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NORMA TÉCNICA COPEL - NTC

EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO - ESPECIFICAÇÃO

QUADRO DE COMANDO E AUTOMAÇÃO PARA REDES


SUBTERRÂNEAS DE ENERGIA

NTC 810097

DEZEMBRO/2013

ÓRGÃO EMISSOR: COPEL DISTRIBUIÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE ENGENHARIA DE EXPANSÃO DA DISTRIBUIÇÃO - SEE


DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO EXPANSÃO E OBRAS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO - DPRD
DIVISÃO DE PROJETOS OBRAS E NORMALIZAÇÃO - VPON
NTC 810097

APRESENTAÇÃO

Esta Norma tem por objetivo estabelecer as condições mínimas exigíveis para o fornecimento do material em

referência a ser utilizado nas Redes Subterrâneas de Distribuição na área de concessão da Companhia

Paranaense de Energia - COPEL.

Para tanto foram considerados as especificações e os padrões do material em referência, definidos nas Normas

Brasileiras Registradas - NBR das Associações Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, particularizando-os para

as Normas Técnicas COPEL - NTC, acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho

destes materiais da COPEL.

Com a emissão deste documento, a COPEL procura atualizar as suas Normas Técnicas de acordo com a

tecnologia mais avançada no Setor Elétrico.

Em caso de divergência esta Norma prevalecerá sobre as outras de mesma finalidade editadas anteriormente.

Esta norma encontra-se disponível na INTERNET:

www.copel.com

- para sua empresa

- normas técnicas

- materiais de distribuição : consulta ou

- especificações de materiais

Jacir Carlos Paris

SEE

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1. OBJETIVO

Esta especificação estabelece as condições gerais e específicas para o fornecimento de quadro de comando e
automação das redes subterrâneas de distribuição dentro da área de concessão da Companhia Paranaense de
Energia - COPEL.

2. NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Para fins de projeto, seleção de matéria-prima, fabricação, controle de qualidade, inspeção, utilização e
acondicionamento dos quadros a serem fornecidos, esta especificação adota as normas abaixo relacionadas, bem
como as normas nelas citadas:

ABNT-NBR-5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão.


ABNT-NBR-5456 - Eletricidade geral - Terminologia.
ABNT-NBR-5474 - Eletrotécnica e Eletrônica - Conectores elétricos - Terminologia.
ABNT-NBR-6146 - Invólucro de equipamentos elétricos - Proteção - Especificação.
ABNT-NBR-5601 - Aços inoxidáveis – Classificação por composição química.

NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

MIT 163803 - Projeto e Construção de rede primária Subterrânea 15kV.


MIT 163804 - Projeto e Construção de rede secundária Subterrânea.

As siglas acima se referem a:

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.


NBR - Norma Brasileira Registrada.
NR - Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego.
MIT - Manual de Instruções Técnicas COPEL.
No caso das NTC, a versão em vigor é indicada pela data (mês/ano) de emissão. As normas mencionadas não
excluem outras reconhecidas, desde que, concomitantemente:
a) Assegurem qualidade igual ou superior;
b) Sejam mencionadas pelo proponente na proposta;
c) Sejam anexadas à proposta;
d) Sejam aceitas pela COPEL.
Em caso de dúvida ou omissão prevalecem:
1º - Esta especificação;
2º - Normas Técnicas COPEL;
3º - As normas citadas no item 2 desta NTC;
4º - As normas apresentadas pelo proponente e aprovadas pela COPEL.

3. DEFINIÇÕES

Os termos técnicos utilizados nesta especificação estão definidos nas NBR 5456 e 5474 e nas demais normas
mencionadas no item 2 desta especificação.

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1. Identificação

Deve ser gravado em cada quadro fornecido de forma legível e indelével, no mínimo:

a) Nome ou marca do fabricante.


b) Código do fabricante.

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4.2. Condições de utilização

Os quadros abrangidos por esta especificação deverão ser adequados para operar a uma altitude de até
1000m, em clima tropical, com temperatura ambiente de -10ºC até 50ºC, com média diária de 35ºC, umidade
relativa até 99%, e imersos temporariamente em líquidos de qualquer natureza, expostos ao sol, chuva, poeira
e atmosfera salina quando instalado ao nível do mar.

O fornecedor deverá providenciar tudo que for necessário para o bom desempenho dos equipamentos nas
condições objeto deste item, considerando, o clima descrito acima que contribui para a formação de fungos e
acelera a deterioração e a corrosão dos materiais e componentes do quadro.

4.3. Acabamento

4.3.1. A superfície dos quadros deve ser isenta de inclusões, trincas, rebarbas, empenamento, saliências
pontiagudas, arestas cortantes, cantos vivos ou outros defeitos.

4.3.2. Os quadros devem possuir dispositivos de abertura e fechamento através de borboletas e com parafusos
prisioneiros.

4.3.3. Os quadros deverão possuir pelo menos quatro abas já furadas, para fixação dos mesmos através de
chumbadores em paredes de alvenaria ou concreto. Os chumbadores devem ser fornecidos no conjunto.

4.4. Embalagem

O conjunto deverá ser fornecido em embalagem apropriada de maneira que as partes internas não sofram
danos, cortes ou outros acidentes que possam comprometer a sua durabilidade e seu desempenho.

Para cada quadro deverá ser fornecido plastificado um manual em português, com a descrição de cada
componente, diagramas elétricos, instruções de montagem e cuidados no manuseio.

Deverão ser fornecidas 4 porcas tipo borboletas sobressalentes, para fechamento do quadro, conforme 4.3.2.

A embalagem deve conter informações necessárias à identificação do produto.

A embalagem deve respeitar também o Guia de Embalagens Unitizadas da COPEL, disponível em:

www.copel.com
- Fornecedores → Informações → Guia de confecção de embalagens unitizadas

4.5. Aterramento

Todas as partes metálicas não energizadas devem estar interligadas para possibilitar o aterramento do quadro
e de seus componentes.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. Dimensões máximas

5.1.1. Quadro de Comando:


455x305x120mm – largura, altura e profundidade – medidas em milímetros.

5.1.2. Quadro de Automação


455x455x120mm – largura, altura e profundidade – medidas em milímetros.

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5.2. Material

5.2.1 Deverá ser em aço inoxidável resistente á intempéries, com 1mm de espessura mínima das chapas, com
acabamento por pintura eletrostática; o fornecedor deverá apresentar laudo de laboratório de terceira parte,
comprovando a matéria-prima utilizada e informando a classificação do aço inoxidável conforme NBR 5601.

5.2.2.Acessórios: para cada componente solicitado, deve ser fornecido a especificação técnica e fabricante do
componente.

5.2. Pintura

O processo padrão de pintura dos equipamentos do fabricante deverá ser submetido à aprovação da COPEL. O
esquema de pintura descrito abaixo é o mínimo, devendo o esquema de pintura proposto pelo fabricante
garantir uma qualidade igual ou superior.

5.2.1. Esquema de Pintura

a) Desengraxe das superfícies deverá ser feita através de processo adequado, de maneira a remover
todas as impurezas da superfície e propiciar uma boa aderência à tinta.
b) Deverá ser aplicada tinta de pó, à base de resina poliéster ou híbrida de epóxi - poliéster, por processo
eletrostático, na cor cinza-claro notação Munsell N 6.5, com espessura mínima de película seca de
80µm.

5.3. Saída para cabos

O quadro deve ser fornecido com as furações para as saídas de cabos de acordo com a .
Deve-se fornecer o quadro já com as furações para as saídas de cabos em quantidade a ser definida pela
Copel.

As saídas devem ser com um tubo de aço inox de 1” de diâmetro com aprox. 7cm de comprimento e também
deve ser fornecido um tubo termocontrátil que será utilizado na instalação dos cabos para garantir a vedação e
o grau de proteção requeridos.

5.4. Componentes

Todos os componentes instalados deverão ser devidamente fixados através de trilhos.


Seguem as exigências mínimas de cada componente.

5.4.1 Quadro de Comando:

5.4.1.1 Disjuntor motor:


Especificação: trifásico 220V, ajuste 4,0 a 6,5A - 100kA
Quantidade: 1 unidade.

5.4.1.2 Relé controlador de nível inferior para função de esvaziamento, com contato reversível:
Especificação: alimentação em 220V ou bivolt para fixação em trilho. Atuação através medição de resistência
com auxílio de eletrodos.
Quantidade: 1 unidades.

5.4.1.3 Contator :
Especificação: Trifásico 220V contatos 1NA+1NF, AC3 - 10A.
Quantidade: 1 unidade.

5.4.1.4 Tomadas
Especificação: Bifásico 220V e monofásico 127V – 10A.
Quantidade: 1 unidade 127V e 1 unidade 220V.

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5.4.1.5 Bornes de identificação


Especificação: Bornes de passagem de acordo com a Fig. 1 com plaquetas e placas de separação para cabos
com seção até 2,5mm².

Os bornes que são utilizados na entrada de energia devem ser compatíveis para conexões de cabos com no
mínimo 10mm² de seção transversal.

5.4.1.6 Disjuntor Motor (proteção tomadas):


Especificação: Trifásico 220V, ajuste 6,0 a 10A - 100kA
Quantidade: 1 unidade.

5.4.2 Quadro de Automação:

5.4.2.1 Bornes de identificação


Especificação: Bornes de passagem de acordo com a Fig. 4 e 5 com plaquetas e placas de separação para
cabos com seção até 2,5mm².
Quantidade: 3 Unidades com 26 bornes cada.

5.7. Grau de proteção

Os quadros devem ser de grau de proteção IP67.

5.8. Documentos para a proposta

O proponente deverá encaminhar para o órgão técnico responsável da COPEL todos os ensaios de tipo
exigidos por norma, desenhos dos componentes e todas as informações necessárias para análise técnica e
aprovação.
Deverá ser enviada uma relação de cada componente a fazer parte do quadro especificado pela COPEL.

6. INSPEÇÃO

As inspeções devem ser feitas preferencialmente nas instalações do fornecedor/fabricante na presença do


inspetor da COPEL, salvo acordo diferente no ato da colocação da ordem de compra. O fornecedor/fabricante
deve proporcionar ao inspetor os meios necessários e suficientes para certificar-se que o material está de
acordo com a presente especificação, assim como comunicar com antecedência a data em que o lote estará
pronto para inspeção.

7. GARANTIA

O material deverá ser garantido pelo fornecedor contra falhas ou defeitos de fabricação que venham a se
registrar no período de 36 (trinta e seis) meses a partir da data de aceitação no local de entrega. Entende-se
como local de entrega aquele indicado na ordem de compra.

O fornecedor será obrigado, se necessário, a substituir os materiais defeituosos, às suas expensas,


responsabilizando-se por todos os custos decorrentes, sejam de material, mão-de-obra ou transporte.

Se a falha constatada for oriunda de erro de projeto ou de produção, tal que comprometa todas as unidades do
lote, o fornecedor será obrigado a repará-las, independente da ocorrência de defeito em cada uma delas, e, se
as mesmas estão ou não em garantia.

No caso de substituição dos materiais, o prazo de garantia para estes, deverá ser estendido para um novo
período de 36 (trinta e seis) meses.

Mediante a devida comunicação da ocorrência do defeito ao fornecedor, a COPEL reserva-se o direito de optar
pela permanência do material insatisfatório em operação, até que possa ser retirado do serviço, sem prejuízo
para o sistema e entregue ao fornecedor para os reparos definitivos.

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8. FORNECIMENTO

O fornecimento destes materiais a Copel fica condicionado à homologação da Ficha Técnica pela
SEE/DPRD/VPON. Para maiores informações consultar a Internet no seguinte endereço:

www.copel.com
- Para sua empresa
- Normas Técnicas

Tabela 1 – Quadros de comando para bomba de recalque.

Código Descrição
15007027 Quadro de Comando de Bomba de Recalque.
20000587 Quadro de Automação para Rede Subterrânea

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Figura 1 – Exemplo de montagem do quadro de controle (orientativo).

Legenda:
1) Disjuntor motor para proteção da Bomba de 1 CV.
2) Contator para acionamento da bomba.
3) Bloco de conexão.
4) Tomadas 127/220.
5) Relé de nível.
6) Disjuntor motor para proteção das tomadas.

Observação: os equipamentos devem ser fixados em trilhos e deve haver canaletas plásticas para
acondicionamento dos cabos.

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Figura 2 – Esquema elétrico do quadro de controle.

Figura 3 – Dimensões dos quadros.

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Observações:
 A cota “A” assumirá os seguintes valores:
 305mm para o quadro de controle, código: 15007027.
 455mm para o quadro de automação, código: 20000587
 Tolerâncias: ± 5% para todas as medidas.
 Unidade: mm.

Figura 4 – Visão geral do quadro de automação.

Legenda:
1) Régua de bornes para comando.
2) Régua de bornes de estados.
3) Régua de bornes indicadores de defeito.
4) Trilhos de fixação.
5) Canaleta plástica perfurada.

Figura 5 – Exemplo de montagem do quadro de automação.

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