O senso comum é um tipo de conhecimento essencialmente prático na medida em que

é com base nele que orientamos a nossa vida quotidiana. Este tipo de conhecimento é
formado, essencialmente, a partir da apreensão sensorial espontânea e imediata que fazemos
da realidade. Não é aprofundado nem decorre de investigações planificadas e apoiadas em
testes e resultados experimentais, desenvolvidos dentro ou fora do laboratório. Por isso, é
indisciplinar e imetódico.

O conhecimento científico resulta de uma leitura dos fenómenos diferentes daquela

que o conhecimento vulgar proporciona. Neste sentido, representa um nível mais
aprofundado do conhecimento que podemos ter acerca da realidade já que se baseia em
pesquisas e investigações apoiadas em procedimentos (métodos) coerentes e consistentes,
para além disso faz-se também acompanhar, na maioria dos casos, de instrumentos de
medida. Este tipo de conhecimento implica a construção de conceitos e teorias e o recurso a
uma linguagem própria, linguagem essa especifica e rigorosa, recorrendo a conceitos técnicos,
a símbolos, e, na generalidade, à linguagem matemática procurando descrever, explicar e
prever os fenómenos e as suas relações., ao contrário do senso comum em que a linguagem
natural, a que utilizamos no dia a dia, é a predominante.

A crítica ou rutura que o conhecimento cientifico estabelece com o conhecimento

vulgar resulta de uma atitude diferente face ao real.