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Funções Reais de Variável Real

Cálculo Diferencial em

Estudo de Funções
(Ficha de trabalho 5)

Observações:

 Esta ficha de trabalho tem exercícios tipo, escolhidos, ordenados e comentados, de


forma a que o estudante possa “ir crescendo” e ganhando segurança no seu estudo.

 Procedimento de estudo proposto:

1) Leia as sínteses-formulários no final da ficha de trabalho (incluído revisões).


2) Estude os exercícios resolvidos – foram especialmente escolhidos e ordenados. Note
em especial os comentários.
3) Tente resolver sem ver as resoluções os exercícios propostos.
4) Finalmente, faça controlando o tempo os exercícios de auto-avaliação.

§1 Resumo Teórico .................................................................................................................... 2


§1.1 Primeira derivada e monotonia ..................................................................................... 2
§1.2 Extremos relativos ou locais .......................................................................................... 2
§1.3 Segunda derivada e concavidade................................................................................... 2
§2 Derivada da Composta .......................................................................................................... 3
§2.1 Definição e domínio da composição .............................................................................. 3
§2.2 Teorema da derivada da função composição ................................................................ 3
§6 Funções definidas por ramos ................................................................................................ 4
§7 Estudo de Funções: Monotonia, Concavidade, Gráfico........................................................ 6
§ Auto-Avaliação (60 minutos) ............................................................................................... 11
§ Auto-Avaliação (Resolução) ................................................................................................. 12
§ Formulário/Síntese Global (Diferenciabilidade)................................................................... 21

1 Explicações de Matemáticas, Cálculos, Estatísticas, Probabilidades, Físicas, …


96 545 94 13 explicacoesdinamicas@gmail.com
Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

§1 Resumo Teórico
d
NOTAÇÂO: u  x    u  x 
dx 

§1.1 Primeira derivada e monotonia

Função crescente em sentido lato em  a, b  : x1  x2  f  x1   f  x2  .


Função decrescente em sentido estrito em  a, b  : x1  x2  f  x1   f  x2  .

derivada positiva em  a, b   função crescente em  a, b 

derivada negativa em  a, b   função decrescente em  a, b 

§1.2 Extremos relativos ou locais

derivada nula em x1  função tem um mínimo, um máximo ou um ponto de inflexão em x1

§1.3 Segunda derivada e concavidade

Segunda derivada positiva em  a, b   concavidade voltada para cima  a, b 

Segunda derivada negativa em  a, b   concavidade voltada para baixo  a, b 

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§2 Derivada da Composta
§2.1 Definição e domínio da composição

Considere o diagrama seguinte:


x x
g
f

f  x
g  f  x  
x

Dg
x
x

Df

No esquema anterior esquematiza-se a função composta de g com f , i.e. g f , tal que


g f  x   g  f  x   , sendo Dg f   x  IR : x  D f  f  x   Dg   g f  x   g  f  x   .

§2.2 Teorema da derivada da função composição

O teorema da derivada da função da função composta é um importante resultado que permite


obter uma forma mais geral das regras de derivação.

Teorema: Regra da Derivada da Função Composta


“  f u x   f u x .u x  ”
d
dx

Exemplo: Consideremos a função logaritmo natural, f  x   ln x e a função seno


 1
u  x   sin x . Sabemos que a derivada do logaritmo é: f   x    ln x   e que a derivada do
x

seno é u  x   sin x   cos x . Assim para calcularmos a derivada de h  x   ln  sin x  , basta
usar as derivadas calculadas e a a regra da derivada da função composta:

h  x   ln  sin x   f  sin x   f  u   fou


pelo que:
 regra
1
hx    f u   f u   u   
1 cos x
 cos x   cos x   tan x
composta x  x u sin x sin x sin x
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Generalizando para o caso do logaritmo temos:


  u  x 
 ln x  
1 usando o teorema da

x derivada da função composta
 ln u  x   
1
u  x
 u  x  
u  x

É por isso fácil de fixar que as formas mais gerais das regras de derivação têm sempre a
“multiplicar pelo u  x  ”. Como esta regra e com a tabela de derivadas I, deduz-se a tabela de
derivadas II que está no formulário.

§6 Funções definidas por ramos

Exemplo: Considere a função definida por:

 x2 se x  1

g  x   1 se x  1
2  x se x  1

a) Calcule g   0  recorrendo à definição.


b) Confirme o resultado obtido recorrendo às regras de derivação.
c) “A recta tangente ao gráfico em x  0 é horizontal?”. Comente.
d) É possível calcular g  1 recorrendo às regras de derivação como se fez na alínea b) para o
caso da origem? Justifique.
e) Calcule os limites seguintes:
g  x   g 1
 
e.1) g  1  lim
x 1 x 1
g  x   g 1
 
e.2) g  1  lim
x 1 x 1

f) Explique o que significam os limites anteriores e use-os para decidir se a função tem ou
não derivada no ponto de abcissa x  1 . Em caso afirmativo indique o valor de g  1 .
g) Represente a função graficamente.
h) Interprete graficamente as alíneas anteriores.
Resolução:
a) Cálculo de g   0  recorrendo à definição.

g  x   g  0 x2  0
g   0   lim  lim  lim x  0 .
x 0 x0 x 0 x x 0

b) g   0  
d 2
dx
x   2 x x 0  2.0  0 . O mesmo que pela definição!
x 0

c) Sim. A recta tangente é horizontal porque temos um ponto de mínimo.


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d) Não é possível calcular g  1 recorrendo às regras de derivação, porque a função

g  x  tem expressões diferentes à esquerda e à direita do ponto x  1 . Em termos

práticos é sempre necessário recorrer à definição nos pontos de passagem de um ramo


para o outro ramo.
e) Vamos calcular os limites seguintes:
g  x   g 1 2  x 1 1 x
 
e.1) g  1  lim
x 1 x 1 x 1
 lim
x 1
 lim
x 1 x  1
 lim  1  1
x 1

x 1 0
2

 
e.2) g  1  lim
x 1 x  1

0
indeterminação

x2  1  x 1 x  1  lim x  1  1  1  2
 
g  1  lim
x 1 x  1
 lim
x 1 x 1 x 1
 
f) Os limites anteriores significam:
- g  1  - derivada lateral à direita, i.e. declive da semi-recta tangente à direita.
- g  1  - derivada lateral à esquerda, i.e. declive da semi-recta tangente à esquerda.

- Como estes limites são diferentes a função não é diferencial em x  1 , por isso não
existe g  1 .
g) Gráfico da função é obtido do gráfico de funções elementares: recta e parábola.
h) Geometricamente o gráfico da função g faz “um bico” em x  1 , pelo que a função
não tem recta tangente neste ponto, logo não tem derivada.

EP6.1 Considere a função definida por:


 1  x 2 se x  1
f  x  
2  2 x se x  1
a) Calcule os limites seguintes:
f  x   f 1
 
a.1) f  1  lim
x 1 x 1
f  x   f 1
 
a.2) f  1  lim
x 1 x 1
b) Explique o que significam os limites anteriores e use-os para decidir que a função tem ou
não derivada no ponto de abcissa x  1 . Em caso afirmativo indique o valor de f  1 .
c) Represente a função graficamente e interprete graficamente as alíneas anteriores.
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§7 Estudo de Funções: Monotonia, Concavidade, Gráfico.

Exemplo: Faça o estudo das funções


a) f  x   3x3  6 x 2  3x
x2 1
b) f  x  
x2  4
considerando em particular os seguintes aspectos:

i. Domínio
ii. Zeros
iii. Paridade
iv. Continuidade (determinação do domínio de continuidade)
v. Assimptotas Verticais
vi. Assimptotas Obliquas (em particular horizontais)
vii Diferenciabilidade (determinação da derivada e domínio de diferenciabilidade)
viii. Intervalos de monotonia
ix. Extremos relativos
x. determinação da derivada de 2ª ordem
xi. Sentido das concavidades
xii. Pontos de inflexão
xiii. Esboço do gráfico
xiv. Contradomínio.

Resolução:
a) f  x   3x3  6 x 2  3x

Embora não seja necessário, mas facilite alguns aspectos, podemos começar por factorizar a
função: f(x)=3x3-6x2+3x= 3x(x2-2x+1)=3x(x-1)2

i) Domínio: Sendo um polinómio o domínio é sempre

ii) Zeros: 3x(x-1)2=0, i.e., x=0 ou x=1

iii) Paridade f(-x) =-3x(-x-1)2=-3x(x+1)2, pelo que não é par nem impar

iv) Continuidade Contínua em porque é um polinómio, logo não tem assimptotas


verticais. (v)

vi) Assimptotas horizontais

lim f(x)= lim 3x(x-1)2=. Pelo que não tem assimptotas horizontais.
x   x  
6

A existência de assimptotas obliquas do tipo ax+b (estuda-se apenas porque não existem
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horizontais. Se existissem não era necessário, porquê?)

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f ( x)
a= lim = lim 3x(x-1)2/x=, pelo que não existem assimptotas obliquas.
x  x x

vii) Diferenciabilidade A função é diferenciável em porque é um polinómio.

E tem-se: f(x)=3x3-6x2+3x logo f '(x)= 9x2-12x+3

viii) Monotonia: O estudo da monotonia faz-se analisando o sinal da derivada f '.

Por isso começasse por determinar os zeros da derivada: f '(x)=0


9x2-12x+3=0
3x2-4x+1=0
4  16  12 4  2
x= 
2*3 6
x=1 ou x=1/3

Pelo que 9x2-12x+3=9(x-1)(x-1/3)

 1/3 1 
9(x-1) - - - 0 +
x-1/32 - 0 + + +
f '(x) + 0 - 0 +
f (x) crescente max dec min cres

ix) Extremos relativos: ponto de máximo em x=1/3, ponto de mínimo em x=1 (note que em
geral apenas o quadro de sinais não é suficiente. Se a função não for diferenciável é
necessário analisar os limites laterais nesses pontos!)

xi) Cálculo da segunda derivada

f '(x)= 9x2-12x+3
f ''(x) = 18x-12
f ''(x)=0
18x-12=0
x=12/18=4/6=2/3

 2/3 
f ''(x) - 0 +
f (x)  inf 

xi) Concavidades : faz-se analisando o sinal da segunda derivada como indicado na tabela de
sinais anterior.

xii) Pontos de inflexão: x=2/3


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xiii) Esboço do gráfico

xiv) Contradomínio

A partir do estudo do Gráfico observamos que o contradomínio é o . Na realidade sabemos


que isto acontece para todos os polinómios de expoente impar. (e com os de expoente par, o
que podemos afirmar?)

x2 1
b) f  x  
x2  4

i) Domínio: Analisando os zeros do denominador x2-4=0 conclui-se que domínio de f é


/{2,-2}

ii) Paridade
f(-x) =((-x)2-1)/((-x)2-4)=(x2-1)/(x2-4)=f(x)
Pelo que a função é par

iii) Zeros
f(x)=0
(x2-1)/(x2-4)=0
x2-1=0
x=1 ou x=-1

iv) Continuidade Descontinua nos pontos -2 e 2

v) existência de assimptotas horizontais

lim f(x)= lim (x2-1)/(x2-4)=1


x   x  

Assimptota horizontal à esquerda e à direita para y=1

v) existência de assimptotas verticais


8

lim (x2-1)/(x2-4)= lim (22-1)/((2+)2-4)= 3/0+=  


Página

x2 x2

lim (x2-1)/(x2-4)= lim (22-1)/((2-)2-4)= 3/0-=  


x2 x2

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lim (x2-1)/(x2-4)= lim  ((-2)2-1)/((-2+)2-4)= 3/0-=  


x  2  x  2

lim (x -1)/(x -4)= lim  ((-2)2-1)/((-2-)2-4)= 3/0+=  


2 2
x  2  x  2
vi) existência de assimptotas obliquas do tipo ax+b
f ( x)
a= lim  = lim  (x2-1)/(x2-4)/x= 
x  2 x x  2

Pelo que não existem assimptotas oblíquas.

vii) monotonia
f(x)=(x2-1)/(x2-4)
f '(x)=[ 2x(x2-4)- 2x(x2-1)]/(x2-4)2=[2 x3-2 x3+2x-8x]/ (x2-4)2=-6x/ (x2-4)2
f '(x)=0
6x/ (x2-4)2=0
x=0

 -2 0 2 
-6x + + + + 0 - - - -
(x2-4)2 + + 0 + + + 0 + +
f '(x) + + nd + 0 - nd - -
f (x) cres cres cres max dec dec dec

Extremos relativos: máximo em x=0

viii) concavidade

f '(x)= -6x/ (x2-4)2


f ''(x) = [-6(x2-4)2 + 6x((x2-4)2)']/ (x2-4)4 = [-6(x4+16-8 x2)+ 12x(x2-4)2x] /(x2-4)4
f ''(x)= [-6x4-96+48 x2-96 x2+ 24x4] /(x2-4)4=[-96-48 x2+ 18x4] /(x2-4)4
-96-48 x2+ 18x4=0 (Equação Biquadrática)

48  48 2  4  18  96 48  96
x2= =
2  18 36
2
x =-48/36=-8/6=-4/3
ou
x2=144/36=4 x=2 ou x=-2

Pelo que -96-48 x2+ 18x4=18(x2-4)(x2+4/3)


f ''(x)= 18(x2-4)(x2+4/3)/(x2-4)4
f ''(x)= (18x2+24)/(x2-4)3
f ''(x)= 6(3x2+4)/(x2-4)3

 -2 2 
6(3x2+4) + + + + +
(x2-4)3 + 0 - 0 +
f ''(x) + nd - nd +
f (x)  inf  inf 
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Pontos de inflexão: -2 e 2
ix) Gráfico

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x) Contradomínio
O contradomínio determina-se a partir do gráfico. f(0)=1/4: ]-  , ¼]  ]1,+  [

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§ Auto-Avaliação (60 minutos)

AA1 Faça o estudo das funções considerando em particular os seguintes aspectos:

i. Domínio
ii. Zeros
iii. Paridade
iv. Continuidade (determinação do domínio de continuidade)
v. Assimptotas Verticais
vi. Assimptotas Obliquas (em particular horizontais)
vii Diferenciabilidade (determinação da derivada e domínio de diferenciabilidade)
viii. Intervalos de monotonia
ix. Extremos relativos
x. determinação da derivada de 2ª ordem
xi. Sentido das concavidades
xii. Pontos de inflexão
xiii. Esboço do gráfico
xiii. Contradomínio.
1
a) f(x)= x  1  .
x 1

b) g ( x)  e x  1 2

ln x
c) h( x) 
x

AA2 Considere a função definida em pela fórmula

f ( x)  xe  x
2

(a) Estude o crescimento e a concavidade de f .


(b) Escreva a equação da recta tangente ao gráfico no ponto (0, f (0)) .
(c) Determine (se existirem) as assíntotas de f . Indique qual é o contradomínio de f .
(d) Esboce o gráfico de f .
(e) Considere a função

ax se x  0
F ( x)  
 f ( x) se x  0

Determine a  de modo a que F seja diferenciável em .


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§ Auto-Avaliação (Resolução)

AA1
1
a) f(x)= x  1  . Para alguns aspectos será conveniente usar a expressão da função na
x 1
1 x2 11 x2
forma de fracção: f(x)= x  1  = =
x 1 x 1 x 1
i) Domínio: A nossa única preocupação é o denominador. Neste caso temos:

Df   x  : x  1  0

Pelo que podemos concluir que o Domínio: \{1}

ii) zeros:
x2
=0
x 1
x2=0
x=0

iii) paridade
verificar se é par:

f(-x) =
 x 2 = x 2 =  x 2  f ( x)
 x 1  x 1 x 1
- não é par
- nem impar porque f(-x)   f (x)

iv) continuidade
descontinua em x=1

v) existência de assimptotas horizontais

1 1
- lim f(x)= lim x  1  =   1 =    1 0 =  
x x x 1   1
1 1
- lim f(x)= lim x  1  =   1  =   1  0 = 
x x x 1   1

não tem

v) Existência de assimptotas verticais


 1    1   1 
lim f(x)= lim  x  1   = 1  1   =2    =  
x 1 x 1
 x 1  1 1  0 
 1    1   1 
lim f(x)= lim  x  1   = 1  1    =2    =  
12

x 1 x 1
 x 1  1 1  0 
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vi) Existência de assimptotas obliquas do tipo ax+b


x2
f ( x) x  1 x2 x2 2x 2
a= lim = lim = lim = lim 2 = lim = lim =1
x  x x   x x   xx  1 x   x x x   2x  1 x   2

 1   1   x 
b  lim f ( x)  ax = lim  x  1   x  = lim 1   = lim   =1
x  x
 x 1  x  x  1  x  x 1 

y=x+1

vii) Monotonia
1
f(x)= x  1 
x 1
1  x  1  1 x  1  1x  1  1 x x  2 
2
1
f '(x)= 1  =1  = = =
x  12 x  12 x  12 x  12 x  12
 0 1 2 
x-2 - - - - - 0 +
(x-1)2 + + + 0 + + +
x - 0 + + + + +
f '(x) + 0 - nd - 0 +
f (x) cres max dec dec min cres

Extremos relativos: mínimo: x=2; máximo: x=0

viii) concavidades

1
f '(x)= 1 
x  12
 2( x  1) 2
f ''(x) =  =
x  1 4
x  13
 1 
f ''(x) - nd +
f (x)  

pontos de inflexão: não tem


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ix) gráfico

x) contradomínio

- máximo da curva de baixo: x=0, f(x)=0

- mínimo da curva de cima: x=2, f(2)=2+1+1/(2-1)=4

CD= ]-, 0] [4, +[

Fim da solução do exercício

b) g ( x)   e x  1
2

Domínio:
 
Zeros: g ( x)  e x  1  0   e x  1  0  e x  1  0  e x  1  ln  e x   ln 1  x  0 .
2 2

Paridade:
- Função é par se g ( x)  g ( x)
 
2
g (  x )  e  x  1  e  2 x  2e  x  1
 
2
g ( x)  e x  1  e 2 x  2e x  1

g ( x)  g ( x) função não é par

função é impar se g ( x)   g ( x)
14

 
2
 g ( x)   e x  1  e 2 x  2e x  1
Página

g ( x)   g ( x) função não é impar

14
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Continuidade:
 
2
g ( x)  e x  1  e 2 x  2e x  1 é continua porque é a soma de funções continuas

Assimptotas:
Não tem assimptotas verticais porque a função é continua

Assimptotas horizontais

x
 x

lim g ( x)  lim e x  1  lim e   1     1  
2

x
 2 2

g ( x)  lim e  1  lim e  1     1  
x 2  2 2
lim
x x x

Estes limites são infinitos logo não há assimptotas horizontais

Assimptota obliqua do tipo ax  b

a  lim
g ( x)
 lim
ex 1
 lim

2e x e x  1
 

2
 
x  x x  x x  1
a é infinito logo não há assimptotas obliquas

Intervalos de monotonia
2 

g ( x)   e x  1   2e x e x  1
 
  
 
g ( x)  0  2e e  1  0  e x  1  0  e x  1  x  0
x x

x=0 é um ponto critico



2e x e x  1 
- 0 +
2e x + + +
e 1
x
 - 0 +
g'(x) - 0 +
g(x) decrescente mínimo crescente

Extremos relativos : há um máximo para x=0


2 
 

 

g ( x)   e x  1   2e x e x  1  2e 2 x  2e x  4e 2 x  2e x
 
  
 0  2e 2e  1
g ( x)  0  4e 2 x  2e x x x
 1  0  2e x  1  e x   x   ln 2
2
 
15

g ( x)  2e x 2e x  1
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15
Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

- -ln2 +
2e x + + +
2e 1
x
 - 0 +
g''(x) - 0 +
g(x)  inflexão 

Gráfico
1

0.5

0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
-0.5

-1

Fim da solução do exercício

ln x
c) h( x) 
x

Domínio: x  0  x  0
Pelo que o dominio da função é \{0}

Zeros:
ln x
h( x)   0  ln x  0  e  e 0  x  1  x  1  x  1
ln x
x

Paridade:
ln  x ln x
h(  x )     h( x )
x x

função é impar
16

Continuidade:
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Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

ln x
h( x )  tem um ponto de descontinuidade para x=0
x

Assimptotas:

Assimptota vertical para x=0

Assimptotas horizontais
1
ln x ln x
lim h( x)  lim  lim  lim x  0
x  x  x x  x x  1

1

ln x ln  x x 0
lim h( x)  lim  lim  lim
x  x  x x  x x  1

Assimptota horizontal para x=0

Assimptota obliqua do tipo ax  b


1

h( x ) ln x ln  x x 0
a  lim  lim  lim  lim
x  x x  x 2 x  x 2 x  2 x

a é zero logo não há assimptotas obliquas

Intervalos de monotonia

 ln   x 
ln x  x , x  0
h( x )  
x  ln x , x  0
 x

1
 x x  ln( x)
 2
,x 0
x
h( x)  
 1 x  ln x
x ,x 0
 x2

1  ln( x)
 ,x 0
x 2 1  ln x
h( x)   
1  ln x , x  0 x2
17

 x 2
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Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

1  ln(  x)
  0 x  0
h ( x)  0   x2  1  ln(  x)  0  x  0
1  ln x 1  ln( x)  0  x  0
 2  0 x  0
 x

ln(  x)  1  x  0  x  e  x  0  x  e
ln( x)  1  x  0   x  e  x  0   x  e
  

x=e e x=-e são pontos críticos

- -e 0 e +
1  ln x - 0 + + + 0 -
x2 + + + 0 + + +
h'(x) - 0 + ** + 0 -
h (x) d c c d

Extremos relativos: há um máximo para x=e


há um minimo para x=-e

 1 2
  x x  2 x1  ln(  x)    x  2 x1  ln(  x) 
 x0  x0
h( x)   x4 h ( x)   x4
 x  2 x1  ln x 
  x 2  2 x1  ln x 
1
 x0
 x x0  x2
 x2
 3  2 ln x  3  2 ln x
2
2
h( x)  h( x)  0   0  3  2 ln x  0  ln x   x  e 3
x3 x3 3

2 2
x  e 3  x  e 3

 3  2 ln x
x3
2 2
- 0 +
x  e 3 x  e3

 3  2 ln x + 0 - - - 0 +
x3 - - - 0 + + +
h''(x) - 0 + ** - 0 +
h (x)  inf   inf 
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18
Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

Gráfico:
1

0.5

0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
-0.5

-1
Fim da solução do exercício

AA2

f ( x)   f ( x)  f é uma função ímpar

(a) f ( x)  1.e  x  2 xe  x .x  (1  2 x 2 )e  x
2 2 2

f ( x)  (4 x)e  x  2 xe  x .(1  2 x 2 )  xe  x (4 x 2  6)


2 2 2

 Estudo do Crescimento/Monotonia – análise do sinal de f (x)


1 2 2
f ( x)  0  (1  2 x 2 )e  x  0  (1  2 x 2 )  0  x 2   x
2

2 2 2
 2 2
 f é estritamente crescente em   , 
 2 2 
 2  2 
f é estritamente decrescente em   ,  e em  , 
 2   2 
(não necessariamente na reunião)
 Estudo da Concavidade - análise do sinal de f (x)
  
f ( x)  0  xe  x (4 x 2  6)  0  x  0  (4 x 2  6)  0  x  0  (4 x 2  6)  0
2

3 3
x   x0
2 2

 3   3 
 f tem a concavidade “voltada para cima” em   ,0    ,  e “voltada
 2   2 
 3  3
para baixo” em   ,    0, 
19

 2  2
Página

(b) Recta tangente: y  y0  f ( x0 )(x  x0 )  y  f (0)  f (0)(x  0)  y  x .

19
Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

1
Nota final: No caso de ser pedido: Recta normal: y  y0   ( x  x0 )
f ( x0 )
(c) i. lim f ( x)  0
x  

Pelo que f tem uma assíntota horizontal: y  0


(não pode ter assíntotas oblíquas)
ii. f tem um:
2  2 1
2 2
- máximo absoluto em x   f 
2  e
 2  2
2  2
1
2 2
- mínimo absoluto em x   
 f  
2  2 e
 2 
 2 2
1
2 2 
1
iii. contradomínio:  e , e 
 2 2 

(d) O esboço do gráfico deve ter em conta:


 f é ímpar;
 y  x é tangente na origem;
 ptos de extremo local;
 ptos de inflexão;
 f ( x) x  0


F (0  h)  F (0) ah  0
(e) Fe(0)  lim  lim a
h0 h h0 h
he  h
2

Fd (0)  lim 1


h0 h
Para que F (x) seja diferenciável em IR é necessário e suficiente que:
Fe(0)  Fd (0)  a  1

20
Página

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Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

§ Formulário/Síntese Global (Diferenciabilidade)

 Derivada de uma função num ponto

Definição
Chama-se derivada de f no ponto a  a  D  , a

f  x   f a  f a  h   f a 
f   a   lim , equivalentemente, f   a   lim .
x a x a h 0 h

Este número f   a  pode também ser representado por:


 df 
  ou xDf
 dx  x  a a

Geometricamente
f   a  - Representa o declive da recta tangente ao gráfico da função no ponto x=a

Observação
A equação da recta tangente ao gráfico de f no ponto x=a é:
y  f  a   f   a  x  a   y  f   a  x  a   f  a 

Nota
A derivada de uma função num ponto pode ser finita ou infinita
21

Definição
Página

Se a derivada de f num ponto é finita, f diz-se diferenciável ou derivável nesse ponto.

21
Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

 Derivadas laterais
Pode não existir derivada num ponto mas existirem derivadas laterais.

Definições
f  x   f a 
 f é diferenciável ou derivável à esquerda de a  a  D  se existe e é finito o lim , a que
x a x a
se chama-se derivada lateral à esquerda de a e se representa por f   a   .
f  x   f a 
 f é diferenciável ou derivável à direita de a  a  D  se existe e é finito o lim , a que
x a x a
se chama derivada lateral à direita de a e se representa por f   a   .

Geometricamente
f   a   - Representa o declive da semitangente á esquerda ao gráfico de f ponto x=a
f   a   - Representa o declive da semitangente á direita ao gráfico de f ponto x=a

Propriedade
 f é derivável para x=a sse f   a   = f   a   e são ambas finitas.

 Diferenciabilidade num intervalo

Definições

 Uma função diz-se diferenciável num intervalo a,b quando admite derivada finita em todos os pontos
do intervalo.

 Uma função diz-se diferenciável num intervalo  a,b  quando é diferenciável em a,b e diferenciável à

  
esquerda de b f   b   f   b   e à direita de a f   a   f   a   .
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Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

 Função derivada
Definição
Seja f : D  e E o conjunto dos números reais para os quais a função f é diferenciável.
x f x
Chama-se função derivada de f a:
f:E 
x f x
Observação
Não confundir “derivada de uma função num ponto” que se existir, é um número real, com “função
derivada”, que é uma nova função f   x  , cujo domínio é constituído por todos os números reais x para os quais
f  x  admite derivada

 Continuidade e derivabilidade

Teorema
Toda a função que admite derivada finita num ponto é contínua nesse ponto.

Nota
O recíproco deste teorema não é verdadeiro; há funções contínuas num ponto que não têm derivada finita
nesse ponto.

Derivada da função composta


Se g tem derivada finita num ponto a e se f é diferenciável no ponto g  a  , então f g é derivável
em a e
 f g   a   g   a   f  g  a   .

De um modo geral em pontos correspondentes, tem-se:

f g   x   g   x   f  g  x   .

 Derivadas sucessivas

Definição
Dada a função f, chama-se derivada de ordem (n+1) de f e representa-se por f (n 1) , à
derivada da derivada de ordem (n) de f, ou seja:

f (n 1)  x    f (n)   x  , n 
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Matemática/ Cálculo Cálculo Diferencial – Estudo de Funções (FT5)

 Monotonia – 1ª derivada

Função crescente em sentido lato em  a, b  : x1  x2  f  x1   f  x2  .


Função decrescente em sentido estrito em  a, b  : x1  x2  f  x1   f  x2  .

derivada positiva em  a, b   função crescente em  a, b 

derivada negativa em  a, b   função decrescente em  a, b 

derivada nula em x1  função tem um mínimo, um máximo ou um ponto de inflexão em x1

 Concavidade– 2ª derivada

Segunda derivada positiva em  a, b   concavidade voltada para cima  a, b 

Segunda derivada negativa em  a, b   concavidade voltada para baixo  a, b 




Teorema da Função Composta: f  g  x    f   v  x   .g   x 

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