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22/01/2022 18:06 48º CBQ - Avaliação dos teores de alumínio no efluente da ETA-Anápolis-GO.

ÁREA: Ambiental

TÍTULO: Avaliação dos teores de alumínio no efluente da ETA-Anápolis-GO.

AUTORES: SILVA M.N (UEG) ; XAVIER,P.H.F.S (UEG)

RESUMO: Neste trabalho determinou-se o porcentual de sulfato de alumínio do lodo descartado nos córregos a partir da Estação de
Tratamento de Águas de Anápolis – SANEAGO. Os resultados da aplicação mostraram a quantidade porcentual determinada por meio
de análises da lama formada pela coagulação da matéria orgânica, determinando-se o porcentual de substâncias químicas que também
estão sendo carreadas aos efluentes. Além do sulfato de alumínio há o cloro, o cloreto de cálcio, sais de fluoreto e sais de ferro. O
método para determinação do sulfato de alumínio, consiste na solubilização do hidróxido através da acidificação com o H2SO4 até
atingir um pH = 2. Determinou-se o teor de alumínio remanescente por espectrofotometria. Obteve-se o montante desta substância que
está sendo despejada em córregos.

PALAVRAS CHAVES: lodos, sulfato de aluminio, floculantes

INTRODUÇÃO: Atualmente em todo o planeta o problema mais crítico tem sido a produção de enorme quantidade de resíduos sólidos e
líquidos, e o seu destino final. Isso tem causado um grande problema para as cidades e conseqüentemente para o meio ambiente. Tem-
se buscado alternativas variadas para a acomodação destes resíduos, através da incineração, aterros sanitários, aterros de superfícies,
processamento de lixo, despejos nos afluentes, etc (COLIN BAIRD, 2006). Destaca-se o processo de quantificação dos produtos
químicos que são utilizados para o tratamento de água do ETA - Anápolis. Dentre estes produtos químicos utilizados no Processo de
Purificação da Água Potável, tem-se o sulfato de alumínio, produto de coagulação das matérias orgânicas que vem junto com a água
bruta, e que é descartado junto ao lodo formado dentro dos floculadores para o esgoto e posteriormente despejado nos efluentes. O
alumínio, tem efeito tóxico quando em quantidade elevada no solo, limitando o crescimento de muitas espécies de plantas, embora
algumas sejam beneficiadas com a sua presença (PIOTTO,1997). O alumínio foi quantificado em forma de hidróxido de alumínio por
meio de análises físico-químicas, devido às reações sofridas durante a coagulação e também à presença de produtos alcalinos para
acerto do pH, no resíduo que se encontra dentro do despejo que segue para o efluente. (PIOTTO,1997). O processo de determinação
consta em primeiro lugar coletar os sedimentos no despejo e ao mesmo tempo medir a vazão concomitante à coleta. A medição da
vazão é na Calha PARSHALL, onde também é feita a dosagem do agente coagulante. Portanto, mediu-se a vazão e ao mesmo tempo
colheu-se a amostra do despejo. Observou-se, assim, quando a dosagem era permanente e quando sofria alguma variação em
determinada vazão.

MATERIAL E MÉTODOS: Os experimentos foram efetuados nos Laboratórios da UnUCET/UEG. O material sólido-liquido foi colhido na
SANEAGO, Anápolis–GO, em garrafas tipo PET, transportados e armazenadas em geladeiras a 10°C. Utilizou-se as normas do
STANDARD METHODS e da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental-CETESB para Análises Físico-Químicas para
Controle das Águas. Recolheu-se amostras representativas para a quantificação de alumínio, verificando se a dosagem era regular ou
se diferia de acordo com a vazão. Determinou-se também a alcalinidade, pH, condutividade, sólidos totais, suspensão, sedimentáveis e
a determinação de Alumínio (SILVA, 1997). Os sólidos em geral tiveram participação importante na pesquisa onde se acumula maior
quantidade do alumínio. Fez-se a quantificação do Al no Espectrofotômetro marca BIOSPECTRO, modelo SP-220. As amostras foram
analisadas previamente na ausência de fluoretos e fosfatos complexos para que não houvesse interferência nas análises colorimétricas.
Transferiu-se 2 alíquotas de 25 mL do lodo para balões volumétricos de 50 mL, diluiu-se com H2O e transferiu-se 25mL para
erlenmeyers de 100mL. Acidificou-se com H2SO4 e a uma amostra adicionou-se EDTA, que complexou o Al presente. Adicionou-se 1
mL de C6H8O6, 10 mL de solução tampão H3CCOONa e 5 mL da solução indicadora Eriocromo Cyanine R e agitou-se. Completou-se
com água destilada até 50mL, aguardou-se 10 minutos e fez-se a leitura da absorvância 535nm.(SKOOG. 2006).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados físico-químicos obtidos com as amostras do lodo, conforme tabela 1, mostram que houve
uma pequena variação nos valores devido a vazão no momento da coleta da amostra. Determinou-se a alcalinidade (variação de 5,98 a
9,30mg/L de CaCO3), pH (variação de 6,16 a 7,03), condutividade (variação de 388,5 a 397,9mS), sólidos totais (variação de 39,0 a
60,5mg/L), suspensão (variação de 25,5 a 35,0%), sedimentáveis (variação 392 a 488mL/h) e a determinação de Alumínio (variação
8,05 a 10,89mg/L). Isto explica porque a dosagem do alcalinizante e do floculante continuou de forma homogênea, no entanto, a vazão
sofre uma variação entre 670 a 780 Litros/segundo. Os valores obtidos nas análises foram significativos, uma vez que a solução de
sulfato de alumínio adicionada na Calha Parshall é de 20% e são despejados a cada segundo 15,95g deste coagulante mostrando uma
quantidade considerável, de 9,71 mg/L em média de alumínio neste lodo e conseqüentemente as variações das demais analises. No
gráfico 1, as colunas 1, 2, 3 e 4, aparecem em ordem crescente de concentração de Alumínio, significando que quando a vazão da água
de entrada aumenta, menor é a concentração de Alumínio no lodo, sendo assim, observou-se: coluna1 = 8,05 mg/L de alumínio para a
vazão de 780 Litros/seg.;coluna 2 = 9,47m/L de Al vazão de720 L/seg.; coluna 3 = 10,42m/L de Al vazão de 690 L/seg e coluna 4 =
10,89mg/L, para a vazão de 670 Litros/seg.

www.abq.org.br/cbq/2008/trabalhos/5/5-507-4831.htm 1/3
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CONCLUSÕES: Entre todos os parâmetros analisados somente o alumínio esteve muito acima dos padrões admitidos pela Resolução
CONAMA n. 0 357/05, o que induz a continuidade de um trabalho mais exaustivo no sentido de evitar este despejo no córrego e
encontrar uma metodologia de regeneração deste material poluente.

AGRADECIMENTOS: A UEG por facilitar as analises em suas dependências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard Methods for examination of water and
wasterwater, 20th Edition. Washington, 1998.

PIOTTO, Z. C; RESENDE, M. B; GONÇALVES, R. F. Alternativas para tratamento e disposição final dos lodos químicos gerados na
potabilização de águas. In: Assembléia Nacional da ASSEMAE. Brasília, 1997.

COLIN BAIRD. Química Ambiental. 2a Edição. Porto Alegre – Ed. Bookman, 2006.

SILVA, M.O.S.A. Análises físico-químicas para Controle das Estações de Tratamento de Esgotos. 1a Edição. São Paulo - CETESB,
1997.

www.abq.org.br/cbq/2008/trabalhos/5/5-507-4831.htm 2/3
22/01/2022 18:06 48º CBQ - Avaliação dos teores de alumínio no efluente da ETA-Anápolis-GO.
SKOOG, D. A; et al. Princípios de Análises Instrumental. 5a Edição. Porto Alegre - Ed. Bookman, 2002.

CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente – Resolução n. 357 ,de 17 de março de 2005, que determina padrões de lançamentos
de efluentes.

Associação Brasileira de Química


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