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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE
CURSO DE JORNALISMO

MARIA ÉRICA NEVES DE OLIVEIRA


ROCHELLE NOGUEIRA BARBOSA

RevistaDela´s:
A participação feminina no esporte profissional e amador
Cearense

FORTALEZA
2013
MARIA ÉRICA NEVES DE OLIVEIRA
ROCHELLE NOGUEIRA

Revista Dela´s:
A participação feminina no esporte profissional e amador Cearense

Projeto Experimental de Pesquisa, apresentado ao Centro de


Ensino Superior do Ceará, mantenedora da Faculdade
Cearense (FAC), como requisito parcial para a obtenção do
título de Bacharel em Comunicação Social Habilitação em
Jornalismo, sob orientação do Profa. Mara Cristina Barbosa
Castro.

FORTALEZA
2013
O48r Oliveira, Maria Érica Neves de
A participação feminina no esporte profissional e amador ce-
arense / Maria Érica Neves de Oliveira; Rochelle Nogueira. For-
taleza – 2013.
36f.
Orientador: Prof.ª Mara Cristina Barbosa Castro.
Trabalho de Conclusão de curso (graduação) – Faculdade Ce-
arense, Curso de Comunicação Social, com Habilitação em Jor-
nalismo, 2013.

1. Mulher - esporte. 2. Revista. 3. Ceará. I. Castro, Mara


Cristina Barbosa. II. Título
CDU 070

Bibliotecário Marksuel Mariz de Lima CRB-3/1274


AGRADECIMENTOS

Quero agradecer primeiramente a Deus pelo dom da vida e da sabedoria.


Por sempre estar presente em minhas escolhas, ajudando-me sempre a conquistar as
minhas metas. Ele me mostrou que nada é impossível para quem quer e corre atrás dos
seus sonhos. O caminho até aqui não foi fácil, mas ele sempre soube colocar as pes-
soas certas em minha vida para me incentivar e não me deixar cair.
Meus agradecimentos também vão para os anjos em forma de gente que
Deus colocou ao longo de toda a vida, os quais foram exemplos durante a minha traje-
tória até aqui. Agradeço a minha família, que me apoiou na escolha da profissão, e
sempre me fala que eu sou um exemplo e orgulho para ela.
Agradeço a todos os professores, pelo estimulo à construção da bagagem e
inesgotável conhecimento. Em especial, à professora e orientadora, Mara Cristina, que
com toda a sua experiência, soube nos encaminhar no desenvolvimento deste trabalho,
com orientações que irão além da esfera acadêmica. ÀZoraia Ferreira, professora de
Projetos, pela sua disponibilidade em nos ajudar na escolha do caminho certo.
Aos meus amigos e colegas, que tornaram a vida acadêmica mais divertida.
Em especial, à minha amiga, Márcia Delmiro, que com suas palavras doces e amigas,
me fizeram forte em vários momentos de fraqueza. Obrigada à minha amiga e parcei-
ra,Rochelle Nogueira,com a qual compartilhei o meu sonho, e cuja força de vontade e
coragem para enfrentar situações das vida, são alvo da minha admiração.
Agradeço também ao meu namorado, Bruno Padilha, por sempre estar do
meu lado nos momentos de angústia. Com o seu amor, os obstáculos pareceram mais
fáceis e possíveis de ultrapassar.
Concluo agradecendo aos meus pais, Edivar de Oliveira e Edna Neves, que
são meus amores e os meus exemplos de vida. Obrigada, mãe e pai, pela educação,
pelo carinho e pelo amor dedicado a mim. Obrigada,Erikes Neves, meu irmão que eu
tanto amo. Vocês são os motivos da minha vida e dessa minha conquista.

Maria Érica Neves de Oliveira


AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus, meu fiel escudeiro, por me ter dado


odiscernimento de que tanto precisei , só ele sabe todas as lágrimas que derramei e as
dificuldades por que passei, quando optei largar tudo para me dedicar à faculdade de
jornalismo. Agradeço aos que me ajudaram a superar as dificuldades financeiras e, que
contribuíram de alguma forma para que o meu sonho não fosse interrompido.
A todos os meus professores, pois foi por meio dos seus ensinamentos que
pude absorver o que é jornalismo de verdade. Em especial, á professora, Joana Dutra,
que me abriu as portas para estagiar na Prefeitura de Fortaleza. Agradeço aos meus
chefes pela oportunidade de trocar experiências e por me ensinarem a ser uma
profissional, com competência. Aos meus queridos amigos e colegas de sala, por terem
caminhado junto comigo. Graças a vocês tive estímulo para não desistir.
Obrigada à família Rodrigues por ter me acolhido e acreditado na futura
jornalista. Ao meu noivo, Alexandre Rodrigues, por dividir os momentos principais na
faculdade e na vida. Por segurar minha mão, acalentando-me nas horas de nervosismo
e me incentivar, a não desacreditar que conseguiria, sempre me dizendo que tenho um
futuro brilhante pela frente. Obrigada pela colaboração neste projeto, você abriu portas
e contribuiu para que este trabalho se concretizasse.
Agradecimento especial à professora e orientadora, Mara Cristina, que nos
deu força, foi nossa parceira e peça fundamental nessa empreitada. À Zoraia Ferreira,
que sempre nos encorajou e incentivou nesse trabalho. Obrigada também minha amiga
e parceira, Érica Oliveira, por ter topado dividir esse sonho comigo. Pois “um sonho que
se sonha só é só um sonho que sonha só, mas o sonho que se sonha junto é
realidade”.
Finalizo agradecendo aos meus pais, Augusto e Lúcia, por me ensinarem a
correr atrás dos meus objetivos. Aos meus irmãos, pela força e incentivo. Aos meus
sobrinhos que tanto amo. Às minhas avós, tios e primos pela contribuição para que eu
me tornar-seuma pessoa melhor, e assim concretiza-se junto deles, mais uma etapa na
minha vida.
Rochelle Nogueira Barbosa
“Determinação coragem e autoconfiança são
fatores decisivos para o sucesso. Se estamos
possuídos por uma inabalável determinação
conseguiremos superá-los.Independentemente
dascircunstâncias,devemos ser sempre
humildes,recatadosedespidos de orgulho.”
( Dalai Lama)
RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso visa retratar e informar, em uma revista,


o crescimento e a participação feminina nas diversas modalidades esportivas. A
publicação é voltada para mulheres que gostam e participam do esporte profissional e
amador do Ceará. O esporte é um meio de transformação social e é um dos direitos
fundamentais de cidadania, circunscrito no conjunto de bens imateriais inalienáveis de
homens e mulheres. Através dessa carência observada no mercado, em que as
mulheres cearenses não aparecem com frequência em periódicos, foi que surgiu a ideia
de criar um exemplar que tenha essa finalidade. A revista Dela´straz um leque
diversificado de entrevistas, histórias de vida, curiosidades, dicas e informações. Além
disso, categorizamos as editorias por modalidades esportivas para que em edições
futuras possamos dar continuidade ao projeto e assim abordar as diversas modalidades
que se inserem dentro dessas categorias: quadra, campo, artes marciais, aquático e
atletismo.

Palavra Chave: Mulher. Esporte. Revista. Ceará.


ABSTRACT

This final course paper aims to show and inform in a magazine about the
feminine growth and participation in many sporting modalities. The publication is di-
rected to women who like and participate in amateur and professional sport in the state
of Ceará. Sport is means of social transformation and also a fundamental right of citi-
zenship, involved in a group of non-material property of men and women. Due to this
absence of women in the working market in which women are not frequently present, we
came up with the idea of creating an issue directed to this aim. The magazine Dela’s will
bring up a set of diversed interviews, life stories, curiosities, ideas and information. Be-
sides that, we have categorized so we will be able to , in future issues, keep on working
on this project and approach diverse modalities inside the following categories: court,
field , martial arts , water and athletics .

Key words: Woman .Sport.Magazine .Ceará .


SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO................................................................................................09
2- JORNALISMO DE REVISTA...........................................................................11
2.1 O que é revista?.............................................................................................11
2.2 Texto em revista .............................................................................................13
2.3 Revistas femininas..........................................................................................15
3- O ESPORTE ....................................................................................................18
3.1 Um breve histórico do esporte no Brasil ........................................................18
3.2 Modalidades Esportivas .................................................................................19
3.2.1 Handebol......................................................................................................19
3.2.2 Surfe.............................................................................................................20
3.2.3 MMA.............................................................................................................20
3.2.4 Triatlo............................................................................................................21
3.2.5 Futebol.........................................................................................................22
3.3 A Mulher no Esporte........................................................................................22
4- PROJETO: REVISTA DELA’S..........................................................................26
4.1 Jornalismo Especializado Esportivo................................................................26
4.2 Projeto Gráfico.................................................................................................27
4.3 Projeto Editorial...............................................................................................28
4.4 Construção da revista como produto editorial ................................................29
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................32
6- REFERÊNCIAS.................................................................................................33
7-APÊNDICE........................................................................................................36
9

1 INTRODUÇÃO

A motivação para o desenvolvimento do presente projeto partiu da


observação de uma fatia de mercado, em que a mulher, apesar de sua crescente
participação nas diversas modalidades esportivas, não tem um espaço com maior
assiduidade em veículos de comunicações locais para serem retratadas, quando se
utilizam do esporte como meio profissional ou de lazer. Observamos que esse nicho
mercadológico mostra uma carência por não ter um meio fixo para divulgá-las.
Levam-se também em consideração para a escolha desse projeto as nossas
próprias afinidades com o tema. Resolvemos optar pelo referido assunto, haja vista um
maior número de mulheres estar envolvendo, cada vez, mais de forma direta ou
indireta, no mundo esportivo, comparecendo com maior frequência em estádios,
academias e clubes de desportos.
Durante o projeto, foi escolhida a revista como forma de transmissão
principal da ideia. Uma das características desse meio é o aprofundamento dos temas e
é, através dele, que reproduzimos de forma jornalística as histórias de mulheres junto
ao deporto. Além disso, segundo Fátima Ali (2009), as revistas são portáteis e fáceis de
usar, ideais para a mulher do século XXI. Para o nome do periódico, escolhemos
chamá-la de Dela´s uma forma de caracterizar e identificar o público logo em sua capa.
No primeiro capítulo, abordamos as definições sobre revista e o que a
diferencia de outros veículos de comunicação. Também comentamos, neste capítulo, a
forma como os textos em revistas devem ser estruturados. Além de contar algumas
histórias das revistas femininas no Brasil e no mundo.
No segundo capítulo, fazemos um breve histórico do esporte no Brasil,
trazendo a importância da prática esportiva na vida das pessoas. De acordo com as
categorias escolhidas no projeto da revista, abordamos um pouco a história de cada
esporte que escolhemos retratar na revista Dela ´s, no caso, handball, surfe, futebol,
MMA e Triatlo. Inserimos inclusive, a definição de jornalismo especializado e esportivo,
já que a revista tem um público definido. Apresentamos uma breve retrospectiva da
inserção da mulher junto ao esporte.
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No terceiro capítulo, contamos como foi feito todo o projeto gráfico da revista.
Desde a escolha das fontes, das cores e fotos. O projeto editorial também é
contemplado, pois mostramos os motivos que nos levaram a escolher esse tema, e a
metodologia aplicada para a elaboração das matérias.
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2. Jornalismo de Revista

Neste capítulo, trouxemos algumas definições a respeito do que deve ser


revista e o que a diferencia dos outros veículos de comunicação. Também foi abordado
o texto em revista, analisando em geral, a linguagem e como são as matérias nesse tipo
de publicação, além de trazer histórico sobre as primeiras e principais revistas
femininas no mundo e no Brasil.

2.1. O que é revista?

Folhear as páginas de uma revista nos dias de hoje é um hábito de muitas


pessoas no Brasil e no mundo. Com publicações bem específicas, capas chamativas,
assuntos bem apurados e contextualizados, esse tipo de veículo de comunicação
informa, diverte e educa. De acordo com Fatima Ali (2009), ele ainda amplia nossos
conhecimentos, ajuda-nos a refletir sobre nós mesmos, e, principalmente, nos dá
referencias para formarmos nossa opinião.

A palavra “revista” vem do inglês “review”, que quer dizer, entre outras coisas,
“revista, resenha” e “crítica literária”. A palavra “review” era comum em várias
revistas literárias inglesas, que eram os modelos imitados em todo o século 17
e 18. Daí a origem da palavra “revista” na língua portuguesa. Entretanto, na
Inglaterra, nos Estados Unidos e em outros países de língua inglesa, revista é
chamada de “magazine” que vem da palavra árabe “al-mahazen”, que significa
“armazém” ou “depósito de mercadorias variadas”. Isso porque, diferente do
livro que geralmente é monotemático, a revista apresenta uma variedade de
assuntos, (ALI, 2009, p. 19).

Segundo Scalzo (2004), a revista é caracterizada por ser um veículo de


informação que possui textos mais aprofundados que os jornais e menos que os livros,
além de fazer uma mistura de jornalismo com entretenimento. Esses periódicos também
representam o papel de auxílio à educação, uma vez que aprofundam mais os
assuntos, e são por muitas pessoas, utilizadas como material de coleção.
No livro “A comunicação e o grotesco – Introdução à cultura de massa
brasileira”, Muniz Sodré (1971) considera que há quatro grupos de revistas que
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prevaleciam no Brasil no início da década de 1970: informações gerais e


entretenimento, informação e análise de notícias, revistas femininas ou dedicadas à
família e revistas de conhecimentos gerais.
Segundo Fatima Ali (2009), a revista é um meio de comunicação com
algumas vantagens sobre os outros. É portátil, fácil de usar, e oferece grande
quantidade de informação. Um dos diferenciais entre a revista e o jornal é a
periodicidade, que varia entre semanal, quinzenal e mensal. Para Sergio Vilas Boas
(1996), a periodicidade é o fator determinante do estilo de texto de uma revista. Por
esse motivo e por ter um deadline1 maior, as revistas não têm a preocupação de
informar um fato mais rápido ou primeiro, e sim confirmar, analisar ou explicar uma
historia já vista na TV, lida no jornal ou ouvida no rádio.
Ali (2009) destaca que outro diferencial é de distrair o leitor e fazê-lo sonhar.
Segundo a autora, o leitor muitas vezes procura uma revista em busca de experiências
emocionais, prazerosas e estéticas. Poderá decorar sua sala em tons de azul, ou
sonhar com o roteiro de viagem como na matéria que leu em uma revista. Ainda de
acordo com a autora, ela também serve como escape dos problemas. Por alguns
momentos, a rotina do dia a dia fica para trás ao espiar a casa dos famosos, ou a vida
dos artistas.
Scalzo (2004) acredita que o público é outro ponto que diferencia a revista
dos outros veículos de comunicação de massa. Enquanto a televisão fala para um
estádio imenso de futebol, onde não se distinguem rostos na multidão. No jornal fala-se
para um teatro, mas ainda não se consegue distinguir quem é quem na plateia. Já
numa revista semanal de informação, o teatro é menor, a plateia é selecionada. Com
isso, expressa uma ideia melhor do grupo, ainda que não consiga identificar um por um.
Para a autora, é na revista segmentada, geralmente mensal, que de fato se conhece
cada leitor, sabe-se exatamente com quem se está falando.

1• O deadline é um termo que indica fim da linha ou prazo final. Geralmente usado no mundo dos
projetos, negócios e marketing, para especificar que o prazo para entrega de determinada tarefa está
chegando ao fim.
13

Nascimento (2002) considera que a segmentação é uma característica tida


como marcante nas revistas. Outra diferença citada por ela é o tratamento visual que as
revistas trazem, com uma maior liberdade na diagramação e de utilização de cores,
tendo em vista a maior qualidade de papel e de impressão do que os jornais, além dos
textos que podem ser redigidos de diversas formas.

2.2. Texto em Revista

Para que as revistas saiam das bancas e cheguem às mãos dos leitores,
existe o processo de construção das matérias que serão veiculadas. Vilas Boas (1996)
aborda e ensina o melhor caminho para a elaboração do texto jornalístico especifico
para revistas. O pesquisador afirma que o texto das revistas de notícias é um dos
atrativos que a diferencia do jornalismo diário, utilizando-se de recursos que nos limites
do posicionamento político-empresarial, são a conciliação da prática de noticiar com a
de narrar.
Ainda de acordo com o autor, para escrever em revista é preciso técnica,
mas também inspiração e criatividade. Não há fórmulas rigorosamente definidas para o
autor, mas existem instruções para que os textos não percam o ritmo, clareza, e
concisão, três características que segundo o autor são básicas do estilo jornalístico.

Tente não se preocupar com a palavra antes de começar a escrever. Haverá o


momento de procurá-Ia e, se algumas etapas forem vencidas, você a
encontrará. Para começar a escrever um texto para revista, agrupe idéias de
um mesmo assunto e sentido. Então estabeleça, desde o início, uma seqüência
de raciocínio por meio de "ganchos". E, por fim, escolha o tom. Ou seja, a
linguagem mais apropriada para a matéria que vai escrever, (VILAS BOAS
1996, p.14).

De acordo com Ali (2009), para fazer um texto para revista, o jornalista tem
que colocar o leitor em primeiro lugar. O tempo que ele dispõe a pegar, abrir, folhear e
ler uma revista compete com uma enfinidade de outras atividades e distrações.
Segundo a autora, precisa ter foco e selecionar a ordem das informações que foram
apuradas. Depois, cada matéria segue a sua estrutura, seja ela clássica ou narrativa.
14

A autora acredita que há cinco princípios para fazer um bom texto. O primeiro
condiz à simplicidade. Para ela o ideal é que o texto seja compreendido ao mesmo
tempo em que é lido, sem obrigar o leitor a voltar atrás nas frases e quebrar a cabeça. A
segunda dispõe sobre a clareza do texto. Para a autora é preciso transmitir
limpidamente o que se quer dizer. A terceira fala sobre um texto conciso. Esse tipo de
texto tem mais impacto e a legibilidade aumenta na proporção em que palavras
desnecessárias são eliminadas. O texto precisa ser leve e rápido para manter o leitor
interessado. E por ultimo, a pesquisadora fala que os textos necessitam ser precisos.
Textos vagos e o uso impreciso da linguagem podem confundir o leitor, é necessário
esforço para buscar palavras com significado exato em vez de optar por expressões
vagas.
Vilas Boas (1996) aponta que como têm tempo para extrapolações analíticas
do fato, as revistas podem produzir textos criativos, utilizando recursos estilísticos
geralmente incompatíveis com a velocidade do jornalismo diário. Com isso, a
reportagem pode ser considerada como o gênero jornalístico que predomina em suas
edições. Quando ocorre um fato, é comum que as notícias sejam dadas de forma
rápida e básica, a fim de informar ao leitor o que aconteceu. Nas notícias, é necessário
que se responda a algumas perguntas, o chamado lead. A diferença entre a notícia e
reportagem é que, nas reportagens também é necessário que se respondam as
perguntas, porém o texto é bem mais aprofundado e elaborado. Portanto, não se
prende a pirâmide invertida.

A reportagem ocupa e sempre ocupou o primeiro lugar na cobertura jornalística.


Toda reportagem é notícia, mas nem toda notícia é reportagem. A notícia muda
de caráter quando demanda uma reportagem. A reportagem mostra como e por
que uma determinada notícia entrou para a história. Desdobra-se, pormenoriza
e dá amplo relato aos fatos principais e também aos fatos subjacentes da
notícia. Quando a notícia salta de uma simples nota para uma reportagem, é
preciso ir além, detalhar, questionar causas e efeitos, interpretar, causar
impacto, (VILAS BOAS, 1996, p.43).

Ainda de acordo com Sergio Vilas Boas (1996), a reportagem narrativa é a


que mais interessa em revista e se caracteriza pela referência e ações de pessoas,
descrições de circunstâncias e de objetos. O texto de uma reportagem narrativa mostra
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as mudanças ocorrendo, como se a realidade fosse recriada aos olhos dos leitores.
Ainda segundo o autor, esse tipo de reportagem se desenvolve com ritmo, beleza,
refinamento e liberdade. Mas ressalta que essa liberdade precisa ser compreendida
como improvisação. Segundo ele, a revista se apropria de algumas formas literárias e
assim faz um jornalismo que diagnostica, investiga, e interpreta, sempre buscando a
atenção do leitor. Para o pesquisador, uma forma de conquistar a vigilância do leitor é a
abertura das reportagens. De acordo com ele, na revista se escolhe um início menos
convencional, não necessariamente respondendo o lead.
O “fechamento” do texto também merece destaque. Ele tem que proporcionar
para o leitor uma boa satisfação. É preciso que o seu desfecho contemple o
entendimento de toda a matéria, que não deixe nenhuma pergunta sem ser respondida
para o leitor. Sergio Vilas Boas (1996) ressalta que nunca podemos pensar que uma
boa “história” pode ser contada sozinha. Para complementá-la, é importante que se
consulte, ouça, converse com várias pessoas a respeito do tema. O autor salienta que o
texto tem que ter unidade, por isso, o fecho mais original deve coincidir com a escolha
da forma de abertura do texto de sua reportagem.

2.3. Revistas Femininas

Segundo Scalzo (2004), as publicações femininas existem desde que


surgiram as revistas no Brasil. Elas começaram a aparecer aos poucos, sem muito
alarde, geralmente feitas e escritas por homens. Com seu espaço reduzido dentro da
sociedade, as mulheres que obtinham e se interessavam por informações
especializadas, recebiam essas notícias da forma como o gênero masculino as
passava.
As estruturas das revistas, no inicio do século XIX, traziam em suas edições,
geralmente, novidades da moda, importadas da Europa, dicas e conselhos culinários,
artigos de interesse geral, ilustrações, pequenas notícias e anedotas. Modelo esse
copiado da Europa e repetido por todo século XIX e a primeira metade do século XX.
Em 1950, chegam as fotonovelas nas edições das revistas brasileiras. Pela
primeira vez, a figura feminina passa a ser identificada como mercado consumidor,
16

abrindo as portas desse veículo de comunicação de massa para esse público em


específico. As fotonovelas traziam em suas publicações histórias românticas, mas que
em nada queriam mudar o modelo social existente.
Segundo Scalzo (2004), em 1693, na França, segmentando um modelo
multitemático (tratando de vários assuntos por título), surge a revista Mercúrio das
Senhoras, primeira de todas as revistas femininas no mundo. A publicação trouxe uma
fórmula editorial voltada basicamente aos afazeres do lar, e às novidades da moda.
Algumas ofereciam moldes de roupas e desenhos para bordados, fato que persiste até
hoje em publicações desse tipo.
De acordo com o livro Mulher de Papel, de Dulcília Buitoni, foi o “Espelho
Diamantino”, lançado em 1827, o primeiro periódico feminino no Brasil. Na revista havia
temas como política, literatura, artes, moda e oferecia um padrão gráfico semelhante ao
do livro. Era dedicada às senhoras, mas feita por homens, e durou apenas até 1828.
Em 1959, nasce no Brasil a primeira revista de moda, a Manequim, que trazia
encartados, e até hoje traz moldes de roupas para fazer em casa.
Já em 1961, surge pela Editora Abril a revista Cláudia, que segundo Scalzo
(2004), veio para acompanhar não só a vida da mulher, que mudava, mas também a
indústria de eletrodomésticos. Com essa revista, nasceu as produções fotográficas de
moda, beleza, culinária e decoração no Brasil. Sabendo que essas edições seguiam o
padrão estrangeiro e vendo a necessidade em fazer publicações voltadas para a
necessidade local, com pratos da terra, moda inspirada no gosto brasileiro, a revista
Cláudia deu início a primeira cozinha experimental.
Scalzo (2008) diz que foi a jornalista e psicóloga Carmem da Silva, colunista
de Claudia a partir de 1963, quem começou de fato a mudar o jornalismo feminino. Foi
através de sua coluna “A Arte de ser Mulher” que ela ultrapassou todos os obstáculos
existentes na época. Carmem acabou criando um elo com as leitoras por tratar de
temas tão intocáveis no período, desde assuntos como: solidão, machismo, trabalho
feminino, alienação das mulheres, sexo.
Embora a revista Cláudia tenha inovado e dado voz à mulher em suas
publicações, ela ainda não trouxe matérias voltadas a informar o leitor sobre o mundo
do esporte feminino, apenas retrata o tema como saúde e bem estar. Em outra revista
17

da Editora Abril, a Placar uma das principais, nesse segmento, mas especializada em
futebol, aborda o esporte feminino em menor intensidade do que o masculino. Há
outras revistas que retratam a mulher esportista no Brasil, mas contemplam apenas
uma modalidade. É o caso da revista W Run, que tem como objetivo tratar a mulher
corredora de forma diferenciada e reflete o crescente aumento da participação delas na
prática da corrida de rua no Brasil e no mundo.
Ainda segundo Scalzo, hoje as revistas voltadas aos temas para o público
feminino são superiores ao do masculino. Mas, o que requer maior atenção é que
continuam trazendo a mesma fórmula desde os tempos de sua criação. O que se
propõe em tempos onde o fluxo da informação é constante e está cada vez mais ao
alcance das mãos é que se traga um jornalismo de revista cada vez mais especializado
e que atinja seu público específico, trazendo informações de qualidade e com uma
linguagem típica para cada nicho.
18

3. Esporte

Nesse capítulo, abordamos a importância que a prática esportiva tem na vida


das pessoas. Trouxemos um breve histórico sobre o esporte no Brasil, e sobre
modalidades esportivas que apresentamos na revista, como: Handebol, surfe, MMA,
Triatlo e futebol. Outra parte deste capítulo é a mulher e o esporte, onde mostramos
como foram as primeiras manifestações femininas no esporte e nas olimpíadas.

3.1 Um breve histórico do esporte no Brasil

A importância do esporte na sociedade e na mídia é notável. Além do olhar


mercadológico e capitalista que o tema tem (porque esporte vende), ele também é
saúde, paixão, educação, espetáculo, política e negócio. Para Rennó e col. (1997), há
três aspectos que ressaltam essa importância.
A primeira ressalta que o esporte permite a aproximação, confraternização de
povos e o conhecimento de várias culturas. Um exemplo claro dessa afirmação são as
Olímpiadas. A segunda salienta que no âmbito social, o esporte tem um papel
pedagógico no processo de formação de um indivíduo, ajudando a ter disciplina,
respeito à hierarquia, solidariedade e espírito de equipe. A terceira vem destacar os
aspectos econômicos, pontuando que o esporte movimenta uma grande indústria
diversificada e especializada na produção de equipamentos esportivos, uniformes, entre
outros.
No Brasil, as modalidades esportivas segundo os autores Katia Rubio e
Roberto Maluf de Mesquita (2011), chegaram com a família real Portuguesa em 1808.
Com essa vinda, D. João começou a executar várias medidas econômicas e políticas,
como a Abertura de Portos, permitindo o livre comércio aos países amigos. Por essa
abertura, foram surgindo empresas do setor têxtil, bancos, as companhias de
mineração e elétricas, e ferrovias que mantinham um número grande de funcionários,
mas era insuficiente para realizar todas as tarefas.
19

Foi por esse motivo que os brasileiros chamados para trabalhar nessas
empresas, aproximaram-se dos costumes ingleses e mantiveram contato com vários
elementos da cultura britânica inclusive o esporte. Podemos citar o Remo, que foi uma
modalidade esportiva famosa no Brasil e que ganhou muitos adeptos no século XX. Os
autores salientam que o mesmo aconteceu com os europeus. A substituição da mão de
obra escrava pela dos imigrantes europeus, também fizeram com que eles tivessem
contato com as atividades da população brasileira.
Tal fato possibilitou a criação de clubes e times de diversas modalidades
esportivas, em diversas regiões do país. Um desses esportes apresentados aos
europeus é a peteca, que segundo a Fundação Nacional do Índio - FUNAI , há registros
do passado que mostram que esse esporte era praticado no Brasil, como recreação
pelos nativos indígenas, mesmo antes da chegada dos portugueses à América do Sul.

3.2 Modalidades Esportivas

3.2.1 Handebol

De acordo com Orlando Duarte (2004), a primeira vez que se jogou


Handebol foi no ano de 1895, mas a primeira partida internacional foi em 1935, entre
Suiça e Dinamarca. “Joga-se numa quadra, com as mãos, e atira-se uma bola especial
contra um gol, protegido por um goleiro, como no futebol”, (DUARTE, 2004, pag. 267).
O clímax do jogo e o que define o time vencedor é o gol. A equipe com sete
jogadores (as) tem o objetivo de marcar gols durante o tempo de sessenta minutos.
Ainda segundo Orlando Duarte (2004), o handebol foi admitido nos Jogos Olímpicos de
1936, em Berlim, pois os alemães são conhecidos como os promissores do handebol
de campo e conseguiram inclui-lo na competição que promoveram, ocupando o primeiro
lugar.
Em 2012, Alexandra Nascimento, ponta direita da seleção brasileira feminina
de handebol, foi eleita a melhor jogadora do mundo pelo prêmio promovido pela
Federação Internacional de Handebol (IHF). Sendo a primeira vez em que um atleta sul-
americano vence a maior premiação nessa modalidade.
20

3.2.2 Surfe

O surfe ou surf (termo em inglês) é uma modalidade esportiva praticada nos


mares do mundo a fora. Segundo Duarte (2004), esse tipo de esporte, que teve seus
primeiros relatos no Havaí, também tem raízes culturais, artísticas e religiosas. O autor
destaca que quando um nativo fazia uma prancha aproveitando a madeira de uma
árvore, no lugar eles deixavam uma oferenda para que outra arvore nascesse no
mesmo lugar.
“No Brasil essa modalidade só chegou nos anos 60, devido a popularização
do esporte nos Estados Unidos. Antes, era uma prática de garotos, em pranchas
improvisadas de madeira, no Rio de Janeiro”. (DUARTE, 2004, pag. 479). O esporte
consiste em o surfista, realizar manobras no mar em cima de uma prancha. Em
torneios, os surfistas são avaliados por atravessar a onda, deslizar no tubo, com estilo,
elegância e duração em que permanecem na onda.
Segundo Paula Rondinelli, Mestre em Ciências da Motricidade e
colaboradora do site Brasil Escola, o surfe também tardou a incorporar as mulheres na
sua disputa. Ela ressalta que enquanto o primeiro campeonato brasileiro masculino
aconteceu em 1987, o primeiro campeonato brasileiro feminino de surfe ocorreu apenas
em 1997, dez anos mais tarde. No cenário masculino, destaca-se principalmente o
surfista Peterson Rosa, paranaense, vencedor três vezes do campeonato nacional. Já
no feminino, duas mulheres conseguiram igualmente o tetracampeonato brasileiro: Tita
Tavares, do Ceará, e Andrea Lopes, do Rio de Janeiro.

3.2.3 MMA

O Ultimate Fighting Championship (UFC) é a maior organização de artes


marciais mistas. Conta com os maiores lutadores do esporte e produz eventos ao redor
de todo o mundo. Segundo o site oficial do UFC no Brasil, a organização foi criada nos
Estados Unidos em 1993. Foi originada do Vale Tudo brasileiro, com regras mínimas e
21

foi promovido como competição para determinar a arte marcial mais eficaz em
situações de combate desarmado.
Com o tempo, os lutadores do UFC começaram a se transformar atletas
completos, com habilidades diferenciadas que podiam lutar em pé ou no chão. Essa
mistura de estilo de lutas como Jiu Jitsu, Muay Thai, Boxe, Karatê e Judô, se tornou
conhecida como MMA, sigla em inglês que quer dizer Artes Marciais Mistas O país
dispõe de nomes consagrados nessa modalidade, como Anderson Silva lutador
recordista de vitórias no UFC.
Representando o gênero feminino o Invicta Fighting Championships (Invicta
FC) fundado em 2012, nos Estados Unidos, é um campeonato mundial que tem o
compromisso de pioneirismo no crescimento futuro do MMA feminino, com série
dedicada ao fornecimento de atletas, com uma grande plataforma para aprimorar suas
habilidades em uma base consistente. A maior lutadora da atualidade do Invicta FC é a
brasileira campeã dos pesos pena, Cris Cyborg.

3.2.4 Triatlo

Segundo Benê Turco (2007), o Triatlo nasceu na década de 1970, na cidade


de San Diego na Califórnia, Estados Unidos. A disputa nessa modalidade esportiva é
uma forma continua de três provas de esportes diferentes: natação, ciclismo e corrida.
Para Duarte (2004), o Triatlo é a modalidade que exige um superesforço do atleta. Hoje
para o autor, essa modalidade está ganhando adeptos no mundo todo.
O praticante do esporte começa a competição nadando 2 km em mar aberto,
em seguida pedala 90km de bicicleta e encerra a prova com 21 km de corrida. Todo o
percurso é feito sem intervalos. A principal competição de Triatlo para homens e
mulheres, “Ironman” (homem de ferro) teve sua primeira edição disputada em 18 de
fevereiro de 1978, com quinze participantes. “Em poucos anos, eram mais de mil os
participantes na prova que já contava com transmissão pela TV”, (TURCO, 2007, pag.
159).
O Triatlo chegou ao Brasil em 1981, mas a primeira competição oficial só
aconteceu em 1983, no Rio de Janeiro. A fluminense Fernanda Keller foi quem deu
22

visibilidade a modalidade no país. Tinha 31 anos quando subiu ao pódio do Ironman


pela primeira vez. A triatleta foi medalha de bronze em 1994, e repetiu o feito nos anos
de 1995, 1997, 1998, 1999, 2000.

3.2.5 Futebol

Morelli (1986) ressalta que a história da origem do futebol é de fato


contraditória. Segundo Voser e col. (2010), alguns historiadores relatam que na pré-
história, antepassados já praticavam o esporte quando chutavam crânios, pinhas e
pedras roliças, sendo os primeiros praticantes do futebol.
Foi na Inglaterra que o futebol foi organizado e regulamentado, em 26 de
outubro de 1863, com a fundação em Londres da Football Association. O esporte é
jogado com os pés, e na disputa duas equipes de 11 jogadores cada um, tentando
efetuar o objetivo maior, o gol. No Brasil, segundo Voser e col. (2010) apud. SCLAIR E
CATTANI (1968), o futebol chegou ao Brasil através de marinheiros ingleses e
holandeses que chegaram ao Nordeste brasileiro em 1878, e jogavam futebol com a
população local.
Com cinco copas do mundo, maior competição de futebol do planeta, o Brasil
é referência nessa modalidade. Com vários nomes em destaque, como Pelé o maior
artilheiro da seleção brasileira, e o único participante a ter feito parte de três copas do
mundo em que a seleção brasileira foi campeã, nos anos de 1958, 1962, 1970.
A primeira Copa do Mundo para mulheres foi criada em 1991 e acontece
como no masculino de quatro em quatro anos, tendo como vencedoras as seleções:
EUA (1991 e 1999), Noruega (1995), Alemanha (2003 e 2007) e Japão (2011). O Brasil
já chegou a um terceiro lugar em 1999 e em segundo lugar, em 2007. Embora a
seleção Brasileira não tenha nenhum título da copa, a brasileira Marta Vieira da Silva foi
eleita por cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela FIFA.

3.3 A Mulher no Esporte


23

Oliveira et al. (2008) destacam que desde a era primitiva não se poderia falar
em esporte sem citar a participação feminina dentro desse contexto. O esporte se
confundia com rituais religiosos e a caça, a participação das mulheres cabia no
combate a presa para o abate. Fato que logo depois geraria proibição e recolhimento,
até o período da Grécia antiga.
Na Grécia antiga (776 a.C. a 393 d. C.), teve início o primeiro evento
esportivo que se tem conhecimento na humanidade. As Panateias (primeiros jogos
olímpicos do planeta), era considerada como festa religiosa, no qual reunia
competidores a cada quatro anos em comemoração aos deuses, mas a participação
feminina continuava a ser proibida.
De acordo com o artigo “A inserção histórica da mulher no esporte”, de
Gilberto Oliveira e colaboradores (2008), o motivo alegado para a não participação das
mulheres nos jogos era que elas poderiam sofrer algum tipo de danos fisiológicos, haja
vista que, o acesso ao local das provas, era inclinado. Entretanto, a participação delas
não era permitida por outro motivo. O fato está ligado à função de guerrear, atividade
proibida para as mulheres, gerando a exclusão feminina da vida pública, cabendo a elas
somente o papel de ser mãe. A lei de participação era tão rígida, que no artigo cinco dos
jogos, informava que as mulheres casadas não poderiam assistir às competições sob
pena de sanção de morte.
Ainda de acordo com o artigo, uma mulher chamada Caripátida desobedeceu
a lei e foi assistir a luta de seu filho Psidoro, vestida com uma túnica e se passando por
seu treinador. Psidoro venceu a competição e sua mãe acabou invadindo a arena para
abraçar o filho, quando foi descoberta. A mesma não foi punida por ser de uma família
influente de campeões olímpicos. Foi à primeira mulher a ter acesso aos jogos. Após o
fato, os treinadores foram proibidos de usar túnica nas competições.

Após conquistar a Grécia, no período de domínio Romano, o imperador


Teodósio, proibiu as práticas esportivas por considerá-las festas pagãs. Nesta
fase as mulheres participavam como dançarinas ou acrobatas para divertimento
de convidados, tendo nenhum aspecto de caráter esportivo. (OLIVEIRA G,
CHEREM E.H. L, TUBINO M.J.G, 2008, p. 118)
24

Oliveira et al.(2008) ressaltam que durante a Idade Média, as mulheres


participaram das mesmas atividades esportivas que os homens, que eram jogos
populares com o uso de bola. No entanto, no século XVII, aconteceram mudanças e a
mulher perde seus direitos, sendo inferiorizada pelo marido ou namorado. O que
acabou por excluir a mulher das atividades esportivas. Somente no século XVIII e início
do XIX, elas começam a retomar o acesso aos esportes, quando seus companheiros
passam a levá-las para assistir ao boxe, remo e corridas de cavalos e dão início em
eventos masculinos como boliche, cricket, arco e flecha e alguns esportes praticados na
neve.
No esporte moderno (esse que conhecemos hoje), a mulher também tem
conquistado o seu espaço. Segundo Coelho (2003), o preconceito com a mulher hoje é
menor do que era antes do início da década de 70. No Brasil, ainda há um tabu com
relação à figura feminina principalmente trabalhando ou praticando futebol ou
automobilismo, esportes estes que são taxados de modalidades masculinas.

Nos velhos tempos, o veterano repórter Oldemário Touguinhó, do Jornal do


Brasil, telefonava para a redação durante as grandes coberturas e procurava o
editor. Quando este indicava uma mulher para recolher o material que vez ou
outra tinha de ser passado por telefone, Oldemário simplesmente se recusava a
entregar seus relatos. (COELHO, pag. 35, 2003)

O grande marco do esporte moderno são os jogos olímpicos. A primeira


Olímpiada a ser disputada foi no ano de 1896, na Grécia, por Pierre de Frédy mais
conhecido como Barão de Coubetin. Nessa primeira edição dos jogos, as mulheres não
tiveram espaço. Segundo Schneider (2004), no evento participaram 311 atletas de 13
diferentes países.
As mulheres disputaram uma Olimpíada no ano de 1900 em Paris, quando o
Comitê Olímpico Internacional (COI) incluiu o golfe e o tênis feminino. Para Oliveira e
col. (2008), essas modalidades foram incluídas nos jogos, por não exigir força física, e
eram considerados esportes belos. Ainda de acordo com os autores não se pode
afirmar a quantidade precisa de mulheres em cada modalidade e que vários
25

pesquisadores tem ideias diferentes sobre essa contagem. O interessante nessa edição
dos jogos houve uma vitória feminina. Clarlotte Cooper (britânica) foi campeã no tênis.
Durante os jogos olímpicos de Los Angeles em 1932, a nadadora Maria Lenk
aos 17 anos, entrou na história como a primeira mulher brasileira e sul-americana a
disputar uma olímpiada. Segundo Duarte (2004), a nadadora trouxe para o Brasil o
recorde mundial no estilo borboleta, que permaneceu dez anos para ser quebrado.
Com o passar dos anos o espaço destinado a elas foi se alargando. A
presença feminina dentro das modalidades esportivas foi crescendo mediante o
exemplo das pioneiras. Nas Olímpiadas de Londres disputada em 1948 apenas por 37
mulheres, já no retorno dos jogos a cidade em 2012, as mulheres somavam 4.620,
segundo o Comitê Olímpico Internacional.
Mesmo em tempos atuais, em que o assunto mulher e esporte é tratado com
naturalidade por muitos, elas vêm vencendo e quebrando seus próprios recordes. Um
exemplo disso foi nas ultimas olimpíadas que aconteceram em Londres (2012), pela
primeira vez o boxe foi disputado por mulheres. Essa modalidade esportiva era a única
que ainda era disputado só por homens.
26

4. REVISTA DELA’S

As revistas apresentam um visual cada vez mais sofisticado empregando os


mais avançados recursos tecnológicos das artes gráficas. Neste capítulo vamos
abordar o projeto gráfico da revista Dela’s, contando um pouco sobre o seu design.
Contemplamos também, o projeto editorial que traz um recorte da mulher inserida no
esporte cearense, a metodologia aplicada, e as escolhas relacionadas aos temas das
matérias, que inicialmente fazem parte cinco modalidades: futebol, handebol, MMA,
surfe e triatlo.

4.1 Jornalismo Especializado Esportivo

O jornalismo voltado para públicos específicos é chamado de jornalismo


especializado. Nesse tipo de jornalismo, que foge do tipo diário de noticiar fatos, os
textos e os temas têm uma abordagem mais aprofundada. As revistas são exemplo de
jornalismo especializado. Elas têm publicações cada vez mais segmentadas para
atender o seu público alvo. Segundo Beatriz Dornelles (2002), o fortalecimento do
jornalismo especializado se deu, com a modernização dos processos de captação,
produção, edição e distribuição que ampliam as áreas de informação.
Esses tipos de especializações surgiram da necessidade de se cobrir áreas
no comércio, na agricultura, economia, esporte, indústria, artes e etc. Segundo Rego
(1984), em 1959 toda uma variável e complexa informação especializada começou a
ganhar as faixas mais importantes do mercado, como o jornalismo econômico, o
jornalismo agrícola, o jornalismo administrativo e etc.
O jornalismo esportivo também faz parte desse tipo de jornalismo específico.
Porém, segundo Rangel e Barbeiro (2006), jornalismo é jornalismo seja ele esportivo,
político, econômico, social. Podendo ser propagado na televisão, rádio, jornal, revista
ou Internet. Para ele não importa, porque a essência do jornalismo não muda. A sua
natureza é única e está intimamente ligada às regras da ética e ao interesse público.
Porém, de acordo com o autor trabalhar com jornalismo esportivo tem suas
especificidades.
27

Os autores colocam que o jornalismo esportivo hoje é confundido com o


entretenimento, por lidar com as áreas do marketing, agenciamento de publicidade,
políticas dos clubes, federações e confederações e empresas. Outra confusão dentro
do jornalismo esportivo é que muitos consideram que ele apenas aborda o futebol.
Embora essa não seja uma afirmação verdadeira, hoje os veículos de comunicação
destinam uma fatia maior a esse esporte especializado.
No Brasil, até o ano de 1920, o espaço destinado ao jornalismo era limitado.
Antes esse espaço limitava-se ao esporte mais conhecido na época, as regatas. O
futebol que nessa época estava se inserindo no país, era desacreditado. Muitos
achavam que o esporte não vingaria no Brasil, por ser um esporte caro.

Nos primeiros anos de cobertura esportiva era assim. Pouca gente acreditava
que o futebol fosse assunto para estampar manchetes. A rigor, imaginava-se
que até mesmo o remo, o esporte mais popular do país na época, jamais
estamparia as primeiras páginas de jornal. (COELHO, 2003, p.8)

As mulheres também foram em busca desse nicho de mercado. Hoje é


comum ligar a TV, o rádio, ou ver a assinatura de mulheres que fazem parte do
jornalismo esportivo. Nomes como Mylena Ciribelli, Glenda Kozlowski, Mariana Becker,
dentre outras, exemplifica o poder, o espaço, e a responsabilidade que elas têm hoje
dentro da mídia. Na cidade de Fortaleza Ana Flávia de Oliveira Gomes, se tornou em
2013 a primeira mulher cearense, editora do caderno de Esportes do Jornal O Povo.

4.2 Projeto Gráfico

O layout com três colunas busca distribuir as fotos e textos de forma


harmônica, como ressalta Fatima Ali (2009, p.105) “As fotos preenchem o espaço de
uma, duas ou três colunas e podem ser sangradas, ou seja, sem margem. A aparência
é formal, organizada e fácil de ler”. Em algumas matérias com maior relevância e com o
intuito de prender o leitor, utilizamos duas colunas largas, para que a fonte do texto seja
maior e a leitura facilitada, como destaca Collaro (2006, p. 52) “se usadas duas a duas,
28

tem-se um diagrama extremamente versátil e dinâmico, que dará uma opção maior de
recursos para a beleza da página.”.
A fonte Bookman Old Style tamanho 30 foi utilizada nos títulos das matérias.
É uma fonte com serifa, portanto confere elegância e torna o tipo mais legível, porque
ajuda a agrupar as letras de uma palavra formando bloco. Segundo Fatima Ali (2009), a
serifa cria uma espécie de corredor horizontal de letra para letra que ajuda os olhos a
se movimentarem suave e rapidamente. No subtítulo a fonte Helvetica-Light tamanho
13 sem serifa, foi motivada pela leveza que buscávamos na revista. A fonte escolhida
para o corpo do texto foi a família Gill Sans Std, tamanho 9,5. Segundo Heitlinger
(2006), essa fonte teve grande influência na história da tipografia britânica e
internacional. Desenhada pelo tipógrafo Arthur Eric Rowton Gill, foi apresentada ao
comercio em 1928. A Gill Sans foi a única fonte sem serifa que Eric Gill desenhou, e
pode ser considerada uma exceção na sua obra tipográfica.
Com relação ao colorido das paginas optamos por cores quentes como o
rosa, laranja e cores frias como verde e o azul marinho. De acordo com Collaro (2000),
a cor rosa é uma cor intima de fácil assimilação quanto ás sensações, transmitindo
feminilidade. A cor laranja transmite radiação e expansão, que sugere intimidade e
calor. O verde é a mais calma das cores e remete a estabilidade. O azul é uma cor que
exprime profundidade. Introvertida, feminina e discreta e segundo o autor é a preferida
dos adultos.
As fotos utilizadas são em sua maioria de autoria da própria dupla. Como a
revista aborda o esporte, optamos por usar algumas fotos que remetessem movimento
ou ação das respectivas modalidade. A revista Dela’s terá o tamanho A4 com medidas
de 29,7 x 21,0 cm, usada em diversas publicações, contendo 44 páginas. O miolo será
impresso em papel couchê 40 kg. E a capa com o mesmo papel, com 80 kg,
comumente utilizado em folders, catálogos e revistas.

4.3 Projeto Editorial

Em 1995, o Secretário-Geral da FIFA, Joseph Blatter, após a realização da


segunda Copa do Mundo de Futebol Feminino na Suécia, afirmou que: “O futuro do
29

futebol é feminino. Estamos convencidos de que por volta de 2010 o futebol feminino
será tão importante quanto o masculino". Apesar do comentário futurista e audacioso do
secretário, o feito ainda não se concretizou. Existe sim uma evidência maior das
mulheres nesse esporte, porém ainda não é algo tão expressivo quanto no futebol
masculino.
O número de mulheres em olimpíadas, só tende a crescer. Desde 1900,
quando as mulheres participaram pela primeira vez das Olimpíadas de Paris, com
apenas 11 atletas. Esse número só tem aumentado. Em 2012, Londres foi tida como
destaque das Olimpíadas das mulheres com um total de 4.620 participantes. E foi aí,
quando pela primeira vez, na história dos jogos olímpicos, elas puderam participar do
boxe que, até o momento, era exclusividade só dos homens.
Em busca desse mercado promissor citado por Joseph Blatter, percebemos
que existe uma carência específica desse público que, embora em franca ascensão,
sente a necessidade de um espaço maior, com a presença mais frequente de mulheres
nos veículos de comunicação. A ideia de fazer, portanto, essa revista surgiu a partir de
uma necessidade, já que as mulheres estão buscando cada vez mais o espaço dela no
meio esportivo.
O nosso projeto tem como objeto de estudo: A Participação Feminina no
Esporte Profissional e Amador. O mundo esportivo tem espaço para todos os gêneros,
apesar de que, alguns esportes são estereotipados como sendo exclusividades
masculinas. O nosso TCC deu visibilidade e enfatizou o crescimento da participação
feminina nas diversas modalidades de esporte.
A revista Dela’s, vai retratou e informou em suas edições as mulheres que,
muitas das vezes, não tem tanto espaço e visibilidade quanto o público masculino.
Através dela, o público feminino ficará informado sobre o mundo esportivo, usando de
uma linguagem acessível e de identificação para elas.

4.4 Construção da revista como produto editorial

Decidimos que iríamos abordar o esporte feminino escolhendo cinco


modalidades, que seriam contempladas nessa primeira edição. Optamos pelos
30

seguintes esportes: handeboll, futebol, Triatlo, MMA e surfe. Escolhemos o Handeboll


para representar os esportes de quadra, por ser uma prática comum nas escolas, mas
que, por falta de incentivos, acaba não desenvolvendo o trabalho com equipes para
disputar campeonatos locais. Graças à força de vontade, o time feminino de Handebol
brasileiro se tornou campeão mundial. Quem sabe agora o esporte ganhe notoriedade
no país. Vamos abordar o futebol porque além de se tratar da paixão nacional do
brasileiro, o país está com projetos para grandes competições nacionais em 2014. O
Triatlo para representar o atletismo que é muito forte na capital e no Estado. O MMA por
ser o esporte em alta na atualidade, e ter várias mulheres se destacando dentro dos
octógonos e o surfe por sermos grande destaque nacional na modalidade e termos
nomes como Tita Tavares, Isabela Souza e outras que fazem do Ceará um celeiro
nesse esporte.
Tratando-se de entrevistas, trabalhamos com duas formas, tanto com a
estruturada como a não-estruturada, obtendo dados objetivos através de fontes
secundárias, como censos, estatísticas e outras formas de registro, e dados subjetivos
que são aqueles que se relacionam aos valores, atividades e opiniões dos
entrevistados. Segundo os autores Preece, Rogers e Sharp (2005) as entrevistas
estruturadas são úteis quando as metas do estudo são claramente entendidas e quando
as perguntas específicas podem ser identificadas. Eles ainda ressaltam que para
funcionar melhor, tais perguntas necessitam ser curtas e claramente escritas. Para
Pereira (2007) destaca que a entrevista não-estruturada pode variar desde discussões
casuais a entrevistas abertas em profundidade com informações-chave.
As entrevistas também foram da modalidade histórias de vida, pois retratam
as experiências vivenciadas pelas personagens, bem como as definições fornecidas por
ela. Utilizamos os tipos de história de vida completa e tópica, pois haverá momentos em
que precisaremos de um contexto mais geral, como um conjunto de experiências
vividas e outras vezes um contexto mais específico, como em um determinado
momento da experiência em questão.
Em relação ao quesito observação, explanamos na revista o tipo indireto que
nos permitiu relacionar detalhes de uma observação empírica. Ou seja, analisamos
experiências de vidas, e tudo aquilo adquirido no dia-a-dia. Assim, com a observação
31

participante, o intuito foi participar realmente do processo de construções dessas


matérias, mantendo as variações técnicas, que permitem que o pesquisador se insira
no contexto do entrevistado, mas apenas com o intuito de observação análise, de
maneira rápida e superficial, como comenta Pinho (1990 p, 49) “A observação indireta
aplica-se a documentos em geral, como jornais, arquivos, revistas, filmes, discos,
cartazes etc. Suas principais técnicas são a semântica quantitativa e a analise do
conteúdo”.
A linha editorial trará um olhar feminino diante dos diversos assuntos
relacionados aos desportos. Nas editorias adotamos gêneros diversos, como por
exemplo, entrevistas, reportagens, colunas, notas, crônicas, box, editorial. A
periodicidade da revista será mensal e terá um layout específico voltado para essas
consumidoras.
Para escrever crônicas e artigos escolhemos nessa edição, duas mulheres
que trabalham e já têm experiência com jornalismo esportivo. Ana Claúdia Andrade é
cearense, de Fortaleza. Foi revelada em 2007 pela TV Diário, onde atuava em
reportagens esportivas. Foi apresentadora, produtora e editora do Programa “A Grande
Jogada”, além de produzir, editar e comentar no Programa “Debate Bola”. Em 2010,
cobriu a Copa do Mundo da África do Sul pela TV Diário. Em 2011, foi contratada pela
TV Cidade. Atualmente, é repórter e apresenta o Esporte Cidade. Denise Santiago é
graduada em jornalismo pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e atualmente é
jornalista da Tv Diário, e trabalha no programa debate bola e durante quatro anos foi
produtora da emissora.
Nas edições futuras, pretendemos escolher outras atletas ou jornalistas que
queiram dar sua opinião ou retratar historias interessantes do seu cotidiano esportivo.
Também apresentaremos personagens/mulheres, que compõem esse diversificado
universo, além de trazer algumas colunas que abordarão: as regras dos esportes,
dialetos de cada categoria, moda, saúde, comportamento, lazer, memória, história de
vida e outros.
32

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Escolher o tema sobre esporte voltado para o público feminino, como trabalho
de conclusão de curso, foi algo prazeroso de trabalhar. A cada história de vida,
conhecer personagens guerreiras que lutam por seus objetivos, nos ajudaram a concluir
que fizemos a escolha certa. Pensar na revista como um todo foi uma tarefa árdua. Na
hora de iniciar a contagem das histórias era momento crucial imaginando que palavras
usar e que tom dar as matérias, para que elas pudessem chegar da melhor forma aos
leitores.

Dela´s foi nosso projeto piloto. A ideia de fazê-la, era para dar espaço às
mulheres que gostam do esporte sejam como atletas ou simpatizantes das modalidades
e nosso objetivo foi concluído. Mas não é o fim, e sim o começo de uma grande porta
que se abre para essas desportistas, pois o intuito é dar continuidade após o término da
faculdade colocando em prática os conhecimentos adquiridos no curso. Queremos de
alguma forma colaborar para que outros veículos também percebam esta fatia de
mercado e ajudem a divulgar e propagar as esportistas cearenses.

Ao longo desses, meses através de nossas entrevistas, vimos que elas,


mulheres esportistas profissionais ou não, sofrem com a falta de incentivos por parte
dos governos federal, estadual e municipal. Nosso desejo é que, ao divulgarmos as
desportistas e as modalidades praticadas por elas, possamos assim sensibilizar as
autoridades a fim de ajudá-las. Colaborando e incentivando as práticas dentro das
escolas e em equipamentos públicos. Sem corroborar com preconceitos e estigmas
com relação às distinções de modalidades entre meninos e meninas.

É necessário que o esporte feminino cearense seja valorizado. Pois, além de


ser uma oportunidade de mudança na vida de muitas, é um meio de socialização que
tira crianças e jovens das ruas. A revista será um instrumento para essas atletas que
visam participar do cenário esportivo cearense.
33

REFERÊNCIAS

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7. APÊNDICE

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