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Será considerado como lucro operacional o resultado das atividades, principais ou acessórias, que
Será classificado como lucro bruto o resultado da atividade de venda de bens ou serviços que
O lucro bruto corresponderá à diferença entre a receita líquida das vendas e serviços e o custo dos
A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de
conta própria, o resultado auferido nas operações de conta alheia e o preço dos serviços prestados.
Deve ser adicionado à receita bruta, para cálculo da receita líquida, o crédito-prêmio de IPI
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bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário (IPI).
Da mesma forma, para que a apuração dos resultados não sofra distorções, não se computam, no
custo de aquisição das mercadorias para revenda e das matérias-primas, os impostos não
O ICMS integra a receita bruta e é considerado parcela redutora para fins de apuração da receita
líquida.
Vendas canceladas correspondem à anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e
serviços.
devem afetar a receita líquida de vendas e serviços, mas ser computados nos resultados
operacionais.
Notas:
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As perdas serão consideradas como despesas operacionais e os ganhos,
como outras receitas operacionais.
Somente são consideradas, como descontos incondicionais, as parcelas redutoras do preço de venda
quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem,
Reputam-se incidentes sobre as vendas os impostos que guardam proporcionalidade com o preço
da venda efetuada ou dos serviços prestados, mesmo que o respectivo montante integre a base de
cálculo, tais como o ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços de
b) a contribuição para o PIS - Programa de Integração Social, inclusive nas vendas de produtos
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Notas:
Custo
importação.
produção;
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Notas:
Sim. A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por cento do custo
total dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá ser registrada diretamente
como custo.
Considera-se como bem de consumo eventual aquele bem aplicável nas atividades industriais ou
e perdas de estoque por deterioração, obsolescência ou pela ocorrência de riscos não cobertos por
seguros, desde que comprovadas por laudos ou certificados emitidos por autoridade competente
(autoridade sanitária ou de segurança, corpo de bombeiros, autoridade fiscal etc.) que especifiquem
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Notas:
Entende-se por razoável aquilo que está conforme a razão, com a prática
corrente, comedido, sendo admissível a adoção de uma média, levantada
entre empresas que operam no mesmo ramo.
A pessoa jurídica deverá promover o levantamento e a avaliação dos seus estoques ao final de cada
Assim, tendo em vista as disposições contidas na Lei nº 9.430, de 1996, que preveem a apuração do
lucro real, base de cálculo do imposto de renda, por períodos trimestrais ou, por opção, em 31 de
dezembro na hipótese de recolhimentos mensais com base na estimativa, conclui-se que a pessoa
jurídica estará obrigada a promover o levantamento e a avaliação dos seus estoques com a seguinte
periodicidade:
a) pessoas jurídicas que adotarem apuração trimestral: deverão fazer o levantamento e a avaliação
b) pessoas jurídicas que optarem pela apuração anual: farão o levantamento e a avaliação
anualmente em 31 de dezembro.
Notas:
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em 31 de dezembro.
O custo das mercadorias revendidas e das matérias-primas utilizadas será determinado com base
em registro permanente de estoque ou no valor dos estoques existentes, de acordo com o livro de
O valor dos bens existentes no encerramento do período de apuração poderá ser o custo médio ou o
dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente. Admite-se, ainda, a avaliação com base no
escrituração poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos em
fabricação e acabados.
escrituração aquele:
b) que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-
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primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;
c) apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou rateio, tidos
a) os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-primas
b) os dos produtos acabados, em 70 % (setenta por cento) do maior preço de venda no período de
apuração.
Para aplicação do disposto na alínea “b”, o valor dos produtos acabados deverá ser determinado
tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a título de ICMS.
Notas:
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destinados à venda, tanto em virtude do registro no estoque de crias
nascidas no período de apuração, como pela avaliação do estoque a preço
de mercado, constitui receita operacional, que comporá a base de cálculo
do imposto sobre a renda no período de apuração em que ocorrer a
venda dos respectivos estoques. Nesse caso, a receita operacional
constituirá exclusão do lucro líquido e deverá ser controlada na Parte B
do Lalur. No período de apuração em que ocorrer a venda dos estoques
atualizados, ela deverá ser adicionada ao lucro líquido para efeito de
determinar o lucro real (IN SRF nº 257, de 2002, art. 16).
Não. Tratando-se de avaliação que tenha por base o preço de venda, e considerando-se que o
próprio ICMS integra a base de cálculo desse imposto, constituindo seu destaque mera indicação
para fins de controle, o valor dos produtos acabados e em fabricação deverá ser determinado
tomando por base o maior preço de venda no período de apuração, sem exclusão de qualquer
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a) reduções globais de valores inventariados ou formação de reservas ou provisões para fazer face à
sua desvalorização;
b) deduções de valor por depreciações estimadas ou mediante provisões para oscilações de preços;
Caso seja necessária a constituição de provisão para ajuste dos estoques ao valor de mercado,
quando este for menor, para atendimento aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e
disposições do inciso II do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, essa provisão não será dedutível para
Despesas Operacionais
São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à
Sim. Poderá ser deduzido, como despesa operacional, o custo de aquisição de bens do ativo
imobilizado cujo prazo de vida útil não ultrapasse um ano ou de valor unitário não superior a R$
326,61 (valor vigente a partir de 1º/01/1996), desde que atinja a utilidade funcional individualmente
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Notas:
Sim. Poderá ser computado, como custo ou despesa operacional, o valor da aquisição de guarnições
de cama, mesa e banho, e louça, utilizadas por empresas que exploram serviços de hotelaria,
Sim. É admitido, como integrante do custo de produção da indústria calçadista o valor de aquisição
de formas para calçados e o de facas e matrizes (moldes), estas últimas utilizadas para confecção de
partes de calçados.
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021 Podem ser considerados, como despesas operacionais,
os dispêndios com viagens dos funcionários a serviço
da empresa?
A pessoa jurídica poderá deduzir, na determinação do lucro real em cada período de apuração,
atividade, em viagem de seus empregados a seu serviço, desde que não excedentes ao valor de R$
A viagem deverá ser comprovada por recibo de estabelecimento hoteleiro, ou bilhete de passagem
quando não incluir qualquer pernoite, que mencione o nome do funcionário a serviço da pessoa
jurídica.
O acima disposto não se aplica aos casos de gastos de viagem realizada por funcionários em função
de transferência definitiva para outro estabelecimento da pessoa jurídica, nem com relação às
e serviços.
Essas despesas operacionais devem, ainda, estar devidamente suportadas por documentos hábeis e
operação etc.
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Normativo: Lei nº 9.249, de 1995, art. 13;
RIR/1999, art. 299; e
PN CST nº 58, de 1977, subitem 4.1.
As despesas cujos pagamentos sejam efetuados a pessoa jurídica deverão ser comprovadas por Nota
Fiscal ou Cupom emitidos por equipamentos ECF (Emissor de Cupom Fiscal), observados os
Qualquer outro meio de emissão de nota fiscal, inclusive o manual, depende de autorização da
Secretaria de Estado da Fazenda, com jurisdição sobre o domicílio fiscal da empresa interessada.
Notas:
1) A Lei nº 9.430, de 1996, em seu art. 82, prevê a hipótese de que não será
considerado, como comprovado, o gasto ou a despesa quando os
documentos comprobatórios forem emitidos por pessoa jurídica cuja
inscrição no CNPJ tenha sido considerada ou declarada inapta, não
produzindo, tais documentos, quaisquer efeitos tributários em favor de
terceiro, por caracterizar hipótese de inidoneidade;
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024 Quais as despesas operacionais que a legislação fiscal
considera indedutíveis para fins de apuração do lucro real?
São vedadas as deduções das seguintes despesas operacionais, para efeito de apuração do lucro
real:
a) de qualquer provisão, com exceção apenas daquelas constituídas para: férias de empregados e
13º salário; reservas técnicas das companhias de seguro e de capitalização, das entidades de
exigida pela legislação especial a elas aplicável; e para perdas de estoques, de que tratam os arts.
seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis e imóveis, exceto se relacionados
bem intrinsecamente relacionado com a produção ou comercialização dos bens e serviços, vide a
e) das contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde e
f) de doações, exceto se efetuadas em favor: do Pronac (Lei nº 8.313, de 1991); instituições de ensino
e pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei federal, sem finalidade lucrativa (limitada a
entidades civis sem fins lucrativos legalmente constituídas no Brasil que prestem serviços em
da comunidade onde atuem (limitada a dois por cento do lucro operacional, antes de computada
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Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), qualificadas segundo as normas estabelecidas na
Lei nº 9.790, de 1999 (MP nº 2.158-35, de 2001, art. 59), e às Organizações Sociais (OS)
qualificadas consoante os dispositivos da Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998, até o limite de dois
por cento do lucro operacional, antes de computada a sua dedução (Lei nº 10.637, de 2002, art.
34); e
Notas:
Quando as atividades constitutivas do objeto da pessoa jurídica exigirem o emprego de uma certa
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quantidade de bens que, embora individualmente cumpram a utilidade funcional, somente atingem
distribuidoras de gás liquefeito de petróleo; engradados, vasilhames, barris etc., por empresas de
Assim, os bens da mesma natureza, embora individualmente de custo de aquisição abaixo do limite
admitido, quando necessários em quantidade, em razão de sua utilização pela empresa, deverão ser
A condição legal de dedutibilidade não exige que a vida útil do bem expire no mesmo ano-
Assim, o prazo de um ano (doze meses) deve ser contado a partir da data de aquisição do bem,
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027 Quais os dispêndios que configuram inversão ou aplicação
de capital?
custo dos bens adquiridos ou das melhorias realizadas, cuja vida útil ultrapassar um ano, ou cujo
valor unitário de aquisição for superior a R$ 326,61 (trezentos e vinte e seis reais e sessenta e um
centavos).
Nesse caso, o valor despendido deverá ser ativado, para ser depreciado ou amortizado em períodos
de apuração futuros.
São admitidos como custos ou despesas operacionais, dedutíveis na determinação do lucro real, os
gastos com reparos e conservação de bens e instalações destinados, tão somente, a mantê-los em
condições eficientes de operação, e que não resultem em aumento da vida útil do bem, prevista no
Somente será admitida a dedutibilidade de despesas com reparos e conservação de bens móveis e
imóveis quando estes forem intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos
bens e serviços.
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Quais são os gastos de conservação de bens e instalações não
aceitos como custos ou despesas operacionais dedutíveis no
próprio período de apuração de sua efetivação?
Não são aceitos, como custos ou despesas operacionais dedutíveis no próprio período de apuração
de sua efetivação, os gastos realizados com reparos, conservação ou substituição de partes de que
resultem aumento de vida útil superior a um ano, em relação à prevista no ato de aquisição do
respectivo bem.
Nesse caso, os gastos correspondentes deverão ser capitalizados, a fim de servirem de base a
depreciações futuras.
O aumento de vida útil superior a um ano deve ser computado a partir da data final de utilização
que se possa esperar em função dos gastos efetuados com reparos, conservação ou substituição de
partes.
Deverá representar, pelo menos, mais doze meses de condições eficientes de operação.
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Multas
Não. As multas por infrações fiscais, como regra geral, não são dedutíveis na determinação do lucro
Não. As multas decorrentes de infrações às normas de natureza não tributária, tais como as
decorrentes de leis administrativas, penais, trabalhistas etc. (como, por exemplo: multas de trânsito,
pesos e medidas, FGTS, INSS, CLT etc.), embora não se caracterizem como fiscais, são indedutíveis
dedutível para fins do imposto de renda, e não atenderem ao disposto no art. 299 do RIR/1999, que
condiciona a dedutibilidade das despesas a que elas sejam necessárias à atividade da empresa e à
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manutenção da respectiva fonte produtora.
pelo prejuízo suportado em virtude do atraso no pagamento do que lhe era devido.
É penalidade de caráter civil, posto que comparável à indenização prevista no direito civil. Em
decorrência disso, nem a própria denúncia espontânea é capaz de excluir a responsabilidade por
Porém, nem todos os acréscimos moratórios previstos na legislação tributária podem ser
considerados compensatórios.
seguintes condições:
b) guardar equivalência com a lesão provocada, o que é revelado pela própria lei ao fixar o
percentual em função do tempo de atraso (exemplo: 0,33 % por dia de atraso até o limite
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que decorram do recolhimento do tributo fora dos prazos legais.
a) os juros de mora de 1 % (um por cento) no mês do pagamento ou aqueles calculados com
b) as multas moratórias por recolhimento espontâneo de tributo fora do prazo, calculadas com
base no percentual de 0,33 % por dia de atraso até o limite máximo de vinte por cento; e
As multas impostas por infrações de que resultam falta ou insuficiência de pagamento de tributo
pagamento de tributo.
Essas obrigações acessórias possuem tal efeito quando necessárias ao lançamento normal do
tributo.
Nessa condição se encontra, por exemplo, a obrigação de prestar informações quanto à matéria de
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037 Qual a distinção entre as multas por infrações fiscais de que
resultam falta ou insuficiência de pagamento de tributo
(indedutíveis) e as de natureza compensatória (dedutíveis)?
As multas fiscais são punitivas ou compensatórias, sendo que estas já foram objeto de resposta em
administrativa; é aquela cuja aplicação é excluída pela denúncia espontânea a que se refere o art.
moratória (Lei nº 10.426, de 2002, art. 9º, com a redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007).
As infrações de que não resultam falta ou insuficiência de pagamento de tributo (dedutíveis) são
aquelas relativas às obrigações acessórias não erigidas pela legislação como indispensáveis ao
Como exemplo de multa dessa natureza cita-se a aplicada às pessoas jurídicas que deixarem de
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fornecer aos beneficiários, no prazo legal, ou fornecerem com inexatidão, o Comprovante Anual de
Receita de Exportação
A receita bruta de venda nas exportações de produtos manufaturados nacionais é determinada pela
conversão, em moeda nacional, de seu valor expresso em moeda estrangeira à taxa de câmbio
fixada no boletim de abertura pelo Banco Central do Brasil, para compra, em vigor na data de
embarque dos produtos para o exterior, assim entendida a data averbada no Sistema Integrado de
Notas:
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040 Como é fixada a data de embarque para efeito de
determinação da receita bruta de vendas nas exportações de
produtos manufaturados nacionais?
Entende-se como data de embarque dos produtos para o exterior (momento da conversão da
contrato de câmbio e a data do embarque devem ser consideradas como variações monetárias
Prêmio sobre saque de exportação é a importância que for liberada pelo banco interveniente na
liquidação do saque, representando prêmio complementar à taxa cambial, nos casos de venda de
exportador pelo banco interveniente nos contratos de câmbio que exceder o valor contratado.
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O prêmio sobre saque de exportação constitui receita financeira, para fins de determinação do lucro
real.
A depreciação de bens do ativo imobilizado corresponde à diminuição do valor dos elementos nele
Referida perda de valor dos ativos, que tem por objeto bens físicos do ativo imobilizado das
Notas:
Regra geral, a taxa de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar a
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A IN SRF nº 162, de 1998, estabelece que a quota de depreciação a ser registrada na escrituração da
pessoa jurídica, como custo ou despesa operacional, será determinada com base nos prazos de vida
útil e nas taxas de depreciação constantes dos seus Anexos I (bens relacionados na Nomenclatura
A IN SRF nº 130, de 1999, alterou o Anexo I da IN SRF nº 162, de 1998, para incluir, no referido
Anexo, uma listagem de bens conforme referência na NCM, fixando, para esses bens, o prazo de
Os prazos de vida útil admissíveis para fins de depreciação dos seguintes veículos automotores,
Tratores 25 % ao ano
4 anos
(Anexo I da IN SRF nº 162,
25 % ao ano
Veículos automóveis para transporte
(Anexo I da IN SRF nº 162, 4 anos
de mercadoria
de 1998, Posição 8704)
25 % ao ano
(Anexo I da IN SRF nº 162,
de 1998, usa a expressão
Caminhões fora-de-estrada 4 anos
Veículos Automóveis Especiais
abrangendo os Caminhões fora-
de-estrada - Posição 8705)
25 % ao ano
Motociclos 4 anos
(Anexo I da IN SRF nº 162,
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de 1998, Posição 8711)
a) o prazo de vida útil para fins de depreciação de computadores e periféricos (hardware), taxa
cento ao ano.
A taxa de depreciação, aplicável a cada caso, é obtida mediante a divisão do percentual de 100 %
(cem por cento) pelo prazo de vida útil, em meses, trimestres ou anos, apurando-se, assim, a taxa
A taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o maior dos
seguintes prazos:
b) restante da vida útil do bem, considerada essa vida útil em relação à primeira instalação ou
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046 Qual a condição para que um caminhão possa ser
considerado “fora-de-estrada”, para fins de depreciação
no prazo de quatro anos?
pesados, destinados ao transporte de minérios, pedras, terras com pedras e materiais semelhantes, e
A legislação do imposto sobre a renda leva em consideração, na fixação do prazo de vida útil
admissível para cada espécie de bem, as condições normais ou médias de sua utilização.
condições de depreciação de seus bens, desde que faça prova dessa adequação sempre que adotar
taxa superior à usualmente admitida, mediante laudo do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) ou
A depreciação dos bens será deduzida somente pelo contribuinte que suportar o encargo
do bem.
O valor não depreciado dos bens sujeitos à depreciação e que se tornarem imprestáveis ou caírem
em desuso será computado, por ocasião da efetiva saída do bem do patrimônio da empresa (baixa
física), como despesa não operacional. Quando houver valor econômico apurável, o montante da
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Notas:
1) Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou o disposto
no art. 187, IV, da Lei nº 6.404, de 1976, a designação “receitas e despesas
não operacionais” foi substituída pela denominação “outras receitas e
outras despesas”;
Podem ser objeto de depreciação todos os bens físicos sujeitos a desgaste pelo uso, por causas
à exploração dos respectivos frutos (para projetos florestais, vide PN CST nº 18, de 1979).
A partir de 1º/01/1996, somente será admitida, para fins de apuração do lucro real, a despesa de
depreciação de bens móveis ou imóveis que estejam intrinsecamente relacionados com a produção
b) prédios ou construções não alugados nem utilizados pela pessoa jurídica na produção dos seus
c) bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte e antiguidades; e
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d) bens para os quais seja registrada quota de exaustão.
Qualquer que seja a forma de registro desse encargo, na escrituração trimestral ou mesmo anual, a
quota de depreciação somente será dedutível, como custo ou despesa operacional, a partir do mês
Não. O bem somente poderá ser depreciado depois de instalado, posto em serviço ou em condições
de produzir.
Não. Será admitida quota acima da usualmente utilizada desde que o contribuinte prove adequação
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Normativo: PN CST nº 79, de 1976.
na exploração de minas, jazidas e florestas, cujo período de exploração total seja inferior ao tempo
de vida útil desses bens, poderá ser determinada, opcionalmente, em função do prazo da concessão
ou do contrato de exploração ou, ainda, do volume da produção de cada período de apuração e sua
Quando o registro do imobilizado for feito por conjunto de instalação ou equipamentos, sem
especificação suficiente para permitir aplicar as diferentes taxas de depreciação de acordo com a
natureza do bem, e o contribuinte não tiver elementos para justificar as taxas médias adotadas para
o conjunto, será obrigado a utilizar as taxas aplicáveis aos bens de maior vida útil que integrem o
conjunto.
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056 Sabendo-se que não é admitida quota de depreciação sobre
terrenos, como proceder quando o registro contábil de imóvel
construído agregar o valor da construção ao do terreno?
Quando o valor do terreno não estiver separado do valor da edificação que sobre ele existir, deve ser
providenciado o respectivo destaque, para que seja admitida a dedução da depreciação do valor da
construção ou edifício.
Para isso, o contribuinte poderá se basear em laudo pericial para determinar que parcela do valor
percentual de depreciação efetivamente suportado, limitado, para efeito tributário, ao admitido para
Notas:
Depreciação Acelerada
resultante do desgaste pelo uso em regime de operação superior ao normal, calculada com base
apenas, pela legislação tributária, para fins da apuração do lucro real, sendo registrada no
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Normativo: RIR/1999, arts. 312 e 313.
No que concerne aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas diárias de
Nessas condições, um bem cuja taxa normal de depreciação é de dez por cento ao ano poderá ser
depreciado em quinze por cento ao ano se operar dezesseis horas por dia, ou vinte por cento ao
Sim. Não existe impedimento a que os dois regimes sejam aplicados cumulativamente, desde que
atendidas as demais exigências previstas na legislação relativa a cada um deles, pois, do contrário,
Ressalte-se, por oportuno, a regra geral impeditiva de que, em qualquer caso, o montante
acumulado das quotas de depreciação deduzidas na apuração do lucro real não pode ultrapassar o
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Normativo: RIR/1999, art. 313, § 5º; e
PN CST nº 95, de 1975.
Não. Não é necessária prévia autorização para que a pessoa jurídica possa adotar esse regime.
Entretanto, caso seja utilizada a depreciação acelerada contábil, o contribuinte poderá ser solicitado,
a qualquer tempo, a justificar convenientemente esse procedimento, sob pena de ver glosado o
excesso em relação à taxa normal, com a cobrança dos tributos e dos acréscimos cabíveis.
Notas:
A comprovação, que deve reportar-se ao período em que foi utilizado o coeficiente de depreciação
acelerada contábil, deverá demonstrar que, efetivamente, determinado bem móvel esteve em
operação por dois ou três turnos de oito horas, conforme o caso, dependendo, exclusivamente, do
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Como elementos de prova, visando a convencer a autoridade fiscal de sua adequada utilização,
poderão ser apresentados, entre outros: folhas de pagamento relativas a dois ou três operadores
diários para um mesmo equipamento que necessite de um único operador durante o período de
oito horas; produção condizente com o número de horas de operação do equipamento; consumo de
Os bens do ativo imobilizado, exceto a terra nua, adquiridos por pessoa jurídica que explore a
atividade rural, para uso nessa atividade, poderão ser depreciados integralmente no próprio ano da
Produtos:
A partir de 2003, os valores relativos aos dispêndios incorridos em instalações fixas e na aquisição de
propriedade intelectual, poderão ser depreciados na forma da legislação vigente, podendo o saldo
não depreciado ser excluído na determinação do lucro real, no período de apuração em que
concluída sua utilização (Lei nº 10.637, de 2002, art. 39, § 2º; e Lei nº 11.196, de 2005, art. 20).
O valor do saldo excluído na forma do parágrafo anterior deverá ser controlado na Parte B do Lalur
e será adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração posterior, pelo valor
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Para fins da dedução, os dispêndios deverão ser controlados contabilmente em contas específicas,
Sem prejuízo do disposto anteriormente, a pessoa jurídica poderá, ainda, excluir, na determinação
do lucro real, valor equivalente a 100 % (cem por cento) do dispêndio total de cada projeto concluído
com sucesso na vigência da Lei nº 10.637, de 2002, que venha a ser transformado em depósito de
Industrial (INPI), e, cumulativamente, em pelo menos uma das seguintes entidades de exame
reconhecidas pelo Tratado de Cooperação sobre Patentes (Patent Cooperation Treaty - PCT): I –
(Japan Patent Office); ou III – Departamento Norte-Americano de Patentes e Marcas (United States
Patent and Trade Mark Office). Para convalidar a adequação dos dispêndios efetuados, com vistas ao
encaminhados às agências credenciadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para análise
e aprovação técnica, nos termos do disposto no § 5º do art. 4º da Lei nº 8.661, de 1993 (Lei nº 10.637,
de 2002, art. 42, caput; e Lei nº 11.196, de 2005, art. 133, I, “d”).
O valor que servirá de base para a exclusão deverá ser controlado na Parte B do Lalur, por projeto,
até que sejam satisfeitas as exigências previstas na Lei nº 10.637, de 2002, quando poderão ser
excluídos na determinação do lucro real (Lei nº 10.637, de 2002, art. 40, § 1º).
Os valores registrados deverão, a qualquer tempo, ser comprovados por documentação idônea, que
deverá estar à disposição da fiscalização da Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei nº 10.637,
partir de 1º/01/2006:
da CSLL (Lei nº 11.196, de 2005, art. 17, III, com a redação dada pela Lei nº 11.774, de 2008).
Bens adquiridos por empresas industriais fabricantes de veículos e de autopeças e por pessoas
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jurídicas fabricantes de bens de capital, entre 1º de maio de 2008 e 31 de dezembro de 2010:
autopeças e as pessoas jurídicas fabricantes de bens de capital terão direito à depreciação acelerada,
calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por quatro, sem
adquirente.
A depreciação acelerada de que trata este item deverá ser calculada antes da aplicação dos
coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470, de 1958 (Lei nº 11.774, de
Bens móveis integrantes do ativo imobilizado de pessoa jurídica que explore a atividade de
Para efeito de apuração da base de cálculo do imposto de renda, a pessoa jurídica que explore a
atividade de hotelaria poderá utilizar depreciação acelerada incentivada de bens móveis integrantes
janeiro de 2008, até 31 de dezembro de 2010, calculada pela aplicação da taxa de depreciação
admitida pela legislação tributária, sem prejuízo da depreciação contábil (Lei nº 11.727, de 2008, art.
1º).
A diferença entre o valor do encargo decorrente das taxas anuais de depreciação fixadas pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil e o valor do encargo contabilizado decorrente das taxas
anuais de depreciação fixadas pela legislação específica aplicável aos bens do ativo imobilizado,
autorizadas de geração de energia elétrica, poderá ser excluída do lucro líquido para a apuração do
O disposto aplica-se somente aos bens novos adquiridos ou construídos a partir de 22 de novembro
de 2005 até 31 de dezembro de 2013 (Lei nº 11.196, de 2005, art. 37, § 1º).
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A diferença entre os valores dos encargos será controlada no livro fiscal destinado à apuração do
O total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a fiscal, não poderá ultrapassar o custo do
A partir do período de apuração em que for atingido o limite, o valor da depreciação registrado na
escrituração contábil fiscal será adicionado ao lucro líquido, para efeito da determinação do lucro
real, com a concomitante baixa na conta de controle do livro fiscal de apuração do lucro real (Lei nº
fazer jus ao benefício da depreciação acelerada, calculada pela aplicação da taxa de depreciação
usualmente admitida, multiplicada por dois, sem prejuízo da depreciação normal das máquinas,
incorporados ao ativo fixo e utilizados no processo de produção (Lei nº 8.191, de 1991, art. 2º, Lei nº
Para fazer jus ao benefício, as empresas deverão atender às condições estabelecidas no art. 11 e
parágrafos da Lei nº 8.248, de 1991, com redação dada pelas Leis nºs 10.176, de 2001, 10.664, de 2003,
O benefício fiscal não pode ser usufruído cumulativamente com outro idêntico, salvo quando
Notas:
38
pesquisa e desenvolvimentos tecnológicos e desenvolvimento de
inovação tecnológica de produtos, de que tratam os arts. 39, 40, 42 e 43 da
Lei nº 10.637, de 2002, e o art. 20 da Lei nº 11.196, de 2005.
O benefício fiscal da depreciação acelerada incentivada poderá ser utilizado da seguinte forma:
exclusão do lucro líquido na apuração do lucro real, devendo ser escriturada diretamente como
acelerada incentivada atingir a importância total do bem registrado contabilmente (item “c”
ser reconhecido contabilmente, deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de
determinação do lucro real, com a concomitante baixa desse valor na conta de controle da Parte
B do Lalur.
Notas:
39
Veja ainda: Formas de depreciação acelerada incentivada:
Pergunta 062 deste capítulo.
Amortização
aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada, ou de bens
cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo limitado por lei ou contrato, e dos custos, encargos
ou despesas, registrados no ativo diferido, que contribuirão para a formação do resultado de mais
de um período de apuração.
Notas:
Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou o disposto no
art. 178, § 1º, da Lei nº 6.404, de 1976, o subgrupo do ativo diferido foi
inserido no grupo do ativo não circulante, sendo substituído pelo
subgrupo do intangível.
Essa “recuperação contábil” do capital empregado é feita mediante o uso da faculdade, estabelecida
pela legislação, de se computar, em cada período de apuração, como custo ou despesa operacional,
aplicado ou dos recursos aplicados em despesas que contribuam para a formação do resultado de
40
Normativo: RIR/1999, art. 324.
Período de apuração anual: a quota de amortização, dedutível em cada período de apuração, será
determinada pela aplicação da taxa anual de amortização sobre o valor original do capital aplicado
Período de apuração inferior a doze meses: se a amortização tiver início ou terminar no curso do
período de apuração anual, ou se este tiver duração inferior a doze meses, a taxa anual será
Notas:
1) Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou o disposto
no art. 178, § 1º, da Lei nº 6.404, de 1976, o subgrupo do ativo diferido foi
inserido no grupo do ativo não circulante, sendo substituído pelo
subgrupo do intangível;
Poderão ser amortizados os capitais aplicados na aquisição de direitos cuja existência ou exercício
tenha duração limitada ou de bens cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo legal ou
autorizações ou concessões;
41
b) investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço
público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do prazo da concessão, sem indenização;
e) o valor dos direitos contratuais de exploração de florestas por prazo determinado, na forma do
Poderão ser objeto de amortização os custos, encargos ou despesas registrados no ativo diferido que
b) as despesas com pesquisas científicas ou tecnológicas, inclusive com experimentação para criação
d) a partir da exploração da jazida ou mina, ou do início das atividades das novas instalações, os
industriais, classificados como ativo diferido até o término da construção ou da preparação para
exploração;
e) a partir do momento em que for iniciada a operação ou atingida a plena utilização das
42
instalações, a parte dos custos, encargos e despesas operacionais registrados como ativo diferido
durante o período em que a empresa, na fase inicial da operação, utilizou apenas parcialmente o
g) os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das
Notas:
1) Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou o disposto
no art. 178, § 1º, da Lei nº 6.404, de 1976, o subgrupo do ativo diferido foi
inserido no grupo do ativo não circulante, sendo substituído pelo
subgrupo do intangível;
2) O prazo de amortização dos valores relativos aos itens de “a” até “e”
não poderá ser inferior a cinco anos;
43
Normativo: Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, III;
RIR/1999, arts. 324, 325, II, e 327;
Decreto nº 4.928, de 2003, art. 1º,
Lei nº 11.196, de 2005, art. 17, IV; e
Decreto nº 5.798, de 2006, art. 3º, V.
Sim, pois, em qualquer hipótese, o montante acumulado das quotas de amortização não poderá
contabilmente.
integral de seu custo, o saldo não amortizado constituirá encargo no período de apuração em que se
A principal distinção entre esses dois encargos é que, enquanto a depreciação incide sobre os bens
valor de bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço público, devem
reverter ao poder concedente ao fim do prazo da concessão, sem indenização; ou que, locados ou
arrendados, ou em bens de terceiros, não houver direito ao recebimento de seu valor; ou dos
44
072 Quais as espécies de amortização acelerada existentes?
partir de 1º/01/2006:
Há apenas uma espécie de amortização acelerada, a aplicável aos bens intangíveis, classificáveis no
Tratamento do saldo não amortizado quando concluída a utilização dos bens intangíveis:
Os valores relativos aos dispêndios incorridos a partir de 1º de janeiro de 2006, relativos aos
forma da legislação vigente, podendo o saldo não amortizado ser excluído na determinação do
O valor do saldo excluído na forma dos parágrafos anteriores deverá ser controlado no Lalur, e será
adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração posterior, pelo valor da
A pessoa jurídica beneficiária de amortização acelerada de que trata o tópico anterior, não poderá
utilizar-se do benefício de exclusão do saldo não amortizado, de que trata este tópico, relativamente
Notas:
45
1) Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou o disposto
no art. 178, § 1º, da Lei nº 6.404, de 1976, o subgrupo do ativo diferido foi
inserido no grupo do ativo não circulante, sendo substituído pelo
subgrupo do intangível;
Exaustão
Em termos contábeis, a exaustão se relaciona com a perda de valor dos bens ou direitos do ativo, ao
No balanço, os direitos serão classificados no ativo imobilizado e deverão ser avaliados pelo custo
46
075 Quando cabe o registro nas contas de exaustão?
A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 183, § 2º, “c”; e
RIR/1999, arts 330 e 334.
Registra-se a quota de exaustão somente sobre o custo dos direitos à exploração (aproveitamento)
Notas:
47
Exaustão de Recursos Minerais
poderão, em cada período de apuração, deduzir, como custo ou encargo, quota de exaustão normal
ou real, e/ou excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real, quota de exaustão incentivada,
A dedução da quota de exaustão incentivada não será aplicada em relação às jazidas cuja
exploração tenha tido início a partir de 22/12/1987. O benefício é assegurado às empresas que, em
24/03/1970, eram detentoras, a qualquer título, de direitos de decreto de lavra e àquelas cujas
jazidas tenham tido início de exploração a partir de 1º/01/1980, em relação à receita bruta auferida
31/12/1988, desde que observado o mesmo limite global de vinte por cento da receita bruta auferida
superior ou inferior a 20 % (vinte por cento) da receita bruta do período, desde que a soma das
deduções realizadas, até o período de apuração em causa, não ultrapasse 20 % (vinte por cento) da
receita bruta auferida desde o início da exploração, a partir do período de apuração relativo ao
A exclusão poderá ser realizada em períodos de apuração subsequentes ao período inicial de dez
anos, desde que observado o mesmo limite global de 20 % (vinte por cento) da receita bruta
Notas:
48
Normativo: RIR/1999, arts. 330 e 331; e
PN CST nº 44, de 1977.
a) a quota normal de exaustão, tendo em vista o volume de produção no período e sua relação com
percentual de 20 % (vinte por cento) sobre a receita bruta e o valor da quota normal de exaustão,
A receita bruta que servirá de base de cálculo da quota de exaustão incentivada corresponderá ao
in natura) ou sob arrendamento não comportam nenhuma das formas de exaustão, em face de não
49
haver custo ativável de direitos minerais. Caberá, quando muito, a apropriação normal de quotas
As empresas de mineração deverão manter, em sua escrituração contábil, sob intitulação própria,
Esse controle individualizado também será estendido à quota de exaustão mineral com base no
A quota anual de exaustão incentivada poderá ser registrada e controlada na Parte B do Lalur, na
qual deverão ser discriminados os valores que serviram de base para apuração desta, a saber:
inicialmente, calcular vinte por cento da receita bruta; a seguir, como parcela redutora, indicar o
apuração e a crédito da conta de exaustão acumulada, o valor da quota de exaustão com base no
50
083 Como proceder para o aproveitamento da quota de exaustão
incentivada?
O incentivo utilizável será, na apuração do lucro real, registrado como exclusão do lucro líquido do
As empresas que optarem por manter controle de exaustão incentivada na Parte B do Lalur deverão
A quota anual de exaustão incentivada, na parte em que exceder à quota de exaustão normal, será
creditada à conta especial de reserva de lucros, que somente poderá ser utilizada para absorção de
Sabendo-se que o valor do incentivo deve ser registrado na escrituração contábil a crédito da conta
especial de reserva de lucros, tendo como contrapartida o lucro líquido, a exclusão a título de
exaustão incentivada não poderá ter um valor maior que o lucro líquido do período de apuração
respectivo.
51
086 Como recuperar a quota de exaustão incentivada quando
esta não puder ser utilizada no período de apuração?
Por ser uma exaustão incentivada, a legislação faculta à empresa de mineração, relativamente às
jazidas ou minas objeto de manifesto ou concessão, excluir do lucro líquido, para obtenção do lucro
real, em cada período de apuração, quota de exaustão incentivada superior ou inferior a vinte por
cento da receita bruta do período de apuração (diminuída do valor da quota de exaustão normal ou
real apropriada contabilmente), desde que a soma das deduções realizadas até o período em causa
não ultrapasse a vinte por cento da receita auferida desde o início da exploração, sempre
Permite, ainda, que a dedução seja realizada em períodos de apuração subsequentes ao período
inicial (dez anos), observado o mesmo limite global de vinte por cento da receita nos dez primeiros
anos de exploração.
Não, já que a quota de exaustão incentivada utilizável deverá ser registrada, na contabilidade, a
crédito de conta especial de reserva de lucros, e isto só será possível quando existir lucro líquido no
A exaustão incentivada não poderá ser aproveitada no caso de prejuízo contábil, mesmo que
subsista lucro real nesse período de apuração, por maior que este seja.
52
088 Como proceder para cálculo da exaustão incentivada no caso
de existirem simultaneamente várias jazidas ou minas?
Se várias forem as jazidas ou minas que tenham contribuído com parcelas maiores ou menores na
formação da receita bruta, o valor do incentivo corresponderá a vinte por cento da soma dessas
Atentar que, em qualquer caso, o limite da exaustão incentivada de cada jazida, individualmente
Poderá ser computada, como custo ou encargo em cada período de apuração, a importância
A quota de exaustão dos recursos florestais destinados a corte terá como base de cálculo o valor
Para o cálculo do valor da quota de exaustão florestal, será observado o seguinte critério:
53
volume ou à quantidade de árvores que, no início do período de apuração, compunham a
floresta;
b) o percentual encontrado será aplicado sobre o valor contábil da floresta, registrado no ativo, e o
A resposta dada à pergunta anterior aplica-se também às florestas objeto de direitos contratuais de
exploração por prazo indeterminado, devendo as quotas de exaustão ser contabilizadas pelo
Em se tratando de direitos contratuais de exploração por prazo determinado, não caberá exaustão,
Apropriação de Quotas
a) a depreciação, somente a partir do mês em que o bem for instalado, posto em serviço ou em
condições de produzir;
c) a exaustão, a partir do mês em que se iniciar o esgotamento dos direitos de exploração mineral
54
Notas:
Regra geral, sim. Entretanto, considerando-se que a taxa anual de depreciação tem como base o
apuração do lucro real trimestral, e no período em que tiver início ou se completar (atingir cem por
Porque não se pode determinar, a priori, se o encargo a ser suportado pelo contribuinte, a esse
Exemplos:
empregado nessa atividade, mas poderá ser computada como despesa operacional se utilizado
Assim sendo, caberá ao contribuinte, em cada caso, atendendo à sua atividade específica, computar
esse encargo, adequadamente, como custo ou despesa operacional, arcando, por outro lado, com as
55
possíveis consequências de uma classificação inadequada.
Os ativos da pessoa jurídica, representados por recursos florestais, podem ser depreciados,
jurídica, do qual serão extraídos apenas os frutos. Nessa hipótese, o custo de aquisição ou
formação (excluído o solo) é depreciado em tantos anos quantos forem os de produção dos
frutos;
b) a amortização é calculada sobre ativo representado por aquisição de direitos de exploração, por
c) a exaustão é calculada sobre ativo representado por floresta própria. Nesse caso, o custo de
função do volume extraído em cada período, confrontado com a produção total esperada,
Provisões
56
período de apuração, segundo o regime de competência, custos ou despesas que provável ou
Quando a provisão constituída não chegar a ser utilizada ou for utilizada só parcialmente, o seu
saldo, por ocasião da apuração dos resultados do período de apuração seguinte, deverá ser
revertido a crédito de resultado desse período de apuração e, se for o caso, poderá ser constituída
privada, e das operadoras de planos de assistência à saúde, cuja constituição é exigida em lei
57
especial a elas aplicável; e
d) provisões para perdas de estoques, de que tratam os arts. 8º e 9º da Lei nº 10.753, de 2003, com a
Sim. Além daquelas expressamente previstas na legislação do imposto de renda, a pessoa jurídica
poderá continuar a constituir contabilmente as provisões que entenda serem necessárias à sua
fins da legislação do imposto de renda, a pessoa jurídica deverá efetuar no Lalur, Parte A, a adição
No período em que a provisão for revertida contabilmente, ela poderá ser excluída do lucro líquido,
58
102 Como proceder para baixar os créditos não recebidos
oriundos da atividade operacional, quando for constituída,
contabilmente, a provisão para créditos de liquidação
duvidosa, mesmo após a vedação da legislação fiscal?
As pessoas jurídicas que tenham constituído contabilmente a provisão para créditos de liquidação
provisão, adicionar o valor da referida provisão ao lucro líquido do período, para apuração do
lucro real.
No período em que contabilmente a provisão for revertida, ela poderá ser excluída do lucro líquido
O registro contábil das perdas deverá ser efetuado de acordo com o disposto na Lei nº 9.430,
dias de férias a que já tiver direito na época do encerramento do período de apuração. A faculdade
de constituir essa provisão contempla a inclusão dos gastos já incorridos com a remuneração de
férias proporcionais e dos encargos sociais incidentes sobre os valores que forem objeto de
59
Normativo: Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, I;
RIR/1999, art. 337; e
PN CST nº 7, de 1980.
a) por períodos completos - após doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado
b) por períodos incompletos - relativamente aos períodos inferiores a doze meses de serviço,
tomar-se-ão por base férias na proporção de 1/12 (um doze avos) de trinta dias por mês de
serviço ou fração superior a quatorze dias, na data de apuração do balanço ou resultado (ou
Notas:
60
105 Como será efetuado o cálculo da provisão para pagamento
de férias?
O número de dias de férias por empregado, obtido na forma exposta na pergunta anterior, será
multiplicado por 1/30 (um trinta avos) da sua remuneração mensal, na época da apuração do
resultado ou balanço, majorada com um terço a mais do que o salário normal (adicional de férias),
podendo o referido valor ser acrescido dos encargos sociais cujo ônus couber à empresa (INSS e
FGTS).
Notas:
A pessoa jurídica que não houver constituído a provisão para pagamento de férias aos seus
empregados poderá computar todo o valor pago ou creditado, a título de remuneração de férias, no
próprio período de apuração do pagamento ou crédito, ainda que tais férias se iniciem nesse
61
período e terminem no seguinte.
valor resultante da multiplicação de 1/12 (um doze avos) da remuneração, acrescida dos encargos
sociais cujo ônus cabe à empresa, pelo número de meses de serviço relativos ao período de
apuração.
obrigatória para todas as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real.
demonstração do lucro real deverá ser aberta com o lucro líquido do período, antes de formada a
provisão.
Somente haverá adição da provisão ao lucro líquido quando o imposto indedutível tenha sido
62
Ou seja, o lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) ajustado pelas adições,
A parcela da provisão relativa ao lucro real deverá figurar no passivo circulante; a relativa ao
imposto incidente sobre lucros diferidos para períodos de apuração subsequentes será classificada
Notas:
Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou o disposto no
art. 178, § 1º, da Lei nº 6.404, de 1976, o subgrupo do passivo exigível a
longo prazo passou a denominar-se passivo não circulante.
jurídica deverá:
competência, inclusive com observância das determinações constantes das normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no uso da competência conferida pelo § 3º do art. 177 da
Lei nº 6.404, de 1976, no caso de companhias abertas e de outras que optem pela sua observância;
governamentais para investimentos, reconhecido no exercício, para fins de apuração do lucro real;
III – manter em reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei nº 6.404, de 1976, a parcela
63
IV – se, no período de apuração em que ocorrer a exclusão referida no inciso II, a pessoa jurídica
apurar prejuízo contábil ou lucro líquido contábil inferior à parcela decorrente de subvenções
governamentais, e neste caso não puder constituir a reserva de lucros nos termos do inciso III, essa
V – adicionar no Lalur, para fins de apuração do lucro real, o valor referido no inciso II, no
momento em que este tiver destinação diversa daquela referida nos incisos III e IV.
As subvenções serão tributadas caso seja dada destinação diversa da prevista nos incisos III e IV,
redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado
II – restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos cinco anos
que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões
O acima disposto terá aplicação vinculada à vigência dos incentivos de que se trata.
Não. A provisão para o IR deve ser constituída obrigatoriamente pelo seu total, sem dedução dos
incentivos fiscais cuja fruição dependa do pagamento do imposto (Finor, Finam etc.).
Como justificativa, temos que o benefício fiscal estará condicionado ao pagamento da totalidade do
64
Tal entendimento é aplicável mesmo na hipótese de apuração trimestral da base de cálculo do
imposto, apesar de a aplicação nos citados incentivos fiscais ser feita em DARF separado e nos
Não. A provisão para o IR deve ser feita sempre pelo total do lucro real apurado.
Caso esse valor seja superior ao do lucro líquido do período, a sua constituição poderá, inclusive,
Caso já exista prejuízo contábil, esse prejuízo será acrescido da provisão se, na apuração do lucro
Não. O prejuízo compensável é o que for apurado na demonstração do lucro real, trimestral ou
anual, evidenciado na DIPJ entre parênteses, por ser negativo, e deverá ser idêntico àquele que
constar no Lalur ao final de cada período de apuração (Parte A), sendo controlado na Parte B, para
posterior compensação.
A contrapartida será sempre a própria conta que demonstrar o resultado do período de apuração
que, recebendo a débito o valor da provisão, poderá passar, inclusive, de credora a devedora.
65
117 Quais os efeitos fiscais da não constituição da provisão
para o IR?
A falta da constituição da provisão não acarreta qualquer influência para efeitos fiscais, haja vista
que o fato de o patrimônio líquido ficar indevidamente majorado, com o registro a maior do lucro
Desse modo, os efeitos da não constituição da provisão são meramente contábeis, pois os resultados
constituição da provisão ensejará a apuração de um lucro líquido maior, passível de ser distribuído
ou destinado pela pessoa jurídica e, considerando-se que a provisão para pagamento do imposto de
renda se constitui em valor redutor do patrimônio líquido, este ficará indevidamente majorado.
próprias, com efeitos retroativos ao início do período de apuração, regularizar sua situação contábil
pelo registro do valor da provisão (ou da diferença a menor apurada), a débito de conta do
Ainda que não possua nenhuma reserva, o ajuste deverá ser feito, já que, na prática, o valor da
provisão para o imposto de renda a débito da conta de prejuízos acumulados terá o mesmo efeito
66
da redução das reservas ou lucros acumulados, pois, igualmente, reduz o patrimônio líquido, que
Para fins da legislação fiscal, poderão ser registrados como perda, os créditos:
b.1) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses,
b.2) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil) até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação, vencidos há
b.3) acima de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e
c) com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos
parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar. Caso a pessoa jurídica
poderá ser deduzida como perda, observadas as condições gerais para dedução das perdas.
Notas:
67
1) O que se considera como operação:
Considera-se como operação a venda de bens, a prestação de serviços, a
cessão de direitos, ou a aplicação de recursos financeiros em operações
com títulos e valores mobiliários, constante de um único contrato, no qual
esteja prevista a forma de pagamento do preço pactuado, ainda que a
transação seja realizada para pagamento em mais de uma parcela.
No caso de empresas mercantis, a operação será caracterizada pela
emissão da fatura, mesmo que englobe mais de uma nota fiscal.
Exemplos:
Hipótese 1
Admitindo-se que a pessoa jurídica tenha realizado, no mês de abril de 2010, vendas de
mercadorias a um determinado cliente, cujas notas fiscais foram englobadas numa única fatura (de
68
- duplicata nº 111-B, no valor de R$ 1.500,00, com venc. em 16/05/2010;
b) caso as duplicatas não sejam pagas no vencimento, os respectivos valores serão acrescidos dos
- juros (simples) de meio por cento ao mês, contados a partir do mês subsequente ao do
vencimento do título;
Nesse caso, se em 31/12/2010 esses créditos ainda não tiverem sido liquidados, tem-se a seguinte
situação:
A B C
Nesta hipótese, como o total do crédito relativo à operação, acrescido dos encargos moratórios
contratados, se enquadra no limite de R$ 5.000,00, a empresa poderá proceder à sua baixa, no valor
como receita), tendo em vista que esse crédito está vencido há mais de seis meses.
Hipótese 2:
Considerando-se que a pessoa jurídica tenha crédito não liquidado relativo a vendas de
mercadorias feitas a outro cliente, representado por uma única fatura cujas duplicatas venceram nas
seguintes datas:
69
- duplicata nº 222-B, no valor de R$ 2.300,00, vencida em 28/02/2010;
Admitindo-se que nessa operação também foram contratados encargos moratórios, para o curso de
A B C
% Valor
Nesse caso, como valor total do crédito (R$ 5.148,50) é superior ao limite de R$ 5.000,00, a parcela
referida à duplicata 222-A somente poderá ser baixada depois de decorrido um ano do seu
Consideram-se créditos com garantia, para efeito da legislação fiscal, aqueles provenientes de
vendas com reserva de domínio, alienação fiduciária em garantia ou operações com outras
garantias reais.
70
122 No caso de crédito com empresa em processo falimentar
ou de concordata, a partir de quando poderá ser
considerada a perda?
No caso de crédito com empresa em processo falimentar ou de concordata, a dedução da perda será
parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, desde que adotados os
A parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela empresa
concordatária poderá ser, também, deduzida como perda, observadas as condições gerais para
Sim. A legislação fiscal não admite a dedução, a título de perda no recebimento de créditos, com
pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou interligada, e com pessoa física que
seja acionista controlador, sócio, titular ou administrador da pessoa jurídica credora ou parente até
O registro contábil das perdas será efetuado a débito de conta de resultado e a crédito:
a) da conta que registra o crédito, quando este não tiver garantia e seu valor for de até R$ 5.000,00
(cinco mil reais), por operação, e estiver vencido há mais de seis meses, independentemente de
71
b) de conta redutora do crédito, nas demais hipóteses previstas na alínea “b” da Pergunta 120
deste capítulo.
Notas:
no valor de R$ 3.900,00:
Nome da conta D C
no valor de R$ 10.000,00:
Nome da conta D C
72
125 Qual o tratamento fiscal a ser adotado pela empresa
credora para os encargos financeiros relativos aos créditos
vencidos que forem reconhecidos contabilmente pelo
regime de competência?
Os encargos financeiros incidentes sobre o crédito, contabilizados como receita, poderão ser
excluídos do lucro líquido na apuração do lucro real, Parte A do Lalur, após dois meses do seu
vencimento sem que tenha havido o recebimento, na hipótese em que a pessoa jurídica houver
Os valores excluídos do lucro líquido deverão ser mantidos na Parte B do Lalur, para posterior
adição na apuração do lucro real do período em que se tornarem disponíveis para a pessoa jurídica
Exemplo:
Nome da contas D C
A receita de R$ 1.200,00 poderá ser excluída do lucro líquido, para fins de determinação do lucro
do Lalur.
No ano seguinte, em 1º/07/2010 (um ano depois do vencimento), a empresa reconhece a perda do
crédito, acrescido dos encargos financeiros transcorridos de janeiro a junho de 2010 (mais R$
73
b) contabilização dos encargos em 1º/07/2010:
Nome da contas D C
Nome da contas D C
Notas:
A pessoa jurídica devedora deverá adicionar ao lucro líquido, Parte A do Lalur, na apuração do
lucro real, o valor dos encargos financeiros incidentes sobre débito vencido e não pago que tenham
sido deduzidos como despesa ou custo, incorridos a partir da citação judicial inicial para o seu
pagamento.
Os valores adicionados deverão ser mantidos na Parte B do Lalur para posterior exclusão no
74
período de apuração em que ocorra a quitação do débito por qualquer forma.
A pessoa jurídica que recuperar os créditos deduzidos, em qualquer época ou a qualquer título,
inclusive nos casos de novação da dívida ou de arresto dos bens recebidos em garantia real, deverá
No caso de serem recebidos bens para quitação do débito, esses bens deverão ser escriturados pelo
valor do crédito ou avaliados pelo valor definido na decisão judicial que tenha determinado a sua
I - Diretor - a pessoa que dirige ou administra um negócio ou uma soma determinada de serviços.
Pessoa que exerce a direção mais elevada de uma instituição ou associação civil, ou de uma
companhia ou sociedade comercial, podendo ser, ou não, acionista ou associado. Os diretores são,
em princípio, escolhidos por eleição de assembleia, nos períodos assinalados nos seus estatutos ou
contratos sociais;
75
II - Administrador - a pessoa que pratica, com habitualidade, atos privativos de gerência ou
diretoria ou de diretor; e
III - Conselho de Administração – órgão instituído pela Lei das Sociedades por Ações cujos
administradores.
Notas:
efetiva prestação de serviços, poderão ser considerados integralmente como custo ou despesa
limite de valor.
76
Normativo: Lei nº 9.430, de 1996, art. 88, XIII.
Remuneração é o montante mensal, nele computados, pelo valor bruto, todos os pagamentos ou
recebidos em decorrência do exercício do cargo ou função, como, por exemplo, o valor do aluguel
de imóvel residencial ocupado por sócios ou dirigentes pago pela empresa, e outros salários
indiretos.
remuneração como dirigente, seja como retribuição do trabalho assalariado. Igualmente, esse
despesas particulares dos administradores, diretores, gerentes e seus assessores, nelas incluídas,
Notas:
77
4) Para efeito de apuração do lucro real, é vedada a dedução das despesas
com alimentação, contraprestações de arrendamento mercantil e do
aluguel de bens móveis ou imóveis, e de despesas de depreciação,
amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros e
quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis, exceto quando
intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos
bens e serviços. Entretanto, tais valores poderão ser considerados como
dedução quando se enquadrarem como remuneração dos
administradores, diretores, gerentes e seus assessores, hipótese em que
deverão ser tributados pelo imposto de renda na pessoa física, estando
sujeitos à retenção na fonte e à inclusão na declaração de ajuste anual
(Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, II, III e IV).
Não serão consideradas como dedutíveis, na determinação do lucro real, as retiradas não debitadas
nessas contas, não correspondam a remuneração mensal fixa por prestação de serviços.
Os depósitos efetivados pela pessoa jurídica na forma da Lei nº 6.919, de 1981, a título de fundo de
78
garantia do tempo de serviço de seus diretores (no valor de oito por cento da respectiva
A Lei nº 6.404, de 1976, no art. 161, § 1º, determina que o conselho fiscal será composto de, no
Normativo: Lei das S.A. – Lei nº 6.404, de 1976, art. 161, § 1º.
Somente serão admitidas, como dedução, as despesas de propaganda que estejam diretamente
79
com trabalho assalariado, autônomo ou profissional, e à aquisição de direitos autorais de obra
artística;
publicações;
por outras empresas que utilizem esse sistema de promoção de venda, sendo indispensável que:
b) que as saídas das amostras sejam documentadas com emissão de nota fiscal; e
c) que o valor das amostras distribuídas no ano-calendário não ultrapasse os limites estabelecidos
pela RFB, até o máximo de cinco por cento da receita líquida obtida na venda dos produtos; e
gastos ser imputados ao custo, destacadamente, para apuração do lucro líquido, na forma, limite e
Notas:
2) Ver também o PN CST nº 8, de 1975 (item 3), que trata dos gastos com
promoções no exterior para captar recursos para investimento no Brasil.
80
Normativo: RIR/1999, art. 366;
Portaria MF nº 70, de 1997;
PN CST nº 17, de 1976;
PN CST nº 21, de 1976; e
IN SRF nº 2, de 1969, itens 89 a 97.
Não, uma vez que a legislação tributária fixou normas mais rígidas para referidas despesas serem
a.1) as despesas devem estar diretamente relacionadas com a atividade explorada pela
empresa; e
81
138 Poderão ser considerados como despesas operacionais,
dedutíveis para o imposto de renda, os brindes
distribuídos pelas pessoas jurídicas?
Não. É vedada a dedução de despesas com brindes, para fins da determinação da base de cálculo
do imposto de renda.
Entretanto, os gastos com a distribuição de objetos, desde que de diminuto valor e diretamente
relacionados com a atividade da empresa, poderão ser deduzidos a título de despesas com
Quando referidas receitas forem derivadas de operações ou títulos com vencimento posterior ao
encerramento do período de apuração, poderão ser rateadas pelos períodos a que competirem.
As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa
consideradas, para efeitos da legislação do imposto de renda, como receitas financeiras, quando
ativas.
82
Notas:
Consideram-se despesas financeiras os juros pagos ou incorridos, os quais serão dedutíveis como
tempo decorrido (pro rata temporis), nos períodos de apuração a que competirem; e
taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual, serão
83
consideradas, para efeitos da legislação do imposto de renda, como despesas financeiras, quando
passivas.
Notas:
1) Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou o disposto
no art. 178, § 1º, da Lei nº 6.404, de 1976, o subgrupo do ativo diferido foi
inserido no grupo do ativo não circulante, sendo substituído pelo
subgrupo do intangível;
84
crédito rural) deve ser classificado como receita financeira e, assim, computado na apuração do
lucro real.
III - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, cuja participação societária no
seu capital social a caracterize como sua controladora ou coligada, na forma definida nos §§ 1º, 2º,
IV - a pessoa jurídica domiciliada no exterior que seja caracterizada como sua controlada ou
coligada, na forma definida nos §§ 1º, 2º, 4º e 5º do art. 243 da Lei nº 6.404, de 1976;
estiverem sob controle societário ou administrativo comum ou quando pelo menos dez por cento
do capital social de cada uma pertencer a uma mesma pessoa física ou jurídica;
VI - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que, em conjunto com a pessoa
jurídica domiciliada no Brasil, tiver participação societária no capital social de uma terceira pessoa
jurídica, cuja soma as caracterize como controladoras ou coligadas desta, na forma definida nos
VII - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que seja sua associada, na
empreendimento;
VIII - a pessoa física residente no exterior que for parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou
85
participação direta ou indireta;
como seu agente, distribuidor ou concessionário, para a compra e venda de bens, serviços ou
direitos; e
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 243, §§ 1º, 2º, 4º e 5º, com
a redação da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37.
Lei nº 9.430, de 1996, art. 23; e
RIR/1999, art. 244.
Variações monetárias são as atualizações dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte
86
a) ativas - ganhos de câmbio, correção monetária pós-fixada e outras formas de atualização não
prefixadas; e
Embora a correção monetária das demonstrações financeiras tenha sido revogada a partir de
dos direitos de crédito e das obrigações da pessoa jurídica, em função da taxa de câmbio ou de
data do embarque dos produtos manufaturados nacionais para o exterior, esta entendida como a
data averbada no Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex (Portaria MF nº 356, de 1988; e
A taxa de câmbio referente à data de embarque é a fixada no boletim de abertura divulgado pelo
Notas:
87
Veja ainda: Preços de transferência:
Perguntas 001 a 068 do capítulo XIX.
Tributação em bases universais:
Perguntas 75 a 109 do capítulo XIX.
As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa
Notas:
Embora para efeitos contábeis e tributários ambas recebam o mesmo tratamento, a primeira é a
88
variação do valor da moeda nacional em relação às moedas estrangeiras, e a última é a variação da
moeda nacional em relação aos índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.
a) a compra ou venda de moeda ou valores expressos em moeda estrangeira, desde que efetuada
ou qualquer outro modo, desde que observadas as condições fixadas pelo Banco Central do
Brasil; e
ser feitas em Real, pelo seu valor nominal. São vedadas, sob pena de nulidade, quaisquer
disposto nos arts. 2º e 3º do Decreto-Lei nº 857, de 1969, e na parte final do art. 6º da Lei nº 8.880,
de 1994.
De igual forma, é nula de pleno direito a contratação de reajuste vinculado à variação cambial,
exceto quando expressamente autorizado por lei federal e nos contratos de arrendamento mercantil
celebrados entre pessoas residentes e domiciliadas no País, com base em captação de recursos
provenientes do exterior.
89
Desse modo, para fins de determinação do lucro real, a operação terá o seguinte tratamento:
tomadora do empréstimo perante organismos internacionais é tributada pelo lucro real, deverá
reconhecer como encargo, no mínimo, o valor pactuado na operação original, sob pena de
sofrer a glosa da despesa relativa a essa operação. Nesse caso, todo o rendimento auferido pelo
repasse é considerado como receita de aplicação de renda fixa, sujeito à retenção do imposto de
b) a pessoa jurídica que recebe o empréstimo de pessoa ligada, se tributada com base no lucro real,
não poderá considerar como dedutível a parcela do encargo pactuada como variação cambial,
limitados à variação pro rata dia da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
O montante dos juros remuneratórios do capital passível de dedução como despesa operacional
a) cinquenta por cento do lucro líquido do período de apuração a que corresponder o pagamento
90
ou crédito dos juros, após a dedução da contribuição social sobre o lucro líquido e antes da
b) cinquenta por cento dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros de períodos
anteriores (as reservas de lucros somente foram incluídas, para efeito do limite da
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 202, com a redação dada
pela Lei nº 10.303, de 2001, art. 2º;
Lei nº 9.249, de 1995, art. 9º;
Lei nº 9.430, de 1996, art. 78;
Lei nº 9.959, de 2000, art. 4º;
RIR/1999, art. 347;
IN SRF nº 11, de 1996, art. 30; e
IN SRF nº 93, de 1997, art. 29.
91
149 Como se dá a tributação dos juros sobre o capital próprio
pagos ou creditados aos beneficiários pessoas jurídicas
ou físicas?
Os juros sobre o capital próprio estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, à alíquota
de quinze por cento na data do pagamento ou crédito, os quais terão o seguinte tratamento no
beneficiário:
a) no caso de pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, o valor dos juros deverá ser
considerado como receita financeira e o imposto retido pela fonte pagadora será considerado como
antecipação do devido no encerramento do período de apuração ou, ainda, poderá ser compensado
com aquele que houver retido, por ocasião do pagamento ou crédito de juros a título de
b) em se tratando de pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou lucro arbitrado, os juros
recebidos integram a base de cálculo do imposto de renda e o valor do imposto retido na fonte será
c) no caso de pessoas jurídicas não tributadas com base no lucro real, lucro presumido ou arbitrado,
inclusive isentas, e de pessoas físicas, os juros são considerados como rendimento de tributação
definitiva, ou seja, os respectivos valores não serão incluídos nas declarações de rendimentos nem o
imposto de renda que for retido na fonte poderá ser objeto de qualquer compensação.
Notas:
92
RIR/1999, arts. 347 e 668; e
IN SRF nº 12, de 1999, arts. 1º e 3º.
No ano-calendário de 1996, foi dada a opção à pessoa jurídica de incorporar ao capital social ou
manter em conta de reserva destinada a aumento de capital o valor dos juros sobre o capital
próprio, garantida a sua dedutibilidade para fins do lucro real, desde que a pessoa jurídica
O art. 88, XXVI, da Lei nº 9.430, de 1996, revogou esse dispositivo da Lei nº 9.249, de 1995, art. 9º,
§ 9º, porém, o parágrafo único do art. 1º da IN SRF nº 41, de 1998, dispõe que a utilização do valor
empresa, não prejudica o direito à dedutibilidade da despesa, para efeito do lucro real.
A variação da TJLP deve corresponder ao tempo decorrido desde o início do período de apuração
até a data do pagamento ou crédito dos juros, e ser aplicada sobre o patrimônio líquido no início
desse período, com as alterações para mais ou para menos ocorridas no seu curso.
Deve ser observado que o lucro do próprio período de apuração não deve ser computado como
integrante do patrimônio líquido desse período, haja vista que o objetivo dos juros sobre o capital
próprio é remunerar o capital pelo tempo em que este ficou à disposição da empresa.
De acordo com o disposto no PN CST nº 20, de 1987, o lucro líquido que servirá de base para
93
determinação do lucro real de cada período deve ser apurado segundo os procedimentos usuais da
contabilidade, inclusive com o encerramento das contas de resultado. Aduz o citado Parecer
Normativo que a apuração do lucro líquido exige a transferência dos saldos das contas de receitas,
custos e despesas para uma conta única de resultado, passando a integrar o patrimônio líquido,
Portanto, no que diz respeito ao resultado do próprio período de apuração, este somente será
computado no patrimônio líquido que servirá de base de cálculo dos juros sobre o capital próprio,
Assim, havendo opção pelo regime de lucro real mensal, o resultado de cada mês já pode ser
computado no patrimônio líquido inicial dos meses seguintes do mesmo ano;havendo opção pelo
regime de lucro real trimestral, o resultado de cada trimestre já pode ser computado no patrimônio
líquido inicial dos trimestres seguintes do mesmo ano; já se o regime for de lucro real anual, o
resultado do ano só poderá ser computado no patrimônio líquido inicial do ano seguinte.
a) a amortização dos juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o
b) os juros pagos pelas cooperativas a seus associados, de até doze por cento ao ano sobre o capital
integralizado.
94
ÍNDICE REMISSIVO CAPÍTULO VIII
Amortização
44
Apropriação de Quotas
Conceitos
95
Lucro Operacional [Pergunta 001], 1
Custo
Depreciação
Acelerada
Acelerada Incentivada
96
Hipóteses [Pergunta 062], 35
Bens do Imobilizado
053], 28, 30
[Pergunta 054], 31
Despesas Operacionais
Formas para Calçados, Facas e Matrizes (Moldes), Indústria Calçadista [Pergunta 020], 11
97
Gastos Necessários à Produção ou Comercialização [Pergunta 022], 12
Exaustão
Conceito
De Recursos Florestais
De Recursos Minerais
49
086], 52
98
Juros sobre o Capital Social
Multas
Infrações que Não Resultam em Falta ou Insuficiência de Pagamento, Dedutibilidade [Pergunta 038], 22
Provisões
Férias de Empregados
99
Cálculo do Provisionamento [Perguntas 104 e 105], 60, 61
Receita de Exportação
100
Despesas Financeiras, Conceito e Tratamento [Pergunta 140], 83
Variações Monetárias
101