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TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES
Instalações Prediais
MÓDULO II
Instalações Hidro Sanitárias
APOSTILA
2015
85
ETAPA
discip II – INSTALAÇÕES PREDIAIS FAETEC
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ETEHL-
MÓDULO II
SUMÁRIO
Anexos...................................................................................................pg 170
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MÓDULO II
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INTRUDUÇÂO
A água é muito importante para a sobrevivência e evolução do homem, pois sem ela
não haveria vida animal ou vegetal sobre a terra. A água e a saúde estão intimamente
relacionadas, pois, segundo a O.M.S., cerca de 81% dos casos de doenças, têm como origem
a água. Uma água contaminada ocasiona riscos a saúde, pois ela é responsável pela higiene,
é utilizada na industria, é utilizada na irrigação, é utilizada em barragens para geração de
energia elétrica, é o principal meio de combate a incêndio, etc..
Assim, como a qualidade de vida é o resultado das condições de alimentação,
transporte, moradia, saúde, abastecimento de água e energia, coleta de esgoto e de lixo,
educação, etc., o fornecimento de água a população implica em melhores ou piores níveis de
qualidade de vida e saúde.
A água, até chegar as torneiras das casas percorre um grande caminho: é captada,
passa por uma série de etapas de tratamento para purificar-se, é levada a um reservatório e
depois é distribuída a população.
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CAPITULO 6
NOÇÕES DE HIDRÁULICA
Qual dos dois vasos (A) ou (B) exerce maior pressão sobre
o fundo?
A primeira impressão que temos é que o recipiente (A)
efetua mais pressão no fundo do que o recipiente (B).
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A perda de carga localizada ocorre em casos que o líquido, neste caso a água, sofre
mudanças de direção, como por exemplo em conexões (joelhos, reduções, tês), ou em que ela
passa por dispositivos de controle, tipo registros, ocorrendo nestes pontos uma perda de carga
denominada de localizada. Portanto, quanto maior for o número de conexões de um trecho de
tubulação, maior será a perda de pressão ou perda de carga nesse trecho, diminuindo a pressão
ao longo da linha e/ou rede.
A pressão da água, sendo medida quando há vazão, indica-nos a pressão de serviço (igual
a pressão dinâmica) e quando a linha está fechada na sua extremidade temos a pressão
estática. A seguir é demonstrado um exemplo:
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CAPITULO 7
INSTALAÇÕES DE AGUA FRIA
7.1 Definição
Corresponde ao conjunto de tubulações, conexões e acessórios que permitem levar a água
da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro da habitação.
Objetivos
Para uma instalação predial de Água Fria estar bem projetada é necessário que:
Responsabilidade técnica
O projeto de instalações prediais de água fria deve ser elaborado por projetista com
formação profissional de nível superior, legalmente habilitado e qualificado.
A NBR 5626:1998 estabelece que as instalações prediais de água fria devem ser projetadas
de modo que, durante a vida útil do edifício que as contém, atendam aos seguintes requisitos:
concepção do projeto: é a etapa mais importante do projeto pois são definidos nesta fase o
tipo do prédio, pontos de utilização, o sistema de abastecimento e distribuição,
localização dos reservatórios, etc;
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Residencial
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Predial
Sistemas Misto – parte pela rede pública e parte pelo reservatório superior o
que é mais comum em residências, por exemplo, a água para a torneira do
jardim vem direto da rua.
7.4 Terminologia
Alimentador predial – Tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação
ou válvula de flutuador do reservatório.
Aparelho sanitário – Aparelho destinado ao uso de água para fins higiênicos ou para receber
dejetos e/ou águas servidas.
Automático de boia – Dispositivos instalado no interior de um reservatório para permitir o
funcionamento automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extemos
Barrilete – Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as
colunas de distribuição.
Caixa de descarga – Dispositivo colocada acima, acoplado ou integrado às bacias sanitárias
ou mictórios, destinados à reservação de àgua para suas limpezas.
Caixa de quebra-pressão – Caixa destinada a reduzir pressão nas colunas de distribuição.
Coluna de distribuição – Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.
Conjunto de elevatório – Sistema para elavação de água.
Consumo diário – Valor médio de água consumida num período de 24 horas em decorrência
de todos os usos do edifício no período.
Dispositivo antivibratório – Dispositivo instalado em conjuntos elevatórios para reduzir
vibrações e ruídos e evitar sua transmissão.
Extravasor – Tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios
e das caixas de descarga.
Inspeção – Qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e tubulações.
Instalação elevatória – Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a
elevar a água para o reservatório de distribuição.
Instalação hidropneumática – Conjunto de tubulações, equipamentos, instalações
elevatórias, reservatórios hidropeneumáticos e dispositivos destinados a manter sob pressão a
rede de distribuição predial.
Instalação predial de água fria – Conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e
dispositivos, existentes a partir do ramal pr3edial, destinado ao abastecimento dos pontos de
utilização de água do prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água
fornecida pelo sistema de abastecimento.
Interconexão – Ligação, permanente ou eventual, que torna possível a comunicação entre
dois sistemas de abastecimento.
Ligação de aparelho sanitário – Tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o
dispositivo de entrada de água no aparelho sanitário.
Limitador de vazão – Dispositivo utilizado para limitar a vazão em uma peça de utilização.
Nível operacional – Nível atingido pela água no interior da caixa de descarga, quando o
dispositivo da torneira de boia se apresenta na posição fechada e em repouso.
Nível de transbordamento – Nível atingido pela água no interior da caixa de descarga,
quando o dispositivo da torneira de boia se apresenta na posição fechada e em repouso.
Quebrador de vácuo – Dispositivo destinado a evitar o reflexo por sucção da água nas
tubulações.
Peça de utilização – Dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização água.
Ponto de utilização – Extremidade jusante do sub-ramal.
Pressão de serviço – Pressão máxima a que se pode submeter um tubo, conexão, válvula,
registro ou outro dispositivo, quando em uso normal.
sobrepressão de fechamento com a pressão estática a seção considerada.
Ramal – Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.
Ramal predial – Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a
instalação predial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo
regulamento da concessionária de água local.
Rede predial de distribuição – Conjunto de tubulações constituído de barriletes, coluna de
distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos.
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Refluxo – Retorno eventual e não previsto de fluídos, misturas ou substâncias para o sistema
de distribuição predial de água.
Registro de fecho ou de gaveta – registro instalado em uma tubulação para permitir a
interrupção da passagem de água.
Registro de utilização ou de pressão – Registro instalado no sub-ramal, ou no ponto de
utilização, destinado ao fechamento ou regulagem da vazão da água a ser utilizada.
Regulador de vazão – Aparelho intercalado numa tubulação para manter constante sua vazão,
qualquer que seja a pressão a montante.
Reservatório hidropneumático – Reservatório para ar e água destinado a manter sob
pressão a rede de distribuição predial.
Reservatório inferior – Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação
elevatória, destinado a reservar água e funcionar como poço de sucção da instalação
elevatória.
Reservatório superior – Reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de
recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição.
Retrossifonagem – Refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas, para o sistema de
consumo, em decorrência de pressões negativas.
Separação atmosférica – Distância vertical, sem obstáculos e através da atmosfera, entre a
saída da água da peça de utilização e o nível de transbordamento dos aparelhos sanitários,
caixas de descarga e reservatórios.
Sistema de abastecimento – Rede pública ou qualquer sistema particular de água que
abasteça a instalação predial.
Sobrepressão de fechamento - Maior acréscimo de pressão que se verifica na pressão
estática durante e logo após a abertura de uma peça de utilização.
Subpressão de abertura – Maior decréscimo de pressão que se verifica na pressão estática
durante e logo após o fechamento de uma peça de utilização.
Sub-ramal – Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho
sanitário.
Torneira de bóia – Válvula com boia destinada a interromper a entrada de água nos
reservatórios e caixas de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto.
Trecho – Comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a última
conexão da coluna de distribuição.
Tubo de descarga – Tubo que liga a válvula ou caixa de descarga à bacia sanitária ou
mictório.
Tubo ventilador – Tubulação destinada a entrada de ar em tubulações para evitar
subpressões nesses condutos.
Tubulação de limpeza – Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir a
sua manutenção e limpeza.
Tubulação de recalque – Tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o
ponto de descarga no reservatório de distribuição.
Tubulação de sucção - Tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório
interior e o orifício de entrada da bomba.
Válvula de descarga – Válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal
de alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água
para suas limpezas.
Válvula de escoamento unidirecional – Válvula que permite o escoamento em uma única
direção.
Válvula de redutora de pressão – Válvula que mantém a jusante uma pressão
estabelecida, qualquer que seja a pressão dinâmica a montante.
Vazão de regime – Vazão obtida em uma peça de utilização quando instalada e regulada para
as condições normais de operação.
Volume de descarga – Volume que uma válvula ou caixa de descarga deve fornecer para
promover a perfeita limpeza de uma bacia sanitária ou mictório.
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Reservatório
elevado
Reservatório
superior
Captação Rio,
lago ou represa Caixa d’água
estação de
tratamento bombas
Rede de
distribuição
cisterna
Ilustração
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DISTRIBUIÇÃO
ÁGUA FLOCULADOR DECANTADOR FILTRO
BRUTA
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Tipos:
Cisterna - reservatório Inferior enterrado ou não( Concreto, alvenaria ou PVC)
Cilindrico ou Torre;
Castelo D’agua;
Caixa d’agua ( Polietileno, Aço inoxidável,Fibra etc..);
Tanque Aéreo ou enterrado.
Horizontais e Verticais
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7.6.2 Ramal predial – canalização que conduz a agua da rede pública para o
imóvel. Alimenta ainda o medidor de consumo- O Hidrômetro
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CAPITULO 8
DIMENSIONAMENTO HIDRÀULICO
Onde
Cd => consumo diário; p => população; c => consumo per capta (Tab. 1.2)
EXEMPLO:
1) Calcular o consumo predial diário para uma residência com três quartos sociais e uma
dependência de empregada.
Solução:
População da edificação = 7 pessoas
Consumo per capita = 200 litros/pessoa dia (Tabela 1.2)
Cd = p.c, onde Cd = 7 x 200 = 1.400 litros/dia.
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2) Calcular o consumo predial para um banco cuja área total de construção é de 1080 m².
Solução: taxa de ocupação (t.o) = 1 pessoa para cada 5 m² (Tabela 1.1 –bancos)
p = área construída = 1080 m² = 216 pessoas
Taxa de ocupação 5 p/m²
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Cr = n.Cd
Cr => capacidade do reservatório, n => número de dias para reserva, Cd => consumo
diário
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Exemplo
Isométrica do Reservatório Inferior com estação de Bombeamento
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No caso do exemplo anterior, devemos considerar que para efeito do calculo da Reserva
Técnica de Incêndio ( RTI) a ser somada ao reservatório inferior ou superior, conforme definição
do posicionamento das bombas de Incêndio ( térreo ou subsolo e cobertura)
RTI = 6000 litros( para os primeiros 04 hidrantes)+ 500 litros por hidrante (Além de 04, conforme
quantidade por Pavimento)
Considerando 10 Pavimentos, com um hidrante por andar teremos:
Para o sistema de distribuição direto, sem reservatório. O cálculo é feito tal como no caso
de um barrilete de distribuição de um reservatório superior, o que veremos em
“Dimensionamento de Barrilete”.
Para o sistema de distribuição indireto, portanto, com reservatórios. Admite-se para
cálculo que o abastecimento da rede seja continuo e que a vazão, que abastece o reservatório
seja continuo e que a vazão que abastece o reservatório seja suficiente para atender ao
consumo diário no período de 24 horas embora, evidentemente. O consumo nos aparelhos varie
bastante ao longo desse tempo .
Qmin = Cd/86.400
Cálculo da vazão mínima: onde
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Os extravasores dos reservatórios inferiores e os reguladores de nível piezométrico
devem escoar livremente no espaço em lugar visível, de modo a poder servir de
advertência, e nunca em caixas de areia, ralos, calhas, ou condutores de águas pluviais.
Os reservatórios deverão ter o extravasor disposto de maneira que a extremidade
superior do tubo do reservatório fique, pelo menos, a 0,50 m acima da extremidade livre
inferior da descarga do mesmo tubo.
O extravasor não poderá escoar água em galeria de águas pluviais, esgoto, e sim
livremente no terreno, ou sarjeta do logradouro, com a interposição de um sifão, sendo
ainda obrigatório, como medida de segurança, que o extravasor seja dotado de válvula
de retenção que impeça a circulação água de fora para dentro do reservatório.
EXEMPLO
Solução:
Este critério se baseia na hipótese que os diversos aparelhos servidos pelo ramal sejam
utilizados simultaneamente, de modo que a descarga total no início do ramal será a soma das
descargas em cada um dos sub-ramais. O uso simultâneo ocorre em geral em instalações
onde o regime de uso determina essa ocorrência, como por exemplo em fábricas, escolas,
quartéis, instalações esportivas etc. onde todas as peças podem estar em uso simultâneo em
determinados horários. Macintyre (1990) recomenda que se utilize esse critério para casas em
cuja cobertura exista apenas um ramal alimentando as peças dos banheiros, cozinha e área de
serviço, pois é possível que, por exemplo, a descarga do vaso sanitário, a pia da cozinha e o
tanque funcionem ao mesmo tempo.
O dimensionamento é feito através do Método das Seções Equivalentes, que consiste em
expressar o diâmetro de cada trecho da tubulação em função da vazão equivalente obtida com
diâmetros de 15mm (1/2 polegada). A Tabela 1.3 apresenta os diâmetros nominais mínimos
dos sub-ramais de alimentação para diferentes aparelhos sanitários e a Tabela 1.4 apresenta
os diâmetros equivalentes para aplicação deste critério.
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Esta quantidade de água está relacionada com um numero chamado de “peso das peças de
utilização”.
Esses pesos por sua vez, tem relação direta com os diâmetros mínimos necessários para o
funcionamento das peças.
Portanto, para que possamos determinar os diâmetros das barriletes, colunas, ramais e sub-
ramais, devemos:
Passo 1: Calcule a soma dos pesos das peças de utilização para cada trecho da
tubulação. Estes pesos estão relacionados na tabela AF 03:
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Exemplo:
Vamos determinar os diâmetros das tubulações da instalação das figura a seguir, que ilustra uma
instalação hidráulica básica de uma residência.
Temos a divisão desse sistema em vários trechos: AB, BC, DE, EF EFG.
O cálculo deve ser iniciado partindo do reservatório, ou seja, trechos AB e DE. Vamos iniciar
calculando o trecho AB e os ramais que o mesmo atende.
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Trecho AB
A vazão que passa por esse trecho é correspondente à soma dos pesos de todas as peças
alimentadas por esta tubulação, portanto: A vazão de água que passa pelo trecho AB (1°
barrilete), corresponde ao peso da válvula de descarga que atende o vaso sanitário. Olhando na
tabela AF 03, encontramos o peso relativo de 32.
Com esse valor, vamos procurar no ábaco luneta qual o diâmetro indicado para o trecho
AB, que neste caso corresponde a 40mm (para tubulação soldável) ou 1. ¼” (para tubulação
roscável).
Trecho BC
A vazão de água que passa pelo trecho BC (coluna), é igual ao trecho AB, pois serve ao
mesmo aparelho: A válvula de descarga.
Sendo assim, o trecho BC terá o mesmo valor de peso relativo que o trecho AB:
Peso = 32
Também nesse caso, verificando no ábaco luneta, concluímos que a tubulação indicada é
de 40 mm(para tubulação soldável) ou ¼”(para tubulação roscável).
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Bolsa e Rosca para Registro de 40mm x 1.1/2”, ou pode-se adotar o diâmetro de 50mm nas
tubulações, dispensando o uso do Adaptador.
Trecho DE
Vamos calcular agora o diâmetro necessário para a tubulação do trecho DE, ou seja, o
ramal que abastecerá a ducha higiência, lavatório, chuveiro elétrico, pia da cozinha(com torneira
elétrica), tanque e a torneira de jardim.
Primeiramente então devemos somar os pesos dessas pessas de utilização, obtidos através da
tabela AF 03:
Com este valor, vamos procurar no ábaco luneta qual o diâmetro indicado para esse
trecho de tubo
Esse número está entre 1,1 e 3,5. Portanto os diâmetros correspondentes são: 25mm (para
tubulação soldável) ou ¾” (para tubulação roscável) para o trecho DE.
A vazão de água que passa pelos trechos EF (coluna) e FG (ramal), é igual a soma dos
pesos dos aparelhos atendidos pelo trecho DE.
Logo, pode-se utilizar o mesmo raciocínio utilizado para o cálculo do trecho DE, onde a soma
dos pesos é igual a 2,0 e o diâmetro correspondente é de 25mm(para tubulação soldável) ou ¾”
(para tubulação roscável).
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Nota-se que todos estão compreendidos no trecho entre 1,1 e 3,5 no ábaco luneta. Concluímos
então que para esses sub ramais, o diâmetro das tubulações deve ser 25 mm ( para tubulação
soldável) ou ¾” (para tubulação roscável).
Dicas do Hufen
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No exemplo anterior, vamos supor que a torneira da pia da cozinha e o chuveiro fossem
atendidos pelo mesmo ramal, e que viessem a ser utilizados ao mesmo tempo. Para calcular
este ramal, somaríamos o peso destas 2 peças:
Chuveiro: 0,1
Torneira de pia: 0,7
Total: 0,8
Como vimos, o resultado deste cálculo é o mesmo conforme calculado através do método
do Consumo Máximo Possível. No caso de instalações residenciais, não existem realmente
grandes diferenças que possam gerar economia.
Porém, para obras verticais ou horizontais de grande porte, onde o número de peças de
utilização é maio, recomenda-se o uso do Consumo Máximo Provável, pois o outro método
pode resultar em diâmetros maiores que o necessário, visto que considera a utilização de todas
as peças de um mesmo ramal ao mesmo tempo.
A norma NBR 5626 diz que nos caos de instalações que contenham válvulas de descarga,
a coluna de distribuição deverá ser ventilada, porém a Tigre indica que seja ventilada
independente de haver válvula de descarga na rede.
- O tubo de ventilação deverá estar ligado à coluna, após o registro de passagem existente;
- Ter sua extremidade superior aberta;
- Estar acima do nível máximo d’água do reservatório;
- Ter o diâmetro igual ou superior ao da coluna.
Para o exemplo anterior, o diâmetro do tubo ventilador devera ser de, no mínimo 40 mm
ou 1 ¼”.
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Dicas do Hufen
2- Nas tubulações sempre ocorrem bolhas de ar, que normalmente acompanham o fluxo de
água, causando a diminuição das vazões das tubulações. Se existir o tubo ventilador, essas
bolhas serão expulsas, melhorando o desempenho final das peças de utilização. Também no
caso de esvaziamento da rede por falta de água e, quando volta a mesma a encher, o ar fica
“preso”, dificultando a passagem da água. Neste caso a ventilação permitirá a expulsão do ar
acumulado.
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• Perda de Carga Localizada ou acidental: são as perdas que ocorrem nas mudanças de
direção, como por exemplo nas conexões (joelhos, reduções, tês), ou quando a água passa por
dispositivos de controle, tipo registro. Portanto, quanto maior for o número de conexões de um
trecho de tubulação, maior será a perda de pressão ou perda de carga nesse trecho, diminuindo
a pressão ao longo da tubulação
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o
1 Cotovelo 90 raio longo; 9 Entrada de borda;
o
2 Cotovelo 90 raio médio; 10 Registro de gaveta aberto;
o
8 Cotovelo 90 raio curto;
o
11 Registro de globo aberto;
4 Cotovelo 45 ; 12 Registro de ângulo aberto
o
5 Curva 90 raio longo; 13 Tê de passagem direta;
o
6 Curva 90 raio curto; 14 Tê de saída de lado;
o
7 Curva 45 ; 15 Tê de saída bilateral;
8 Entra
da normal; 16 Válvula de pé e crivo;
17 Saída da canalização;
18 Válvula de retenção tipo leve;
19 19-Válvula de retenção tipo pesado.
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CAPITULO 9
O PROJETO HIDRÀULICO- Representação Gráfica
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Isométrica de Banheiro
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CAPÍTULO 10
REUSO DA ÁGUA
Cerca de 71% da superfície do planeta Terra é coberta por água. Cerca de 97,5% dessa
água é salgada e está nos oceanos, 2,5% é doce sendo que deles, 2% estão nas geleiras, e
apenas 0,5% estão disponíveis nos corpos d’água da superfície, isto é, subsolo, atmosfera, rios
e lagos, sendo que a maior parte dessa água doce, ou seja, 95%, está internada no subsolo,
que é, portanto, a grande “caixa d’água doce” da Natureza. Portanto, embora nosso planeta
seja conhecido como planeta água o volume de água doce potável é o mínimo, dando-nos a
visão correta de bem finito.
Sabemos também que da água doce e potável existente no planeta, são utilizados 20% no
setor industrial, 70 % uso agrícola e 10% para uso doméstico.
Considerando-se que a água é um bem finito podemos dessa forma concluir o princípio da
racionalização do uso da água:
“Consiste em sistematizar as intervenções que devem ser realizadas em uma edificação, de tal
forma que as ações de redução do consumo sejam resultantes de amplo conhecimento do
sistema, garantindo sempre a qualidade necessária para a realização das atividades
consumidoras, com o mínimo de desperdício.”
Nos sistemas residências e comercias podemos adotar captação de agua pluvial ( chuva) e de
aguas cinzas ( chuveiros e ralos)
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O Principal fator complicador dos projetos de reuso de água, tanto pluviais como de águas
cinzas e negras é a separação dos ramais e cisternas que deve obedecer a critérios rigorosos,
a fim de se reduzir riscos de contaminação. Os custos operacionais também pesam bastante.
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CAPÍTULO 11
Sistemas de Agua Quente -NBR 7118
Para obter um bom desempenho de um sistema de água quente, sabemos que a escolha
dos componentes condutores da água é fundamental, por isso o COBRE destaca-se por seu
melhor desempenho, resistência, durabilidade e condução da água.
Passagem: Sistema em que a água é aquecida gradualmente à medida que passa pelo
aparelho, tendo esse como fonte de energia o gás combustível onde o gás também pode ser
transportado por tubos de cobre rígidos Classe A e Flexíveis Classe 2.
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O sistema predial de água quente é constituído por alguns componentes importantes como:
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11.3 Distribuição
Importante
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Esta instalação obedece aos conceitos de uma instalação elétrica por meio de conduítes (
mangueiras flexíveis) facilitando a manutenção, dispensa a necessidade de quebra de paredes.
O PEX é um tipo de material que de forma tímida vem sendo introduzido no mercado, mas
o seu custo e a falta de mão de obra qualificada tem sido um entrave para a sua divulgação.
Falando como profissional da área de hidráulica acredito que o PEX será a tubulação mais
usada em um futuro bem próximo, pois, a sua facilidade de instalação é impressionante, e há
também alguns aspectos muito vantajosos tais como, a dispensa de conexões intermediárias.
Já que em toda instalação são possíveis pontos de vazamento.
Também podem ser utilizados para o transporte de água quente e fria, e podem conduzir gás
devido a sua resistência mecânica
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CAPÍTULO 12
MATERIAIS HIDRÀULICOS
Amigos, quando pensamos em instalações hidráulicas, logo vem a nossa cabeça tubos de PVC
e suas conexões conduzindo água para as torneiras, chuveiro e pias da casa.
Não damos tanta atenção assim a essa etapa de obra. Entretanto, na construção civil uma das
áreas mais inovadoras é justamente a de instalações.*
O PVC é apenas um dos materiais de tubos e conexões, mas ele atende todos os projetos? Ele
pode conduzir água quente? O PVC de água fria é o mesmo para esgoto? Pode ficar exposto ao
sol? Você sabia que o PVC não pode conduzir água quente?
Hoje no mercado há vários outros tipos de materiais com características específicas para
atender os mais diversos tipos de projetos. Esse é o fator determinante para a escolha do tipo de
material de tubos e conexões a serem utilizados na sua obra:
a necessidade;
as características do projeto;
a disponibilidade na sua região;
o custo-benefício.
Para a construção da sua Casa pode ser que o PVC atenda a maioria dos casos, mas é bom
conhecer os outros materiais disponíveis e suas características, assim você conseguirá fazer
melhor um comparativo e procurar um melhor custo benefício.
Para a linha de água fria e quente há os seguinte materiais: PVC, CPVC, PPR, PEX, Cobre.
Para a linha de esgoto há o PVC, PVC-R.
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12.1.1 PVC
O PVC – Policloreto de Vinila – são tubos e conexões para a condução de água fria, com
temperatura de trabalho a 20ºC. É o material mais utilizado nas instalações hidráulicas
residenciais. Há dois tipos de linhas de produtos: o PVC Soldável e o PVC Roscável.
O roscável utiliza uma Tarraxa para fazer rosca na ponta dos tubos e fita veda-rosca para fazer a
união dos tubos com as conexões, geralmente são na cor branca. Cuidado para não utilizar fita
em excesso porque pode quebrar a conexão e nem faça aperto excessivo.
12.1.2 CPVC
12.1.3 PPR
O PPR – Polipropileno Copolímero Random – são tubos e conexões unidos por termofusão a
260ºC, formando uma tubulação única, sem o risco de vazamentos e sem a utilização de colas e
fazer roscas. São indicados principalmente para água quente e dispensa o isolamento térmico,
aquele tipo de espuma que envolve as tubulações de cobre.
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Como a união dos tubos é por termofusão, ou seja, formam um elemento único, o risco de
vazamentos é praticamente zero e caso haja necessidade de ampliar o sistema, ou fazer
alguma manutenção durante uma reforma, o procedimento é o mesmo: aquecer a ponta do
tubo e o interior da conexão.
12.1.4 PEX
12.1.5 COBRE
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Existem no mercado, diversos tipos de válvulas, que são empregadas para o funcionamento
pleno de tubulações, caldeiras, entre outros equipamentos. Entretanto, as válvulas mais
utilizadas no são:
Válvula esfera;
Válvula borboleta;
Válvula de retenção;
Válvula gaveta;
Válvula globo;
Válvula de diafragma.
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CAPÍTULO 13
13.1 Definição
13.2 Componentes
• Deve permitir rápido escoamento dos despejos e facilidade de limpeza em caso de obstrução
(caixas de passagem).
• Vedar entrada de gases, insetos e pequenos animais para o interior da casa.
• Não permitir vazamentos, escapamentos de gases ou formação de depósitos no interior das
canalizações.
• Não permitir contaminação da água de consumo e nem de gênero alimentício.
• O esgoto deve correr sempre em linha reta e com declividade uniforme (2 a 3% para PVC e
aproximadamente 5% para manilhas).
• Usar caixas de passagem nas mudanças de direção.
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Ramais de Descarga: Para aparelhos não relacionados na tabela anterior, devem ser
estimadas as UHC e dimensionadas na tabela abaixo:
A partir da soma dos UHC dos aparelhos sanitários da Tabela 1, determinar através da tabela 3
os diâmetros dos ramais de esgoto.
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Recebem os efluentes dos ramais de esgoto e ramais de descarga até os sub coletores.
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Na Residência
Nos edifícios
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Fossa Séptica
O tanque séptico ou fossa séptica é uma das soluções recomendadas para destino
dos esgotos (afluentes) em edificações providas de suprimento de água. É um
dispositivo de tratamento biológico, destinado a receber a contribuição de um ou mais
domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com
sua simplicidade e custo.
Os tanques sépticos foram concebidos por volta do ano de 1860, a partir de trabalhos
pioneiros de Louis Mouras, na França, que utilizando um tanque enterrado no solo,
acondicionou matérias sólidas provenientes de cozinha e banheiro e observou a
formação de um lodo escuro e pouco denso. Até hoje, esses tanques ainda são
amplamente divulgados, constituindo uma das principais alternativas para tratamento
biológico primário de despejos.
Os tanques sépticos podem ser cilíndricos ou prismático-retangulares, sendo que
estes últimos favorecem a decantação, basicamente dos tipos com câmara única, com
câmaras em série e com câmaras sobrepostas. Pode ser todo construído de concreto ou
as paredes podem ser de alvenaria de ½ tijolo, de tijolos maciços (35 tijolos maciços por
m2) revestidos com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 adicionada de
impermeabilizante.
As paredes são executadas sobre base de concreto simples feita sobre terreno
apiloado, nas dimensões determinadas pelo projeto. As chicanas, responsáveis pelo
direcionamento do afluente dentro do tanque, podem ser de madeira ou concreto pré-
fabricado, com espessura 0,05 m, sendo a da entrada menor que a da saída. A laje que
serve para tampar e vedar a fossa, normalmente é confeccionada de concreto armado,
0,06 a 0,08 m de espessura, e é septada, composta por partes de 0,50 m de largura que
facilitam a abertura para limpeza. As tubulações de entrada e saída são de 4”.
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Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no
esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando
queestes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.
As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com boas
condições de ventilação.
As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos
sobrepostos devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o
esgoto para caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura
individuais nos andares.
As caixas de gordura podem ser moldadas in loco ou adquiridas prontas no mercado.
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Coluna líquida que, num sifão sanitário, veda a passagem dos gases nas instalações
prediais de esgotos sanitários.
Desconectores ou sifões: peças que contêm uma camada líquida chamada de “fecho
hídrico”, fundamentais para impedir a passagem dos gases contidos nos esgotos. A norma
brasileira NBR 8160 recomenda um mínimo de 5 cm para altura dos fechos hídricos dos
desconectores.
Ralos: são caixas que possuem grelha na parte superior, que recebem as águas de chuveiros
ou de lavagem de pisos. Quando contém sifão, chamamos de ralos sifonados.
Caixas sifonadas: peças que recebem as águas servidas de lavatórios, banheiras, box,
tanques e pias, ao mesmo tempo em que impedem o retorno dos gases contidos nos esgotos
para os ambientes internos. Também podem recolher as águas de lavagem de piso, através da
grelha superior, e protegem a instalação contra a entrada de insetos, graças ao fecho hídrico.
Vaso Sanitario: Seu funcionamento é bastante simples: o vaso mantém uma quantidade de
água; logo atrás, o cano do vaso sanitário que leva os dejetos faz uma curva para cima e outra
para baixo - um sifão - e que, somente depois, vai para o esgoto; nessa curva, uma quantidade
de água fica acumulada e, quando a descarga é acionada, uma quantidade de água é liberada.
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Ralos Sifonados
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CAPÍTULO 14
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM
A palavra "pluvial" vem do latim “pluvium”, que significa chuva. Portanto, águas pluviais
são as águas da chuva. Estas águas, que escoam sobre a superfície do solo, terraços,
telhados, etc, precisam ser captadas e conduzidas de forma controlada por sistemas de
captação e drenagem pluvial, para evitar alagamentos, reduzir a erosão do solo e proteger as
edificações da umidade, garantindo conforto às pessoas. Por isso são tão importantes os
sistemas de Captação de Águas e Drenagem.
As instalações prediais de águas pluviais seguem as preconizações da norma NBR
10844 (ABNT,1989) - Instalações Prediais de Águas Pluviais.
Os objetivos específicos que se pretende atingir com o projeto de instalações de águas pluviais
são os seguintes:
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14.1 Terminologia
• Altura pluviométrica: é o volume de água precipitada (em mm) por unidade de área, ou é a
altura de água de chuva que se acumula, após um certo tempo, sobre uma superfície
horizontal impermeável e confinada lateralmente, desconsiderando a evaporação.
• Intensidade pluviométrica: é a altura pluviométrica por unidade de tempo (mm/h).
• Período de retorno: número médio de anos em que, para a mesma duração de precipitação,
uma determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma
vez.
• Área de contribuição: soma das áreas das superfícies que, interceptando chuva, conduzem
as águas para determinado ponto da instalação.
• Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto
de destino.
• Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junta as paredes e ao fundo do
condutor ou calha.
• Área molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou calha.
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Diversos tipos de calhas podem ser instaladas. A Figura 3-1. Calha de beiral ilustra a calha
instalada em beiral; a Figura 3-2 ilustra a calha instalada em platibanda e a Figura 3-3 ilustra a
calha instalada no encontro das águas do telhado (água-furtada).
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• Calha: aço galvanizado, folhas de flandres, cobre, aço inoxidável, alumínio, fibrocimento,
pvc rígido, fibra de vidro, concreto ou alvenaria.
• Condutor vertical: ferro fundido, fibrocimento, pvc rígido, aço galvanizado, cobre, chapas
de aço galvanizado, folhas de flandres, chapas de cobre, aço inoxidável, alumínio ou
fibra de vidro.
• Condutor horizontal: ferro fundido, fibrocimento, pvc rígido, aço galvanizado, cerâmica
vidrada, concreto, cobre, canais de concreto ou alvenaria.
• O sistema de esgotamento das águas pluviais deve ser completamente separado da rede
de esgotos sanitários, rede de água fria e de quaisquer outras instalações prediais.
Deve-se prever dispositivo de proteção contra o acesso de gases no interior da
tubulação de águas pluviais, quando houver risco de penetração destes.
• Nas junções e, no máximo de 20 em 20 metros, deve haver uma caixa de inspeção.
• Quando houver risco de obstrução, deve-se prever mais de uma saída.
• Lajes impermeabilizadas devem ter declividade mínima de 0,5%.
• Calhas de beiral e platibanda devem ter declividade mínima de 0,5%.
Nos casos em que um extravasamento não pode ser tolerado, pode-se prever
extravasores de calha que descarregam em locais adequados.
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Os tubos de PVC a serem adotados nos sistemas prediais de águas pluviais devem ser
da linha esgoto Série Reforçada, de acordo com a norma NBR 5688 – Sistemas
Prediais de Água Pluvial, Esgoto Sanitário e Ventilação - Requisitos para Tubos e
Conexões, pois têm maior resistência às sub-pressões que podem ocorrer nestas
instalações;
- A ligação entre os condutores verticais e horizontais deve ser feita com curva de raio
longo, com caixa de inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal aparente
ou enterrado;
- O diâmetro mínimo (comercial) dos condutores verticais é de DN 75.
- A inclinação das calhas de platibanda e beiral deve ser uniforme, com valor mínimo de
0,5%, ou seja, em cada 1 metro de tubo na horizontal, teremos 5 mm de desnível
vertical.
Para se determinar a intensidade pluviométrica (I) para fins de projeto, deve ser fixada a
duração da precipitação e do período de retorno adequado, com base em dados pluviométricos
locais.
4.2.1 Duração da precipitação
A NBR 10844 fixa os seguintes períodos de retorno, baseados nas características da área a ser
drenada:
• T = 1 ano: para áreas pavimentadas onde empoçamentos possam ser tolerados;
• T = 5 anos: para coberturas e/ou terraço;
• T = 25 anos: para coberturas e áreas onde empoçamentos ou extravasamentos não
possam ser tolerados.
A intensidade de precipitação (I) a ser adotada deve ser de 150mm/h quando a área de
projeção horizontal for menor que 100m². Se a área exceder a 100m², utilizar a tabela 5
(Chuvas Intensas no Brasil) da NBR 10844/1989. Algumas cidades estão representadas na
Tabela 4-1.
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Caixa de areia
Devem ser previstas inspeções nas tubulações aparentes nos seguintes casos:
- conexão com outra tubulação;
- mudança de declividade e/ou de direção;
- a cada trecho de 20 metros nos percursos retilíneos.
Devem ser previstas caixas de areia nas tubulações nos seguintes casos:
- nas conexões com outra tubulação;
- mudança de declividade e/ou direção;
- a cada trecho de 20 metros nos percursos retilíneos.
Em ambos os casos, em cada descida (condutor vertical) ou no pé do tubo condutor vertical
deverá ser instalada uma caixa de areia. De acordo com a 10844, a ligação entre os
condutores verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio longo com inspeção caixa de
areia. A Figura abaixo indica um modelo desta caixa.
Apresentação do projeto
O projeto de instalações prediais de águas pluviais deve ser composto de plantas baixas de
todos os pavimentos (de um pavimento tipo no caso de sua existência), planta de cobertura,
locação, detalhes, memorial descritivo e de cálculo. Todas as pranchas devem possuir legenda
e notas.
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14.5 Drenagem
Quando a água, geralmente proveniente da chuva, preenche toda a porosidade de um solo, por
encontrar dificuldade de escoar naturalmente, acontecem vários inconvenientes como:
Como a drenagem reduz a umidade do solo, ela acaba rebaixando a altura do lençol freático
através da retirada e afastamento do excesso de água subterrânea. Isto oferece maior
segurança para as construções, pois entre outros motivos, evita que o solo “afunde”com o seu
peso em função da grande quantidade de água no solo.
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Muito utilizada em muros de arrimo, que os protege contra rachaduras e tombamentos que
poderiam acontecer pelo excesso de pressão no solo em função do acúmulo de água infiltrada.
Além disso, gera economia, pois com um sistema de drenagem bem executado, pode-se
dimensionar os muros de arrimo mais estreitos e leves.
Outra aplicação é no rebaixamento do lençol freático do solo das construções, para protegê-
las do excesso de umidade e de possíveis afundamentos do solo pelo peso das construções.
Agricultura:
O uso de sistemas de drenagem em áreas plantadas evita a perda de plantações pelo excesso
de umidade, aumenta a produtividade, e ainda facilita o trânsito na superfície do solo. Da
mesma forma, em regiões mais secas, a drenagem evita a salinização (grande acúmulo de sais
minerais) dos solos que serão irrigados.
Outras aplicações:
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14.6 Dimensionamento
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Este valor será utilizado agora para o cálculo da vazão total da área a ser drenada, e
assim saberemos quantos litros de água de chuva deverão ser escoados pelas calhas.
Onde:
V: vazão Total (litros/segundo)
H: índice Pluviométrico (mm/hora) da tabela AP02
S: área da superfície a ser drenada (m²)
Esse passo deve ser iniciado pela seleção do diâmetro e declividade do tubo de drenagem que
será utilizado no projeto. Observe que a declividade é dada em porcentagem. Por exemplo, o
que significa uma declividade de 1%?
Veja a ilustração:
Ou seja, a cada 1 metro de comprimento na horizontal, o tubo terá 1cm de desnível em relação
ao nível do solo.
Em seguida deve ser consultada a tabela AP03 para determinar a vazão do tubo de drenagem
selecionado (Vtubo).
Onde:
N: número de tubos de saídas
V: vazão total (litros/segundo) da equação 1
Vtubo: vazão de cada tubo de drenagem (litros/segundo) da tabela AP0
Agora localizamos a vazão calculada “Vtrecho” nas tabelas AP04 e AP05 (conforme
declividade escolhida). Desta forma saberemos qual é o tipo de calha que terá a capacidade
ideal para escoamento da área desejada.
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Nesse momento é importante conferir na tabela AP06 se o tipo de calha escolhido tem
conexões adequadas para saída com o diâmetro de tubo de drenagem escolhido no passo 2 e
confirmar quais conexões deverão ser utilizadas em cada ponto de saída ao longo da calha
(bocais, saídas laterais, cabeceiras, etc).
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- Sarjetas: faixas da via paralelas ao meio-fio que com ele formam uma calha.
São destinadas a conduzir a água pluvial. Pode-se calcular a capacidade máxima da sarjeta de
condução considerando a água escoando apenas por sua seção ou por toda calha da rua;
- Sarjetões: calhas formadas pelo próprio pavimento, localizadas nos cruzamentos das vias
públicas e destinadas a direcionar a água pluvial que escoa pela sarjeta;
Nos pontos mais baixos do sistema viário devem ser instaladas estruturas
denominadas “bocas-de-lobo”;
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Tais estruturas devem ser colocadas de forma a não terem a sua capacidade de
engolimento ultrapassadas, bem como respeitar a capacidade da sarjeta. Lembre-se
que a vazão conduzida pela sarjeta aumenta durante o escoamento (pois recebe
diversas “contribuições” laterais) até que haja uma boca-de-lobo que recolha toda essa
água;
Também as bocas-de-lobo não devem ser instaladas nos vértices das vias, de forma a
facilitar a travessia de pedestres e para que não haja a convergência de torrentes.
As bocas-de-lobo podem ser bocas ou ralos de guias, ralos de sarjeta (grelhas), ou ralos
combinados. Podem apresentar ainda depressão ou serem colocadas de forma simples ou
múltipla (Figura 5).
- Tubos de ligações: são canalizações destinadas à conduzir a água proveniente das bocas-
de-lobo até as galerias ou poços de visita;
- Galeria: canalizações públicas usadas para conduzir águas pluviais provenientes das bocas-
de-lobo e das ligações privadas. Devem ser projetadas para funcionar à seção plena com a
vazão de projeto (seção plena significa a tubulação integralmente coberta por água);
- Poço de visita: dispositivos localizados em pontos convenientes do sistema de galerias para
permitirem mudança de direção, mudança de declividade, mudança de diâmetro e inspeção e
limpeza das canalizações. Se a diferença entre a tubulação afluente e efluente for maior que
0,70m, o poço de visita será denominado poço de queda.
- Caixas de ligação: Função similar à do poço de visita, mas não permite visitação;
- Trecho: parte da galeria entre dois poços de visita;
- Estações de bombeamento e condutos forçados: conjunto de obras e equipamentos
destinados a retirar água de um canal de drenagem, quando isso não for possível por
gravidade.
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Ligação de Chuveiro
1) Chuveiro Elétrico*
2) Joelho 90° Soldável e com Bucha de Latão DN 25 x ½”
3) Tubo Soldável Marrom DN 25
4) Registro de Chuveiro Soldável DN 25
5) Tê Soldável Marrom DN 25
6) Ralo com Saída Articulada DN 100x40
7) Tubo Esgoto Série Normal DN 408) Caixa Sifonada Girafácil DN 100x140x50
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discip II – INSTALAÇÕES PREDIAIS FAETEC
MÓDULO: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSANITÁRIAS ETEHL
ETEHL-
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discip II – INSTALAÇÕES PREDIAIS FAETEC
MÓDULO: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSANITÁRIAS ETEHL
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BIBLIOGARFIA
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