aprendemos com o
agir. A Dra. Moorman-Stahlman nos tratava com tanto
amor e carinho, confiou tanto em nós, nos apoiou e nos
apoia tanto, que víamos Cristo em sua vida. E nos levou
a refletir se agíamos dessa maneira com nosso próximo,
com nossos alunos e com nossos liderados. Se eles viam
Cristo em nosso agir, em nossa vida.
Estar com pessoas de lugares diferentes, de denominações
22 LOUVOR
diferentes, de pensamentos diferentes nos fez quebrar pa-
radigmas e ver como somos preconceituosos com aquilo
que não sabemos. Primeiro ponto que refletimos é o fato
que culturalmente não amamos verdadeiramente o nosso
próximo, isso mesmo! Não amamos, não nos conectamos
com o outro inteiramente. Pois nos aproximamos até on-
de nosso interesse vai, sem que haja empatia. E percebe-
mos isso na prática, pois mesmo sendo jovens organistas e
pianistas do mesmo país e tendo as mesmas projeções pa-
ra o futuro, não nos conhecíamos. E quando nos conhe-
cemos virtualmente, já formamos nossos preconceitos, se-
ja pelo método de ensino que utilizamos, pelo local que vi-
víamos, pelo local que estudávamos.
Depois de três semanas começamos a ver o outro. Co-
mo diz Carl Rogers: “(...) ver o mundo dos olhos do
outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos de-
le”. Isto é, vimos que tínhamos visões erradas sobre o
outro. Que pensar no nosso futuro sem o outro era va-
zio e mais difícil, que juntos somos mais fortes. Estáva-
mos nos deixando levar por uma cultura que vê o outro
como concorrente e inimigo. Onde compartilhar meu
conhecimento não é deixar um legado, mas, sim, criar
um concorrente. Porém, isso ocorre por não termos a
cultura de reconhecer nossos mestres e ter humildade
de ser um aprendiz. Posso citar o exemplo dos constru-
tores de órgãos. Visitamos a fábrica “Brunner” em Sil-
ver Springs, onde conhecemos todo o processo e o do-
LOUVOR 23
no nos contou como aprendeu o ofício. Em nenhum
momento ele se vangloriou de ser dono de uma fábri-
ca, de seus conhecimentos, mas se preocupou em dizer
que trabalhou por décadas em outra fábrica e citar o
nome daquele que lhe ensinou a trabalhar com órgãos
e de mostrar toda sua gratidão e respeito por ele.
Sonhar o sonho dos nossos colegas nos faz mais for-
tes. Infelizmente, tivemos que ir para muito longe
para sairmos da nossa bolha. A bolha da nossa cida-
de, nossa faculdade, nossa igreja, e olhar de fora. Um
olhar crítico para nossa bolha e para o mundo em vol-
ta dela. Sei que muitos brasileiros não gostam como
as coisas funcionam em nosso país e vislumbram um
mundo melhor no exterior. Mas chegamos lá e vimos
muita coisa boa, um mundo surreal, mas a vontade
de voltar para nosso Brasil foi grande. E não somente
pelo apelo emocional; era a vontade de fazer diferen-
te. É muito fácil termos dificuldades, erros e apenas
apontá-los e não fazer nada para mudar. É difícil pois
a mudança tem que partir de nós. E uma mudança in-
terior é dolorosa e exige sacrifícios. Temos a consciên-
cia que não iremos mudar a cultura estabelecida por
anos e anos, mas sabemos que se a mudança começar
em cada um de nós, podemos fazer mais pelas nossas
igrejas e pela educação musical em nosso país.
Vamos começar compartilhando nossas experiências
nos EUA e nossas reflexões em nossa página no Face-
book (www.facebook.com/brazilexchange). Espera-
mos assim motivar pessoas que estavam com seus so-
nhos adormecidos, cativar pessoas para nos ajudar e
manter por mais anos o projeto do intercâmbio. Nos-
sa oração é que mais pessoas tenham essa incrível opor-
tunidade que tivemos, que mais pessoas voltem reno-
vadas. Agradecemos a Deus por essa oportunidade e a
cada pessoa que nos apoiou. Agora não somos mais 18
alunos em lugares distantes. Juntos com nossos profes-
sores e amigos da LVC, somos uma família. Uma famí-
lia que se separou com lágrimas nos olhos e coração par-
tido, esperando nos reencontrar. Mas felizes pelo tempo
que passamos juntos e com forças renovadas para voltar
ao nosso país e fazer nosso trabalho. Que Deus nos guie
nessa jornada e nos dê força nas dificuldades. E que tu-
do seja feito para a sua honra e glória.
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A r t i g o
Consultoria de sonorização
Porque devo contratar
um especialista?
Beto Pimentel
Beto Pimentel
Membro da AES – Audio Engineering Society (82612), técnico de som, consultor de sonorização para igrejas (www.explicasom.
com.br), palestrante (www.projetocanthar.com.br), produtor artístico e executivo. Formado em Processamento de Dados pelo
colégio ENIAC, eletrônica pelo Instituto Pentágono de Ensino e Administração pela Universidade Salgado de Oliveira (Universo),
Membro do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA RJ Nº 20-74774). Atualmente, é bacharelando em Direito
pela Universidade La Salle (UniLaSalle). Atuando no mercado de áudio profissional desde 1983, trabalhou em empresas como
Gabisom (equipe responsável pela sonorização do Rock in Rio), Estúdios Transamérica, Impressão Digital, EMI-Odeon, Mega
Estúdio, Soundtrack Studio (como sócio). Atualmente, é diretor administrativo da empresa de cantatas e musicais Ômega Alfa
Ômega Produções Artísticas Ltda (www.oaoshop.com.br).
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Estudando os
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Por Diogo Monzo
Referências
LOUVOR 29
A r t i g o
Um sermão baseado
em um hino
Emirson Justino
Emirson Justino
é Ministro de Música, Bacharel em Música Sacra pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Professor de Percepção
Musical, Harmonia, Orquestração e Composição. Compositor e tradutor, atua como líder de louvor na Igreja Batista do Morumbi,
São Paulo, SP.
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