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Epistemologia Psicológica e Evolução da Ciência

Maria de Jesus S. A. Correa


Profa. Drª Anita G.Bernardes
Universidade Católica Dom Bosco
Pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação
Programa de mestrado em psicologia

RESUMO

O objetivo da pesquisa apresentada neste paper é verificar possíveis intervenções no tratamento


dos transtornos sexuais e da satisfação sexual em mulheres na pós menopausa. Levando em
consideração pressupostos da fenomenologia e da epistemologia é feita uma reflexão sobre os
aspectos teóricos e metodológicos que envolvem pesquisa sobre os transtornos sexuais na
mulher após a menopausa fazendo um link com os conteúdos estudados no semestre em
Epistemologia da Ciência no Curso de Mestrado em Psicologia. Pesquisar as mudanças na vida
sexual e emocional da mulher após menopausa é compreender as fases vivenciadas e os
possíveis transtornos na sexualidade sofridos. Verificaremos as soluções oferecidas pela
psicologia cognitiva comportamental na melhoria da qualidade de vida da população feminina
afetada pela menopausa buscando amenizar o sofrimento causado por tal fenômeno.

Palavras-chave: menopausa; sexualidade; mulher; saúde

A mulher e a repressão da sexualidade

O comportamento sexual humano é influenciado por aspectos psicológicos e


socioculturais e está relacionado com a saúde física e mental, com a qualidade de vida e a
autoestima. Entretanto, como o ser humano é dotado de grande versatilidade, reagindo de
maneira diversa e de acordo com cada situação, não é raro se observar manifestações da
sexualidade mesmo em condições orgânicas, psicológicas ou sociais adversa.

A sexualidade inicia-se desde o nascimento, e não há idade fixa para seu término.
Porém, conforme ressalta Foucault (1988b), ela pode ser bloqueada por forças externas advindas
do discurso da família, da religião, da mídia, entre outros, razão porque é necessário um
trabalho de desconstrução e/ou desmistificação das crenças e dos estereótipos veiculados.

Apesar de toda transformação cultural e social ocorridas entre o fim do século XX e o


começo do século XXI, que trouxe muitas contribuições para a humanidade, tais como o grande
número de veículos de informação, a expansão da pesquisa, a conquista do mercado de trabalho
pela mulher, a participação feminina na política, determinadas questões sexuais para a mulher
ainda permanece como um tabu que as aprisionam (Furlani: 2003).
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Grande parte das mulheres que frequentam a clínica psicológica reclama, todavia do
fantasma da disfunção sexual e afirmam que esta situação contribui para a grande parte de suas
insatisfações e frustrações. As mulheres que apresentam tal disfunção, demonstrando situação
sexual que as atrapalham e as torna infelizes manifestando frustração, dor e culpa (Furlani:
2003).

A mulher frígida vive numa espécie de "prisão", aguardando que seu parceiro muitas
vezes abra sua cela. Este conceito é totalmente ingênuo já que para a mulher a solução não passa
por alguma experiência sexual diferenciada, mas a mensagem clara é ter de mudar sua condição
de percepção de mundo, abandonando anos de construção de um modelo psicológico. Qualquer
conselho ou idéia mirabolante para vencer a frigidez estará fadado ao fracasso, pois há um vazio
absoluto na mulher perante tal tarefa. O que existe é um legado deixado por herança dos medos,
mitos e crenças errôneas a respeito da sexualidade para própria sexualidade (Furlani: 2003;
Foucault: 1988a.; Foucault: 1987b).

Diante da perspectiva naturalista da sexualidade humana percebe-se que ela é


determinada pelo organismo biológico e esse determinismo contribui para que as percepções da
realidade permitidas à mulher são interditadas pela moral. A natureza é objetivada,
quantificável, explicável e quem determina a existência de todo o universo – organizado,
estruturado e mantido por leis universais e naturais. Quanto à lei natural da sexualidade, aos
poucos foi sendo mudada pelo homem, pela cultura desse homem mudando os fenômenos
(Kastrup: 2007).

Auguste Comte defendia um único método para todas as ciências a fim de alcançar o
conhecimento positivo, entendido como aquele que é real, preciso, útil e objetivo. Logo a
filosofia positivista aplicada às ciências propunha à investigação destas leis partindo dos fatos e
do raciocínio lógico que regem os fenômenos. Nesta perspectiva a sexualidade humana pode ser
estudada a partir das leis naturais dentro de uma dinâmica de causa e efeito que rege o
organismo biológico (Comte: 2014).

Para Foucault (1979; 1999), a partir do Século das Luzes que o corpo é descoberto como
objeto e alvo de poder e aí que o corpo, enquanto objeto de desejo, de prazer, o dispositivo de
sexualidade vai atuar. Sendo o lugar do sexo onde se manifesta a sexualidade, o corpo que
trabalha, precisa ser controlado, disciplinado, vigiado e acima de tudo, precisa ser saudável para
servir e produzir a força do trabalho. É nessa perspectiva que o poder disciplinar investiu sobre
o corpo.

Este poder é caracterizado pelo espaço, pelo tempo e a vigilância como principais
instrumentos de controle. Estas se desenvolvem em instituições como a escola, o hospital, a
prisão, o quartel e o convento, sociedade e na própria família que usa desse poder para
controlar, proibir e disciplinar (Foucault: 1987a).

A sexualidade foi sendo construída historicamente através de modelos de verdades que


não permitia que o indivíduo fosse livre, dono de seus atos, independentes, como o real
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significado de emancipado. Isso fazia com que muitas mulheres tivessem conceitos errados a
respeito de si e da sua sexualidade (Foucault: 1988a; Giacoia Júnior: 2004).

A estrutura familiar patriarcal reforça o machismo desde a infância, educando a menina


para não exibir seu sexo e reprimir seus sentimentos, ao contrário do menino que não deve
escondê-lo se envolvendo afetivamente com sua identidade sexual, mostrando o corpo como um
instrumento de prazer e constatação para a sociedade que sempre esteve pronto para tal função.

Outro ponto que merece reflexão neste sentido também se trata da facilidade que o
menino tem desde pequeno em tocar seu genital em contraposição à menina que dificultada pela
anatomia da genitália feminina que disposta de forma a não lhe permitir, ou ao menos dificultar
o toque. Nos momentos da micção o menino leva vantagem com relação à manipulação já que a
disposição do pênis permite o toque durante o processo de direcionar o jato da micção enquanto
que a menina não tem estas disposições ao seu alcance neutralizando o contato que
desenvolveria a sexualidade e o conhecimento do corpo interditado pela moral que não permite
a ela o toque dos dedos descobridores (Valle: 2006).

Segundo Foucault (1988a; 1988b), diz-se que no inicio do século XVIII ainda vigorava
certa franqueza quanto às praticas e experimentações da sexualidade e das particularidades dos
atos sexuais. As práticas não procuravam o segredo; as palavras eram ditas sem reticência
excessiva e, as coisas, sem demasiado disfarce, tinha-se com o ilícito uma tolerante
familiaridade. Eram frouxos os códigos da grosseria, da obscenidade, da decência, se
comparados com os do século XIX. Gestos diretos, discursos sem vergonhas, transgressões
visíveis, anatomias mostradas e facilmente misturadas, crianças astutas vagando, sem incomodo
nem escândalo, entre os risos dos adultos: os corpos “pavoneavam”.

Foucault (1979; 2000) registra a forma de controle da sexualidade nas sociedades


europeias, porém que influencia o modelo a ser seguido de maneira global ao menos na
sociedade ocidental. Mas ainda Foucault defende que, apesar do sexo ser proibido, mascarado
ou desconhecido desde a época clássica, a sua interdição não é um dos elementos fundamentais
e constituintes a partir dos quais é possível dizer como o assunto era abordado a partir da Idade
Moderna. No século XIX, os colégios criaram um poderoso veículo de incitação às formas de
sexualidade que, no registro do discurso, eram justamente as mais abominadas por médicos e
pedagogos.

A partir da era vitoriana, a sexualidade vira tabu: assunto proibido, cheio de mistérios,
circunscrito às quatro paredes do quarto. O sexo e suas intimidades são confiscados pela família
conjugal. Tudo que divisa com essa forma de agrupamento humano começa a tratar o sexo
como algo que não se deve mencionar ou praticar abertamente (Foucault: 1988a).

Essa repressão moderna do sexo se sustenta no fato de coincidir justamente com a época
de desenvolvimento pleno do capitalismo. Assim, uma coisa justifica a outra: o trabalho
sobrepõe o prazer, aprisionando-o ao fator da procriação.

Neste sentido já afirmava Freud:


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As extraordinárias realizações dos tempos modernos, as descobertas e as investigações


em todos os setores e a manutenção do progresso, apesar de crescente competição, só
foram alcançados e só podem ser conservados por meio de um grande esforço mental.
Cresceram as exigências impostas à eficiência do indivíduo, e só reunindo todos os
seus poderes mentais ele pode atendê-las. (...) Tudo é pressa e agitação. A noite é
aproveitada para viajar, o dia para os negócios, e até mesmo as ‘viagens de recreio’
colocam em tensão o sistema nervoso. As crises políticas, industriais e financeiras
atingem círculos muito mais amplos do que anteriormente. Quase toda a população
participa da vida política. Os conflitos religiosos, sociais e políticos, a atividade
partidária, a agitação eleitoral e a grande expansão dos sindicalismos inflamam os
espíritos, exigindo violentos esforços da mente e roubando tempo à recreação, ao sono
e ao lazer (1908).

Existe uma relação intensa entre poder e sexo. Quem domina o discurso aberto e
transgressor passa a emanar uma autoridade interessante ao passo que aqueles que não se
encaixam na lógica vitoriana de sexualidade e fogem à regra do que é considerado correto e
respeitável deixam de serem vistos como sérios ou confiáveis. Estes conceitos e preconceitos
determinam comportamentos restritivos e impeditivos no sentido de vivência saudável da
sexualidade o que contribui com o adoecer feminino moralizado.

A sexualidade é tida durante muito tempo como anomalia que não devem ser somente
punidas, como também extintas e entre elas a homossexualidade, tanto masculina quanto
feminina e todas as variações sexuais que se pareçam com estas sexualidades podem ser
castigadas com as interdições e repressão.

Sociedade de consumo que coloca à disposição dos amantes os brinquedos de plástico


vibradores, a multiplicidade das posições e das técnicas amorosas, estímulos e jogos que só
aprofundam o sentimento de fracasso quando o contato sexual se limita aos mais simples e
rápidos tomados pelo tempo de trabalho e cansaço. Só uma completa transformação das relações
humanas, a começar pelas relações de produção exploradoras e alienantes, fará transformar a
dimensão atual da sexualidade feminina.

Devido a esses fatores descritos acima e outros, a sexualidade feminina não ainda não
tem lugar de normalidade ou necessária. Muitas pessoas ainda de fato não sabem o que sexo
significa para o ser humano e que está implicado com seu lado fisiológico, que são como os
hormônios, necessário para a sobrevivência.

 Segundo Arán e Peixoto Júnior (2007) na obra intitulada “Corpos que pensam: sobre os
limites discursivos do sexo”, a feminista militante, Judith Butler faz uma reflexão
epistemológica a cerca dos conceitos que permeiam a sexualidade humana apresentando os
limites discursivos de cada perspectiva. Entretanto parece corroborar com a idéia construtivista
quando defende que a sexualidade humana é resultante do processo de materialização da norma
construída socialmente, assim como da materialização da norma excluída que subverte a norma
dominante.

Segundo Arán e Peixoto Júnior:


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Em geral, tende-se a pensar que existe uma separação entre o poder da regulação-
entendido como uma estrutura unificada e autônoma- e o próprio gênero, como se o
primeiro agisse reprimindo e moldando os sujeitos sexuados, transformando-os em
masculinos ou femininos. (...) Essa concepção deriva fundamentalmente da teoria de
poder formulada por Michel Foucault, na qual o poder não atua simplesmente
oprimindo ou dominando as subjetividades, mas opera de forma imediata na sua
construção (2007; p. 132).

A mulher especialmente torna-se vítima da repressão de seus desejos e fantasias,


prisioneira dos conceitos da moral cristã-judaica que estabelece o modelo de ideal romântico
feminino. A mulher casada não pode ter fantasias ou despertará a suspeita de que se tornou
contaminada pelos desejos daquelas mulheres nem tão santa. Entre ser a santa ou a outra a
mulher moderna pode ser a empresaria, que trabalha fora e cuida da família não cobrando
salário a mais por isso, porém nem mesmo assim quando na cama, enquanto os lençóis se
destrancam consegue se libertar das caixas da moral que, todavia aprisiona.

E, as pessoas envelhecem, e o envelhecimento do homem e da mulher é diferente, para


tais sofrem mudanças tanto no psicológico quanto no corpo. A mulher passa por instabilidades
neuro-hormonais, com término da menstruação, perda da capacidade reprodutiva, aparecimento
de fogachos e mudanças corporais que não correspondem aos padrões de beleza estabelecidos
pela sociedade.

A mulher e a menopausa

A entrada na menopausa apresenta frequentemente mudanças na dinâmica familiar e nas


relações psico-afetivas que vão refletir até na sua vida pratica comum do dia a dia complicando
ainda mais o próprio relacionamento com o parceiro.

Isso ocorre quando a mulher entra na fase da vida que apresentam mudanças nas
respostas sexuais, havendo amplos estudos que apontam para fatos impeditivos da satisfação
sexual e a diminuição das frequências da atividade sexual que podem diminuir com a transição
menopáusica. É a transição do climatério a fase mais complicada da vida emocional e sexual da
mulher quando atinge o ápice da maturidade em plena atividade para o trabalho e produção.

Podemos definir o climatério como um período de transição entre a fase reprodutiva e


não reprodutiva da mulher, isto é, do período fértil para o infértil, vivenciada na meia-idade. O
climatério é uma etapa indispensável da vida da mulher, a qual se caracteriza pela diminuição
gradual da produção de hormônios sexuais femininos a partir dos ovários.

Embora o climatério seja uma condição fisiológica normal, o qual será vivenciado por
todas as mulheres envolve mais que o fim da fertilidade. Estes processos biológicos de
influencia de regulação hormonal aceleram também o sistema de envelhecimento e
conseqüentemente afeta os sentimentos e a autoestima da mulher.

E neste sentido podemos afirmar que a menopausa implica para a mulher o


enfrentamento de uma série de perdas. São perdas que dizem respeito a aspectos fundamentais
da identidade feminina, desencadeando um processo doloroso de elaboração de lutos e de
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transformação. Sem falarmos do desgaste emocional implicado na vivência das percepções no


relacionamento com o outro. O companheiro, os filhos e pessoas da convivência próxima,
principalmente no ambiente de trabalho, dada a pressão específica exigida pela produção,
acabam por experimentarem eventos desgastantes gerados por conflitos nem sempre trabalhados
de maneira positiva.

As mudanças físicas, emocionais, psicológicas e sociais que a mulher enfrenta nesta


etapa influenciam sua função sexual normal da mulher complicando ainda mais as outras esferas
da convivência social.

Também as características do período de meia-idade demonstram que essa fase da vida é


marcada por introspecção e reavaliação de vários fatores presentes no cotidiano, relativamente a
um conjunto de mudanças, modificações físicas e a independência dos filhos.

Após um ano sem menstruar podemos afirmar do ponto de vista biológico que a mulher
está passando pelo período específico da menopausa. Caracterizado pela insuficiência ou
incapacitação dos folículos ovarianos para a produção de estrogênios, ou estrógenos, nas
concentrações necessárias para a produção saudável e suficiente de ovulação e consequente
menstruação.

Por fim, a pós-menopausa, que se inicia um ano após a amenorreia, decorre desde o final
da menstruação até à morte. A perda progressiva da função ovárica e a mudança hormonal
inerente conduzem a uma variações de alterações e sintomas de caráter multiorgânico que a
curto, médio ou a longo prazo interferem na qualidade de vida feminina, afetando a sua saúde
física, mental, bem como a sua atividade quotidiana, ao nível laboral, relacional e afetiva.

Contudo, nossa pesquisa aponta para o fato de que, devemos ter em conta que várias
manifestações clínicas e a sua gravidade variam de mulher para mulher, sendo influenciadas por
fatores biopsicossociais que determinam o impacto deste período de mudança na mulher que o
vivencia.

Verificamos também que existe sintomatologia que ocorre num curto espaço de tempo,
sintomatologia precoce, que afeta a mulher a nível físico e psicológico e a sintomatologia que
ocorre a longo prazo, sintomatologia tardia, podendo promover doenças cardiovasculares e
osteoporose, devido à carência dos hormônios estrogênicos responsáveis pela fixação de cálcio
nos ossos.

Verificamos também aspectos relacionados à complicações físicas e perturbações


vegetativas do sistema nervoso e urinário.

Nas perturbações encontram-se incluídos os calores ou afrontamentos tendo a sua


origem derivada da diminuição de estrogênios. Verificamos que algumas mulheres que podem
ter deficiência estrogênica no entanto não sofrendo destes sintomas.
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Os sintomas podem ser associados à transpiração excessiva, tonturas, pele visivelmente


ruborizada, cefaleias e taquicardia. Estes sintomas podem ocorrer durante o dia (diurnos) e
durante a noite (noturnos), estes afrontamentos, têm início na pré-menopausa e estão presentes
em cerca de 50% das mulheres.

Já nas mulheres na pós-menopausa a percentagem sobe para os 75%, caracterizando-se


pela súbita sensação de calor. Alguns fatores que podem desencadear os afrontamentos são o
aumento da temperatura do ambiente, o consumo do álcool, exercício físico, alimentos quentes e
o stress. À medida que vamos envelhecendo, vamos conseqüentemente ter mudanças no padrão
habitual do sono.

Todavia, as dificuldades no sono tornam-se mais evidentes durante o climatério, com


uma prevalência na menopausa entre os 33% a 51%. As queixas mais freqüentes mencionadas
pelas mulheres são: a insônia, o despertar frequentemente durante a noite, sono agitado,
dificuldade em adormecer, entre outros.

As Perturbações Geniturinárias surgem, também, devido ao hipoestrogenismo. A vagina


fica predisposta à vaginite atrófica que se caracteriza por uma atrofia do tecido vaginal que está
associada à redução dos níveis de estrogênios quase sempre acompanhada por corrimento
aquoso, prurido vulvar, ardência urinária, secura vaginal, diminuição da lubrificação na relação
sexual.

Conclusões

Tanto a contribuição de Foucault, quanto de Freud nos permitem vislumbrar possíveis


saídas para os transtornos da sexualidade pós menopausa, principalmente quando nos mostram
as possibilidades de resistência aos poderes instituídos e disseminados.
Estes caminhos seriam os do conhecimento e da articulação social diante da estrutura
mercantil do sistema econômico imposto a homens e mulheres. O desenvolvimento de vivencias
sociais voltadas para a compreensão das problemáticas envolvidas e o conhecimento dos
fenômenos físicos e emocionais tanto pela mulher e seu parceiro como pela comunidade que
compartilha experiências de vida.
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