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Votação na plenária
A sessão da plenária Cabe ao leitor decidir
realizada no dia 05 de se a falta desse
novembro, que se partido representa
iniciou apenas um
aproximadamente às 14 imprevisto ou se é
horas, já foi iniciada fruto do descaso com
com a falta dos únicos seu compromisso
dois deputados do perante a sociedade,
Partido Democrata haja vista que a
Liberal(PDL). O deputada Fernanda
deputado Marcos Pereira(PDL) faltou
Vinicius(PDL) justificou mais do que esteve
sua falta e deixou seu presente nas sessões
posicionamento por da plenária.
meio de um texto que
foi lido pela mesa
diretora.

Dessa forma se iniciou a votação da proposta de lei


que prevê a obrigatoriedade dos estados reciclarem
todo resíduo coletado, que por sua vez, foi aprovada
por unanimidade. Em todas as falas os deputados
justificaram o seu voto pela defesa do meio ambiente,
o que se mostrou contraditório para os deputados do
PC do B mais adiante. A proposta dessa lei estava
bastante genérica e imprecisa, sem detalhes de como
isso seria feito. No entanto, a deputada Anne Torres
(PCB) enfatizou em sua fala a necessidade de integrar
não só as unidades federativas, como também as
prefeituras.
Além disso, ressaltou que essa política A última proposta votada na sessão de hoje
deveria ser acompanhada de incentivo aos previa a revisão da Lei 12.651/2012, que
catadores de lixo, que são essenciais para a mais uma vez foi aprovada por aqueles que
reciclagem, assim como de campanhas estão na câmara meramente para defender
públicas, sobretudo nas escolas, para os interesses da burguesia brasileira, que
conscientizar a população da necessidade aceita prontamente a dominação estrangeira
da reciclagem e de como fazer isso. Logo sem propor qualquer projeto real de
desenvolvimento do país. Os deputados do
depois dessa fala, o deputado Daniel Soares
Partido Conservador do Brasil alegaram que
(PC do B) seguiu concordando com a essa lei deveria ser revista, pois "o
deputada e até mesmo repetindo seus agronegócio é o setor mais importante da
argumentos. economia brasileira e ficaria prejudicado”.
O tom, até então ameno, mudou a partir da Eles ainda afirmaram que a lei “foi criada por
votação da revogação da PL 3729/04, o pressão das hipócritas elites mundiais”, que
projeto de lei do licenciamento ambiental. segundo eles destruíram nosso meio
Os deputados João Pedro Ribeiro(PC do B) ambiente e agora querem impedir nosso
e Daniel Soares(PC do B) mostraram desenvolvimento. O que fica fora dessa
análise, no entanto, é que a ânsia da
durante suas justificativas que não estavam
burguesia brasileira em destruir nosso bioma
votando pelo meio ambiente, e sim a favor é apenas por fins lucrativos individuais, não
dos interesses da bancada ruralista. para desenvolver o país. Em contrapartida, a
Ao afirmar que o licenciamento era apenas deputada Anne(PCB) expôs o fato do
uma forma de burocratizar as obras agronegócio ser um setor majoritariamente
públicas, desconsideraram completamente o exportador, além de pagar pouquíssimos
impacto ambiental e social, posteriormente impostos, visto que a tributação no Brasil é
citado pela deputada Anne Torres(PCB), que sobre o consumo, e não sobre a renda.
também ressaltou as possíveis Segundo o artigo “O agro não é tech, o agro
não é pop e muito menos tudo”, realizado
consequências dessa proposta de lei, a
pela Associação Brasileira de Reforma
partir dos exemplos do rompimento das Agrária (Abra) com apoio da fundação
barragens de Mariana e Brumadinho. Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil, além de
Infelizmente, a maioria votou contra a sonegações (facilitadas pelo Imposto
revogação da PL, o que nos deixa a mercê Territorial Rural (ITR), que é autodeclaratório
de novos desastres ambientais, sobretudo e possui uma fiscalização praticamente
os povos indígenas, que sofrem inexistente) e isenções fiscais, os
incessantemente com os desmatamentos, latifundiários pagam proporcionalmente bem
queimadas e “chuvas de agrotóxicos” menos impostos se comparados com os
pequenos produtores, estes que de fato
realizadas principalmente pelo agronegócio,
colocam comida na mesa do povo brasileiro
que agora terá mais uma brecha do Estado e agregam para a nossa economia.
para acabar com os nossos biomas nativos
ao seu bel prazer.
Ademais, enquanto 116 milhões dos brasileiros se Ou seja, esse campo é um peso morto na economia
encontram em situação de insegurança alimentar, o brasileira, que só se mantém pelo elevado poder
agronegócio bateu lucro recorde, mas contribuiu econômico e político que essa franja de classe
apenas com 5,4% do PIB. Ainda vale ressaltar, que possui. Enquanto cidadãos, não podemos admitir que
apesar de sua grande produção, gera poucos aqueles que representam os interesses de quem
empregos, já que é um setor altamente mecanizado, lucra com a fome do povo brasileiro permaneçam no
e é o campeão absoluto na utilização do trabalho poder.
escravo no país, conforme dados do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE). Como se não bastasse,
o agronegócio também é o principal responsável
pelo uso desenfreado de agrotóxicos no Brasil, que Rumo ao poder popular!
cresceu vertiginosamente nos últimos anos, com
493 deles aprovados em 2020, sendo o maior
número documentado pelo Ministério da Agricultura
Rumo a emancipação da classe trabalhadora!
desde 2000.

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