A autora descreve sua jornada de autoconhecimento e autoaceitação. Ela se vê como uma ilha cercada de incertezas, mas agora está descobrindo quem realmente é através de um caminho tortuoso e cheio de emoções. Embora tenha se abandonado no passado, atualmente está se reconstruindo e se reinventando, aprendendo a se amar e se aceitar.
A autora descreve sua jornada de autoconhecimento e autoaceitação. Ela se vê como uma ilha cercada de incertezas, mas agora está descobrindo quem realmente é através de um caminho tortuoso e cheio de emoções. Embora tenha se abandonado no passado, atualmente está se reconstruindo e se reinventando, aprendendo a se amar e se aceitar.
A autora descreve sua jornada de autoconhecimento e autoaceitação. Ela se vê como uma ilha cercada de incertezas, mas agora está descobrindo quem realmente é através de um caminho tortuoso e cheio de emoções. Embora tenha se abandonado no passado, atualmente está se reconstruindo e se reinventando, aprendendo a se amar e se aceitar.
Talvez eu seja uma ilha, um lugar inacessível de mim, cercada de
incertezas por todos os lados. Qual fuga abracei tanto e com tanta força que me fez invisível aos meus desejos e necessidades? Cada grão de areia que toca meus pés é uma nova descoberta hoje do que sou, quem fui não sei mais, quem serei, isso sim me pertence. Um vislumbre, algo visível no meu horizonte, mas tão real quanto o gosto salgado das lágrimas que chorei. Real e palpável como as pedrinhas na areia com água morna desse mar de possibilidades. Ondas de tanta coisa que descubro, um vai e vem de sentimentos e emoções, algumas me derrubam, outras eu mergulho e deixo-as me levar. Gosto da metáfora da ilha, me lembra de tantas vezes que fiquei no porto, de tanto que partiram e eu me abandonei naquele cais, das vezes que deixei irem, mandei embora, não me permiti ficar, me abandonei tantas vezes. Fui travessia, me afoguei, tentei salvar afogados que me puxaram no fundo das minhas águas até então tão turvas. O que sou de mim hoje me encanta, sou mistério desvendado, passo a passo no caminho. Minhas águas agora refletem meus pés e meu caminhar (embora algumas vezes tortuosos) mostram um caminho que eu mesma escolhi. Quantos horizontes eu hoje acesso da janela do meu verdadeiro olhar. O sol que deixo entrar quase me cegou, trouxe luz á minhas sombras. Me busco, me afugento, me rasgo e me remendo, sangro e me reinvento. Mansidão e furacão, sentir demais e abrir o peito é o meu avesso de um verso incompleto sou quase um soneto torto. Hoje sei me declamar, rima pobre, estrofe sem prosódia, esqueço um trecho invento outro sou quem não nunca fui e quem nem sei, um admirável não ser novo. Desde criança o amor era algo inseguro e doloroso, a menina que chorava no escuro, deu lugar a uma mulher que quase não chorava, vesti-me de coragem e essa couraça endureceu, escondendo a essência, tornar-me forte me fez frágil em tantos outros sentidos, mas como eu iria saber? Essa menina de