Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Victor Maçãs
Dezembro
2000
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
Índice
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 7
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
2
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3.9
TÉCNICA
DE
CRUZAMENTO
...........................................................................................................
20
3.9.1
Conceito
................................................................................................................................
20
3.9.2
Objectivo
...............................................................................................................................
20
3.10
TÉCNICA
DE
DESMARCAÇÃO
.........................................................................................................
20
3.10.1
Conceito
................................................................................................................................
21
3.10.2
Objectivos
..............................................................................................................................
21
3.10.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
21
3.11
TÉCNICA
DE
LANÇAMENTO
DE
LINHA
LATERAL
.............................................................................
22
3.11.1
Conceito
................................................................................................................................
22
3.11.2
Objectivo
...............................................................................................................................
22
3.11.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
22
3.12
TÉCNICAS
DE
GUARDA-‐REDES
.......................................................................................................
22
3.12.1
Conceito
................................................................................................................................
22
3.12.2
Objectivos
..............................................................................................................................
23
3.12.3
Acções
...................................................................................................................................
23
3.12.4
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
23
4
ACÇÕES
INDIVIDUAIS
DA
DEFESA
..................................................................................................
25
4.1
O
DESARME
...................................................................................................................................
25
4.1.1
Conceito
................................................................................................................................
25
4.1.2
Objectivo
...............................................................................................................................
25
4.1.3
Classificação
..........................................................................................................................
25
4.1.4
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
26
4.2
A
MARCAÇÃO
................................................................................................................................
26
4.2.1
Conceito
................................................................................................................................
26
4.2.2
Objectivos
..............................................................................................................................
27
4.2.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
27
4.3
A
INTERCEPÇÃO
.............................................................................................................................
30
4.3.1
Conceito
................................................................................................................................
30
4.3.2
Objectivos
..............................................................................................................................
30
4.3.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
30
4.4
A
CARGA
........................................................................................................................................
30
4.4.1
Conceito
................................................................................................................................
30
4.4.2
Objectivo
...............................................................................................................................
31
4.4.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
31
4.5
PRINCÍPIOS
DEFENSIVOS
(CONTENÇÃO)
.......................................................................................
31
4.5.1
Conceito
................................................................................................................................
31
4.5.2
Objectivos
..............................................................................................................................
31
4.5.3
Aspectos
a
Considerar
a
sua
Execução
Prática
.....................................................................
32
4.6
TÉCNICAS
DE
GUARDA-‐REDES
.......................................................................................................
33
4.6.1
Conceito
................................................................................................................................
33
4.6.2
Objectivo
...............................................................................................................................
33
4.6.3
Acções
...................................................................................................................................
33
4.6.4
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
33
5
ACÇÕES
COLECTIVAS
ELEMENTARES
DO
ATAQUE
..........................................................................
35
5.1
COMBINAÇÕES
TÁCTICAS
.............................................................................................................
35
5.1.1
Conceito
................................................................................................................................
35
5.1.2
Objectivos
..............................................................................................................................
35
5.1.3
Classificação
..........................................................................................................................
36
5.1.4
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
36
5.1.5
Cortinas
/
Écrans
...................................................................................................................
36
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
3
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
5.1.5.1
Conceito
............................................................................................................................................
36
5.1.5.2
Objectivos
.........................................................................................................................................
37
5.2
DESLOCAMENTOS
OFENSIVOS
/
DESMARCAÇÕES
........................................................................
37
5.2.1
Conceito
................................................................................................................................
37
5.2.2
Objectivos
..............................................................................................................................
37
5.2.3
Classificação
..........................................................................................................................
37
5.2.4
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
39
5.3
COMPENSAÇÕES/DESDOBRAMENTOS
.........................................................................................
40
5.3.1
Conceito
................................................................................................................................
40
5.3.2
Objectivos
..............................................................................................................................
40
5.3.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
41
5.4
TEMPORIZAÇÃO
OFENSIVA
...........................................................................................................
42
5.4.1
Conceito
................................................................................................................................
42
5.4.2
Objectivo
...............................................................................................................................
42
5.4.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
42
5.5
PRINCÍPIOS
OFENSIVOS
.................................................................................................................
43
5.5.1
COBERTURA
OFENSIVA
.........................................................................................................
43
5.5.1.1
Conceito
............................................................................................................................................
43
5.5.1.2
Objectivos
.........................................................................................................................................
43
5.5.1.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...............................................................................
43
5.5.2
MOBILIDADE
.........................................................................................................................
45
5.5.2.1
Conceito
............................................................................................................................................
45
5.5.2.2
Objectivos
.........................................................................................................................................
45
5.5.2.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...............................................................................
46
5.5.3
ESPAÇO
..................................................................................................................................
46
5.5.3.1
Conceito
............................................................................................................................................
46
5.5.3.2
Objectivos
.........................................................................................................................................
46
5.5.3.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...............................................................................
47
5.6
ESQUEMAS
TÁCTICOS
OFENSIVOS
(SITUAÇÕES
DE
BOLA
PARADA)
..............................................
47
5.6.1
Conceito
................................................................................................................................
47
5.6.2
Objectivos
..............................................................................................................................
47
5.6.3
Classificação
..........................................................................................................................
48
5.6.4
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
48
6
ACÇÕES
COLECTIVAS
ELEMENTARES
DA
DEFESA
...........................................................................
49
6.1
A
DOBRA
........................................................................................................................................
49
6.1.1
Conceito
................................................................................................................................
49
6.1.2
Objectivos
..............................................................................................................................
49
6.1.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
49
6.2
OS
DESLOCAMENTOS
DEFENSIVOS
...............................................................................................
50
6.2.1
Conceito
................................................................................................................................
50
6.2.2
Objectivos
..............................................................................................................................
50
6.2.3
Classificação
..........................................................................................................................
51
6.2.4
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
51
6.3
COMPENSAÇÕES/DESDOBRAMENTOS
DEFENSIVOS
....................................................................
53
6.3.1
Conceito
................................................................................................................................
53
6.3.2
Objectivos
..............................................................................................................................
53
6.3.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
53
6.4
A
TEMPORIZAÇÃO
DEFENSIVA
......................................................................................................
54
6.4.1
Conceito
................................................................................................................................
54
6.4.2
Objectivo
...............................................................................................................................
54
6.4.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
54
6.5
CORTINAS
/
ÉCRANS
DEFENSIVAS
.................................................................................................
55
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
4
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
6.5.1
Conceito
................................................................................................................................
55
6.5.2
Objectivos
..............................................................................................................................
55
6.5.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
55
6.6
A
MARCAÇÃO
/
TIPOS
DE
DEFESA
..................................................................................................
56
6.6.1
Conceito
................................................................................................................................
56
6.6.2
Objectivos
..............................................................................................................................
56
6.6.3
Classificação
..........................................................................................................................
56
6.7
PRINCÍPIOS
DEFENSIVOS
...............................................................................................................
57
6.7.1
COBERTURA
DEFENSIVA
........................................................................................................
57
6.7.1.1
Conceito
............................................................................................................................................
57
6.7.1.2
Objectivos
.........................................................................................................................................
57
6.7.1.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...............................................................................
57
6.7.2
EQUILÍBRIO
............................................................................................................................
59
6.7.2.1
Conceito
............................................................................................................................................
59
6.7.2.2
Objectivos
.........................................................................................................................................
59
6.7.2.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...............................................................................
59
6.7.3
CONCENTRAÇÃO
...................................................................................................................
60
6.7.3.1
Conceito
............................................................................................................................................
60
6.7.3.2
Objectivos
.........................................................................................................................................
60
6.7.3.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...............................................................................
60
6.8
ESQUEMAS
TÁCTICOS
DEFENSIVOS
(SITUAÇÕES
DE
BOLA
PARADA)
............................................
61
6.8.1
Conceito
................................................................................................................................
61
6.8.2
Objectivos
..............................................................................................................................
61
6.8.3
Classificação
..........................................................................................................................
61
6.8.4
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
62
7
ACÇÕES
COLECTIVAS
COMPLEXAS
DO
ATAQUE
.............................................................................
62
7.1
FUNÇÕES
E
TAREFAS
.....................................................................................................................
62
7.1.1
Conceito
................................................................................................................................
62
7.1.2
Objectivos
..............................................................................................................................
63
7.1.3
Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
...................................................................
63
7.2
ESQUEMAS
TÁCTICOS
OFENSIVOS
................................................................................................
64
7.2.1
Conceito
................................................................................................................................
64
7.2.2
Objectivos
..............................................................................................................................
64
7.3
CIRCULAÇÃO
TÁCTICA
OFENSIVA
..................................................................................................
64
7.3.1
Conceito
................................................................................................................................
64
7.3.2
Objectivos
..............................................................................................................................
65
7.4
SISTEMA
TÁCTICO
.........................................................................................................................
65
7.4.1
Conceito
................................................................................................................................
65
7.4.2
Objectivos
..............................................................................................................................
65
7.5
MÉTODOS
DE
JOGO
OFENSIVO
.....................................................................................................
65
7.5.1
Conceito
................................................................................................................................
65
7.5.2
Objectivos
..............................................................................................................................
65
7.5.3
Classificação
..........................................................................................................................
66
7.5.3.1
Ataque
Organizado
...........................................................................................................................
66
7.5.3.2
Contra
-‐
Ataque
.................................................................................................................................
66
7.5.3.3
Ataque
Rápido
..................................................................................................................................
67
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
5
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
8.2.1
Conceito
................................................................................................................................
67
8.2.2
Objectivos
..............................................................................................................................
68
8.3
CIRCULAÇÃO
TÁCTICA
DEFENSIVA
................................................................................................
68
8.3.1
Conceito
................................................................................................................................
68
8.3.2
Objectivos
..............................................................................................................................
68
8.4
SISTEMA
TÁCTICO
.........................................................................................................................
69
8.4.1
Conceito
................................................................................................................................
69
8.4.2
Objectivos
..............................................................................................................................
69
8.5
MÉTODOS
DE
JOGO
DEFENSIVO
....................................................................................................
69
8.5.1
Conceito
................................................................................................................................
69
8.5.2
Objectivos
..............................................................................................................................
69
8.5.3
Classificação
..........................................................................................................................
69
8.5.3.1
Método
Individual
(Defesa
Individual)
..............................................................................................
70
8.5.3.2
Método
à
Zona
(Defesa
à
Zona)
........................................................................................................
70
8.5.3.3
Método
Misto
(Defesa
Mista)
...........................................................................................................
70
8.5.3.4
Método
Zona
Pressionante
(Pressing)
..............................................................................................
70
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
6
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
1 INTRODUÇÃO
No
domínio
do
futebol
os
aspectos
de
destaque
serão
as
manifestações
observáveis
do
comportamento
motor
(técnica)
e,
naturalmente,
o
significado
dessa
conduta
(táctica).
Com
efeito,
a
dimensão
dos
comportamentos
motores
visíveis
dos
jogadores,
reflectem
a
necessidade
de
resolver
os
problemas
provenientes
das
situações
de
jogo,
ou
seja,
o
futebol
representa
na
sua
própria
essência,
um
conjunto
diversificado
de
situações
momentâneas
de
jogo,
que
só
por
si
encerram
inúmeros
problemas
que
deverão
ser
resolvidos
na
prática
pelos
jogadores,
de
tal
forma
que
a
execução
técnica
só
tem
significado
se
for
resposta
a
uma
exigência
táctica.
Neste
sentido,
todas
as
acções
individuais
e
colectivas
não
devem
ser
encaradas
como
objectivos
em
si
mesmas,
mas
como
os
meios
através
dos
quais
os
jogadores
e
a
equipa
materializam
as
suas
intenções
tácticas
na
procura
de
um
objectivo
comum
-‐
a
vitória.
Assim,
o
jogo
caracteriza-‐se
pela
operacionalização
de
certas
acções
técnico-‐tácticas
antagónicas,
de
ataque
e
de
defesa,
visando
o
desequilíbrio
do
sistema
contrário,
na
procura
de
um
objectivo
comum,
organizadas
e
ordenadas
num
sistema
de
relações
e
inter-‐relações
coerente
e
consequente
(organização
dinâmica
das
acções
técnico-‐tácticas
ofensivas
e
defensivas).
2 ACÇÕES
TÉCNICO-‐TÁCTICAS
Do
já
referido
podemos
inferir
que
o
jogo
de
futebol
apresenta
em
si
mesmo
uma
lógica
interior
que
determina,
em
última
análise,
as
atitudes
e
comportamentos
dos
jogadores
de
uma
mesma
equipa.
Na
realidade
essa
lógica
interior
do
jogo
é
expressão
dos
objectivos
desse
mesmo
jogo
e
manifesta-‐se
na
procura
do
golo
por
um
lado,
e
a
defesa
da
baliza
por
outro.
Deste
modo,
a
equipa
com
a
posse
da
bola
desenrola
um
conjunto
de
acções
individuais
e
colectivas
ofensivas
visando
a
concretização
imediata
do
golo
ou
que
permitam
a
manutenção
da
posse
da
bola,
enquanto
que,
quando
sem
a
posse
da
bola,
a
mesma
equipa
realiza
acções
individuais
e
colectivas
defensivas,
que
procurem
evitar
a
progressão
da
bola
em
direcção
à
sua
baliza
e
por
inerência,
o
golo,
tentando
simultaneamente
a
recuperação
da
posse
da
bola
para
desse
modo
assumir
a
iniciativa
do
jogo.
É
esta
dinâmica
de
objectivos
que
determina
a
intencionalidade
táctica
do(s)
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
7
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
jogador(s)
de
uma
determinada
equipa
e
que
consubstancia
a
base
de
resolução
prática
dos
problemas
que
as
várias
situações
momentâneas
de
jogo
vão
levantando.
Assim,
a
acção
técnica,
não
é
um
objectivo
em
si,
mas
um
meio
para
atingir
um
fim
(intenção
táctica),
não
se
podendo,
naturalmente,
conceber
um
meio
independentemente
do
fim
a
que
se
destina.
2.1 CONCEITO
As
acções
técnico-‐tácticas
são
os
meios
de
base
aos
quais
os
jogadores
recorrem,
quer
individualmente,
quer
colectivamente,
tanto
na
fase
de
ataque,
como
na
fase
de
defesa,
no
sentido
de
solucionar
as
situações
concretas
do
jogo.
2.2 OBJECTIVOS
Resolução
eficiente
dos
problemas
que
as
situações
momentâneas
do
jogo
levantam.
2.3 CLASSIFICAÇÃO
Em
futebol
podemos
classificar
as
acções
técnico-‐tácticas
em:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
8
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
(ii)
de
natureza
defensiva
ACÇÕES
TÉCNICO-‐TÁCTICAS
DO
JOGO
DE
FUTEBOL
ATAQUE
DEFESA
ACÇÕES
INDIVIDUAIS
ACÇÕES
INDIVIDUAIS
1.1
-‐
Recepção/
Controlo
da
Bola
1.1
-‐
Desarme
1.2
-‐
Condução
da
Bola
1.2
-‐
Marcação
1.3
-‐
Protecção
da
Bola
1.3
-‐
Intercepção
1.4
-‐
Drible/Finta/Simulação
1.4
-‐
Carga
1.5
-‐
Remate
1.5
-‐
Princípios
Defensivos
1.6
-‐
Passe
Contenção
1.7
-‐
Cabeceamento
1.6
-‐
Técnicas
de
Guarda–Redes
1.8
-‐
Princípios
Ofensivos
A
Penetração
1.9
-‐
Técnica
de
Cruzamento
1.10
-‐
Técnica
de
Desmarcação
1.11
-‐
Técnica
de
Lançamento
de
Linha
Lateral
1.12
-‐
Técnicas
de
Guarda
-‐
Redes
ACÇÕES
COLECTIVAS
ELEMENTARES
ACÇÕES
COLECTIVAS
ELEMENTARES
2.1
-‐
Combinações
Tácticas
2.1
-‐
Dobra
2.2
-‐
Deslocamentos
Ofensivos
/
Desmarcações
2.2
-‐
Deslocamentos
Defensivos
2.3
-‐
Compensações/
Desdobramentos
2.3
-‐
Compensações
/Desdobramentos
2.4
-‐
Temporização
Ofensiva
2.4
-‐
Temporização
Defensiva
2.5
-‐
Princípios
Ofensivos
2.5
-‐
Cortinas
/
Écrans
Defensivos
Cobertura
Ofensiva
2.6
-‐
Marcação
/
Tipos
de
Defesa
Mobilidade
2.7
-‐
Princípios
Defensivos
Espaço
Cobertura
Defensiva
2.6
-‐
Esquemas
Tácticos
Ofensivos
Equilíbrio
Concentração
2.8
-‐
Esquemas
Tácticos
Defensivos
ACÇÕES
COLECTIVAS
COMPLEXAS
ACÇÕES
COLECTIVAS
COMPLEXAS
3.1
-‐
Funções
e
Tarefas
3.1
-‐
Funções
e
Tarefas
3.2
-‐
Esquemas
Tácticos
Ofensivos
3.2
-‐
Esquemas
Tácticos
Defensivos
3.3
-‐
Circulação
Táctica
Ofensiva
3.3
-‐
Circulação
Táctica
Defensiva
3.4
-‐
Sistema
Táctico
3.4
-‐
Sistema
Táctico
3.5
-‐
Métodos
de
Jogo
Ofensivo
3.5
-‐
Métodos
de
Jogo
Defensivo
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
9
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
Ataque
Organizado
Método
Individual
Ataque
Rápido
Método
à
Zona
Contra
-‐
Ataque
Método
Misto
Método
Zona
Pressionante
3.1.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
ofensiva
que
permite
o
domínio
e
controle
da
bola,
animada
de
uma
determinada
energia
cinética,
ficando
esta
dentro
do
espaço
motor
do
jogador.
3.1.2 Objectivos
Permitir
ao
jogador
dominar
a
bola
rapidamente
para
de
seguida
assumir
efectivamente
a
iniciativa
do
jogo.
Permitir
ao
jogador
ter
o
tempo
e
o
espaço
suficientes
para
executar
as
acções
técnico-‐
tácticas
seguintes,
apesar
de
pressionado
pelo
adversário.
O
pé:
a)
parte
interna;
b)
parte
externa;
c)
peito;
d)
planta;
A
coxa;
O peito;
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
10
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
A
cabeça.
2 -‐ A recepção deve ser sempre realizada com o "pé de fora".
3 -‐ O pé de apoio deve colocar-‐se ao lado da trajectória da bola.
4
-‐
O
pé
que
executa
a
recepção
desloca-‐se
ao
encontro
da
bola
acompanhando-‐
a,
à
mesma
velocidade,
no
seu
final
de
trajectória.
5
-‐
O
pé
que
executa
a
recepção
deve
apresentar
uma
baixa
tensão
muscular
a
fim
de
absorver
a
energia
cinética
da
bola.
6 -‐ Deverá existir um "continuum" do movimento na recepção da bola.
3.2.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
ofensiva
que
permite
ao
jogador
movimentar-‐se
no
terreno
com
a
posse
da
bola.
3.2.2 Objectivos
Progressão
no
terreno
de
jogo,
sobretudo
em
direcção
à
baliza
adversária.
Temporizar
a
acção
ofensiva,
no
sentido
de
permitir
aos
jogadores
da
equipa
com
posse
da
bola
organizarem-‐se,
criando
as
condições
mais
favoráveis
ao
evoluir
do
jogo.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
11
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
Ou
ainda
o
peito
do
pé.
2
-‐
Fazer
a
condução
da
bola,
utilizando
preferencialmente,
a
parte
interna
e/ou
a
parte
externa
do
pé
ou
ainda
o
peito
do
pé.
3 -‐ Evitar que o contacto com a bola seja realizado com a parte anterior do pé.
4 -‐ Não correr atrás da bola, mas fazer o deslocamento da bola com o jogador.
5
-‐
O
contacto
com
a
bola
deve
ser
"solto"
evitando
a
perda
do
controlo
pela
fuga
da
bola
para
fora
do
espaço
motor.
8 -‐ A projecção do centro de gravidade (C.G.) deve estar deslocado sobre a bola.
3.2.5.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
ofensiva
que
permite
ao
jogador
a
realizar
a
condução
de
bola,
fazer
a
preparação
do
remate.
3.2.5.2 Objectivos
Preparar
o
remate.
Colocar
a
bola
numa
posição
em
relação
à
baliza
adversária,
que
aumente
a
eficiência
da
acção
técnico-‐táctica
de
remate.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
12
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3.2.5.3 Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
1
-‐
A
bola
deve
ser
tocada
para
o
lado,
de
forma
a
facilitar
o
contacto
do
pé
com
a
bola
no
momento
da
execução
do
remate.
2
-‐
O
toque
para
o
lado,
deverá
ser
efectuado
com
a
parte
externa
do
pé
que
irá
rematar,
de
modo
a
possibilitar
a
melhor
posição
da
bola
para
o
remate.
3.3.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
ofensiva
que
se
operacionaliza
nas
atitudes
manifestadas
e
desenvolvidas
pelo
jogador
com
a
posse
da
bola,
no
sentido
de
a
proteger
de
qualquer
intervenção
sobre
ela
por
parte
do(s)
adversário(s).
3.3.2 Objectivos
Assegurar
a
manutenção
da
posse
da
bola,
e
assim
a
iniciativa
do
jogo.
Temporizar
o
processo
ofensivo
por
forma
a
que
os
restantes
jogadores
da
equipa
com
a
posse
da
bola
ofereçam
melhores
soluções
tácticas
para
a
resolução
daquela
situação
momentânea
do
jogo.
2
-‐
Colocar
o
corpo
entre
o(s)
adversário(s)
e
a
bola,
onde
um
membro
inferior
suporta
o
peso
do
corpo,
funcionando
como
eixo
sobre
o
qual
o
corpo
roda
(variando
o
ângulo
em
relação
ao
defesa),
enquanto
o
outro
toca
a
bola
mantendo-‐a
longe
do
adversário.
3
-‐
Reagir
sempre
às
diferentes
acções
do(s)
adversário(s)
directo(s),
variando
ângulos
e
posições
em
relação
a
estes
últimos.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
13
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3.4 DRIBLE/FINTA/SIMULAÇÃO
3.4.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
ofensiva
que
permite
ao
jogador
com
bola
fornecer
um
conjunto
de
informações
gestuais
(contra-‐informação)
no
sentido
de
provocar
o
desequilíbrio
e/ou
ludibriar
o
seu
adversário
(Simulação),
de
modo
a
ultrapassar
o
seu
adversário
directo
com
um
controlo
perfeito
da
bola,
permitindo
continuar
de
posse
da
bola
para
a
execução
motora
seguinte.
3.4.2 Objectivos
Libertar
o
jogador
com
posse
da
bola
da
marcação
directa
realizada
pelo
seu
adversário.
2
-‐
O
jogador
através
da
finta
e/ou
simulação
deverá
criar
no
adversário
uma
situação
de
falta
de
estabilidade
ou
de
equilíbrio.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
14
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3
-‐
O
jogador
deve
aproveitar
a
vantagem
que
lhe
é
concedida
pelo
seu
tempo
de
movimento
e
ainda,
pelo
tempo
de
reacção
e
tempo
de
movimento
do
adversário.
4
-‐
O
movimento
do
jogador
e
o
contacto
de
ultrapassagem
na
fuga
à
marcação
são
um
e
o
mesmo
tempo.
5
-‐
A
bola
deve
ser
protegida,
com
o
pé
contrário
ao
da
execução
(pé
de
dentro),
da
acção
do
adversário
depois
do
contacto
de
ultrapassagem
ter
sido
realizado.
6
-‐
A
bola
deve
ser
tocada
de
uma
forma
breve
de
modo
a
não
dar
tempo
ao
adversário
para
anular
a
linha
de
passe
ou
o
espaço
ofensivo
conquistado.
8
-‐
Caso
o
jogador,
após
o
drible
fique
em
situação
de
finalização,
deverá
utilizar
a
vantagem
espacial
e
temporal
para
rematar
imediatamente.
3.5 REMATE
3.5.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
ofensiva
que
permite
ao
jogador
que
a
realiza
a
procura
do
objectivo
do
jogo
(golo).
3.5.2 Objectivo
Introduzir
a
bola
na
baliza.
2
-‐
A
colocação
do
pé
de
apoio
deve
formar
um
ângulo
de
aproximadamente
45°
com
a
linha
perpendicular
da
direcção
que
se
pretende
imprimir
à
bola
e
ligeiramente
atrás
dessa
linha
imaginária
que
atravessa
a
bola.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
15
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3
-‐
No
momento
da
execução
do
remate
o
pé
deve
estar
tenso
de
modo
a
imprimir
à
bola,
a
energia
cinética
adequada.
4 -‐ Na execução do remate deve-‐se procurar um "continuum" do movimento.
3.6 O PASSE
3.6.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
ofensiva
que
permite
ao
jogador
com
a
posse
da
bola,
estabelecer
um
sistema
de
comunicação
material
com
os
seus
companheiros
de
equipa.
3.6.2 Objectivo
Estabelecer
um
meio
de
colaboração
no
jogo
com
os
restantes
colegas
de
equipa.
O peito;
A cabeça;
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
16
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
segundo
caso
a
bola
deve
ser
enviada
para
o
"espaço"
(zona
do
campo
que
se
encontra
à
frente
do
jogador
em
movimento,
no
momento
em
que
o
seu
companheiro
executa
o
passe).
2
-‐
A
superfície
do
pé
que
oferece
mais
garantias
para
efectuar
um
passe
com
precisão
é
a
parte
interna.
3
-‐
Para
um
passe
com
a
parte
interna
do
pé,
a
bola
deve
ser
tocada
ao
nível
do
seu
plano
médio
paralelo
ao
solo,
"encaixando"
a
superfície
convexa
da
bola
na
superfície
côncava
do
pé.
4
-‐
No
momento
da
execução
do
passe,
o
pé
deve
apresentar
um
nível
de
tensão
adequado
à
distância
e
à
direcção
que
se
pretende
imprimir
à
bola.
6 -‐ Na execução do passe, designadamente no passe longo, o jogador
deverá
realizar
na
fase
terminal
do
gesto
técnico
um
"continuum"
do
movimento
a
fim
de
assegurar
a
melhor
direcção
à
trajectória
da
bola.
3.7 O CABECEAMENTO
3.7.1 Conceito
Acção
individual
que
permite
ao
jogador
que
o
executa,
jogar
a
bola
com
a
cabeça.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
17
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3.7.2 Objectivos
Em
conformidade
com
a
situação
momentânea
do
jogo
poderá
estar
relacionada
com:
A intercepção;
O passe;
O remate.
A
superfície
dos
parietais
-‐
Normalmente
utilizados
como
recurso
durante
o
jogo
e
em
função
da
situação
momentânea,
já
que
não
oferece
as
condições
de
execução
da
anterior.
A
superfície
Occipital
-‐
Utilizada
em
função
das
situações
momentâneas
do
jogo
e
que
normalmente
se
relaciona
com
a
intenção
de
enviar
a
bola
à
retaguarda.
2
-‐
Manter
o
contacto
visual
coma
bola,
até
ao
momento
do
contacto,
no
sentido
de
assegurar
um
perfeito
enquadramento
entre
ela
e
o
alvo
para
o
qual
ela
se
destina.
3
-‐
Estabelecer
um
"arco
de
tensão"
no
sentido
de
gerar
uma
maior
energia
cinética
(a
ligeira
inclinação
do
corpo
atrás
deverá
gerar
uma
maior
velocidade
quando
for
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
18
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
impulsionado
para
a
frente,
em
direcção
à
bola).
Todo
o
corpo
(cabeça,
tronco
e
membros
)
deve
participar
nesta
acção
de
cabeceamento.
3.8.1 Conceito
Consiste
nas
normas
base
de
orientação
que
determinam
a
atitude
do
jogador
com
posse
da
bola,
coordenando
e
dirigindo
em
simultâneo,
a
realização
de
todas
as
suas
acções
técnico-‐tácticas,
na
procura
do
objectivo
do
jogo.
3.8.2 Objectivos
Procura
do
golo
2
-‐
O
jogador
deve,
logo
que
entra
em
posse
da
bola,
orientar
as
suas
acções
técnico-‐
tácticas
para
a
baliza
adversária:
c) Levantar a cabeça no sentido de analisar toda a situação momentânea do jogo.
3
-‐
Procurar
o
golo
rematando
à
baliza,
se
verificar,
após
análise
da
situação,
que
se
encontra
numa
posição
vantajosa
para
obter
êxito
nessa
acção.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
19
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
a)
Passando
a
bola
a
um
colega
em
posição
mais
ofensiva
(favorável),
se
após
análise
da
situação
verificar
poucas
possibilidades
de
obter
êxito
na
acção
técnico-‐táctica
de
remate;
b)
Conduzindo
a
bola
na
direcção
da
baliza
adversária
caso
não
tenha
colega
em
posição
mais
ofensiva
e
tenha
espaço
para;
d)
Verificando
a
impossibilidade
de
realizar
de
forma
segura
a
continuidade
do
processo
ofensivo
na
direcção
da
baliza
adversária
(pelo
facto
do
adversário
ter
fechado
o
ângulo
de
ataque),
procurar
uma
solução
de
continuidade
através
da
execução
de
um
passe
para
um
apoio
à
retaguarda
(cobertura
ofensiva)
no
sentido
de
virar
o
ângulo
de
ataque.
3.9.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
ofensiva
que
permite
ao
jogador
com
a
posse
da
bola,
estabelecer
um
sistema
de
comunicação
material
com
os
seus
companheiros
de
equipa,
com
características
especiais,
executado
no
último
terço
de
campo,
nos
corredores
laterais
e
dirigido
para
a
zona
predominante
de
finalização
(grande
-‐
área).
3.9.2 Objectivo
Estabelecer
um
meio
de
colaboração
no
jogo
com
os
restantes
colegas
de
equipa,
numa
fase
terminal
do
processo
ofensivo.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
20
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
colocando
os
seus
aspectos
operacionais
no
nível
consciente
do
jogador,
para
resolver
situações
particulares
de
jogo.
3.10.1 Conceito
Conjunto
de
acções
motoras
utilizadas
por
um
jogador,
no
sentido
de
se
libertar
da
acção
directa
de
marcação
individual
por
parte
do
adversário,
para
participar
de
forma
eficaz
no
processo
ofensivo
da
sua
equipa.
3.10.2 Objectivos
Fugir
à
marcação
individual
do
adversário.
2
-‐
Os
movimentos
dos
jogadores
deverão
ser
realizados
com
mudanças
rápidas
de
ritmo
e
direcção
da
corrida.
4
–
Quando
os
jogadores
se
encontram
próximo
ou
no
centro
do
jogo,
devem
privilegiar
movimentos
no
sentida
da
aproximação
da
bola,
seguidos
de
movimentos
de
afastamento
desta.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
21
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3.11 TÉCNICA
DE
LANÇAMENTO
DE
LINHA
LATERAL
3.11.1 Conceito
Acção
motora
definida
no
quadro
das
leis
do
jogo
(Lei
XV),
executado
com
as
mãos,
utilizado
para
reposição
da
bola
em
jogo
quando
esta
sai
pelas
linhas
laterais
do
terreno
de
jogo.
3.11.2 Objectivo
Iniciar
ou
dar
continuidade
ao
processo
ofensivo
da
equipa,
colocando
a
bola
num
companheiro
livre
de
oposição
directa.
1
-‐
O
jogador
que
executa
o
lançamento
deve
ter
o
seu
corpo
voltado
para
o
terreno
de
jogo;
2
-‐
Ter
os
dois
pés
na
faixa
de
terreno
exterior
à
linha
lateral
(no
momento
do
lançamento
os
pés
devem
estar
sempre
em
contacto
com
o
solo)
ou
pisar
parcialmente
esta
linha;
4 -‐ Lançar a bola por detrás da nuca e por cima da cabeça;
3.12.1 Conceito
Conjunto
das
acções
específicas
executadas
pelo
guarda-‐redes
no
processo
ofensivo
da
sua
equipa.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
22
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3.12.2 Objectivos
Relançar
o
processo
ofensivo
da
sua
equipa
3.12.3 Acções
O
conjunto
de
acções
técnico-‐tácticas
de
natureza
ofensiva,
executadas
pelo
guarda-‐
redes
são:
3
-‐
A
colocação
da
bola
através
de
um
pontapé
deve
ser
realizada
com
a
máxima
amplitude
de
movimento
se
pretender
colocar
a
bola
longe,
e
utilizando
preferencialmente
o
movimento
da
perna
se
se
pretender
colocar
a
bola
mais
perto
e
mais
colocada.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
23
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
4
–
A
quando
da
solicitação
do
guarda-‐redes
no
jogo
da
equipa
(perante
a
pressão
defensiva
adversária
sobre
o
portador
da
bola)
este
pode
fornecer
uma
linha
de
passe
segura,
assegurando
a
cobertura
ofensiva
da
equipa.
Netas
circunstâncias,
o
passe
dirigido
ao
guarda-‐redes,
deve
respeitar
o
seguinte:
a)
O
passe
deve
ser
“limpo”,
ou
seja,
a
bola
deve
ser
enviada
ao
guarda-‐redes
de
modo
a
que
este
tenha
uma
intervenção
fácil
sobre
a
bola.
b)
O
passe
deve
ser
dirigido
para
fora
dos
limites
da
baliza,
numa
acção
preventiva,
salvaguardando
um
possível
erro
do
guarda-‐redes
e
desta
forma
a
bola
poder
entrar
na
baliza.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
24
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
4 ACÇÕES
INDIVIDUAIS
DA
DEFESA
4.1 O DESARME
4.1.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
defensiva
que
permite
retirar
a
posse
da
bola
ao
adversário.
4.1.2 Objectivo
Recuperar
a
posse
da
bola
4.1.3 Classificação
Podem-‐se
considerar
fundamentalmente
duas
formas
de
desarme:
Desarme
frontal
-‐
que
consiste
em
impedir
o
avanço
do
adversário
com
bola
de
frente
para
ele
na
luta
pela
conquista
da
bola;
Desarme lateral -‐ consiste na procura de desarmar o adversário lateralmente:
b)
Na
impossibilidade
de
se
deslocar
ou
colocar
ao
lado
do
adversário
com
a
posse
da
bola,
deslocar-‐se
ligeiramente
atrás
procurando
o
momento
certo
para
fazer
um
desarme
em
queda1
(Tackle)
deslizando
no
terreno
de
jogo
(“carrinho”)
para
intervir
sobre
a
bola.
1 Com as novas alterações às leis do jogo, esta acção pode ser sancionada disciplinarmente. Por esta razão
e pela probabilidade de insucesso na tarefa, é um comportamento motor a utilizar só em situações de
recurso.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
25
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
4.1.4 Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
1
-‐
O
jogador
a
realizar
o
desarme
deve
deslocar-‐se
rapidamente
em
direcção
ao
adversário
com
bola,
parando
a
uma
distância
suficiente
a
fim
de
se
preparar
para
a
"acção"
em
perfeito
equilíbrio.
4
-‐
O
momento
adequado
para
o
desarme,
é
o
instante
em
que
o
opositor
perde
momentaneamente
o
contacto
com
a
bola.
5
-‐
A
acção
de
desarme
deve
ser
realizada
com
decisão,
quando
o
jogador
sentir
que
a
sua
acção
apresenta
uma
alta
percentagem
de
êxito.
4.2 A MARCAÇÃO
4.2.1 Conceito
Numa
definição
geral,
podemos
considera-‐la
como
uma
acção
individual
de
natureza
defensiva
que
visa
a
inutilização
de
espaços
livres
e
das
movimentações
do
adversário.
Apesar
da
sua
operacionalidade
em
termos
individuais,
a
sua
eficácia
é
elevada
quando
se
apresenta
como
resultado
de
uma
acção
coordenada
de
vários
jogadores.
Por
esta
razão,
ela
apresenta
uma
forte
dimensão
colectiva.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
26
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
4.2.2 Objectivos
Evitar
que
o
adversário
penetre
em
zonas
vitais
do
terreno
de
jogo
com
a
bola
controlada.
2
-‐
O
1º
defesa
(aquele
que
marca
o
adversário
com
bola)
deve
colocar-‐se
entre
o
1º
atacante
e
a
sua
baliza.
4
-‐
Deverá
assumir
um
posicionamento
de
base,
apresentando
uma
ligeira
flexão
dos
joelhos
(baixando
o
centro
de
gravidade
-‐
adquirindo
maior
estabilidade),
e
colocando
um
dos
apoios
mais
avançado
de
que
o
outro
(posicionando-‐se
de
forma
a
que
a
linha
de
“ombros”
seja
obliqua
à
linha
de
progressão
do
atacante).
a)
Por
trás
do
adversário
com
a
posse
da
bola,
no
sentido
de
o
obrigar
a
executar
as
suas
acções
técnico-‐tácticas
em
direcção
à
sua
própria
baliza;
b)
Ao
lado,
se
a
acção
técnico-‐táctica
decorre
num
dos
corredores
laterais
para
desse
modo,
manter
a
bola
numa
zona
do
terreno
de
jogo
menos
ofensiva
(menos
probabilidades
de
existir
remates
com
êxito);
c)
De
frente
para
o
adversário,
quando
este
já
tem
a
bola
perfeitamente
controlada
e
se
encontra
enquadrado
com
a
baliza
pretendendo
orientar
as
suas
acções
em
direcção
a
ela.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
28
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
a)
Zona
do
terreno
de
jogo
onde
se
verifica
a
situação
-‐
quanto
mais
próximo
da
baliza
se
encontra
o
atacante
com
posse
da
bola,
menor
deverá
ser
a
distância
de
marcação
entre
o
defesa
e
o
atacante;
c)
Capacidade
técnico-‐táctica
do
atacante
com
a
posse
da
bola
-‐
quanto
maior
for
a
capacidade
do
atacante
em
driblar,
maior
deverá
ser
a
distância
de
marcação,
por
forma
a
ter
tempo
e
espaço
necessários
para
recuperar
uma
posição
defensiva
equilibrada
e
eficiente;
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
29
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
ofensivo,
procurando
a
recuperação
defensiva
dos
seus
colegas,
e
evitando
por
outro
lado
ser
imediatamente
ultrapassado
pela
superioridade
numérica
dos
atacantes).
4.3 A INTERCEPÇÃO
4.3.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
defensiva
que
permite
a
interposição
de
um
segmento
corporal
na
trajectória
da
bola,
desviando-‐a
da
sua
direcção
original.
4.3.2 Objectivos
Temporizar
(retardar)
e
perturbar
o
processo
ofensivo
adversário.
2 -‐ O jogador deve estar atento à realização do passe, entre os adversários.
3
-‐
O
jogador
deve
desenvolver
a
sua
acção,
se
tiver
a
certeza
de
êxito
na
sua
intervenção.
-‐
Em
caso
de
não
-‐
intervenção,
o
jogador
deve
continuar
a
assegurar
a
cobertura
defensiva.
4.4 A CARGA
4.4.1 Conceito
Acção
individual
de
natureza
defensiva,
permitida
pelas
leis
do
jogo,
através
de
um
contacto
físico
“ombro
a
ombro”
(carga)
entre
dois
jogadores
na
luta
directa
pela
posse
de
bola.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
30
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
4.4.2 Objectivo
Utilizar
todos
os
meios
legais
para
perturbar
o
adversário
em
posse
de
bola
Outro
aspecto
a
considerar
nesta
acção
prende-‐se
com
o
momento
da
sua
realização.
De
acordo
com
a
avaliação
do
árbitro,
a
bola
deve
estar
numa
posição
que
permita
a
sua
disputa
(com
contacto
físico
por
parte
dos
jogadores
em
causa)
de
forma
legal.
O
momento
mais
adequado
para
o
defesa
realizar
esta
acção,
é
quando
o
atacante
se
apoia
na
perna
mais
afastada
(perna
de
fora),
sendo
mais
fácil
este
perder
o
equilíbrio
e
o
controlo
da
bola.
4.5.1 Conceito
Consiste
nas
normas
base
de
orientação
que
determinam
a
atitude
do
jogador
mais
próximo
do
adversário
com
a
posse
da
bola,
coordenando
e
dirigindo
em
simultâneo,
a
realização
de
todas
as
suas
acções
técnico-‐tácticas,
no
sentido
de
recuperar
a
posse
de
bola.
4.5.2 Objectivos
Paragem
do
ataque.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
31
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
4.5.3 Aspectos
a
Considerar
a
sua
Execução
Prática
1
-‐
Imediatamente
após
a
perda
de
posse
da
bola
para
a
equipa
adversária,
o
jogador
mais
próximo
do
adversário
com
a
posse
da
bola
deverá
manifestar
de
imediato
uma
alteração
de
atitude
assumindo
um
conjunto
de
acções
(ver
aspectos
descritos
na
marcação
ao
portador
da
bola
no
ponto
4.2.3)
que
procurem
a
defesa
da
baliza
e
a
recuperação
da
posse
da
bola.
2
-‐
Assim,
deverá,
após
análise
da
situação
e
percebendo
que
é
o
jogador
mais
próximo
do
adversário
com
a
posse
da
bola,
orientar
as
suas
acções
técnico-‐tácticas
em
função
do
adversário
com
a
posse
da
bola:
b)
Colocar-‐se
entre
o
adversário
com
a
posse
da
bola
e
a
sua
baliza
(ver
Marcação,
4.2.3);
c) Procurar antecipar a execução do passe por parte do adversário, interceptando-‐o.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
32
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
4.6 TÉCNICAS
DE
GUARDA-‐REDES
4.6.1 Conceito
Conjunto
das
acções
específicas
executadas
pelo
guarda-‐redes
no
decorrer
do
processo
defensivo
da
sua
equipa.
4.6.2 Objectivo
Protecção/defesa
da
baliza
(evitar
o
golo)
4.6.3 Acções
As
acções
técnico-‐tácticas
de
natureza
defensiva,
do
guarda-‐redes
são:
Agarrar a bola
Intervenção a “soco”
Desvios
Nas acções de agarrar a bola, o guarda-‐redes pode utilizar as seguintes variantes:
Bloqueio da bola (encaixe) ao nível da cintura e abaixo da cintura.
Para executar estas acções deve ter presente as seguintes preocupações:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
33
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
(i)
-‐
Na
recolha
da
bola
que
rola
junto
ao
solo,
as
mãos
devem
colocar-‐se
em
forma
de
concha,
com
os
dedos
polegares
afastados
e
os
dedos
mínimos
próximos.
(ii)
-‐
Na
recolha
da
bola
a
meia
altura
ou
alta,
as
mãos
do
guarda-‐redes
devem
colocar-‐se
em
forma
de
concha,
com
os
dedos
polegares
próximos
um
do
outro,
de
modo
a
oferecer
à
bola
uma
superfície
adequada
de
recepção
que
impeça
a
sua
progressão
para
a
baliza.
(iii)
-‐
Em
qualquer
das
circunstâncias
referidas,
uma
bola
recebida
deve
ser
sempre
protegida
à
altura
do
peito.
(iv)
-‐
Na
bola
que
rola
longe,
em
que
é
necessário
o
guarda-‐redes
"lançar-‐se"
para
se
opor
à
sua
trajectória,
a
mão
do
lado
do
"voo"
deve
fazer
de
"parede",
enquanto
a
mão
contrária
recolhe
a
bola,
arrastando-‐a
junto
ao
solo.
Os
membros
inferiores
devem
flectir
("fechar")
encaixando
a
bola
junto
ao
peito.
(i)
-‐
Quando
não
é
possível
agarrar
a
bola,
o
guarda-‐redes
deve
socá-‐la
para
zonas
de
menor
perigo,
utilizando
uma
ou
as
duas
mãos
(em
posição
de
“punho
fechado”),
com
a
superfície
regular
oferecida
pela
primeira
falange
dos
dedos.
(i)
-‐
Quando
não
é
possível
agarrar
ou
socar
a
bola
e
se
pretende
fazer
um
desvio
na
sua
trajectória
(bola
alta),
o
guarda-‐redes
deverá
utilizar
os
dedos
para
o
fazer,
virando
a
palma
da
mão
para
cima
através
do
envio
do
braço
contrário
ao
lado
para
onde
a
bola
é
dirigida.
Durante
esta
acção,
e
como
consequência
do
movimento
a
realizar,
o
guarda-‐redes
deve
rodar
pelo
eixo
determinado
pelo
membro
inferior
do
lado
de
onde
vem
a
bola
e
ficar
voltado
para
a
sua
baliza.
(ii)
-‐
Nos
desvios,
a
bola
deve
ser
acompanhada
na
sua
trajectória
e
progressivamente
condicionada
até
à
consecução
do
objectivo.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
34
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
D
-‐
"Jogo"
de
baliza
(i)
-‐
Quando
um
jogador
adversário
com
bola
se
encontra
isolado
perante
o
guarda-‐redes,
este
deve
sair
dos
postes
ao
encontro
do
jogador
com
bola,
realizando
contenção
e
"fechando"
o
ângulo
de
remate
ao
seu
opositor.
(ii)
-‐
O
sentido
de
queda
na
saída
dos
postes
deverá,
caso
o
guarda-‐redes
não
se
tenha
apercebido
da
trajectória
provável
da
bola
em
função
do
remate
do
atacante,
ser
determinado
pelo
local
de
onde
a
bola
for
rematada:
queda
para
a
sua
esquerda
quando
a
bola
se
encontra
do
lado
esquerdo,
ou
queda
para
a
sua
direita
se
a
bola
se
encontrar
do
lado
direito.
5.1.1 Conceito
Coordenação
das
acções
individuais
e
colectivas
de
dois
ou
mais
jogadores,
numa
certa
fase
do
jogo,
com
o
fim
de
realizar
uma
tarefa
parcial
(temporária)
e
específica
do
jogo,
assegurando
a
criação
de
condições
mais
favoráveis,
em
termos
numéricos,
espaciais
e
temporais.
5.1.2 Objectivos
Romper
o
equilíbrio
da
organização
defensiva
adversária.
Colocar o jogador com posse de bola, em espaços mais ofensivos e livre de oposição.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
35
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
5.1.3 Classificação
As
combinações
tácticas
podem
ser
classificadas
atendendo
aos
seguintes
tipos:
Simples
-‐
quando
realizadas
a
dois
jogadores
respeitando
o
binómio
-‐
passa
e
vai.
Directas
-‐
quando
realizadas
por
dois
jogadores
e
respeitando
o
trinómio
-‐
passa,
vai
e
recebe
(vulgo
“tabelinha”).
Indirectas
-‐
quando
realizadas
por
três
jogadores
para
resolver
uma
situação
específica
do
jogo,
normalmente
associada
à
grande
concentração
de
jogadores,
falta
de
espaços
livres
e
centro
de
jogo
organizado
defensivamente
(vulgo
triangulações).
2
-‐
Após
o
passe
deverá
deslocar-‐se
de
forma
a
ter
sempre
a
bola
no
seu
campo
visual,
pronto
a
recebê-‐la.
5.1.5.1 Conceito
As
cortinas
/
écrans
são
uma
forma
especial
das
combinações
tácticas,
realizadas
por
um
ou
mais
jogadores
que
se
colocam
de
forma
a
perturbar
a
acção
defensiva
adversária
(leitura
táctica
ou
impedimento
da
acção
defensiva)
com
o
fim
de
realizar
uma
tarefa
parcial
(temporária)
e
específica
do
jogo,
assegurando
a
criação
de
condições
mais
favoráveis,
em
termos
numéricos,
espaciais
e
temporais.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
36
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
consubstanciam
um
maior
tempo
durante
o
qual,
o(s)
defesa(s)
estão
sujeito
aos
efeitos
desta
acção
técnico-‐táctica".
5.1.5.2 Objectivos
Proteger
e
ajudar
as
acções
ofensivas
dos
companheiros
Dificultar o acesso e a visão da bola, bem como da sua possível trajectória
5.2.1 Conceito
Acções
individuais
de
natureza
ofensiva
desenvolvidas
no
contexto
das
acções
colectivas,
com
a
finalidade
de
assegurar
em
última
instância
a
cooperação
e
coerência
dinâmica
da
movimentação,
no
desenrolar
do
processo
ofensivo,
para
o
cumprimento
dos
objectivos
fundamentais
do
ataque
(finalização,
progressão
e/ou
manutenção
de
posse
da
bola).
5.2.2 Objectivos
Equilibrar
ou
reequilibrar
a
ocupação
racional
do
terreno
de
jogo.
Criar, ocupar e utilizar de forma eficiente os espaços de jogo.
Colocar jogadores livres de oposição directa dos adversários (fugir à marcação).
5.2.3 Classificação
Os
deslocamentos
ofensivos
/
desmarcações
podem
ser
classificados
quanto
à
forma,
pela
relação
que
se
estabelece
entre
a
linha
final
(de
baliza)
e
a
trajectória
descrita
pelo
deslocamento
do
jogador
no
terreno
de
jogo,
da
qual
resultam
as
4
formas
seguintes
de
desmarcação/deslocamentos:
Rotura
-‐
objectivam
fundamentalmente
a
criação
de
situações
de
finalização
ou
a
rotura
do
equilíbrio
da
estrutura
defensiva
adversária.
Deste
modo,
as
desmarcações/deslocamentos
ofensivos
de
rotura
caracterizam-‐se
pelo
afastamento
ou
aproximação
ao
colega
com
a
posse
da
bola,
com
o
objectivo
imediato
de
assegurarem
condições
para
a
finalização.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
38
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
da
relação
espaço/número
de
adversários
que
aí
evoluem
(evitando-‐se
que
após
a
perda
da
posse
da
bola
haja
a
possibilidade
de
contra-‐ataque
por
parte
do
adversário).
3
-‐
Os
deslocamentos
ofensivos
/
desmarcações
deverão
ser
realizados
no
contexto
das
acções
colectivas
inerentes
à
organização
geral
da
equipa,
visando
naturalmente,
oferecer
um
maior
número
de
possibilidades
de
passe.
Assim,
o
jogador
que
desmarca
deverá
sempre
considerar:
1
-‐
Deslocar-‐se
para
trás
do
colega
com
a
posse
da
bola,
dando-‐lhe
cobertura
(ver
princípios
ofensivos/COBERTURA
OFENSIVA),
caso
seja
o
jogador
mais
próximo
do
portador
da
bola,
visando
a
solução
de
recurso
-‐
manutenção
da
posse
da
bola.
2
-‐
Deslocar-‐se
para
o
lado
direito
ou
esquerdo
do
colega
com
a
posse
da
bola,
se
este
já
beneficiar
de
cobertura
ofensiva,
dando-‐lhe
a
2ª
linha
de
passe
do
lado
contrário
ao
da
cobertura
e
à
frente
da
linha
da
bola,
visando
a
progressão
da
acção
ofensiva
(ver
MOBILIDADE).
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
39
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
1
-‐
Deslocar-‐se
em
afastamento
do
colega
com
posse
da
bola,
se
este
já
possui
linha
de
passe
(solução
táctica)
à
direita,
à
esquerda
(uma
destas
mais
recuada
-‐
cobertura)
e
em
profundidade,
no
sentido
de
libertar
espaço
(aclarar)
e/ou
de
arrastar
o
adversário
directo
para
posição
mais
desfavorável.
2
-‐
Deslocar-‐se
para
o
espaço
nas
"costas"
da
última
linha
defensiva
adversária,
ou
para
o
espaço
livre,
procurando
aproveitar
e
criar
as
dificuldades
que
um
passe
para
essa
zona
cria
ao
adversário.
5.3 COMPENSAÇÕES/DESDOBRAMENTOS
5.3.1 Conceito
São
acções
individuais
e
colectivas
de
natureza
ofensiva,
que
visam
assegurar
constantemente
a
ocupação
racional
do
terreno
de
jogo
pelo
assumir
das
funções
do(s)
colega(s)
que
num
certo
momento
do
jogo
estão
envolvidos
na
realização
de
outras
tarefas.
5.3.2 Objectivos
Ocupação
racional
do
terreno
de
jogo.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
40
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
5.3.3 Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
1
-‐
As
compensações/desdobramentos
deverão
ser
realizados
no
contexto
das
acções
colectivas
inerentes
à
organização
geral
da
equipa,
visando
essencialmente
equilibrar
e
racionalizar
a
repartição
de
forças
no
terreno
de
jogo.
Assim,
o(s)
jogador(es)
que
a(s)
realiza(m)
deverá(ão)
considerar
o
seguinte:
a)
Deslocar-‐se
para
trás
do
colega
com
a
posse
da
bola
caso
seja
o
jogador
mais
próximo,
dando-‐lhe
cobertura
(ofensiva),
sempre
que
o
colega
nessas
funções
se
desloque
p'rá
frente
da
linha
da
bola,
no
sentido
de
evitar
eventuais
desequilíbrios
defensivos
marcando
e
vigiando
espaços
vitais
do
terreno
de
jogo
(ver
cobertura
ofensiva);
c)
Marcar
os
adversários
que
não
estão
directamente
envolvidos
no
processo
defensivo
da
sua
equipa
(normalmente
pontas
de
lança)
caso
seja
o
jogador
mais
próximo,
sobretudo
quando
o(s)
central(ais)
integra(m)
o
processo
ofensivo
e/ou
o
centro
de
jogo
ofensivo,
para,
desse
modo,
evitar
a
possibilidade
de
a
equipa
adversária
realizar
contra-‐
ataques
que
possam
por
em
causa
o
equilíbrio
imediato
da
organização
defensiva;
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
41
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
5.4 TEMPORIZAÇÃO
OFENSIVA
5.4.1 Conceito
São
acções
técnico-‐tácticas
individuais
e
colectivas
de
natureza
ofensiva
que
visam
assegurar
as
condições
mais
favoráveis
ao
cumprimento
dos
objectivos
tácticos
momentâneos
(temporários),
da
equipa.
5.4.2 Objectivo
Ganhar
o
tempo
necessário
para
assegurar
o
cumprimento
dos
objectivos
tácticos
momentâneos
(temporários)
da
equipa,
no
processo
ofensivo.
a)
Atrair
sobre
si
a
atenção
de
um
ou
vários
adversários,
caso
seja
o
portador
da
bola,
pela
manifestação
de
uma
intenção
claramente
ofensiva
(ver
penetração),
no
sentido
de
diminuir
a
vigilância
ou
marcação,
quer
aos
seus
colegas
que
poderão
ser
solicitados
a
qualquer
momento
pela
execução
de
um
passe,
quer
a
determinados
espaços
de
jogo
vitais
a
serem
rapidamente
explorados
por
um
rápido
deslocamento
para
os
mesmos
de
outros
atacantes;
c)
Manter
a
posse
da
bola,
caso
seja
o
seu
portador,
ou,
num
contexto
colectivo,
contribuir
para
a
sua
manutenção
pelo
deslocar-‐se
para
posições
que
ofereçam
outras
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
42
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
soluções
técnico-‐tácticas
de
passe,
no
sentido
de,
por
um
lado,
proporcionar
o
restabelecimento
físico
de
certos
jogadores,
e
por
outro,
exercer
pressão
psicológica
sobre
o
adversário
(sobretudo
quando
este
se
encontra
a
perder),
quebrando
o
seu
ritmo
de
jogo;
5.5.1.1 Conceito
Consiste
nas
normas
base
de
orientação
que
determinam
a
atitude
do
jogador
(2º
atacante)
mais
próximo
do
colega
com
a
posse
da
bola,
coordenando
e
dirigindo
em
simultâneo,
a
realização
de
todas
as
suas
acções
técnico-‐tácticas,
no
sentido
de
lhe
proporcionar
apoio.
5.5.1.2 Objectivos
Apoio
ao
colega
com
a
posse
da
bola.
Assim, deve:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
43
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
a)
Deslocar-‐se
para
trás
do
colega
com
a
posse
da
bola
dando-‐lhe
uma
linha
de
passe
segura
e,
por
esse
motivo,
de
recurso
(quando
ao
jogador
com
a
posse
da
bola
não
restar
outra
solução
técnico-‐táctica)
no
sentido
de
assegurar
a
manutenção
da
posse
da
bola.
b) Assumir com o colega de posse da bola uma determinada distância:
(i)
Que
seja
suficientemente
longe
que
constitua
uma
linha
de
passe
segura
-‐
que
dê
tempo
suficiente
para
receber
e
controlar
a
bola,
analisar
a
situação,
decidir
e
executar;
(ii)
Que
seja
suficientemente
perto
para
poder
assumir
a
contenção,
se
o
colega
perder
a
bola
para
o
adversário,
saindo
imediatamente
ao
encontro
deste.
c)
Assumir
com
o
colega
de
posse
da
bola
um
determinado
ângulo
(em
caso
de
dúvida
quanto
ao
ângulo
que
deve
escolher
deverá
assumir
um
de
45˚,
para
trás
da
linha
do
colega
com
a
posse
da
bola.
Deverá
optar
por
um
lado
de
cobertura
em
função
de:
(i)
Posição
do
colega
com
a
posse
da
bola
-‐
se
for
junto
às
linhas
laterais,
deverá
colocar-‐se
do
lado
de
dentro
do
campo,
no
sentido
de
poder
variar
eficazmente
o
ângulo
do
processo
ofensivo
caso
o
colega
lhe
passe
a
bola,
bem
como
para
"fechar"
o
espaço
mais
ofensivo,
como
é
o
caso
do
corredor
central,
no
caso
de
o
colega
perder
a
posse
da
bola
para
o
adversário;
(ii)
Arrastamento
do
2º
defesa
(ver
cobertura
defensiva)
-‐
procurando
arrasta-‐lo
para
uma
posição
desfavorável
e
ineficaz,
proporcionando
desse
modo
um
espaço
de
progressão
a
ser
explorado
pelo
colega
com
a
posse
da
bola
ou
por
um
3º
atacante
(ver
mobilidade);
(iii)
Eventualidade
do
colega
perder
a
posse
da
bola
-‐
se
o
colega
com
a
posse
da
bola
a
perder,
o
2º
atacante
já
deverá
estar
posicionado
do
lado
que
lhe
favoreça
a
intervenção
de
contenção
(normalmente
do
lado
dos
espaços
frontais
à
baliza,
já
que
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
44
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
serão
esses
que
o
adversário
com
a
posse
da
bola
irá
procurar
e
pelo
facto
de
serem
de
iminente
finalização).
(i)
Ajudar
na
leitura
do
jogo
de
forma
a
fazê-‐lo
optar
por
uma
solução
mais
racional,
na
continuidade
do
processo
ofensivo,
em
função
da
colocação
dos
adversários
e
companheiros
de
equipa.
5.5.2 MOBILIDADE
5.5.2.1 Conceito
Consiste
nas
normas
base
de
orientação
que
determinam
a
atitude
do
jogador
(3º
atacante)
que
dentro
do
centro
de
jogo
procura
assegurar
a
progressão
do
processo
ofensivo,
coordenando
e
dirigindo
em
simultâneo
a
realização
de
todas
as
suas
acções
técnico-‐tácticas
no
sentido
de
criar
desequilíbrios
na
estrutura
defensiva
adversária.
5.5.2.2 Objectivos
Criação
de
espaços
livres.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
45
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
5.5.2.3 Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
1
-‐
Deverá,
após
se
aperceber
que
o
colega
com
a
posse
da
bola
já
beneficia
de
cobertura
(ofensiva),
alterar
de
imediato
a
sua
atitude
no
sentido
de
romper
o
equilíbrio
defensivo
adversário.
Neste
sentido
deverá:
a)
Deslocar-‐se
para
espaço
livre
à
frente
da
linha
da
bola,
oferecendo
a
2ª
linha
de
passe
do
lado
oposto
ao
da
cobertura,
visando
a
utilização
e
exploração
dos
espaços
livres,
no
sentido
de
procurar
a
progressão
da
acção
ofensiva;
5.5.3 ESPAÇO
5.5.3.1 Conceito
Consiste
nas
normas
base
de
orientação
que
determinam
a
atitude
de
todos
os
jogadores
de
uma
mesma
equipa,
em
posse
de
bola,
no
sentido
de
assegurar
uma
determinada
organização
espaço
–
temporal
facilitadora
do
desenvolvimento
do
processo
ofensivo
da
equipa.
5.5.3.2 Objectivos
Assegurar
uma
articulação
ofensiva
em
profundidade
e
largura
(organizar
e
estruturar
a
equipa).
"Abrir
o
jogo"
a
fim
de
obter
mais
espaço
para
o
desenvolvimento
das
acções
ofensivas.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
46
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
5.5.3.3 Aspectos
a
Considerar
na
sua
Execução
Prática
1
-‐
Deverá
procurar
dar
coesão
à
sua
equipa,
analisando
as
alterações
sucessivas
na
ocupação
dos
espaços
dinâmicos
de
jogo,
alternando
de
imediato
a
sua
atitude
no
sentido
de
contribuir
para
a
condução
do
processo
ofensivo
para
certos
espaços,
procurando
evitar
outros.
Neste
sentido,
deverá:
a)
Deslocar-‐se
para
o
espaço
que
dentro
da
organização
geral
da
equipa
permita
uma
efectiva
mudança
no
ângulo
de
ataque,
caso
o
colega
com
posse
da
bola
a
envie
para
o
colega
em
cobertura
ofensiva,
e
que
normalmente
corresponde
ao
corredor
lateral
oposto
ao
do
colega
com
a
posse
da
bola;
5.6.1 Conceito
Forma
mais
evoluída
e
complexa
das
combinações,
rígidos
e
estereotipados,
previamente
estudados
e
treinados
para
as
situações
de
bola
parada
(e.g.
pontapés
de
canto).
5.6.2 Objectivos
Assegurar,
em
situações
de
bola
parada,
as
condições
mais
favoráveis
à
concretização
imediata
de
golo.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
47
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
5.6.3 Classificação
Os
esquemas
tácticos
representam
as
situações
de
bola
parada
que
ocorrem
durante
o
jogo.
Assim
podemos
considerar
a
existência
dos
seguintes
esquemas
tácticos:
• Pontapé Livre
3
-‐
Apresentar
uma
eficaz
coordenação
do
objectivo
do
seu
comportamento
com
o
dos
seus
companheiros,
caso
não
reponha
a
bola
em
jogo
mas
participe
directamente
no
esquema
táctico,
no
sentido
de
surpreender
os
adversários
e
desviar
a
sua
atenção
do
seu
colega
que
finalizará
e/ou
de
espaços
de
jogo
vitais
à
finalização.
6.1 A DOBRA
6.1.1 Conceito
Acção
técnico-‐táctica
colectiva
elementar
de
natureza
defensiva
que
manifesta
a
coordenação
das
acções
individuais
de
dois
jogadores
no
sentido
de
resolver
uma
tarefa
parcial
(temporária)
especifica
do
jogo,
e,
para
assim,
assegurar
uma
maior
eficiência
nas
acções
defensivas.
6.1.2 Objectivos
Permitir
uma
maior
coesão
defensiva
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
49
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
jogador
ter
em
atenção
a
distância
e
o
ângulo
que
este
estabelece
com
o
adversário
portador
da
bola:
i)
Distância
-‐
não
muito
próximo
que
“force”
o
adversário
a
realizar
um
contra
um,
passe
ou
outra
qualquer
acção
que
vise
o
objectivo
de
progressão/finalização,
nem
muito
afastado
que
conceda
espaço
(logo
tempo)
para
progredir
na
direcção
da
baliza
ou
executar
outra
qualquer
acção
que
concretize
o
objectivo
da
progressão/finalização.
b)
O
1º
defesa
após
ter
sido
ultrapassado,
deverá
deslocar-‐se
para
trás
do
colega
que
agora
marca
o
adversário
com
a
bola
dando-‐lhe
cobertura
(ver
COBERTURA
DEFENSIVA).
6.2.1 Conceito
Acções
individuais
de
natureza
defensiva
desenvolvidos
num
contexto
colectivo,
com
a
finalidade
de
assegurar
em
última
instância
a
cooperação
e
coerência
dinâmica
da
movimentação,
no
desenrolar
do
processo
defensivo,
para
o
cumprimento
dos
objectivos
fundamentais
da
defesa
(defesa
da
baliza/recuperação
da
posse
da
bola).
6.2.2 Objectivos
Ocupar
ou
reequilibrar
a
ocupação
racional
do
terreno
de
jogo.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
50
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
Marcar
efectivamente
os
jogadores
posicionados
em
espaços
vitais
e
que
possam
dar
continuidade
ao
processo
ofensivo
adversário.
6.2.3 Classificação
Os
deslocamentos
defensivos
podem
ser
classificados
atendendo
aos
seguintes
tipos:
3
-‐
Os
deslocamentos
defensivos
deverão
ser
realizados
no
contexto
das
acções
colectivas
inerentes
à
organização
geral
da
equipa,
visando,
naturalmente,
assegurar
o
equilíbrio
na
estrutura
defensiva
da
equipa.
Assim,
o
jogador
que
os
realiza
deverá
considerar:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
51
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
(i)
-‐
impedir
o
relançamento
imediato
do
processo
ofensivo
adversário
(contra-‐
ataque);
(ii)
-‐
procurar
retardar
as
acções
do
adversário
com
a
posse
da
bola
e
assim
permitir
a
recuperação
defensiva
dos
seus
colegas
(ver
contenção).
b)
Deslocar-‐se
para
trás
do
colega
que
marca
o
adversário
com
a
posse
da
bola
dando-‐
lhe
cobertura
(ver
cobertura
defensiva),
caso
seja
o
jogador
mais
próximo
dele,
no
sentido
de
lhe
transmitir
maior
confiança
e
segurança
para
o
desenvolvimento
das
suas
próprias
acções,
por
um
lado,
e
por
outro,
no
sentido
de
poder
intervir
se
o
colega
for
ultrapassado,
assegurando
a
contenção.
c)
Deslocar-‐se
para
o
espaço
onde
evolui
a
acção
do
3º
atacante
(ver
mobilidade),
caso
o
colega
em
marcação
ao
adversário
com
a
posse
da
bola
já
beneficie
de
acção
de
cobertura
(defensiva),
no
sentido
de:
(i) -‐ restringir o espaço de acção dos atacantes sem bola;
(ii) -‐ anular as tentativas de penetração e alternativas de passe;
d)
Deslocar-‐se
para
trás
do
colega
que
marca
adversário
com
a
posse
da
bola,
assegurando-‐lhe
cobertura
defensiva
caso
o
adversário
tenha
ultrapassado
o
1º
defesa
ou
para
o
espaço
onde
evolui
a
acção
do
3º
atacante,
assegurando
o
equilíbrio
caso
tenha
sido
ultrapassado
na
sua
acção
de
contenção,
ou
pelo
facto
de
a
bola
ter
sido
passada
ao
3º
atacante
(reajustamento
dinâmico
do
centro
de
jogo).
e)
Deslocar-‐se
para
o
espaço
que
permita
equilibrar
e
racionalizar
a
repartição
de
forças
no
terreno
de
jogo
(normalmente
"fechando"
o
espaço
bem
atrás
do
colega
em
cobertura
defensiva
ou
um
espaço
mais
ofensivo,
normalmente
no
corredor
central),
no
sentido
de:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
52
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
(i)
-‐
restringir
espaços
vitais
para
a
progressão
do
processo
ofensivo
adversário;
(ii)
-‐
alterar
o
ângulo
de
ataque
adversário
e
forçar
a
sua
direcção
para
espaços
menos
ofensivos;
(iii) -‐ marcar atacantes que possam dar o melhor seguimento ao processo ofensivo.
6.3.1 Conceito
Acções
técnico-‐tácticas
individuais
e
colectivas
de
natureza
defensiva
que
visam,
antes
de
tudo,
não
perder
a
ocupação
racional
do
terreno
de
jogo
na
tentativa
de
anular
a
vantagem
do
ataque
em
superioridade
numérica
e
assumir
funções
de
colegas
que
num
certo
momento
estão
envolvidos
na
realização
de
outras
tarefas.
6.3.2 Objectivos
Ocupação
racional
do
terreno
de
jogo.
a)
Deslocar-‐se
para
trás
do
colega
que
marca
o
adversário
com
a
posse
da
bola,
proporcionando-‐lhe
acção
de
cobertura,
caso
seja
o
3º
defesa
(ver
equilíbrio),
quando
o
colega
que
inicialmente
assegurava
a
contenção
for
ultrapassado.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
53
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
b)
Assumir
os
comportamentos
de
contenção
por
parte
do
jogador
que
realizava
a
cobertura
defensiva
(2º
defesa).
c)
Deslocar-‐se
para
o
espaço
onde
evolui
a
acção
do
3º
atacante,
caso
tenha
sido
ultrapassado
através
de
drible
por
parte
do
adversário
com
a
posse
da
bola,
no
sentido
de
reequilibrar
a
estrutura
defensiva
da
sua
equipa
(no
centro
de
jogo).
d)
Deslocar-‐se
para
espaços
vitais
deixados
livres
pelos
colegas
mais
recuados
que
integram
o
processo
ofensivo
da
equipa,
no
sentido
de
manter
o
equilíbrio
na
estrutura
defensiva
da
equipa,
pelo
assumir
das
funções
desses
mesmos
colegas.
6.4.1 Conceito
São
acções
técnico-‐tácticas
individuais
e
colectivas
de
natureza
defensiva
que
visam
assegurar
as
condições
mais
favoráveis
para
a
recolocação
dos
jogadores
da
equipa
dentro
do
método
de
jogo
defensivo
adoptado.
6.4.2 Objectivo
Ganhar
o
tempo
necessário
para
que
os
jogadores
da
equipa
se
recoloquem
dentro
do
método
de
jogo
defensivo
adoptado.
2
-‐
A
temporização
defensiva
deverá
ser
realizada
após
a
perda
de
posse
da
bola,
pelo
jogador
mais
próximo
do
adversário
com
a
posse
da
bola,
bem
como
pelos
jogadores
mais
próximos
dos
adversários
que
possam
dar
continuidade
ao
processo
ofensivo.
Assim,
o(s)
jogador(es)
que
a
realiza(m)
deverá(ão)
considerar
o
seguinte:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
54
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
a)
Deslocar-‐se
em
direcção
ao
adversário
com
a
posse
da
bola
(ver
CONTENÇÃO),
caso
seja
o
jogador
mais
próximo,
no
sentido
de
assegurar
o
retardamento
do
processo
ofensivo
adversário
e
assim
ganhar
o
tempo
necessário
para
que
os
colegas
se
recoloquem
dentro
do
seu
método
de
jogo
defensivo
de
base.
6.5.1 Conceito
Acções
técnico-‐tácticas
individuais
e
colectivas
de
natureza
defensiva
que
se
caracterizam
pela
colocação
destes
jogadores
no
terreno
de
jogo,
de
modo
a
perturbar
a
acção
dos
atacantes
adversários,
através
de
uma
protecção
à
acção
defensiva
do
seu
companheiro
e
da
sua
própria
baliza.
6.5.2 Objectivos
Proteger
a
acção
de
um
companheiro
na
recuperação
da
posse
de
bola
2
-‐
Nas
situações
de
bola
parada
(esquemas
tácticos)
os
jogadores
devem
proteger
a
sua
baliza
através
da
formação
de
uma
barreira
(obedecendo
aos
critérios
e
às
estratégias
do
treinador
para
fazer
oposição
a
este
tipo
de
situações).
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
55
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
6.6 A
MARCAÇÃO
/
TIPOS
DE
DEFESA
6.6.1 Conceito
Coordenação
das
acções
individuais
de
natureza
defensiva
(com
uma
forte
dimensão
colectiva)
desenvolvidas
no
respeito
pelos
princípios
do
jogo
e
que
visam
a
inutilização
de
espaços
livres
e
das
movimentações
do
adversário.
6.6.2 Objectivos
Evitar
que
os
adversários
criem,
ocupem
e
utilizem
espaços
vitais
do
terreno
de
jogo.
6.6.3 Classificação
A
Marcação
pode
ser
classificada
nos
seguintes
tipos:
Marcação
Individual
-‐
O
defensor
persegue
o
atacante
para
onde
quer
que
ele
se
desloque,
dentro
do
terreno
de
jogo
(um
contra
um
-‐
H
x
H).
Marcação
à
zona
-‐
Cada
jogador
detém
uma
zona
de
acção
onde
intervém
quando
a
bola
ou
um
jogador
adversário
aí
se
encontram
(todos
contra
um).
Marcação
Mista
-‐
Cada
jogador
detém
uma
zona
de
acção
e
aquando
de
um
ataque
adversário,
o
atacante
que
entra
nessa
zona
é
marcado
individualmente
até
ao
términos
do
ataque.
O
defensor,
após
o
términos
do
ataque
adversário,
regressa
à
sua
zona.
(síntese
zona/individual).
Marcação
Zona
Pressionante
–
Cada
jogador
detém
uma
zona
de
marcação,
mas
existe
um
movimento
colectivo
de
jogadores
que
defendem,
no
sentido
de
exercerem
uma
acção
conjunta
sobre
o
portador
da
bola
(obrigando-‐o
a
cometer
erros
no
plano
técnico-‐táctico)
bem
como
dos
jogadores
mais
próximos
do
jogador
com
posse
de
bola,
restringindo
ao
máximo
as
suas
possibilidades
de
continuarem
o
processo
ofensivo
(recuperar
rapidamente
a
posse
de
bola).
Nestas
circunstâncias
a
acção
dos
jogadores
que
defendem,
faz-‐se
sentir
de
forma
pressionante
sobre
a
zona
onde
se
encontra
a
bola.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
56
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
6.7 PRINCÍPIOS
DEFENSIVOS
6.7.1.1 Conceito
Consiste
nas
normas
base
de
orientação
que
determinam
a
atitude
do
jogador
(2º
defesa)
mais
próximo
do
colega
que
se
opõe
ao
adversário
com
a
posse
da
bola,
coordenando
e
dirigindo
em
simultâneo
a
realização
de
todas
as
suas
acções
técnico-‐
tácticas,
no
sentido
de
evitar
situações
de
inferioridade
numérica.
6.7.1.2 Objectivos
Apoio
ao
colega
que
marca
adversário
com
a
posse
da
bola
Assim,
deve
deslocar-‐se
para
trás
do
colega
1º
defesa,
assumindo
com
ele
uma
determinada
distância
e
ângulo,
estabelecendo
igualmente
uma
canal
de
comunicação
com
ele.
a) Que seja tanto mais próxima do colega (1º defesa), quanto mais:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
57
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
ii)
o
adversário
com
a
posse
da
bola
se
encontra
próximo
das
linhas
laterais,
para
assim
aumentar
a
pressão
defensiva
sobre
ele.
iii)
exímio
for
o
adversário
com
a
posse
da
bola
a
executar
situações
de
1x1,
no
sentido
de
encurtar
o
tempo
e
o
espaço
de
execução
dele.
3 -‐ Assumir com o colega 1º defesa um determinado ângulo que lhe permita:
a) Ter uma visão global do espaço e de todo o contexto da situação de jogo à sua frente.
b) Interceptar as linhas de passe em direcção à sua própria baliza.
Em
caso
de
dúvida
quanto
ao
ângulo
que
deverá
escolher,
deverá
assumir
um
de
45º
para
trás
da
linha
do
colega
1º
defesa.
Deverá ainda optar por um lado de cobertura em relação ao 1º defesa que deverá ser:
a)
Do
lado
que
converge
para
o
corredor
central,
já
que
deste
modo
marcará
o
espaço
de
jogo
mais
ofensivo
a
ser
explorado
pelo
adversário
com
a
posse
da
bola.
b)
Do
lado
do
2º
atacante
quando
o
adversário
com
a
posse
da
bola
beneficia
da
acção
de
cobertura
ofensiva,
para
assim
poder
intervir
sobre
o
1º
atacante,
caso
este
ultrapasse
o
1º
defesa
(ver
DOBRA)
ou
então
opor-‐se
às
acções
do
2º
atacante
caso
este
receba
a
bola
do
seu
colega
(ver
CONTENÇÃO).
a) Ajudar na leitura do jogo informando da posição dos adversários e colegas de equipa.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
58
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
b)
Dar
incentivo
ao
colega
1º
defesa,
estimulando-‐o
na
condução
do
1º
atacante
para
zonas
menos
perigosas
do
terreno
de
jogo
ou
mais
“povoadas”
de
colegas
em
processo
defensivo,
ou,
por
outro
lado,
encorajando-‐o
na
execução
do
desarme.
6.7.2 EQUILÍBRIO
6.7.2.1 Conceito
Consiste
nas
normas
base
de
orientação
que
determinam
a
atitude
do
jogador
(3º
defesa)
que,
dentro
do
centro
de
jogo,
procura
assegurar
o
equilíbrio
no
processo
defensivo,
coordenando
e
dirigindo
em
simultâneo
a
realização
de
todas
as
suas
acções
técnico-‐tácticas,
no
sentido
de
assegurar
a
estabilidade
do
centro
de
jogo
defensivo.
6.7.2.2 Objectivos
Ocupação
de
espaços
livres.
a)
Deslocar-‐se
para
trás
da
“linha
da
bola”
(atrás
do
1º
defesa)
do
lado
do
3
atacante,
no
sentido
de
exercer
acção
de
marcação
sobre
este
último.
b)
Deslocar-‐se
atrás
da
linha
da
bola
para
espaços
mais
próximos
do
1º
e
2º
defesa
no
sentido
de
concentrar
ou
restringir
espaço
aos
adversários
(encurtando-‐lhes
espaço
e
tempo
para
a
execução
das
suas
acções
técnico-‐tácticas),
sempre
que
o
seu
adversário
directo
(3º
atacante)
se
encontre
junto
aos
corredores
laterais,
ou
em
espaços
menos
ofensivos.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
59
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
c)
Deslocar-‐se
para
trás
do
colega
2º
defesa,
sempre
que
o
1º
for
ultrapassado,
no
sentido
de
agora
lhe
proporcionar
cobertura
defensiva
(já
que
ele
-‐
2º
defesa
-‐
vai
assegurar
contenção).
d)
Deslocar-‐se
em
direcção
a
outros
adversários
que
pela
sua
colocação
no
terreno
de
jogo,
possam
dar
melhor
seguimento
ao
processo
ofensivo
do
que
aquele
que
era
o
seu
adversário
directo.
6.7.3 CONCENTRAÇÃO
6.7.3.1 Conceito
Consiste
nas
normas
base
de
orientação
que
determinam
a
atitude
de
todos
os
jogadores
de
uma
mesma
equipa,
sem
a
posse
da
bola,
no
sentido
de
assegurar
uma
determinada
organização
espaço
-‐
temporal
que
permita
dificultar
o
desenvolvimento
do
processo
ofensivo
adversário.
6.7.3.2 Objectivos
Assegurar
uma
articulação
defensiva
em
profundidade
e
largura
(organizar
e
estruturar
a
equipa).
Assim, deverá:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
60
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
a)
Deslocar-‐se
para
o
espaço
que
dentro
da
organização
geral
da
equipa
permita
uma
efectiva
ocupação
dos
espaços
de
jogo
mais
ofensivos
(normalmente
corredor
central),
obrigando
o
adversário
a
procurar
os
espaços
menos
ofensivos.
6.8.1 Conceito
Estratégias,
soluções
e
preocupações
especiais
na
organização
de
um
grupo
de
jogadores
e/ou
toda
a
equipa,
para
anular
as
intenções
adversárias
aquando
da
marcação
dos
esquemas
tácticos
ofensivos
(forma
mais
evoluída
e
complexa
das
combinações,
rígidos
e
estereotipados,
previamente
estudados
e
treinados
para
as
situações
de
bola
parada).
6.8.2 Objectivos
Assegurar,
em
situações
de
bola
parada,
as
condições
mais
favoráveis
para
contrariar
a
concretização
de
golo,
por
parte
da
equipa
adversária.
6.8.3 Classificação
Os
esquemas
tácticos
representam
as
situações
de
bola
parada
que
ocorrem
durante
o
jogo.
Assim
podemos
considerar
a
existência
dos
seguintes
esquemas
tácticos:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
61
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
• Pontapé
de
Baliza
• Pontapé Livre
2
-‐
Apresentar
uma
eficaz
coordenação
do
objectivo
do
seu
comportamento
com
o
dos
seus
companheiros,
no
sentido
de
não
ser
surpreendido
pelas
acções
do
adversário
4
-‐
Ocupar
os
espaços
previamente
definidos
pelo
treinador,
no
sentido
de,
após
recuperar
a
posse
de
bola,
assegurar
soluções
ofensivas,
desempenhando
deste
modo,
um
papel
preponderante
no
processo
ofensivo
da
equipa
(contra-‐ataque).
7.1.1 Conceito
Este
conceito
contempla
duas
noções
distintas,
mas
complementares.
Por
um
lado,
as
acções
de
ataque
normalmente
desempenhadas
pelos
jogadores
de
acordo
com
a
sua
posição
inicial
no
terreno
de
jogo
são
designadas
de
Funções
(e.g.
a
função
de
lateral
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
62
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
direito,
em
termos
ofensivos).
Por
outro
lado,
as
acções
esporádicas
de
ataque
realizadas
pelos
jogadores
em
consequência
de
problemas
pontuais
e
ocasionais
do
jogo
são
designadas
de
Tarefas
(e.g.
a
marcação
de
livres
directos
por
um
jogador).
7.1.2 Objectivos
Atribuição
de
determinados
"papeis"
a
cumprir
pelos
jogadores,
durante
o
jogo.
1 -‐ Orientação dos jogadores com bola, para os corredores laterais.
3 -‐ Leitura atenta do jogo, de modo a possibilitar acções de antecipação.
2 -‐ A acção de desarme e intercepção deve ser realizada de forma cuidadosa.
3
-‐
A
realização
de
passes
com
um
elevado
nível
de
eficiência
(passes
correctos)
para
os
companheiros
(jogador
e
espaço).
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
63
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
3
-‐
Alta
eficácia
em
termos
de
finalização.
7.2.1 Conceito
Forma
mais
evoluída
e
complexa
das
combinações,
rígidos
e
estereotipados,
previamente
estudados
e
treinados
para
as
situações
de
bola
parada
(e.g.
pontapés
de
canto).
7.2.2 Objectivos
Assegurar,
em
situações
de
bola
parada,
as
condições
mais
favoráveis
à
concretização
imediata
de
golo.
7.3.1 Conceito
Representa
as
unidades
de
organização
do
jogo
da
equipa
onde
previamente
se
define
a
circulação
da
bola
e
a
circulação
dos
jogadores
(de
acordo
com
trajectórias
e
direcções
previamente
definidas)
possibilitando
formas
de
entendimento
colectivo
do
jogo,
na
sua
fase
ofensiva.
(e.g.
coordenação
da
movimentação
dos
Pontas
de
Lança)
O
conceito
apresentado
por
Teodorescu,
(citado
por
Castelo
1992,
pp.
93)
refere
que
"a
circulação
táctica
utiliza-‐se
preponderantemente
no
ataque
e
representa
uma
forma
superior
de
esquema
táctico
(...)
esta
consta
de
combinações
tácticas
e
acções
individuais
simultâneas
e
sucessivas,
que
se
desenrolam
de
acordo
com
um
plano
de
organização."
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
64
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
7.3.2 Objectivos
Organização
colectiva
do
jogo
ofensivo
da
equipa
(permite
a
sistematização
de
alguns
"automatismos"
da
equipa,
em
termos
ofensivos).
7.4.1 Conceito
Forma
geral
de
organização
das
acções
ofensivas
e
defensivas
pelo
estabelecimento
de
uma
estrutura
base
e
pela
definição
de
tarefas
e
funções
bem
como
de
certos
princípios
de
colaboração
no
jogo.
(e.g.
utilização
do
sistema
táctico
4-‐4-‐2)
7.4.2 Objectivos
Definir
uma
estrutura
base
da
equipa
(dimensão
estática)
7.5.1 Conceito
Conjunto
das
acções
individuais
e
colectivas
adoptadas
para
imprimir
ao
jogo
de
equipa
coerência
na
movimentação
e
impor
ao
adversário
as
soluções
e
o
ritmo
de
jogo
mais
conveniente
em
situações
ofensivas.
7.5.2 Objectivos
Criar
as
condições
mais
favoráveis
para
a
concretização
dos
objectivos
do
processo
ofensivo.
Desenvolver o maior número de acções ofensivas em direcção à equipa adversária.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
65
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
7.5.3 Classificação
Podemos
classificar
os
Métodos
de
Jogo
Ofensivos
em
três
formas
básicas
de
organização:
Caracteriza-‐se por:
3 -‐ Elevada elaboração da fase de construção do processo ofensivo.
Caracteriza-‐se por:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
66
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
7.5.3.3 Ataque
Rápido
Método
de
jogo
ofensivo
que
se
situa
num
ponto
intermédio
entre
os
descritos
anteriormente,
e
se
manifesta
em
situações
idênticas
ao
do
contra
-‐
ataque,
preparando
a
sua
fase
de
finalização
com
a
equipa
adversária
organizada
defensivamente.
Este
Método
de
Jogo
Ofensivo
caracteriza-‐se
com
os
mesmos
pressupostos
do
contra
-‐
ataque,
havendo
apenas
a
referir
uma
fase
de
finalização
com
uma
preparação
mais
elaborada
e
demorada.
8.1.1 Conceito
Este
conceito
contempla
duas
noções
distintas,
mas
complementares.
Por
um
lado,
as
acções
de
defesa
normalmente
desempenhadas
pelos
jogadores
de
acordo
com
a
sua
posição
inicial
no
terreno
de
jogo
são
designadas
de
Funções
(e.g.
a
função
de
lateral
direito,
em
termos
defensivos).
Por
outro
lado,
as
acções
esporádicas
de
defesa
realizadas
pelos
jogadores
em
consequência
de
problemas
pontuais
e
ocasionais
do
jogo
são
designadas
de
Tarefas
(e.g.
a
colocação
em
determinada
posição
na
barreira
para
realizar
oposição
à
marcação
de
livres
directos
pela
equipa
adversária).
8.1.2 Objectivos
Atribuição
de
determinados
"papeis"
a
cumprir
pelos
jogadores,
durante
o
jogo.
8.2.1 Conceito
Estratégias,
soluções
e
preocupações
especiais
na
organização
de
um
grupo
de
jogadores
e/ou
toda
a
equipa,
para
anular
as
intenções
adversárias
aquando
da
marcação
dos
esquemas
tácticos
ofensivos.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
67
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
8.2.2 Objectivos
Assegurar,
em
situações
de
bola
parada,
as
condições
mais
favoráveis
para
contrariar
a
concretização
de
golo,
por
parte
da
equipa
adversária.
8.3.1 Conceito
Representam
as
unidades
de
organização
do
jogo
da
equipa
onde
previamente
se
define
a
circulação
dos
jogadores
(em
zonas,
trajectórias
e
direcções
previamente
definidas)
em
função
da
circulação
de
bola
por
parte
da
equipa
adversária,
possibilitando
formas
de
entendimento
colectivo
do
jogo,
na
sua
fase
defensiva.
(e.g.
movimentos
de
"concentração"
dos
avançados
da
equipa
em
resposta
à
transição
defesa/ataque
pelo
corredor
lateral
direito,
da
equipa
adversária)
Teodorescu,
(1983
citado
por
Castelo,
1992,
pp.
101)
define
circulação
táctica
defensiva
como
"
o
trajecto
das
deslocações
e
a
distância
percorrida
por
cada
defesa
durante
a
execução
de
missões
defensivas.
Esta
circulação
deve
caracterizar-‐se
por:
(a)
manutenção
da
colocação
correcta
em
função
do
sistema
de
defesa
utilizado,
bem
como
das
particularidades
dos
adversários;
(b)
preocupação
para
que
as
deslocações
efectuadas
não
perturbem
a
circulação
dos
outros
companheiros,
antes
pelo
contrário,
as
favoreçam;
(c)
favorecer
a
realização
completa
e
oportuna
dos
procedimentos
técnicos
da
defesa".
8.3.2 Objectivos
Organização
colectiva
do
jogo
defensivo
da
equipa
(permite
a
sistematização
de
alguns
"automatismos"
da
equipa,
em
termos
defensivos).
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
68
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
8.4 SISTEMA
TÁCTICO
8.4.1 Conceito
Forma
geral
de
organização
das
acções
ofensivas
e
defensivas
pelo
estabelecimento
de
uma
estrutura
base
e
pela
definição
de
tarefas
e
funções
bem
como
de
certos
princípios
de
colaboração
no
jogo.
(e.g.
utilização
do
sistema
táctico
4-‐4-‐2)
8.4.2 Objectivos
Definir
uma
estrutura
base
da
equipa
(dimensão
estática)
8.5.1 Conceito
Conjunto
das
acções
individuais
e
colectivas
adoptadas
para
imprimir
ao
jogo
de
equipa
coerência
na
movimentação
e
impor
ao
adversário
as
soluções
e
o
ritmo
de
jogo
mais
conveniente
em
situações
defensivas.
8.5.2 Objectivos
Criar
as
condições
mais
favoráveis
para
a
concretização
dos
objectivos
do
processo
defensivo.
Desenvolver
todas
as
acções
defensivas
de
modo
a
afastar
o
jogo
das
zonas
próximas
da
baliza.
8.5.3 Classificação
Podemos
classificar
os
Métodos
de
Jogo
Defensivos
em
quatro
formas
básicas
de
organização:
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
69
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
8.5.3.1 Método
Individual
(Defesa
Individual)
Método
de
jogo
defensivo
que
se
manifesta
através
da
utilização
da
marcação
individual.
9 BIBLIOGRAFIA
Bauer,
G.
e
Ueberle,
H.
(1988)
Fútbol.
Ediciones
Martinez
Roca,
AS.
Barcelona.
Castelo
,
J.
(1993)
Os
Princípios
do
Jogo
de
Futebol.
In:
Ludens
Vol.
13
(1)
Jan/Mar,
U.T.L.
-‐
ISEF.
Castelo,
J
(1986)
A
Marcação
em
Futebol.
In:
Ludens
Vol.
10
nº
2
Jan/Mar,
U.T.L.
-‐
ISEF.
Castelo,
J.
(1986)
Análise
do
Conteúdo
do
Jogo
de
Futebol
-‐
Identificação
e
Caracterização
das
Grandes
Tendências
do
Futebol
Actual.
Provas
de
Aptidão
Pedagógica
e
Capacidade
Científica.
Documento
Inédito.
UTL/ISEF.
Lisboa.
Castelo,
J
(1992)
Conceptualização
de
um
Modelo
Técnico
-‐
Táctico
de
Futebol
-‐
Identificação
e
Caracterização
das
Tendências
Evolutivas
do
Jogo
das
Equipas
de
Rendimento
Superior.
Tese
de
Doutoramento.
FMH.
Lisboa.
Castelo,
J
(1996)
Futebol
-‐
A
Organização
do
Jogo.
Edição
do
autor.
Claudino,
R.
(1993)
Observação
em
Pedagogia
do
Desporto
-‐
Elaboração
de
um
Sistema
de
Observação
e
sua
Aplicação
Pedagógica
a
Jogos
Desportivos
Colectivos,
não
publicado,
U.T.L.
-‐
FMH.
Lisboa.
Cunha,
A.;
Rego,
L.
(1990)
Elementos
de
Trabalho
para
Metodologia
do
Desporto
I
(Futebol).
Doc.
inédito.
UTAD.
Cunha,
A.
(1984)
Apontamentos
da
Disciplina
"Tecnologia
das
Actividades
Físicas
I
-‐
Futebol"
da
Licenciatura
em
Educação
Física,
U.T.L.
-‐
ISEF.
Cunha,
A.(1986)
Relatório
de
Aula
-‐
Os
Princípios
Específicos
do
Ataque.
P.A.P.C.C.
;
UTL
-‐ISEF,
Documento
Inédito
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
70
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
Dietrich,
K.
(1978)
Le
Football,
apprentissage
et
pratique
par
le
jeu.
Vigot
ed.
Paris.
Delprat,
D.
(1993)
Football
-‐
Le
un
contre
un.
In:
EP.S.
Nº
239
Jan/Fev.,
Ed
Revue
EPS.
Paris.
Ferreira,
J.
(1983)
Uma
Direcção
Programática
na
Formação
do
Praticante
de
Futebol.
In:
Futebol
em
revista
nº3
(4ª
série)
Set./Out.
F.P.F
(27-‐34)
ou
Ludens
Vol.
8
(1)
Out./Dez,
45-‐53,
U.T.L.
-‐
ISEF.
Ferreira,
J.
Queiroz,
C.
(1982).
Futebol-‐
da
formação
à
alta
competição.
In:
Ludens
Vol.
6
(3)
Abr./Jun.,
65-‐73,
U.T.L.
-‐
ISEF.
FIFA
(2000)
Leis
do
Jogo.
Edição
FPF.
Grehaigne,
J.F.
(1987)
Jeux
Reduits
et
11
contre
11.
In:
EPS
nº
208
Nov/Dez.,
28-‐31.
Ed.
Revue
EPS.
Paris.
Hughes,
C.
(1990)
The
winning
formula.
London:
William
Collins
Sons
&
Co.
Ltd.
Maçãs,
V.
(1993)
Documento
de
apoio
para
a
Metodologia
do
Desporto
I
-‐
Futebol.
Documento
inédito,
UTAD.
Mahlo,
F.
(s/d)
O
Acto
Táctico
no
Jogo.
Ed.
Compendium,
Lisboa
Mombaerts,
E.
(1991),
Football
-‐
De
l`analyse
du
jeu
à
la
formation
du
joueur,
Éditions
Actio,
Joinville-‐le-‐pont.
Queiroz,
C.
(1986)
A
Estrutura
e
Organização
dos
Exercícios
de
Treino
em
Futebol.
F.P.F.,
Lisboa
Queiroz,
C.
(1983)
Para
uma
Teoria
do
Ensino
/
Treino
em
Futebol
-‐
Análise
Sistemática
do
Jogo.
In:
Futebol
em
Revista,
4ª
série,
n.º
4,
Ed.
FPF,
Lisboa.
Queiroz,
C.
Vingada
E.
(1989)
-‐
Aprender
Futebol
com
Carlos
Queiroz
e
Nelo
Vingada.
IDAF
Algés
(Cassete
VHS).
Segura,
J.
(1990)
La
Técnica
y
la
Táctica.
(Vol.
5).
In:
Enciclopedia
Técnica
del
Fútbol
(Rius,
J;
Ortega
Gómez;
et
al.)
Editorial
Paidotribo.
Barcelona.
Taelman,
R.
(1988)
El
Entrenamiento
del
Portero.
Gymnos,
Madrid.
Taïana,
F.
(1993)
Les
Situations-‐Defi.
In:
E.P.S.
n.º
244
Nov
-‐
Dez.,
15-‐18.
Ed.
Revue
EPS.
Paris.
Teodorescu,
L.
(1984)
Problemas
de
Teoria
e
Metodologia
nos
Jogos
Desportivos.
Livros
Horizonte.
Lisboa.
Tindall,
R.
(1982)
Soccer
Fundamentals.
Newton
Abbot.
London.
Wrzos,
J.
(1984)
Football:
La
Tactique
de
l’Attaque.
Editions
Broodcoorens
Michel.
Brakel.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
71
Victor
Maçãs
/
José
Brito
Maçãs,
V.
&
Brito,
J.
(2000)
Os
Factores
do
Jogo
em
Futebol
–
As
Acções
Técnico-‐Tácticas.
Série
Didáctica.
Ciências
Aplicadas
nº
149.
Vila
Real:
UTAD
_____________________________________________________________________________________
Wade,
A.
(1981)
A
Evolução
das
estratégias
e
das
Tácticas
durante
os
últimos
50
anos.
In:
Futebol
em
Revista,
3ª
série,
n.º
2.
F.P.F.
_____________________________________________________________________________________
UTAD
-‐
Gabinete
de
Futebol
72
Victor
Maçãs
/
José
Brito