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Construção Civil
Classificação
• ABNT classifica os resíduos sólidos quanto aos
seus riscos potenciais ao meio ambiente e à
saúde pública para que possam ser
gerenciados adequadamente.
– Assim, a NBR 10.004 (ABNT, 2004a) define
resíduos sólidos como “resíduos nos estados
sólido e semi-sólido, que resultam de atividades
de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. ...”
Classificação
• Resolução específica para os resíduos da
construção civil, a Resolução 307, de 5 de julho
de 2002, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA:
– “são os provenientes de construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, e
os resultantes da preparação e da escavação de
terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos,
concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,
colas, tintas, madeiras e compensados, forros,
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente
chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.”
Causas para a geração dos resíduos
• A falta de qualidade dos bens e serviços, podendo isto dar origem
às perdas de materiais, que saem das obras na forma de entulho;
• A urbanização desordenada que faz com que as construções
passem por adaptações e modificações gerando mais resíduos;
• O aumento do poder aquisitivo da população e as facilidades
econômicas que impulsionam o desenvolvimento de novas
construções e reformas;
• Estruturas de concreto mal concebidas que ocasionam a redução de
sua vida útil e necessitam de manutenção corretiva, gerando
grandes volumes de resíduos;
• Desastres naturais, como avalanches, terremotos e tsunamis;
• Desastres provocados pelo homem, como guerras e bombardeios.
Classificação
• A classificação dos resíduos sólidos pela NBR 10.004
(ABNT,
• 2004a) está relacionada com a atividade que lhes deu
origem e com seus constituintes. Desta forma, os
resíduos sólidos são classificados em:
• A) Resíduos classe I
– Perigosos;
• B) Resíduos classe II
– Não perigosos;
– resíduos classe II A – Não inertes.
– resíduos classe II B – Inertes.
Classificação
• Usualmente os resíduos da construção civil estão
enquadrados na classe II B, composta pelos resíduos que
“submetidos a um contato dinâmico e estático com água
destilada ou desionizada, à temperatura ambiente [...], não
tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de
água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.”
• Entretanto, a presença de tintas, solventes, óleos e outros
derivados pode mudar a classificação do RCD para classe I
ou classe II A.
• Resolução 307 do CONAMA/Modificado pela 348:
– insere o amianto como material perigoso (classe D) e mudando
a classificação do gesso, de Classe C para a Classe B,
respectivamente.
• Embora o gesso tenha sido reclassificado
como resíduo classe B, este ainda necessita
ser depositado em recipiente próprio, não
sendo permitido a sua mistura com os demais
resíduos classe B, muito menos com os das
outras classes.
Geração
• A cadeia produtiva da construção civil, também
denominada construbusiness, engloba setores que vão
desde a extração da matéria-prima e consequente produção
dos materiais até a execução da construção em si, sendo
que o setor que mais se destaca pela geração de empregos,
renda e pela dimensão é o da construção, conforme
detalhado na Figura abaixo. Somente no ano de 2009, a
construção correspondia 61,2% de toda a cadeia produtiva.
INTRODUÇÃO
O segmento de construção civil tem destaque no cenário econômico nacional por ser
um dos grandes agentes de impactos ambientais, modificando a paisagem das cidades
e gerando um alto volume de resíduos.
Estas sobras das obras que não são reaproveitadas vão parar nas ruas e a consequência
é o entupimento de bueiros, maior probabilidade de enchentes e poluição dos rios.
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PASSO A PASSO PARA IMPLEMENTAR A GESTÃO DE RESÍDUOS NOS CANTEIROS DE
OBRAS DE FORMA EFICIENTE
INTRODUÇÃO
O desafio das construtoras e empreiteiras está em, além de serem lucrativas, desenvolver e
organizar os canteiros de obras de forma sustentável, minimizando os impactos ambientais.
Cumprir o que está disposto na lei 12.305 de 2010 (Política Nacional dos Resíduos Sólidos) e
na resolução número 307 de 2002, da CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente),
que regulamentam diretrizes, definem metas de redução, reciclagem e reutilização dos
resíduos bem como critérios, procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil,
é o primeiro passo. Por intermédio desta norma, foi regulamentado também a
corresponsabilidade do gerador do resíduo em todo o processo, desde a geração até o
transporte e destinação final, sob pena de multas quando este fluxo não estiver em
conformidade com a lei.
O que você não pode deixar de fazer ao dar os primeiros passos em direção a
implementação de uma gestão de resíduos eficiente nos canteiros de obras da sua
construtora? É o que você vai descobrir nas próximas páginas.
Vamos lá?
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OBRAS DE FORMA EFICIENTE
Classe I: perigosos;
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2 •
envolvidos na gestão de resíduos
Este passo é importante para que você garanta a segurança dos
processos pós-geração de resíduos, como coleta, transporte e
destinação, sem oferecer riscos ao ambiente e aos colaboradores.
Por isso, muita atenção nesta etapa!
Você deve pesquisar, qualificar e selecionar fornecedores de dispositivos e
acessórios, transportadoras e os destinatários dos resíduos.
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Identifique e qualifique os agentes
2 •
envolvidos na gestão de resíduos
Outro cuidado importantíssimo é na escolha dos transportadores e
de como eles vão levar o resíduo até o destino final. A composição
da carga deve ser feita tomando o cuidado de não misturar resíduos
como tinta e madeira, por exemplo. O transporte deve ser feito
acompanhado do MTR (Manifesto de Transporte). A falta deste
documento pode causar multas ao gerador de resíduo e ao
transportador, no caso de uma auditoria pela Polícia Federal.
Os destinatários são um ponto de atenção bem delicado. Dependendo do
tipo de área de destinação, as condições para utilização devem estar
amparadas por licenças municipais. Um exemplo disso são as áreas de
reciclagem destinadas à transformação dos resíduos Classe A em agregados:
devem ter obrigatoriamente uma licença da administração pública
municipal, licença de instalação e operação concedidas pelo órgão estadual
de controle ambiental.
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OBRAS DE FORMA EFICIENTE
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CANTEIROS DE OBRAS DE FORMA EFICIENTE
CONCLUSÃO
Implementar a gestão de resíduos nos canteiros de obra da sua construtora significa
muito mais do que atender o que pede a lei: é contribuir para a sustentabilidade do
ambiente e fazer mais com menos. Menos desperdício, mais aproveitamento dos
insumos e mão-de-obra.
Execute um passo de cada vez, e não deixe de ter o olhar para o processo completo.
Assim você alcançará o objetivo de gerar menos resíduos quanto for possível, reutilizar
as sobras de maneira eficiente e minimizar os riscos ambientais e de multas para sua
construtora.
Atuar de forma consciente e responsável com os resíduos é um fator chave para sua
construtora ser bem percebida no mercado. Comece já!
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Tecnologias para o reaproveitamento de
entulhos
• Britadores móveis, conchas trituradoras e
tesouras hidráulicas viabilizam a reciclagem de
entulhos para reaproveitamento na própria
obra
• A cidade de São Paulo, por exemplo, produz
aproximadamente 20.000 t/dia de entulhos e
no máximo 10% desse material é
reaproveitado”,
Caçamba trituradora
• As caçambas trituradoras ou
conchas trituradoras,
oferecidas em modelos
menores, com capacidade
de produção de 5 a 10 m³/h,
até as versões de maior
porte, que produzem entre
40 e 50 m³/h.
Componente das tesouras otimiza a
britagem do entulho
• na medida em que o material a ser
reciclado é cortado em três lados,
em apenas uma operação, evita-se a
produção de peças de armadura de
ferro demasiadamente compridas,
facilitando o processo de separação
do material.
Baia Fixa.
CAÇAMBAS ESTACIONÁRIAS
• Estas caçambas comumente têm capacidade de 5m3. Seu uso deve ser
determinado de acordo com a necessidade de cada obra, normalmente
para acondicionamento de resíduos de madeira e de alvenaria e
concreto.
Estes recipientes facilitam a coleta dos resíduos, principalmente quando
associados a dutos para transporte interno que despejam os resíduos dos
pavimentos diretamente nas caçambas. Deve-se atentar para o acesso dos
caminhões poliguindastes para retirada das caçambas. É importante lembrar
que algumas leis municipais proíbem a disposição de caçambas nas calçadas.
Transporte interno
• O transporte interno pode ser realizado utilizando-se dos meios
convencionais e disponíveis no canteiro de obras. Para o transporte
horizontal, podem ser utilizados: carrinhos de mão, gericas, transporte
manual, entre outros. Já para o transporte vertical podem ser utilizados:
grua, elevador de carga, etc. É necessário que durante o planejamento do
canteiro exista a preocupação com a movimentação dos resíduos para que
futuramente não existam problemas com relação ao fluxo dos resíduos
que podem gerar desperdícios de tempo dos trabalhadores sem agregar
valor ao processo.
• Uma outra opção para o transporte vertical é o duto coletor de entulho
que agiliza bastante o transporte interno, principalmente, de resíduos
classe A. Estes dutos são constituídos por elementos tubulares de
polietileno de média densidade com diâmetro aproximado de 34cm
fixados por correntes. Nos pavimentos um elemento especial permite a
colocação dos resíduos.
• Este transporte é ainda mais eficiente se dispusermos a baia, a caçamba,
ou mesmo o caminhão sob a base do coletor evitando um transporte
horizontal adicional.
Tipos de Resíduo x Transporte Interno
Destinação Responsável
• De acordo com a Resolução 307 do CONAMA os geradores também são responsáveis
pela destinação final dos resíduos quando não sejam viáveis o reuso ou reciclagem
dos resíduos na própria obra. Sendo assim, as obras são responsáveis por todos os
resíduos que são retirados sendo passíveis de multas definidas pelos municípios em
caso de deposição irregular.
• Ao se retirar os resíduos do canteiro é necessário atentar para alguns pontos, a
saber:
– é preciso que o veículo que será usado no transporte seja compatível com a
forma que os resíduos estão acondicionados na obra.
– deve-se buscar reduzir os custos com a coleta e remoção dos resíduos, portanto
parcerias com cooperativas devem ser estimuladas; e
– deve-se adequar os equipamentos utilizados para coleta e remoção dos resíduos
aos padrões definidos em legislação e/ou pelos receptores.
Além disso, é necessário definir o local onde os resíduos serão depositados. A tabela a
seguir possibilita a identificação de algumas soluções de destinação para os resíduos
gerados. No entanto é necessário verificar quais as soluções disponíveis em cada cidade
/ região do país.
Soluções de
Destinação