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Definição de ESD
ESD (Electrostatic Discharge) ou Descarga Eletrostática é a súbita e rápida
transferência de carga elétrica de um objeto para outro com diferentes
potenciais eletrostáticos. Essa descarga também pode ocorrer quando os
corpos estão muito próximos ou quando estão em contato direto.
Usualmente o fenômeno é visto na natureza em forma de raios ou quando
estamos potencialmente carregados, essa eletricidade estática é
descarregada quando tocamos em algum objeto metálico, como a
maçaneta de uma porta.
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Cargas eletrostáticas nos rodeiam a todo o momento, mas na indústria de
eletrônicos cargas eletrostáticas são tipicamente geradas por pessoal sem
proteção individual e materiais que produzem cargas que têm contato
direto ou que estejam próximos a componentes sensíveis a ESD.
Componentes eletrônicos são muito sensíveis às descargas elétricas. Um
chip, por exemplo, pode ser afetado com uma descarga eletrostática. Uma
pessoa caminhando num carpete, dependendo da taxa de umidade do ar,
pode acumular descargas.
Geração de ESD
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menores cargas são conduzidas na umidade do ar e nos materiais em
ambientes com alta umidade.
Veja alguns exemplos:
Potencial eletrostático acumulado
AR
MÃOS
VIDRO
CABELO
QUARTZO ACÚMULO DE
NYLON CARGAS POSITIVAS
PELE
SEDA
ALUMÍNIO
PAPEL
ALGODÃO
NEUTRO
AÇO
MADEIRA
BORRACHA
OURO
POLIÉSTER ACÚMULO DE
POLIURETANO CARGAS NEGATIVAS
POLIETILENO
VINIL
CELULOSE
SILÍCIO
TEFLON
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Efeitos da ESD
Os efeitos da ESD sobre componentes eletrônicos são invariavelmente
destrutivos. Após uma descarga eletrostática, o componente pode
apresentar falha total, degradação de desempenho, redução da expectativa
de vida ou operação errática.
As imagens mostram um trecho do interior de um microchip, ampliado por
microscópio, danificado após o simples toque do usuário.
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Controle
O modo básico de proteção contra ESD é conseguido através da
combinação de métodos de prevenção do acúmulo de cargas e mecanismos
de remoção de cargas existentes. Para minimizar os problemas com
eletricidade estática, podemos citar 4 regras básicas de proteção:
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íons negativos e positivos no ambiente, de forma a neutralizar as cargas
acumuladas nos objetos sob sua área de proteção, podendo ser de pequeno
volume de vazão para uso em bancadas ou de grande volume, este
adequado para salas limpas.
Importância do Aterramento
Levando em consideração que cargas elétricas não podem ser destruídas
ou eliminadas, devemos ter em mente que a única forma de controle será
o seu desvio para a terra, que constitui um depósito infinito de cargas.
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• Todas as áreas contendo componentes sensíveis devem ser
consideradas para instalação de piso dissipativo ou condutivo.
• Cuidados especiais na manutenção e limpeza do piso tratado contra
ESD é essencial para a duração útil do piso – siga instruções dos
fornecedores quanto aos procedimentos de limpeza.
• Cera ESD pode ser considerada e utilizada com bons resultados em
pisos não tratados para ESD, o lado negativo deste método é que
requer reaplicações periódicas.
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Materiais condutivos não devem ser utilizados porque podem danificar os
componentes eletrônicos por formação e correntes muito altas devido às
descargas muito rápidas e os antiestáticos porque a descarga é lenta.
Existem divergências quanto ao uso dessas classificações e o termo
genérico antiestático tem sido usado cada vez mais frequentemente. O uso
da expressão pulseira antiestática, por exemplo, para se referir à pulseira
com propriedade dissipativa.
Um segundo item que deve ser verificado são as caixas de armazenagem
colocadas junto às mesas. Normalmente, as caixas são confeccionadas em
material plástico devido a sua facilidade de fabricação e baixo custo. As
mesmas considerações feitas em relação à superfície da mesa devem ser
aplicadas às caixas. Novamente as dissipativas devem ser as preferidas.
Todos os materiais e ferramentas utilizadas na área de trabalho devem ser
analisados em relação à geração de ESD. Por exemplo, o cabo de uma chave
de fenda em plástico não condutivo poderá atingir um nível de 1700 volts.
Escovas para limpeza são artigos que deverão ser escolhidos com muito
cuidado, visto que sua utilização implica em forte geração de cargas.
Escolha as especialmente preparadas para minimizar o risco de ESD.
Normalmente, as melhores utilizam pelos de animais.
Controlando as cargas do corpo humano
A pele de um técnico ou operador deve ser sempre aterrada, mas em
conformidade com os requisitos de proteção pessoal.
A solução mais eficiente para esse
problema é a utilização de pulseiras
especiais de aterramento adequadas para
a classe de sensibilidade à ESD do
componente a ser manipulado. Essas
pulseiras conectam a pele com a terra
através de um resistor de 1 Mohm.
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Garantindo que o escoamento das cargas acumuladas não atinja correntes
excessivas e, ao mesmo tempo, evitando os riscos de choques elétricos.
Outra medida que pode ser tomada é o uso, por todo o pessoal com acesso
à área onde existir controle de ESD, de calçados ESD, calcanheiras, que em
conjunto com os pisos dissipativos, minimizará a geração de cargas durante
os deslocamentos.
Outro aspecto que deve ser observado diz respeito às técnicas de manuseio
de componentes e placas eletrônicas, onde o técnico deve estar sempre
consciente do fato que cargas estáticas sempre estarão presentes e evite
tocar diretamente terminais e componentes.
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Uma forma de minimizar esse problema é a utilização de luvas ou dedeiras
dissipativas.
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Elimine também materiais isolantes não essenciais de todas as áreas onde
os componentes sensíveis são expostos ou manuseados. A separação
mínima deve ser de 30 centímetros. Substitua estes materiais por
equivalentes antiestéticos. Se não for possível, considere a possibilidade de
instalar ionizadores de ar nos locais de trabalho.
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Regra 2 - Transporte e Armazenamento
A segunda regra é transportar e armazenar todos os componentes e placas
sensíveis em recipientes de blindagem da descarga eletrostática.
Existem no mercado diversos produtos voltados para esse controle, como
embalagens antiestáticas, caixas condutivas, espumas antiestáticas etc.
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Equipamentos como medidor de pulseira e calcanheira, kits de teste de
superfície (megôhmetro), sensor de campo eletrostático, sensor para
ionizador etc.
Esses monitores devem ser colocados na entrada das áreas protegidas e
todos os funcionários devem fazer o teste dos equipamentos pelo menos
uma vez ao dia ou sempre que houver alguma dúvida sobre sua eficiência.
Regra 4 - Fornecedores
A quarta regra é, basicamente, garantir e certificar que todos os
fornecedores de componentes e serviços seguem as três primeiras regras
sugeridas e se possível realizar auditorias periódicas.
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De nada adianta garantir um controle rigoroso de ESD no ambiente fabril
ou de serviços e nos demais ambientes onde os componentes serão
manipulados não haja controle contra ESD.
Manutenção em campo
Além da preparação em bancada, levamos em consideração trabalhos
móveis, onde o técnico tem que se deslocar até o ambiente do cliente para
a realização de uma manutenção em campo.
Para tais ocasiões, sugere-se a utilização de kits portáteis para serviço em
campo, que geralmente constam de manta dissipativa com ponto de
aterramento e pulseira (lembrando que a manta deve estar aterrada para
funcionar adequadamente), além das ferramentas adequadas (ferramentas
e pincéis antiestáticos etc.).
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CONCLUSÃO
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3. Obter o apoio do todos
A implantação de um processo de controle de ESD só será efetivada se for
apoiada em todas as áreas envolvidas e em todos os níveis. Isso significa
que o apoio deverá vir desde o dono da empresa até o pessoal da faxina.
4. Documentar as medidas e procedimentos
Criar documentos detalhando todos os processos e procedimentos e deixá-
los em local de fácil acesso para consulta imediata. Criar sinalizações
simples e diretas nas áreas onde ocorrem manipulações de componentes e
placas sensíveis.
5. Treinar todo o pessoal
De nada adianta um processo bem estruturado se os técnicos e operadores
não souberem como proceder ou como utilizar os equipamentos de
controle ESD.
6. Rever, analisar e melhorar os procedimentos
Nenhum processo é definitivo. Com o tempo, novas medidas devem ser
tomadas a fim de que se adaptem novos componentes ou equipamentos.
Lembrar que normalmente, toda melhoria de processo vem das pessoas
que o conhecem e utilizam.
Bibliografia
Adaptado de: http://ifpr2011.blogspot.com/2012/03/esd-descarga-eletrostatica.html (acesso nov./21)
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