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WINDOWS 10
macOS MOJAVE
macOS CATALINA
em português

CONHEÇA O SEU
COMPUTADOR
3.ª EDIÇÃO

DECO PROTESTE DIGITAL


ÍNDICE GERAL

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CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Revisão técnica da presente edição: Nuno David Santos


Apoio técnico: Pedro Mendes
Colaboraram nesta edição: António Alves, João Miguens, Nuno Rico
Coordenação editorial: Alda Mota
Projeto gráfico, capa e paginação: Alexandra Lemos
Fotografias: iStockPhoto
Screenshots: Nuno David Santos
Imagens da capa: iStockPhoto

Diretora e editora de publicações: Cláudia Maia


Coordenador dos guias práticos: João Mendes

Windows 10 é uma marca registada da Microsoft Corporation.


macOS Mojave e macOS Catalina são marcas registadas da Apple Inc.

© 2002-2019 DECO PROTESTE, Editores, Lda.


Todos os direitos reservados por:
DECO PROTESTE, Editores, Lda.
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1900-221 LISBOA
Tel.: 218 410 800
Correio eletrónico: guias@deco.proteste.pt

1.ª edição: maio de 2002


3.ª edição: outubro de 2019
Esta edição não contempla alterações
posteriores a agosto de 2019

Depósito legal n.º 458337/19


ISBN 978-989-737-120-2

Impressão:
AGIR
Rua Particular, Edifício Agir
Quinta de Santa Rosa
2680-458 CAMARATE

Esta edição respeita as normas


do novo Acordo Ortográfico.

Esta publicação, no seu todo ou em parte,


não pode ser reproduzida nem transmitida
por qualquer forma ou processo, eletrónico,
mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia,
xerocópia ou gravação, sem autorização prévia
e escrita da editora.

deco.proteste.pt/guiaspraticos
A

Prefácio
Os computadores são uma realidade incontornável no nosso dia-
-a-dia, seja no local de trabalho, em casa ou até em viagem. Longe
vão os tempos em que eram simples processadores de texto,
pouco mais do que máquinas de escrever digitais. Hoje, com uma
destas máquinas pode fazer-se quase tudo: falar gratuitamente
com um familiar que vive do outro lado do mundo, ver filmes com
os amigos (estejam ou não sentados connosco na sala), pesquisar
informação, partilhar fotos de férias ou vídeos, efetuar operações
bancárias, trabalhar a partir de casa, organizar as viagens ou a
contabilidade doméstica e muito mais.

Seja através dos equipamentos tradicionais, seja através dos smar-


tphones ou tablets, a larga maioria dos Portu­gueses tem contacto
com um computador e acede à internet com regularidade. Por
outro lado, a disponibilização de alguns serviços online está pra-
ticamente a “obrigar” pessoas que antes nunca tinham utilizado
um PC a adquirir um. Mesmo alguns serviços públicos passam
hoje obrigatoriamente pelo computador (veja-se, por exemplo,
a obrigatoriedade de entrega do IRS pela internet).

Neste guia, começamos por ajudá-lo a escolher o seu computador.


Depois, abordamos os diferentes sistemas operativos, desde o
Windows ao macOs, passando também pelo Linux. Em seguida, vai
encontrar sugestões para tirar o máximo partido de cada sistema,
personalizá-lo e otimizá-lo de acordo com as suas preferências.
As ferramentas de produtividade também têm um capítulo que
lhes é destinado, com o foco nos programas de processamento de
texto, de folhas de cálculo e de apresentações. Fazemos referência
às propostas da Microsoft e da Apple, mas também a software
gratuito, mostrando as funcionalidades mais recentes de cada
pacote de programas. Exploramos, posteriormente, as possíveis
maneiras de expandir o seu PC, dedicando um capítulo tanto aos
periféricos essenciais para trabalhar com qualquer computador
como a outros menos evidentes, usados, por exemplo, pelos fãs
dos jogos. Porque na atualidade a utilização do computador só
faz sentido quando ligado à internet, exploramos a forma como
se processa a navegação online e os principais usos do compu-
tador – por exemplo, o correio eletrónico, a transmissão de vídeo,
as compras ou as aplicações multimédia. Finalmente, reunimos no
último capítulo conselhos essenciais para garantir a segurança dos
seus arquivos e damos sugestões para assegurar a sua privacidade
A

e a integridade da informação pessoal e para proteger os mais ATENÇÃO!


novos num uso eventualmente mais descuidado que possam fazer As imagens que
do computador. ilustram este
guia são usadas a
título de exemplo.
Uma das formas de aprendizagem mais apreciadas pelos utiliza- A DECO PROTESTE
dores baseia-se no método da tentativa e erro controlados. Muitos não pretende
sugerir, de modo
peritos em computadores são autodidatas. Com a ajuda deste algum, a aquisição
livro, em breve também conseguirá resolver os problemas que lhe de qualquer dos
surgirem na utilização diária do seu computador. Verá que, muitas produtos mostrados.
vezes, é tão fácil como carregar numa tecla.
A

Índice

CAPÍTULO 1
O aparelho mais indicado para si
›› Escolher a máquina 10
›› Características do computador 14
›› A organização dos ficheiros 20
›› Como otimizar o computador 22
›› A reter 26

CAPÍTULO 2
Os sistemas operativos
›› O Windows 30
›› O macOS 42
›› O Linux 50

CAPÍTULO 3
Personalização do sistema
›› Definições do Windows e do macOS 54
›› Contas de utilizador 56
›› Organização do ambiente de trabalho 62
›› Propriedades do ecrã 64
›› Modificar o aspeto do sistema operativo 68
›› Os atalhos 72
›› Acessibilidade 74
›› Poupança de energia 80

CAPÍTULO 4
Ferramentas de produtividade
›› Processamento de texto 84
›› Folhas de cálculo 92
›› Apresentações 98
A

CAPÍTULO 5
Periféricos
›› Impressoras e multifunções 108
›› A webcam 110
›› O rato 112
›› O teclado 114
›› Armazenamento externo 116
›› Periféricos para jogar 122

CAPÍTULO 6
A internet
›› Que tipo de acesso? 126
›› Navegar na internet 130
›› O correio eletrónico 138

CAPÍTULO 7
Multimédia
›› Música digital 148
›› O Windows Media Player 150
›› O Apple Música 156
›› Ouvir em streaming 160
›› Ver filmes no computador 164

CAPÍTULO 8
Segurança e privacidade
›› O básico  174
›› Privacidade dos dados online 178
›› Controlo parental 186

Índice remissivo 192


A

CAPÍTULO 1
O APARELHO MAIS
INDICADO PARA SI
1.1 Escolher a máquina
Diferentes tipos de computadores e principais
componentes.

1.2 Características do computador


De que precisa e quais as características
a ter em conta antes de comprar.

1.3 A organização dos ficheiros


Meter ordem na casa.

1.4 Como otimizar o computador


Truques e dicas para melhorar o desempenho
de um PC que está lento.

1.5 A reter
Conselhos importantes e sugestões
para evitar e resolver alguns dos problemas
mais comuns.
A

Já lá vai o tempo em que o computador era uma fer-


ramenta especializada ou o instrumento de trabalho
reservado a craques informáticos. Trata-se, agora, de
um aparelho de consumo comum, tal como a televisão
ou o telemóvel, presente em muitas casas. Este fenó-
meno deve-se, principalmente, a melhorias de usabili-
dade dos sistemas operativos e, claro, aos preços, que
caíram brutalmente.

Por outro lado, o acesso à internet por banda larga per-


mitiu dar ao PC novos usos e funcionalidades. Agora, o
computador lá de casa também pode ser usado como
rádio, televisão, telefone, etc. Não é de estranhar, por
isso, que o número de pessoas interessadas em utilizar
um computador tenha aumentado, mesmo entre aque-
les que pareceriam, à primeira vista, menos vocaciona-
dos para as novas tecnologias.

Contudo, também se assiste a uma grande diversi-


ficação de formatos e miniaturização. Se, no pas-
sado, quando se falava em computador, a ideia que
nos vinha à mente era de um pesado caixote, sempre
acompanhado por um volumoso monitor, e um rato,
um teclado, etc., hoje em dia essa imagem dissipou-
-se, pois existem múltiplos formatos. Desde compu-
tadores de secretária a formatos menos óbvios, como
o de uma pen que basta ligar a uma qualquer televisão
para a transformar num computador.

Este capítulo familiariza-o com os principais tipos de


computador e mostra-lhe qual o mais adequado para si,
de acordo com o uso que pretende dar-lhe. Veja tam-
bém, nas fichas que se seguem, como organizar os
seus arquivos, melhorar o desempenho e evitar alguns
dos problemas mais frequentes.
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 1.1

Escolher a máquina
O mundo dos computadores tornou-se muito variado. Alguns oferecem
total mobilidade e um elevado desempenho, mas são caros se compara-
dos com outras opções. Os que têm a melhor relação entre desempenho e
preço dificilmente saem da secretária. E há os tablets, que são muito prá-
ticos para navegar na internet ou aceder a aplicações, mas normalmente
correm apenas os programas desenvolvidos de origem para estas plata-
formas (as famosas aplicações, ou apps).

Face a isto, antes de escolher o modelo, deve decidir qual é o tipo de com-
putador mais indicado para as suas necessidades, ou seja, qual o que mais
se adequa ao seu perfil de utilização.

Desktop tradicional
O desktop é um computador potente que pode ser adquirido por um
valor relativamente baixo. Por isso, regra geral, oferece uma relação entre
o desempenho e o preço muito superior à dos portáteis (veja a página 12).
Se está a pensar usar o computador apenas em casa e numa única divi-
são, esta é a opção mais racional.

Este tipo de equipamento permite realizar um bom trabalho tanto em pro- Apesar de
gramas simples (edição de texto, folhas de cálculo, elaboração de apre- volumosos, os
desktops são,
sentações, etc.) como mais exigentes. É a melhor opção para quem tra- regra geral, os
balha com edição de vídeo ou som e para os fãs de jogos que exijam uma que apresentam e
melhor relação entre
grande capacidade de processamento. desempenho e preço

Outra vantagem é poder trocar ou adicionar compo-


nentes, personalizando a máquina de acordo com as
suas necessidades e o seu orçamento. Se quiser pou-
par alguns euros, substitua apenas o desktop, man-
tendo o monitor (veja na página 18).

Ao escolher o equipamento, confirme se existem por-


tas USB à frente (como mostra a imagem da direita)
ou ao lado do computador, porque tornam as ligações
mais acessíveis.

10
A O aparelho mais indicado para si

All-in-one
Estes computadores são uma escolha interessante
se tiver pouco espaço na secretária. Todo o sistema
está inserido na caixa do monitor, pelo que não existe
torre (veja a página anterior). Basta adicionar o rato e
o teclado, periféricos que, aliás, em muitos modelos,
vêm já incluídos no pacote inicial. São normalmente
bastante mais caros.

As dimensões reduzidas dos all-in-one limitam a


atualização da máquina ao nível do hardware. Por
isso, deve ter especial atenção quando for escolher o processador e a
memória RAM. Para trabalhos domésticos, de escritório ou para navegar
na internet, bastam 4 GB. Para um uso mais exigente, como jogos que exi-
gem um elevado desempenho ou programas de edição de imagem e som,
opte por 8 a 16 GB de memória RAM e uma placa gráfica com memória
dedicada.

Míni-PC
Este tipo de computador difere de um desktop tradicional (veja a página
anterior) sobretudo ao nível do tamanho: mais compacto, é a opção indi-
cada para quem tem muito pouco espaço.

Estes computadores existem nos mais variados formatos: desde a tra-


dicional torre de um computador (mas com um volume mais reduzido),
passando por caixas que se assemelham a boxes de televisão, até peque-
nas pens, que quando ligadas a uma televisão (por norma, à porta HDMI)
a transformam num computador.

Estes equipamentos são difíceis de serem


reparados e apresentam maiores limitações
em termos de atualizações.

A “torre” de
um míni-PC é
consideravelmente
Estas pens transformam mais pequena face
qualquer TV num à de um desktop
computador tradicional

11
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Escolher a máquina (cont.)


Portátil essencial
Esta é uma boa opção para quem precisa de um computador transportá-
vel para trabalhar mas tem um orçamento apertado.

O portátil essencial apresenta um desempenho satisfatório em tare-


fas elementares como edição de textos, folhas de cálculo, navegação na
internet e troca de e-mails. A autonomia da bateria varia entre as quatro
e as oito horas. O peso pode ir dos dois aos quatro quilos, dependendo
do modelo. Regra geral, o monitor é de qualidade média, e varia, normal-
mente, entre 14 e 15 polegadas. A maioria dos portáteis essenciais está
equipada com chips gráficos
que partilham da memória RAM
do sistema. Mas isso não afeta a
sua capacidade de executar as
tarefas do dia-a-dia.

Sendo já possível encontrar


O portátil essencial é
portáteis com estas caracterís- uma máquina prática
ticas por cerca de 350 euros, de transportar que
apresenta um bom
pode dizer-se que esta solu- desempenho por um
ção oferece uma boa relação preço aceitável
entre o desempenho, o preço
e a autonomia.

O SEU ASSISTENTE VIRTUAL ONLINE


Periodicamente, a revista PROTESTE publica artigos sobre
tablets, computadores, telemóveis, impressoras e outros
artigos eletrónicos, com testes comparativos exaustivos e
conselhos que ajudam na altura da compra. No nosso site
(em www.deco.proteste.pt), encontra também os resultados
dos testes mais recentes e os guias de compras atualizados.
Acedendo a www.deco.proteste.pt/assistente-virtual/
tablets-e-computadores pode encontrar um assistente virtual
que indica qual o tipo de computador mais indicado para si.

12
A O aparelho mais indicado para si

Ultrabook
Os ultrabooks são a classe sofisticada dos portáteis. A máquina arranca
à velocidade de um raio, porque frequentemente recorre a um disco SSD
(disco de estado sólido). 

A autonomia da bateria pode variar entre as seis e as dez horas, o que


permite uma utilização despreocupada longe de fontes de carregamento.
Os modelos pesam menos de dois quilos, e a máquina corre a maioria dos
programas sem revelar grandes problemas.

O ultrabook é um computador com elevado


desempenho que pode ser facilmente
transportado

Normalmente estes computadores não têm unidade de CD ou DVD,


mas essa componente facilmente é substituída pelo armazenamento
em nuvem ou pelas pens USB (veja também o capítulo 5, nas páginas
116 e seguintes).

Computador híbrido
O computador híbrido funde o melhor de dois mundos: é um ultrabook
que se transforma num tablet. 

Meio ultrabook,
Como o ecrã é tátil, pode interagir com as aplicações ou redigir peque- meio tablet: o híbrido
nos textos. Caso precise de escrever textos mais longos, o computador une o melhor de dois
mundos
tem um teclado físico integrado que pode ser
ocultado atrás do ecrã ou destacado a seu
bel-prazer. 

Os computadores híbridos usam, regra geral,


o Windows 10 e permitem instalar software
para PC (veja, no próximo capítulo, as pági-
nas 30 e seguintes).

13
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 1.2

Características do computador
Depois de escolhido o tipo de computador, chega a altura de visitar algu-
mas lojas, tanto físicas como online, para ter uma ideia da oferta dispo-
nível. Os testes e guias de compras que disponibilizamos no nosso site
(www.deco.proteste.pt) serão seguramente um bom aliado para esta fase.

Após a recolha dessas informações, poderá decidir qual a configuração


que melhor responde às suas necessidades. O mais importante é evitar,
por um lado, a aquisição de um equipamento demasiado sofisticado e
caro, que exceda, em termos de funcionalidades, o uso que pretende dar-
-lhe, e, no outro extremo, optar por um equipamento demasiado modesto,
que desde logo não cumpra as suas exigências em termos de requisitos
de software e hardware. Por isso, antes de mais, deve responder à per-
gunta: o que quer fazer com o seu computador?

HARDWARE E SOFTWARE
Para funcionar, um computador, seja de som, etc.), o teclado, o rato e todos
portátil ou de secretária, precisa de uma os periféricos. O “software” inclui o
série de componentes, divididos em sistema operativo e todos os outros
duas categorias principais: hardware programas, como processador de texto,
e software. Os elementos principais folha de cálculo, programas de desenho,
incluem o processador e o sistema navegadores para a internet ou jogos.
operativo, respetivamente. Atualmente, os sistemas operativos
O termo “hardware” refere-se a tudo mais comuns (mas não os únicos) são
o que é “físico”: o monitor ou ecrã, a o Windows, o macOS e o Linux, pelo
torre (a estrutura que contém os outros menos para a maioria dos utilizadores
componentes de hardware, como o domésticos (leia mais sobre este assunto
processador e o disco rígido, a placa nas páginas 28 e seguintes).

Para que precisa do computador?


Qual o motivo por que está a comprar a sua máquina? Precisa do compu-
tador para trabalhar? Para se entreter ou jogar? Quer navegar na internet,
consultar jornais e aceder às redes sociais?

É bem provável que responda afirmativamente a mais do que uma destas


perguntas. Mas não se preocupe: a versatilidade dos computadores atuais
permite que sejam utilizados para múltiplos fins. Ainda assim, procure
focar-se no uso mais frequente que irá dar-lhe. Nesta secção, explicamos

14
A O aparelho mais indicado para si

os perfis de utilização mais comuns e quais


os requisitos que deve ter para cada um no
momento da escolha do equipamento.

Navegar na Net e redes sociais


Não precisa de um computador especial-
mente poderoso nem de um disco rígido
de grande capacidade para realizar estas
tarefas. Se não usa programas complexos,
qualquer modelo atual pode servir, mesmo
os mais baratos. Contudo, certifique-se de
que dispõe de pelo menos 4 GB de memó-
ria RAM. Se pensa usar com frequência
Muitos tablets
programas de processamento de texto ou modernos já
similares, é aconselhável testar o teclado antes de o comprar. Num com- substituem
por inteiro um
putador de secretária não é tão importante, porque pode mudar a qual- computador na
quer altura. Mas num portátil é vital, porque este não poderá ser subs- maioria dos casos.
Alguns já vêm com
tituído no futuro. a versão completa
do Windows 10
e teclado físico
Uma opção interessante pode ser instalar uma distribuição gratuita do sis-
tema operativo Linux, como o Ubuntu, em vez do Windows ou do macOS.
O Ubuntu é uma das distribuições mais populares do Linux e oferece um
ambiente gráfico agradável e um desempenho bastante aceitável, mesmo
em computadores já antigos. Além disso, permite-lhe ter um nível de
segurança bastante elevado ao navegar na internet.

Jogar
Consolas de videojogos como as conhecidas PlayStation, Xbox e Nintendo
são uma alternativa relativamente barata ao computador. Se optar por um
PC, os componentes a que deve dar mais atenção são a placa gráfica, que
deve ser o mais potente possível, um bom monitor, um sistema de colu-
nas de boa qualidade e periféricos específicos para jogos (por exemplo, o
joystick – veja as páginas 122 e 123). Mas também já é possível jogar em
plataformas de streaming com excelente qualidade gráfica (por exemplo,
o Steam ou o Stadia (da Google) ou o xCloud (da Microsoft).

Aplicações de multimédia
Dependendo do orçamento, escolha um disco com a maior capacidade
possível (e de preferência do tipo SSD – disco de estado sólido) e um pro-
cessador de alto desempenho. Quanto ao monitor, opte por um de 22
polegadas ou maior (leia mais sobre este assunto nas páginas 18 e 19).
Finalmente, não se esqueça de incluir uma placa de som e um bom sis-
tema colunas.

15
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Características do computador
(cont.)

Componentes a ter em conta


Embora os computadores sejam máquinas complexas que processam
quantidades significativas de informação, a sua composição baseia-se
em três componentes principais: o processador, o armazenamento e a
memória. Um erro comum na escolha de um computador é o foco em Se não tiver
apenas um destes componentes: investir num processador muito bom qualquer
necessidade
não significa adquirir um bom computador. Um equilíbrio entre estes específica, a maioria
três componentes pode apresentar melhores resultados e alguma pou- dos processadores
é adequada
pança. Este é o motivo que nos leva a come-
çar por aqui.

Processador
Todos os processadores modernos são sufi-
cientemente potentes para a maioria das
aplicações não-especializadas. Se não tiver
necessidades muito específicas (por exem-
plo, ilustração, animação 3D ou cálculos
muito complexos), pode escolher um modelo
mais acessível.

Disco e armazenamento
A capacidade dos discos rígidos tem vindo a crescer – tal como o número
de aplicações disponíveis e o tamanho dos ficheiros que é possível arma-
zenar. Se quiser guardar uma grande quantidade de ficheiros de música,
fotos ou filmes, escolha um disco de gama média/alta. Idealmente, deve
optar por um disco de estado sólido (SSD) porque tem um desempenho
muito superior, quando comparado com os discos rígidos tradicionais.

Os discos SSD (à
esquerda) têm
um desempenho
superior face aos
discos rígidos
tradicionais
(à direita)

16
A O aparelho mais indicado para si

Uma interessante solução de compromisso pode passar por ter dois dis-
cos: um mais pequeno, do tipo SSD, para instalar o sistema operativo,
e um segundo, com maior capacidade, para armazenar ficheiros multi-
média. Por outro lado, com o desenvolvimento das tecnologias na nuvem
(mais conhecidas pelo termo inglês “cloud”), pode optar por armazenar
ficheiros importantes num destes serviços. Esta é uma opção geralmente
mais segura do que fazer o armazenamento apenas localmente (veja as
páginas 116 e seguintes).

Memória RAM
Quando se fala em memória, quanto mais, melhor. O ideal será optar por
uma configuração com pelo menos 4 GB. Este componente apresenta um
preço bastante mais acessível, em comparação com os outros componen-
tes do computador.

Aposte num
módulo com
pelo menos
4 GB de
memória

ATUALIZAÇÃO DO COMPUTADOR
Após a aquisição do computador, é natural sentir uma certa
desilusão, por saber, à partida, que este estará obsoleto em
poucos anos.
Felizmente, nalguns casos, este pode ser atualizado com
novos componentes, sem que seja necessário comprar um PC
completamente novo.
No entanto, existem limites a estas atualizações. Quando
os fabricantes lançam uma nova geração de componentes
– por exemplo, de processadores ou de memória RAM –,
estes podem não ser compatíveis e obrigar à substituição
também da respetiva placa-mãe (motherboard).

17
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Características do computador
(cont.)

O sistema operativo
Não há um sistema operativo ideal. Na realidade, a opção por um ou por
outro depende das necessidades, dos conhecimentos e do orçamento
do utilizador. Aprofundaremos este assunto no próximo capítulo (veja as
páginas 28 e seguintes).

O monitor
Parte fundamental do computador, o monitor é um dos aparelhos a que
se aplicam as máximas “quanto maior, melhor” e “a qualidade acima de
tudo”.

Se compararmos um pequeno monitor de 17 polegadas com um de 21 (ou,


melhor ainda, com um de 24 polegadas), notamos que não só as imagens
são maiores, como é possível visualizar mais informação: por exemplo,
mais conteúdo numa página de texto ou mais células numa folha de cál-
culo. Se usa programas de edição de imagem, como o Photoshop, pode
aproveitar o espaço livre para manter abertas todas as barras de ferra-
mentas e paletas ou dois ficheiros ao mesmo tempo.

Mas não só as aplicações gráficas beneficiam com um monitor de gran-


des dimensões: se, por exemplo, trabalhar muito com textos ou folhas de
cálculo, pode ter abertos no ecrã vários documentos para os comparar
ou copiar mais rapidamente dados de um para o outro. Se, por outro lado,

O monitor
panorâmico facilita
as tarefas a realizar
no computador

18
A O aparelho mais indicado para si

pretender usar o computador para ver filmes, então o mais indicado será
um monitor de formato panorâmico de, no mínimo, 21 polegadas.

Especificações
Quer se trate de um monitor externo para ligar a um computador de
secretária ou de um monitor integrado num computador portátil ou num
tablet, deve verificar com atenção as duas características que lhe apre-
sentamos em seguida antes de fazer a sua compra.

››Resolução máxima. É o número máximo de píxeis (pontos que com-


põem a imagem) que podem ser exibidos no ecrã. Ao aumentar a reso-
lução, os objetos são encolhidos, permitindo ao sistema exibir mais ele-
mentos. Por outro lado, se precisar de aumentar um elemento, uma baixa
resolução revela objetos pouco nítidos.

››Pontos por polegada. Conhecido pelo acrónimo inglês PPI (pixels per
inch), é o espaço entre os pontos que compõem uma imagem (os píxeis).
Quanto maior for o valor de PPI, menor é distância entre os píxeis. Isto tra-
duz-se em maior nitidez.

Problemas com o monitor


Por muito bom que seja o monitor, não está livre de surpresas. Veja como
poderão ser resolvidos os problemas mais frequentes.

››Ecrã negro. Tem o PC e o monitor ligados à corrente, mas nada aparece


no ecrã? Tente ajustar o brilho e o contraste utilizando os botões que estão
geralmente na zona frontal do monitor. Se não resultar, verifique se o cabo
que faz a ligação entre o computador e o monitor está bem ligado.

››Ambiente de trabalho desenquadrado. Se parte do ambiente de traba-


lho está a aparecer fora dos limites visíveis do monitor, ajuste a posição
do ecrã na parte frontal ou lateral do monitor, nos botões que existem para
o efeito. Note que, no caso dos portáteis, o ajuste deverá ser automático.
No caso dos computadores de secretária, o sistema operativo também
ajusta a imagem automaticamente ao ecrã. Se o problema não se resolver,
consulte o manual do monitor.

19
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 1.3

A organização dos ficheiros


Um PC pode conter milhões de ficheiros. Parte deles pertence ao sistema
operativo, mas muitos outros são criados durante a instalação de pro-
gramas. Outros, ainda, são criados ou instalados pelos próprios utiliza-
dores. Nesta categoria incluem-se os documentos de texto e as folhas
de cálculo, as fotografias, os vídeos, as apresentações, etc. Os ficheiros
são armazenados em “recipientes” chamados pastas (também conhe-
cidos por diretórios).

A melhor maneira de compreender a estrutura dos dados armazena- ATENÇÃO!


dos no computador é visualizando-a. Para isso, aceda ao explorador de É essencial arrumar
os ficheiros de
ficheiros que está fixado por predefinição na barra de ferramentas do forma coerente,
Windows 1 . para facilitar a sua
localização e otimizar
o desempenho do
computador. Opte
por uma organização
temática ou por datas,
1 por projetos ou por
pessoas. A escolha
é sua, desde que
Em alternativa, pode abrir o menu Iniciar e escrever “File Explorer” ou funcione para si!
“Explorador de Ficheiros”, consoante o seu Windows esteja em inglês
ou em português. Verá uma janela semelhante à da imagem da página
seguinte.

20
A O aparelho mais indicado para si

A zona da esquerda 2 mostra a estrutura dos ficheiros e das pastas do


computador, de forma reduzida (como na imagem) ou em modo expan-
dido. Para expandir uma pasta e ver o seu conteúdo, basta pressioná-la.
Para voltar à vista reduzida, selecione novamente a mesma pasta. Nesta
secção, apenas são exibidos dispositivos e pastas.

O espaço à direita 3 mostra os elementos contidos na pasta selecio-


nada à esquerda.

21
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 1.4

Como otimizar o computador


Com a idade e a utilização, os computadores tendem a tornar-se lentos,
sobretudo devido às sucessivas instalações e desinstalações de progra-
mas e ao acumular de ficheiros inúteis que se instalam no disco, nomea-
damente ao navegar na Net, e que “entopem” o sistema. Por vezes, há
pequenos truques que podem revitalizar o seu PC.

Remover programas que nunca usa


Depois de usar o computador, não o desligue logo. Pontualmente, deixe-o
ligado durante algumas horas, para que possa atualizar o sistema ope-
rativo e tenha oportunidade de realizar outras “rotinas” invisíveis (como
correr o antivírus ou desfragmentar o disco) sem disputar recursos com
outros programas em execução. Programe as atualizações para as horas
de inatividade (por exemplo, para a noite).

De seguida, remova os programas que não utiliza. Estes ocupam um


espaço que pode ser precioso. Selecione Programas no Painel de Con-
trolo e percorra a lista de programas instalados. Selecione os que já não
lhe interessam e remova-os (em Adicionar ou remover programas), tendo
o cuidado de não desinstalar ficheiros essenciais para o funcionamento do
PC e seus periféricos (como a impressora, por exemplo). Se tiver dúvidas
em relação a um ou outro programa, o melhor é não lhe tocar.

Para ter uma melhor noção do espaço ocupado pelos programas no sis-
tema, pode ordená-los por ordem decrescente.

22
A O aparelho mais indicado para si

Limpar o disco rígido


Mesmo que não descarregue ficheiros, só o simples facto
de navegar na internet vai levar o PC a armazenar uma série
de ficheiros temporários (cache e cookies, por exemplo) que
ocupam algum espaço. Estes visam traçar os seus hábitos de
navegação e, por exemplo, guardar as suas palavras-chave ou
o histórico das páginas que visitou. Apagar estes ficheiros per-
mite não só libertar espaço como salvaguardar a sua privacidade
(leia mais sobre este assunto nas páginas 178 e seguintes). Por
isso, periodicamente (por exemplo, uma vez por mês), proceda
à eliminação destes ficheiros. Pode realizar esta operação no seu
navegador ou recorrer a programas especificamente desenvol-
vidos para o efeito.

O CCleaner é uma das ferramentas mais populares. Descarre-


gue-a gratuitamente em www.piriform.com/ccleaner. Permite
limpar o disco e os ficheiros temporários, economizando espaço
e ajudando a aumentar um pouco a velocidade do computador.
Também permite ver que programas são carregados automaticamente
quando se inicia o Windows.

Alguns poderão ser úteis, como o antivírus, e, portanto, é melhor deixá-


-los. No entanto, muitas aplicações que estão definidas para se abrirem
quando se inicia o PC podem não ter utilidade imediata e tornam o arran-
que mais lento. Este é, por exemplo, o caso do Acrobat Reader ou mesmo
dos programas da Microsoft – só necessita de os abrir quando for usar
essas funções e não logo no início do Windows.

Também os fabricantes
dos computadores têm
o hábito de incluir algu-
mas ferramentas que
nem sempre são úteis,
mas que são iniciadas
sistemática e automa-
ticamente com o arran-
que do Windows. Se as
remover, além de poupar
muito tempo ao ligar o
PC, também evitará que
estas monitorizem as
suas atividades.

23
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Como otimizar o computador


(cont.)

Reinstalar o sistema operativo ATENÇÃO!


Guarde todos os
seus ficheiros noutro
De todas as dicas, está é a menos simples, mas simultaneamente a suporte (um disco
mais eficaz. Quando estiver a fazer a reinstalação do sistema operativo, externo, por exemplo,
ou na nuvem), antes
ser-lhe-á perguntado se deseja formatar o disco rígido. Se o fizer, toda a de avançar com a
sua informação será apagada. formatação do disco.

O computador fica no estado em que estava quando o comprou. Feliz-


mente, nas versões mais recentes do Windows esta operação é mais sim-
ples do que nas anteriores.

Obviamente, a formatação do disco implica a perda de todos os dados e


programas instalados: antes de prosseguir, faça uma cópia de segurança
(backup) de todos os dados que pretende guardar e certifique-se de que
possui os programas necessários para poder reinstalá-los após o restauro.

Trocar o disco rígido


Ao fim de alguns anos, qualquer
PC começa a acusar sinais de des-
gaste e a dar problemas, pelo que
poderá valer a pena substituir o
disco rígido. Tipicamente este com-
ponente fundamental pode cus-
tar entre 50 e 150 euros e poderá Num portátil,
requerer a intervenção de um profissional. Se o computador for relativa- a substituição
do disco é
mente recente, prefira um disco SSD (disco de estado sólido), já que torna relativamente
o arranque do sistema operativo e dos programas mais rápido. simples, mas
reinstalar o sistema
operativo pode
exigir a ajuda de um
Fim da linha (reset) profissional

Se já tentou tudo e não teve sucesso, provavelmente está decidido a ven-


der ou a desfazer-se do seu computador (eventualmente colocando-o
num depósito específico para a reciclagem de resíduos elétricos e ele-
trónicos). Antes disso, faça uma reinicialização (ou reset).

24
A O aparelho mais indicado para si

Este passo é fundamental para apagar a sua informação pessoal do disco


rígido caso o computador não seja destruído. A reinicialização de fábrica
(conhecida por “factory reset” ou “hard reset”) consiste em apagar estes
dados e reinstalar o sistema operativo. Esta é a opção indicada para quem
vai vender ou dar o computador, mas é também importante se quiser
garantir que os seus dados pessoais não passam para outra pessoa caso
a sua máquina não seja destruída. O processo não é infalível, mas difi-
culta bastante a tarefa de quem se queira apropriar da informação pes-
soal eventualmente alojada no seu computador antigo.

Para fazer a reinicialização de fábrica não precisa de ter conhecimentos


avançados, como acontecia no passado. Antes de avançar, garanta que
tem uma cópia de segurança dos ficheiros importantes, pois todos os pro-
gramas e ficheiros pessoais serão apagados definitivamente. Se for pos-
sível, pode ser prudente fazer também este processo antes de enviar o
PC para reparação para garantir que os técnicos não têm acesso aos seus
ficheiros e pastas pessoais.

Formatar o disco com o Windows 10


No Windows 10, tem de entrar no menu Iniciar e escolher o ícone
das Definições. Vai abrir-se uma janela com várias opções. Escolha
Atualizações e Segurança > Recuperação. Em Repor este PC selecione
Introdução > Remover Tudo.

Siga as instruções para repor o estado do computador como se fosse


novo. Esta operação poderá levar algum tempo (mais de uma hora),
dependendo do tamanho do disco.

Formatar o disco no macOS


No macOS, inicie o computador em modo de recu-
peração (ao ligar, use as teclas cmd + R), para abrir
os Utilitários. Escolha Utilitários de discos. Selecione
o disco no separador esquerdo e escolha Apagar.
Vai-lhe ser pedido para atribuir um nome ao disco
(por exemplo, “mac HD”) e escolher o mapa da par-
tição (se possível, “GUID”). Depois, selecione Apagar.

Mesmo depois de formatado, é possível recuperar


informações do disco recorrendo a ferramentas de Além de formatar
software avançadas, desenvolvidas para esse efeito. Se quiser garantir o disco, pode optar
por destruí-lo
que a informação não é recuperada, além de formatar, pode optar por fisicamente
destruir fisicamente o disco. Use uma agulha ou um prego para riscar o
disco e finalize a tarefa com um martelo.

25
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 1.5

A reter
A maioria dos fabricantes fornece instruções para montar e configu-
rar os seus computadores. Contudo, a informação pode revelar-se con-
fusa ou pouco compreensível. Nesta ficha, explicamos como resolver os
problemas mais comuns que podem colocar-se aos utilizadores menos
experientes.

Desligar o computador
Pressione Iniciar e selecione Encerrar. Não use o botão do próprio com-
putador, a menos que esteja bloqueado e que não responda ao teclado
ou ao rato. Se o computador não responder, mantenha premido o botão
por alguns segundos para forçar o encerramento (isto também se aplica
a computadores portáteis).

Lembre-se de desligar sempre o monitor, se tiver a sua própria fonte de


alimentação e não possuir uma função de poupança de energia (normal-
mente chamado “modo de hibernação” ou “espera”) que se ative auto-
maticamente após um determinado período.

Atenção à temperatura
Especialmente no verão, e sobretudo em dias mais quentes, é relativa-
mente comum a temperatura ambiente superar os 30 graus. Numa sala
a esta temperatura, dependendo do tipo de tarefas que estiver a execu-
tar, no interior do computador podem-se atingir facilmente os 50 graus.
Os equipamentos são penalizados pelas temperaturas extremas, tanto ao ATENÇÃO!
nível do processador como da bateria. Não guarde o portátil
ligado na mochila.
Ao fazê-lo, pode
Para computadores portáteis que funcionam muitas horas seguidas, é facilmente exceder
conveniente usar uma base que facilita a refrigeração. Fala-se em “base a temperatura de
de refrigeração passiva” quando esta evita que o computador fique em funcionamento de
componentes tais
contacto direto com a mesa onde está apoiado, facilitando que o ar cir- como o processador,
cule pela parte inferior do equipamento. Numa base de refrigeração ativa, o que pode causar
uma ventoinha encarrega-se de “forçar” o arrefecimento da máquina. avarias, por vezes
irremediáveis.

26
A O aparelho mais indicado para si

Também é muito importante manter o computador limpo. O pó obstrui o


sistema de dissipação de calor e torna o arrefecimento mais difícil.

Para evitar avarias, os processadores mais modernos já estão preparados


para reduzir o desempenho do computador quando são detetadas tem-
peraturas excessivas no equipamento.

A ventoinha “força”
o arrefecimento da
máquina

Ter os manuais à mão


Nunca deite fora os manuais do computador e dos periféricos. Conserve,
também, se possível, a embalagem; poderá ter de enviar o computador
para a assistência técnica ou de o transportar para outro lugar.

Sempre que existam, guarde os CD e/ou DVD dos diferentes programas,


mesmo após a sua instalação. Poderá ter de recorrer a eles para reinsta-
lar os programas novamente.

Por fim, atualize os controladores dos dispositivos, visitando os sites dos


fabricantes. Certifique-se de que escolhe e descarrega a versão correta
para o seu sistema operativo.

27
A

CAPÍTULO 2
OS SISTEMAS
OPERATIVOS
2.1 O Windows
Compreender e trabalhar com a maioria
das funções do sistema operativo mais
comum.

2.2 O macOS
Principais diferenças face ao Windows.
Toda a informação sobre como trabalhar
se optar por um computador da Apple.

2.3 O Linux
Uma perspetiva sobre o ambiente Linux como
alternativa aos sistemas operativos mais
populares.
A

Utilizar um computador é cada vez mais fácil. Apesar da


complexidade e da grande quantidade de tarefas que
pode executar, tirar partido de qualquer PC é, à partida,
um processo simples: basta não se lançar às cegas para
evitar os erros comuns de quem não está familiarizado
com a tecnologia.

A simplicidade de utilização do computador tem sobre-


tudo que ver com a própria evolução dos sistemas ope-
rativos. Estes têm sido desenvolvidos com o objetivo de
simplificar as tarefas aos seus utilizadores. E, embora
existam diferenças, todos os sistemas operativos per-
mitem uma utilização satisfatória do equipamento.

Neste capítulo vamos explorar a utilização no dia-a-dia


dos sistemas operativos mais comuns, com maior inci-
dência no Windows e no macOS, mas também apre-
sentando uma pequena perspetiva do Linux. Oferece-
mos soluções para problemas comuns (por exemplo,
como recuperar um ficheiro acidentalmente apagado)
e mostramos como usar alguns dos recursos básicos.

Nas fichas que se seguem, espaço ainda para informa-


ções vitais. Entre outras, ensinamos a fazer e a manter
cópias de segurança (backups) atualizadas, tarefa que
lhe poupará muitas dores de cabeça no caso de ter pro-
blemas com o seu computador.
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 2.1

O Windows
Os sistemas operativos da Microsoft são os mais difundidos porque estão
presentes em quase todos os computadores… que não sejam da Apple.
Uma das principais explicações para esta popularidade é a sua longa his-
tória: o lançamento do primeiro Windows data de 1985.

Nesta ficha iremos explorar o Windows 10, versão do Windows que se


destaca por permitir a partilha do sistema operativo entre computado-
res e tablets, uma combinação ideal para os híbridos referidos no capítulo
anterior (veja a página 13).

O menu Iniciar
Este é o ponto de partida para trabalhar com o sistema operativo Windows.
Por outras palavras, se o Painel de Controlo é uma espécie de painel de
instrumentos, o botão Iniciar é a chave de ignição do sistema. Ao pressio-
nar este botão, representado por um ícone com a janela que caracteriza
o logótipo da Microsoft, localizado no canto inferior esquerdo do ecrã 1 ,
aparece um menu que permite aceder rapidamente às ferramentas mais
úteis do sistema.

2 7 8

5 4

10

30
A Os sistemas operativos

O botão Iniciar está presente em versões anteriores desde o Windows 95,


mas a partir do Windows XP o seu papel tornou-se ainda mais importante.

Aceder aos programas


Os programas são apresentados em três secções: na primeira, aparecem
os programas adicionados recentemente 2 ; segue-se a elencagem dos
programas que são utilizados com maior frequência 3 ; depois, são mos-
trados todos os programas, organizados por ordem alfabética 4 .

O ícone do utilizador
Esta é a imagem que identifica o utilizador que está a usar o computador
nesse momento. Se pressionar este ícone ( 5 ), pode modificar as confi-
gurações da conta (alterar a palavra-chave, o tipo de conta, etc.), bloquear
a sua sessão e até terminá-la. O bloqueio da sessão é importante para a
sua segurança. Veja, no capítulo 8 (páginas 172 e seguintes), outros con-
selhos para manter a sua navegação segura.

Explorador de Ficheiros
Para consultar as suas pastas e os seus ficheiros, carregue em 6 . Assim,
irá abrir o Explorador de Ficheiros.

Calendário
Em 7 encontrará informações sobre o dia do mês e o dia da semana em
que se encontra. Caso tenha eventos agendados, poderá pré-visualizar o
seu evento sem que tenha de abrir a aplicação. No entanto, para consultar
todos os detalhes, terá de pressionar o ícone e abrir a app.

E-mail
Tal como acontece com o Calendário, se tiver a conta
do seu correio eletrónico configurada, poderá também ORGANIZAR O ECRÃ
saber de forma prática se recebeu um novo e-mail sem DO MENU INICIAR
ter de abrir a aplicação. Basta pressionar 8 . O ecrã do menu Iniciar é muito
prático, mas nem sempre é fácil
Definições satisfazer as necessidades de
O ícone da roda dentada 9 contém várias ferramen- todos. Para o organizar à sua
tas úteis de configuração do Windows, que abordare- medida, o Windows permite que
mos em detalhe no próximo capítulo (veja as páginas selecione um programa da lista
54 e 55). e o arraste para o ecrã. Poderá
igualmente remover alguns
Encerrar dos programas presentes ou
Além de permitir desligar o computador, este botão 10 até redimensionar o tamanho
oferece funcionalidades adicionais. A partir dele pode dos blocos apresentados.
suspender o sistema, encerrá-lo ou reiniciá-lo.

31
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O Windows (cont.)
Explorar o computador
Os discos rígidos atuais têm uma capacidade enorme, que permite arma-
zenar milhares de ficheiros. Por isso, para agilizar o funcionamento da
máquina e encontrar facilmente o que procura, em primeiro lugar, é essen-
cial organizar os dados de modo coerente.

Quando se instala um programa, normalmente os ficheiros são guarda-


dos, de uma forma ordenada, em determinadas pastas, mas é comum
que os criados pelos utilizadores sejam guardados aleatoriamente,
por exemplo, no ambiente de trabalho ou até noutra localização menos
óbvia. O Explorador de Ficheiros é a ferramenta que o ajuda a organizar
os ficheiros no computador.

Para abrir o Explorador de Ficheiros, vá ao menu Iniciar e selecione o


ícone com a pasta ou então pressione simultaneamente a tecla com
o logótipo do Windows e a tecla E. Também se abrir uma pasta qual-
quer (Documentos, Música, etc.) acede imediatamente ao Explorador
de Ficheiros.

4
3

32
A Os sistemas operativos

No painel da esquerda (veja a página anterior), encontra uma área com a


estrutura das pastas. Para visualizar o conteúdo de cada pasta, selecione-a
na coluna da esquerda ou faça duplo clique sobre ela na coluna da direita.

No canto inferior direito da janela 1 pode alternar entre a visualização dos


ícones e a visualização dos detalhes dos ficheiros. Em 3 , pode obser-
var a lista de opções de visualização acessíveis ao selecionar o separa-
dor Ver 2 .

Se escolher o tipo de vista Detalhes, obterá uma lista dos ficheiros e as


suas propriedades. Para ordenar a lista, selecione o critério por que prefere
fazê-lo nos cabeçalhos das colunas (por exemplo, Nome, Data, Tamanho,
etc.).

A possibilidade de se mudar rapidamente de um tipo de vista para outro,


em função do tipo de ficheiros, é bastante prática. A vista Detalhes, por
exemplo, é útil para comparar diferentes versões de um documento pela
data de modificação. A vista Ícones grandes facilita a identificação de
ficheiros de fotos ou vídeos, enquanto a vista Lista maximiza o número
de ficheiros que podem ser apresentados na janela. Dedique algum tempo
a experimentar os diferentes tipos de vista para saber qual o mais ade-
quado a cada situação.

Em Opções 4 , poderá configurar uma série de parâmetros que se apli-


cam a todas as pastas do sistema. Por exemplo, pode decidir que sejam
exibidos os ficheiros ocultos ou as extensões dos ficheiros, etc.

Para mover um ficheiro de uma pasta para outra,


basta arrastá-lo para a pasta de destino. Se esta
não estiver visível no ecrã (por exemplo, por-
que é uma subpasta de uma pasta que não está
expandida), arraste o ficheiro para cima da pasta
na lista à esquerda onde é mostrada a árvore
dos ficheiros e pastas. Não solte o botão do rato
até que aquela se expanda e que consiga ver as
suas subpastas. Se mudar de ideias e desejar
manter o ficheiro no local original, mova o rato
para outra parte do ecrã até que este mostre um
sinal de proibido; solte, então, o botão. Também
pode completar a ação e, em seguida, esco-
lher Organizar > Desfazer para a cancelar (para
o mesmo efeito, também pode usar a combina-
ção de teclas Ctrl + Z).

33
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O Windows (cont.)
Propriedades dos ficheiros
O disco rígido contém milhares de ficheiros que são usados pelo Windows
e por outros programas para executar tarefas. Os ficheiros também podem
ser criados pelo utilizador a partir de aplicações e usados para guardar
dados, como é o caso dos documentos de texto ou das folhas de cálculo.
É importante distinguir os diferentes tipos de ficheiros e conhecer as suas
características, para saber quais são os programas que lhes estão asso-
ciados. Vejamos como fazê-lo.

A opção Propriedades apresenta uma série de detalhes importantes


sobre os ficheiros, as pastas e os programas armazenados no disco rígido
(os metadados). Por exemplo, no caso dos ficheiros, podemos saber o
seu tamanho, a sua localização (ou seja, a pasta onde estão guardados)
e as datas de criação e da última modificação. Para aceder a esta informa-
ção, pressione com botão direito do rato o ficheiro e escolha Propriedades.
A imagem abaixo dá um exemplo dos dados apresentados. Veja a legenda
desta imagem na página seguinte.

34
A Os sistemas operativos

1 Nome do ficheiro. A partir desta janela pode alterar a designação do


ficheiro. Para sistemas operativos anteriores ao Windows 10, os nomes
apenas podem ter um comprimento máximo de 256 carateres.

2 Tipo de ficheiro e aplicação que o abre. Aqui é possível alterar a aplica-


ção associada por predefinição ao ficheiro. Muitos ficheiros (por exemplo,
de texto ou imagens) podem ser abertos por mais do que uma aplicação.

3 Localização. Onde está guardado o ficheiro e respetivo tamanho.

4 Referências de tempo, como a data e a hora em que o ficheiro foi


criado, modificado e a última vez a que foi acedido.

5 Atributos atuais, que podem ser modificados. Os ficheiros só de lei-


tura não podem ser alterados (só será possível efetuar alterações se criar
um duplicado e atribuir um nome diferente). Os ficheiros ocultos não são,
em princípio, exibidos no Explorador de Ficheiros – mas isso não signi-
fica que não existam.

Dependendo do tipo de ficheiro, o Windows inclui algumas funcionalida-


des adicionais com opções mais avançadas que permitem obter outras
informações.

Se se tratar de um atalho, na janela das Propriedades, aparece uma aba


adicional com o local onde se encontra o ficheiro original a que faz refe-
rência. Ao escolher Abrir Localização do Ficheiro, irá ser direcionado para
a pasta onde está o ficheiro original. No campo Tecla de atalho, é possí-
vel definir uma combinação de teclas que permitirá executar diretamente
o atalho.

A pesquisa de ficheiros
Dada a quantidade de informação que pode ser armazenada no disco
rígido, é frequente, mesmo para os mais organizados, não se recordar
onde se encontra determinado ficheiro. A funcionalidade de pesquisa do
Windows está concebida para o ajudar nestas situações.

Como funciona
O Windows realiza as pesquisas com rapidez e eficácia. Mesmo que tenha
conhecimento da localização do ficheiro ou da aplicação de que necessita
para o abrir, será mais rápido fazer uma pesquisa do que navegar pelo
Explorador de Ficheiros.

35
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O Windows (cont.)
As operações de pesquisa estão disponíveis partindo de dois méto-
dos diferentes: através do menu Pesquisar (representado com o sím-
bolo de uma lupa 1 ) ou a partir do campo de pesquisa do Explorador
de Ficheiros 2 .

3
1

O acesso à pesquisa a partir da lupa é a forma mais rápida. Pode ser usado
mesmo quando as aplicações estão abertas e está a trabalhar nelas.
Assim, é possível, por exemplo, pesquisar ficheiros de música enquanto
trabalha num documento de texto.

Fazer uma pesquisa é bastante simples: basta pressionar o botão


Pesquisar e escrever o que procura 3 . O sistema começa a reconhecer
as palavras digitadas e apresenta várias opções ao utilizador.

Método de pesquisa alternativo


Todas as janelas do Explorador de Ficheiros têm um campo de pesquisa
integrado 4 (veja a imagem na página seguinte). As opções disponíveis
são idênticas às que pode encontrar no menu Pesquisar. A diferença é que,
neste caso, os resultados se referem apenas à pasta selecionada nesse
momento 5 , bem como a todos os ficheiros e subpastas nela contidos.
A janela de resultados não é diferente da do Explorador de Ficheiros; de
facto, pode executar as mesmas operações com os ficheiros encontra-
dos, como mover, copiar, apagar ou executar.

36
A Os sistemas operativos

A RAZÃO PARA TANTA RAPIDEZ


Ao usar, pela primeira vez, a função mostrar resultados mais rapidamente.
de pesquisa do Windows, salta à vista Este índice é criado no final do processo
a rapidez com que os resultados são de instalação do sistema operativo e leva
exibidos. Isto deve-se ao facto de os algum tempo a ficar concluído, o que
ficheiros armazenados no disco rígido pode sugerir uma aparente lentidão do
serem indexados: ou seja, existe uma sistema. Posteriormente, sempre que
base de dados com várias informações for criado um novo ficheiro, este será
sobre todos os ficheiros que a ferramenta indexado, permitindo que a base de dados
de pesquisa do Windows usa para esteja permanentemente atualizada.

Copiar e colar
Sempre que vemos um vídeo, um documento de texto ou uma imagem
ou quando ouvimos uma música, o que estamos a experimentar, na rea-
lidade, é fruto de uma longa lista de zeros e uns. Esta é, simplesmente,
a natureza do mundo digital, também conhecida por sistema binário.

Uma das vantagens deste sistema de numeração é que, usando a área


de transferência (em inglês, “clipboard”), é fácil mover o conteúdo de uma
aplicação para outra: por exemplo, pode criar um desenho no programa
Paint e colá-lo num documento de texto aberto no WordPad. Esta fun-
cionalidade é comum a muitas aplicações do Windows e permite criar
documentos que combinem conteúdos de fontes diferentes.

37
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O Windows (cont.)
Como funciona a ferramenta
Independentemente do programa que utiliza, a ferramenta Copiar permite
selecionar um objeto e armazená-lo na memória do sistema. No Paint, por
exemplo, pode usar a função Selecionar 1 (associada a um ícone repre-
sentado por um retângulo pontilhado) para definir uma área.
Escolha o ícone, depois pressione com o botão esquerdo do
rato a imagem e arraste o ponteiro até enquadrar a área que SEM TIRAR AS MÃOS
deseja copiar. DO TECLADO
Na maioria das
Uma vez dado este passo, escolha Copiar 2 , opção situada aplicações, em vez de
junto da ferramenta de seleção. A parte da imagem escolhida aceder à função de cópia
será armazenada na área de transferência (parte da memó- selecionando Editar >
ria reservada do Windows). Pode, então, transferi-la para Copiar, pode pressionar
outra aplicação, colocando-a, por exemplo, num documento as teclas Ctrl + C que o
de texto ou numa apresentação e usando a opção Colar 3 . resultado será idêntico.
(veja a imagem na página seguinte). Da mesma forma, para
colar, em vez de escolher
Atalhos de teclado Editar > Colar, pode usar
Quando se arrasta um item de uma janela do Explora- as teclas Ctrl + V.
dor de Ficheiros para outra, dentro da mesma aplicação
(por exemplo, um parágrafo de texto de um documento word

38
A Os sistemas operativos

de um local para outro), existem algumas combinações


de teclas que podem ser bastante úteis. OUTROS ELEMENTOS
As operações Copiar e Colar
››Se mantiver pressionada a tecla Ctrl enquanto pres- podem ser realizadas não só
siona o botão esquerdo do rato e arrasta um elemento, com o conteúdo de documentos,
este será copiado para o local de destino quando soltar mas também com ficheiros e
o botão do rato. Por outro lado, se pressionar Alt em pastas. No entanto, se tentar
vez de Ctrl, irá criar um atalho para o item. Se nenhuma mover ficheiros ocultos ou
tecla for pressionada, o objeto será movido. de sistema, necessários para
o normal funcionamento do
››Para copiar e colar também pode ser usado um menu Windows ou outros programas,
de contexto, pressionando com o botão direito do rato o sistema irá impedi-lo
e selecionando o comando apropriado (Copiar, Cortar, de o fazer.
Colar, Apagar e Criar atalho). Este método aplica-se a
todos os ficheiros e a todas as pastas.

Apagar e recuperar ficheiros


Apagar ficheiros é uma das operações mais usadas quando se pretende
obter espaço adicional no disco rígido. O Windows oferece uma série de
funcionalidades especializadas na recuperação de ficheiros apagados por
engano caso se deixe “entusiasmar”.

39
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O Windows (cont.)
Apagar ficheiros
Para apagar um ficheiro, tem várias opções: selecione-o, cli-
cando nele, e pressione a tecla Del (nalguns casos, Delete); 1
também pode pressioná-lo com o botão direito do rato e esco-
lher a opção Eliminar; em alternativa, escolha o ficheiro ou a
pasta e arraste o respetivo ícone para a Reciclagem (repre-
sentada por um caixote). O resultado de qualquer uma destas
operações é sempre o mesmo: o ficheiro (ou a pasta)
em questão passa para a Reciclagem. Esta é uma área
protegida do disco rígido, a partir da qual os ficheiros
“apagados” podem ainda ser resgatados. Isto signi-
fica que esta operação não “elimina” efetivamente os
ficheiros, ou seja, estes continuam a ocupar espaço
no computador.

A boa notícia é que, se apagar um ficheiro por engano,


ainda pode reavê-lo. Só quando se “despeja o lixo” 2
(selecionando Esvaziar Reciclagem 1 ) é que se recu-
pera o espaço ocupado pelos ficheiros apagados.

3
Para definir a quantidade de ficheiros e pastas que
podem ser guardados no “caixote” e solicitar que seja
avisado sempre que está a apagar algo, pressione com
o botão direito do rato na Reciclagem. Em seguida,
escolha Propriedades. Nesta janela, pode especificar o
tamanho da Reciclagem 2 e escolher se quer ou não OUTRAS FORMAS DE APAGAR
que seja exibida uma mensagem de aviso para confir- UM FICHEIRO
mar a eliminação de ficheiros e pastas 3 . Quando abre ou guarda um
documento em qualquer
Como recuperar um ficheiro aplicação, esta exibe uma
Por vezes, acontece apagar-se um ficheiro (ou uma caixa de diálogo que pode ser
pasta) sem se querer efetivamente fazê-lo ou então usada para aceder às pastas
arrepender-se depois da operação. Se ainda não nas várias unidades de disco.
“despejou o lixo”, é possível recuperá-lo. Basta abrir a Se necessitar de apagar um
Reciclagem com um duplo clique e selecionar o ficheiro ficheiro nesse momento,
que deseja recuperar a partir da lista (pode selecionar pode fazê-lo, selecionando-o
vários ficheiros e recuperá-los em simultâneo). Depois, com o rato e pressionando
pressione o botão Restaurar os itens selecionados 4 a tecla Del (Delete).
ou Restaurar todos os itens 5 (veja a imagem na
página seguinte, em cima).

40
A Os sistemas operativos

5 4

ATENÇÃO!
Depois de esvaziar
a Reciclagem, os
ficheiros apagados não
podem ser recuperados
através dos utilitários
do próprio Windows.

Cópias de segurança (backups)


É sempre aconselhável ter cópias dos ficheiros importantes, PARA OS MAIS
porque, além de estes poderem ser apagados acidentalmente, AVENTUREIROS
podem ocorrer outros incidentes, como, por exemplo, uma falha Para apagar um
no funcionamento do disco rígido, a perda ou o roubo do com- ficheiro de forma
putador, etc. Salvar os ficheiros num disco rígido externo ou definitiva, sem passar
numa memória externa (por exemplo, uma pen USB) é uma das pela Reciclagem,
melhores soluções. Mas é preciso alguma disciplina para conse- mantenha pressionada
guir fazê-lo de forma sistemática. a tecla Shift
enquanto o apaga.
São vários os métodos que permitem criar cópias de segu- Assim, o ficheiro
rança. Pode, por exemplo, habituar-se a copiar diariamente a será imediatamente
biblioteca Documentos para um disco externo, ou então usar eliminado e não
a ferramenta de cópias de segurança do Windows. Para tal, poderá ser recuperado.
aceda no menu Iniciar
a Definições > Atualizar
e Segurança > Cópia
de Segurança. Depois,
pressione Adicionar uma
unidade 6 .

Existem no mercado 6
outras ferramentas de
backup para todas as
versões do Windows,
com funcionalidades e
recursos mais avançados
do que os incorporados
por predefinição no sis-
tema operativo.

41
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 2.2

O macOS
Assim como o Windows, o sistema operativo macOS inclui software para
ler, abrir e até editar diferentes tipos de arquivos e programas para repro-
duzir os formatos mais comuns de música e vídeo.

No entanto, existem pequenas diferenças que, nas ações mais habituais


e instintivas, podem parecer barreiras intransponíveis. Tomemos como
exemplo o hábito de utilizar a tecla Control (Ctrl) no Windows para ace-
der a vários atalhos do teclado: no macOS, a maior parte destes ata-
lhos existe igualmente, mas através da tecla Command (cmd), conhecida
como a “tecla da maçã”, porque anteriormente tinha a imagem do logó-
tipo da Apple. Noutras ações ou tarefas, as diferenças podem obviamente
ser maiores.

Nesta ficha, iremos mostrar como utilizar o seu macOS, mesmo que seja
um utilizador habitual do sistema Windows.

Início
O macOS tem uma interface um pouco distinta dos restantes sistemas
operativos. O Menu da Apple 1 é um pouco mais limitado. Este per-
mite aceder às Preferências do Sistema, o que equivale, no Windows,
às Definições.

2
1 3 4

8 6 7

42
A Os sistemas operativos

A Barra de Menus 2 (veja a imagem na página anterior) encontra-se


sempre no topo do ecrã e varia de acordo com a aplicação que estiver
a usar. O nome do programa está escrito a negrito – e convém verificar
qual o programa selecionado antes de interagir com a Barra de Menus.

A Barra de Estados 3 encontra-se no topo superior direito. É nestes íco-


nes que pode executar funções práticas tais como ligar e desligar o Wi-Fi,
ajustar o volume do som, verificar a duração da bateria ou definir a data
e a hora. O ícone de lupa 4 abre o Spotlight, função que iremos descre-
ver adiante (veja a página 46).

A Dock 5 permite, de forma simples, executar aplicações ou trocar entre


aplicações que estejam a ser usadas. Para adicionar uma aplicação à Dock
abra o ícone pressionando-o com o botão direito do rato (ou com os dois
dedos, se for um touchpad). Depois, selecione Opções > Manter na Dock.

No lado direito da Dock tem acesso a vários atalhos, tais como os


Downloads 6 e o Lixo 7 . Do lado esquerdo, encontram-se atalhos para
iniciar os programas e também o Finder 8 , que abordaremos de seguida.

O Finder
3
O Finder é o equivalente ao Explorador de Ficheiros do Windows,
funcionando de forma semelhante. É usado para visualizar todas as
suas pastas e os seus ficheiros. Quando conecta uma pen USB ao com-
putador, ela aparece na área de trabalho e pode ser consultada através
do Finder.

Em 1 (veja a ima- 1
gem à direita) encon-
tra as opções que 2
lhe permitem alter-
nar o modo de visua-
lização, entre ícones,
lista, colunas e gale-
ria. O espaço 2 abre
caminho para sele-
cionar como pre -
tende organizar os
seus itens. As opções
variam e podem ser
consultadas em 3 .

43
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O macOS (cont.)
Para poder configurar outras preferências do Finder tem de selecionar
Preferências 4 a partir da Barra de Menus.  No macOS, o menu não se
encontra na janela, mas sim no topo do ecrã ao lado do Menu da Apple
(veja o número 1 , da imagem da página 42).

SABIA QUE...?
A razão que leva a que a Barra de Menus esteja sempre no
topo do ecrã (em vez de estar, por exemplo, no topo da janela)
prende-se com estudos de usabilidade. Estes mostraram que,
ao usar o rato, o local mais rápido para aceder era um ponto
fixo no canto do ecrã. Mesmo que o rato tenha de viajar mais,
é mais rápido atingir um canto do que encontrar um menu
localizado no meio do ecrã.

Propriedades dos ficheiros


Com o modo de visualização em colunas, ao selecionar um ficheiro pode
ver de imediato algumas das suas propriedades numa nova coluna que
surge à direita 1 (veja as imagens na página seguinte). Caso a informa-
ção que pretende não esteja representada neste ecrã, pode pressionar
com o botão direito do rato (ou com os dois dedos, se for um touchpad) e
escolher Informações. Desta forma, aparecerá uma nova janela apresen-
tando todos os detalhes do ficheiro 2 .

44
A Os sistemas operativos

A pesquisa de ficheiros
Para agilizar o processo de pesquisa, o macOS
disponibiliza ferramentas específicas 3 seme-
lhantes às referidas para o Explorador de Fichei-
ros do Windows.

Tal como selecionou o modo de visualização na lista de ficheiros, pode


fazer o mesmo para os resultados da pesquisa.

PESQUISA PELO NOME DO FICHEIRO


Ao efetuar uma pesquisa, o sistema irá usar o texto digitado
para procurar quer na designação quer no próprio conteúdo
dos ficheiros, o que pode atrasar um pouco o processo. Se sabe
que o texto que procura corresponde à designação do ficheiro,
use o campo Nome coincide com: 4 .

45
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O macOS (cont.)
Uma funcionalidade interessante é a possibilidade de Guardar 2 a pes-
quisa, tornando-a visível nos Favoritos 3 como se fosse uma pasta.

Outra forma muito útil de pesquisar algo no seu computador é utilizando


o Spotlight. Para lhe aceder, selecione o ícone da lupa na Barra de Esta-
dos (ou recorra ao atalho cmd + barra de espaços).

Esta ferramenta é interessante para executar as aplicações que pretende


utilizar 5 , obter definições de palavras 6 e encontrar os seus ficheiros
no computador 7 .

46
A Os sistemas operativos

Copiar e colar
A aplicação Pré-visualização vem instalada com o macOS e permite abrir
diferentes tipos de ficheiros, desde imagens a PDF. Através desta, pode
copiar uma secção de uma imagem, selecionando com o rato uma deter-
minada área e escolhendo, através do menu, Edição > Copiar 1 .

O Editor de Texto é outro programa que vem instalado com o macOS e que
permite a criação de documentos integrando texto e multimédia. Podemos
colar a imagem cortada anteriormente ao selecionar Edição > Colar 2 .

A TECLA “CONTROL”
NO MAC
O macOS, tal como o
2 Windows, também
possui atalhos de
teclado para copiar
(cmd + C) e colar
(cmd + V). Neste ponto,
a diferença face ao
Windows é o uso da
tecla Command em
vez de Control.

47
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O macOS (cont.)
Apagar e recuperar ficheiros
Para apagar um ficheiro, selecione-o e escolha Mover para o Lixo 1 . Outra ATENÇÃO!
maneira prática é arrastar o ficheiro para o ícone do balde que se encontra Antes de esvaziar o
na Dock. Para eliminar o ficheiro definitivamente, terá de esvaziar o Lixo: lixo, verifique quais
pressione o ícone com o botão direito (ou com os dois dedos, se for um os ficheiros que serão
eliminados. Lembre-
touchpad) e selecione Esvaziar o Lixo 2 . -se de que, depois de
esvaziar o lixo, muito
Para recuperar um ficheiro enviado para o Lixo, abra-o ao pressionar a Dock. dificilmente conseguirá
recuperar os ficheiros.
Selecione o item que deseja recuperar e, com o botão direito (ou os dois Feita a verificação,
dedos) sobre o mesmo, verá surgir um menu. Selecione Repor 3 . escolha Esvaziar 4 .

O Time Machine
O macOS fornece um programa para gerir automaticamente as cópias
de segurança do seu computador. Selecione o ícone das Preferências do
Sistema a partir da Dock e escolha Time Machine 1 (veja a imagem na
página seguinte, em cima).

48
A Os sistemas operativos

Po d e a ti va r o Ti m e
Machine utilizando um
disco externo 2 ou
adquirir o Time Cap-
sule, um disco externo
da Apple que possui a 2
capacidade de se ligar à
sua rede doméstica. Esta
alternativa permite-lhe
a realização de backups
pela rede da sua casa sem
necessitar de ter um disco
constantemente ligado ao
seu computador.

Para recuperar um ficheiro


inadvertidamente eli-
minado, abra o Time
Machine e “navegue no 3
tempo” 3 até encon-
trar o que achava que
se encontrava perdido.
Selecione o que pre-
4
tende recuperar e, depois,
Restaurar 4 .

49
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 2.3

O Linux
Optar por um sistema operativo Linux pode ser interessante se pretender
apenas recorrer ao computador para navegar na internet ou para utilizar
ferramentas de produtividade (por exemplo, editores de texto, folhas de
cálculo ou apresentações – veja o capítulo 4, nas páginas 82 e seguintes).
A grande vantagem deste sistema operativo é o facto de ser gratuito, o
que o pode levar a poupar cerca de uma centena de euros.

Há uma variedade de sistemas operativos Linux que não podem ser


comparados apenas uns com os outros, mas também em termos de
mais recentes ou menos recentes: trata-se de uma “galáxia” em contí-
nua expansão, com muitas variações e derivações, cada uma das quais
vivendo uma história própria.

Linux Mint
Escolhemos o Linux Mint para uma pequena comparação com os restan-
tes sistemas operativos apresentados neste livro. Esta versão de Linux é
“amigável” para o utilizador inexperiente e possui uma boa compatibili-
dade com os equipamentos mais comuns.

1 3
2

50
A Os sistemas operativos

Como podemos conferir na imagem da página anterior, o aspeto visual do


sistema operativo Linux não contrasta muito com o do Windows. Podemos
facilmente encontrar o Menu 1 , a Barra de Ferramentas 2 e a Barra de
Estados 3 , onde se podem executar tarefas rápidas.

O Menu
O Menu do Linux, embora menos
organizado do que o do Windows,
apresenta uma utilização igual-
mente intuitiva. Aqui podemos
4
aceder a uma determinada
pasta do sistema 4 , executar
um programa 5 ou abrir algu-
mas definições, como o Control
Center 6 .

Tal como acontece com os res- 6


tantes sistemas operativos, com 5
o Linux também pode pesqui-
sar de forma simples utilizando 7
a ferramenta de pesquisa 7
disponível no Menu.

O Explorador de Ficheiros
Ao abrirmos uma pasta, veri-
11
ficamos que a interface é 10
semelhante ao Explorador
de Ficheiros do Windows ou
ao Finder no macOS. Do lado 8
esquerdo 8 , pode navegar
entre as pastas predefinidas;
do lado direito 9 , vê o seu
9
conteúdo.

Se não encontrar aquilo que


procura, pode simplesmente
pesquisar por nome 10 ou até
mudar o modo de visualizar os
ficheiros 11 .

51
A

CAPÍTULO 3
PERSONALIZAÇÃO
DO SISTEMA
3.1 Definições do Windows e do macOS
Configuração das funcionalidades básicas
do computador.

3.2 Contas de utilizador


Partilhe o computador com outros utilizadores.

3.3 Organização do ambiente de trabalho


Configure o ambiente de trabalho de acordo
com as suas necessidades.

3.4 Propriedades do ecrã


Veja quais as propriedades do ecrã que
poderá adaptar ao seu tipo de utilização.

3.5 Modificar o aspeto do sistema operativo


Personalizar o sistema operativo
à sua imagem.

3.6 Os atalhos
Como criar, utilizar e gerir os atalhos.

3.7 Acessibilidade
Potenciar o uso do sistema operativo em caso
de limitações ao nível da visão, da audição
ou da mobilidade.

3.8 Poupança de energia


Como ajudar o meio ambiente, poupando
ao mesmo tempo.
A

Qualquer pessoa que use um computador sente, ao


longo do tempo, a necessidade de personalizar o equi-
pamento de acordo com as suas necessidades, nem
que seja apenas a aparência. A generalidade dos uti-
lizadores usa sensivelmente as mesmas aplicações;
por isso, a possibilidade de adequar o sistema ao
gosto pessoal de cada um torna simplesmente a sua
experiência diária mais agradável.

O Windows e o macOS foram concebidos de forma a


serem facilmente personalizáveis pelo utilizador, pelo
menos no que diz respeito ao aspeto gráfico. As altera-
ções possíveis vão desde as mais simples (por exemplo,
alterar as cores) às mais complexas e de difícil acesso
(como a redistribuição dos recursos do processador).

Quando um computador é partilhado por vários uti-


lizadores, o Windows e o macOS permitem que cada
um crie uma conta pessoal e realize as suas próprias
modificações, sem que estas afetem os ajustes feitos
pelos restantes utilizadores, nos seus próprios espaços.
Este é o ponto de partida deste capítulo.

Nas próximas páginas pretendemos ajudá-lo a esco-


lher a configuração mais confortável para si, sob o ponto
de vista estético e ergonómico, e a compreender, pelo
menos a um nível básico, como funciona o Windows e
o macOS. Nas últimas duas fichas, mostramos quais as
ferramentas de acessibilidade ao dispor dos utilizado-
res e truques para poupar energia.

A personalização é uma forma segura de interagir


com o sistema, já que não o danifica, apesar de algu-
mas alterações poderem levar os sistemas operativos
a comportar-se de forma um tanto ou quanto “estra-
nha”, como veremos adiante. Caso isto aconteça, é
sempre possível repor configurações ou mesmo res-
taurar o sistema.
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 3.1

Definições do Windows
e do macOS
Quer o Windows quer o macOS permitem aceder a vários utili­tários que
o ajudam a personalizar o comportamento do sistema segundo as suas
necessidades.
As definições de ambos os sistemas operativos agrupam as ferramentas
por categorias, para facilitar a sua utilização. A maioria das opções con-
tidas serão abordadas nas próximas fichas. De seguida, descrevemos as
funcionalidades mais impor­tantes, que são, regra geral, as que usamos
com mais frequência.

1 Sistema. Nesta secção (Geral, no macOS), encontra um vasto con­


junto de utilitários destinados a gerir opções do sistema e que permitem
a instalação e desinstalação de apli­cações. Além disso, pode escolher aqui
os programas predefinidos para realizar diferentes tarefas, tais como, por
exemplo, especificar qual é o navegador (browser) definido como padrão
para aceder à internet.

2 Dispositivos. Esta secção (no macOS, dispersada em Impressão e


Digitalização, Som e Bluetooth) reúne várias ferramentas usadas para
definir os parâmetros dos dispositivos de som e de hardware. Também
agrupa outras aplicações de gestão do ecrã e de instalação de novos dis-
positivos, como impressoras ou
periféricos Bluetooth.

3 Rede e Internet. A partir deste


módulo (no macOS, resumido a
Rede), pode configu­rar todos os
aspetos das ligações, com ou sem 1 2 3
fios, quer se trate de uma liga-
ção doméstica, empresarial ou à
internet.

4 Personalização (Secretária e 4 5 6
Proteção de Ecrã). Estes módu-
los permitem-lhe executar várias
tarefas relacionadas com o aspeto
gráfico do sistema opera­tivo. Aqui
pode alterar o esquema de cores 7 8
e as imagens usadas, gerir as
miniaplicações do ambiente de

54
A Personalização do sistema

trabalho, persona­lizar a Barra de Tarefas e o menu Iniciar do Windows,


definir os tipos de letra, etc.

5 Contas. Neste módulo (no macOS, dividido em Utilizadores e Grupos e


Controlo Parental), é possível modificar as definições associadas às con-
tas de utilizador do computador. Pode, por exemplo, escolher a imagem
que é exibida no ecrã para cada conta ou as palavras-chave de acesso
ao sistema. Esta secção inclui também uma ferra­menta para configurar o
controlo parental, especialmente concebida para manter sob vigilância a
utilização do com­putador pelos mais novos (leia mais sobre este tema no
capítulo 8, nas páginas 186 e seguintes).

6 Hora e idioma (Data e hora). Também é possível, obviamente, defi-


nir a data e a hora indicada pelo computador. A partir desta secção, pode
selecionar um fuso horário espe­cífico e também escolher o idioma em
que pretende interagir com o seu sistema operativo. Esta opção confi-
gura-lhe todos os menus, as indicações e as informações do sistema de
acordo com a língua selecionada.

7 Facilidade de Acesso (no macOS, Acessibilidade). Esta secção for-


nece ferramentas que facilitam o uso do sistema operativo por pes-
soas com limitações físicas (por exemplo, deficiência visual, auditiva
ou motora). Inclui, entre outras opções, um módulo de reconhecimento
de voz, pro­jetado para que a interação com o sis­tema operativo possa
ser feita sem recurso
ao teclado ou ao rato.
Para mais infor­m ações 1 4 6 8
sobre este tema, con-
sulte a ficha 3.7, nas
páginas 74 e seguintes.
2 2
8 Privacidade. Esta
secção (no macOS, inte-
grada no módulo Pri- 3 2
vacidade e Segurança)
permite configurar algu-
mas propriedades rela-
cionadas com o acesso 5 5 6 7
da sua conta e a parti-
lha dos seus dados em
aplicações tais como a
Localização, o acesso à
Câmara e ao Microfone.

55
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 3.2

Contas de utilizador
Hoje em dia, sobretudo em casa, é frequente um único computador ser
parti­lhado por vários utilizadores. Tanto o Windows como o macOS permi-
tem que cada um deles use e personalize o sistema de acordo com o seu
gosto, sem que isso afete as configurações das outras pessoas que usam
o mesmo equipamento. Todos podem fazer alterações nas suas próprias
contas, mesmo que não sejam administradores. Por outro lado, o admi-
nistrador pode realizar qualquer tipo de modi­ficação em todas as contas,
mesmo que esteja a intervir na de outro utilizador.

O que é uma conta de utilizador?


Trata-se de um perfil individual personalizado, que está ligado a cada um
dos utiliza­dores do computador. Existem três diferentes tipos de contas.

Administrador
A conta do administrador permite que o utilizador tenha controlo total:
pode instalar e desinstalar programas, criar e apagar outras contas
de utilizador e alterar as configurações. O sistema deve ter sempre, pelo
menos, uma conta de administrador, mas nada impede que haja mais
do que uma.

56
A Personalização do sistema

Utilizador-padrão
Este tipo de conta é o mais indicado para a maioria dos utilizadores. A van­
tagem é que se evita a eliminação acidental (ou intencional) de ficheiros
essenciais para o funcionamento dos sistemas e a alteração das configu­
rações dos outros utilizadores. Para instalar programas, é necessário usar
os dados da conta do administrador (e a respetiva palavra-chave), o que
reforça ainda mais a segurança e a estabilidade do sistema.

Convidado
Apenas disponível no macOS 1 , é uma conta de acesso temporário para
quem precisa de usar o computador de uma forma esporádica. Tem mais
limi­tações do que as contas de utilizador-padrão, mas não requer a intro­
dução de uma palavra-chave. Usando uma conta de convidado, o utiliza-
dor pode fácil e rapidamente aceder ao computador para realizar ope-
rações genéricas, tais como navegar na internet, escrever ou imprimir
docu­mentos, por exemplo. Por predefinição, esta conta está desativada.
Só é pos­sível ativá-la a partir de uma conta de administrador.

EFETUAR ALTERAÇÕES NO MAC


Para realizar alterações às definições no macOS tem de
desbloquear o acesso pressionando o ícone do cadeado 2 .
Apenas as contas do tipo administrador possuem permissões
para o fazer. É solicitada a palavra-chave da conta para efetuar
o desbloqueio.

57
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Contas de utilizador (cont.)


Criar ou modificar uma conta no Windows
Só o administrador do sistema pode criar ou modificar contas. Nas defi-
nições, selecione Contas e escolha Família e outras pessoas 1 . Pode
optar por Adicionar um membro da família 2 ou Adicionar outra pessoa
a este PC 3 .

Dado este passo, pode sempre alterar o tipo de conta para um determi-
nado utilizador. Para tal, selecione Alterar tipo de conta 4 e opte entre
Utilizador Padrão ou Administrador.

Criar uma conta no macOS


Após desbloquear o acesso de forma a permitir efetuar alterações, o pro-
cesso de criação de conta é muito simples: selecione + 5 (veja a ima-
gem na página seguinte) e introduza os dados no formulário apresentado.
A seleção do tipo de conta é realizada no primeiro campo do formulário 6 .

58
A Personalização do sistema

Como funciona uma conta?


Se um computador tiver duas ou mais contas, independentemente do sis-
tema operativo que tenha instalado, durante o arranque o utilizador pode
escolher com que conta deseja aceder ao sistema. Selecione a pre­tendida
e introduza, se necessário, a palavra-chave. De seguida, será carregado o
perfil de utilizador respetivo.

59
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Contas de utilizador (cont.)

As contas têm aspetos personalizáveis, uns mais triviais (como o fundo


do ambiente de trabalho ou o tamanho dos ícones) e outros mais impor-
tantes (por exemplo, quando o utilizador navega pela internet, está dis-
ponível a lista de sítios web favoritos desse utilizador, mas não a dos
restantes).

Além disso, este sistema de perfis pessoais facilita a gestão de ficheiros:


a pasta Documentos contém apenas os que foram criados por cada utili­
zador. Assim, quando alguém guarda um ficheiro na pasta Documentos,
este só será acessível a si. Se outro utilizador aceder com o seu próprio
perfil a Iniciar > Documentos, essa pasta irá conter apenas os arquivos
criados por ele e não os de qualquer outra pessoa. Por outro lado, se qui-
ser que deter­minados ficheiros (por exemplo, fotos de férias) fiquem
acessíveis aos outros utilizadores, basta sim­plesmente copiá-los para a
pasta Documentos Públicos 1 (Partilha, no macOS) – veja as imagens
da página seguinte. Deste modo, ficam visíveis para todos os que ace-
dam ao computador.

60
A Personalização do sistema

61
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 3.3

Organização do ambiente
de trabalho
O ambiente de trabalho é um dos pontos de partida para ace­der às diver-
sas funcionalidades do sistema. É personalizável a vários níveis, desde
a simples mudança de cores à alteração da localização dos ícones.

Os ícones
No Windows, para mover um ícone para outra zona do ecrã, clique e man-
tenha premido o botão esquerdo do rato enquanto arrasta o ícone para a
nova localização. Certifique-se de que a opção Dispor ícones automati-
camente está desa­tivada (pressione com o botão do lado direito e aceda
ao menu Ver); caso contrário, o sistema operativo organiza automatica-
mente as posições.

Além de os colocar livremente em qualquer ponto do ambiente de trabalho,


pode orga­nizar os ícones de acordo com vários critérios. Para isso, pres-
sione na imagem de fundo com o botão direito do rato e escolha a opção
Ordenar por > Nome, Tamanho, Tipo de item ou Data de modificação.

Como é muito provável que o espaço do ambiente de trabalho fique cheio


rapidamente, tanto de atalhos como de aplicações, é desejável manter
uma certa organização. Caso contrário, a facilidade de acesso aos ficheiros
e a utilização do computador poderão tornar-se difíceis, especialmente se
usar uma resolução de ecrã elevada.

62
A Personalização do sistema

Usar pilhas
O macOS possui uma opção que permite a gestão automática dos ícones
do ambiente de trabalho. Para meter “ordem na casa”, pressione com o
botão direito do rato (ou com os dois dedos, se for um touchpad) numa
área livre e selecione Usar pilhas 1 . Assim, todos os itens são organi-
zados por categorias. Deste modo, ao selecionar uma delas expõe no
ambiente de trabalho apenas os elementos dessa categoria 2 .

1
2

63
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 3.4

Propriedades do ecrã
A compatibilidade entre a placa gráfica e o monitor permite ao utilizador
configurar, de forma mais fácil, alguns parâmetros bási­cos, como o brilho
e o contraste, ou outros mais avançados, como o tamanho da imagem e a
profundidade da cor, bem como a taxa de atualização (ou, na gíria, “refres-
camento”) e a resolução.

Resolução
A resolução do ecrã corresponde ao número máximo de píxeis (pontos
que compõem a imagem) que podem ser exibidos horizontal e vertical-
mente no ecrã. Para obter uma imagem nítida, tem de usar resoluções
maiores, em função do tamanho do ecrã e da distância a que vai usá-lo.
Quanto mais perto estiver, maior tem de ser a resolução, para manter a
nitidez da imagem.
A principal vantagem das resoluções mais elevadas é permitir a exibição
de um maior número de ele­mentos dos programas, como barras de fer-
ramentas, menus flutuantes, paletas, etc. Uma resolução alta permite, por
exemplo, mostrar mais conteúdo numa página web ou num documento de
texto ou até ter várias aplicações visíveis simultaneamente. Uma maior
resolução é especialmente útil para aplica­ções de escritório e de dese-
nho gráfico.

PROTEÇÃO DE ECRÃ
A proteção de ecrã (screensaver) foi originalmente concebida
para evitar que os monitores se danificassem por exposição
a uma imagem parada, quando, por exemplo, se deixava
o com­putador ligado durante um longo período com a
mesma imagem no ecrã. Com os monitores LCD modernos,
os screensavers já não são necessários. No entanto, a sua
popularidade ainda é grande, especialmente como forma
de entretenimento, segurança contra olhares indiscretos
ou apenas por questões estéticas.
Para alterar a proteção de ecrã no Windows, aceda a
Definições > Personalização e selecione a opção Ecrã de
bloqueio. No caso do macOS, abra as Preferências do Sistema >
Secretária e Proteção de Ecrã e selecione Proteção de Ecrã.

64
A Personalização do sistema

Se a resolução do sistema leva a que os ícones e outros elementos gráfi­


cos fiquem muito pequenos, é possível aumentar o tamanho destes,
mantendo a resolução, de modo a evitar este problema.

Modificar as propriedades do ecrã


Se quiser, por exemplo, alterar a resolução do ecrã no Windows, aceda a
Definições > Sistema > Ecrã 1 .

No campo Resolução 2 , selecione a opção pretendida na lista suspensa.


Também pode escolher a orientação apropriada para o tipo de monitor
que estiver a usar.

65
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Propriedades do ecrã (cont.)


Para executar a mesma tarefa no macOS terá de entrar nas Preferências
do Sistema e depois em Monitores. Na maior parte dos casos, a resolu-
ção desejada é a Predefinição do monitor 3 . Contudo, caso prefira uma
resolução específica, selecione Proporcional 4 e escolha uma das reso-
luções listadas 5 .

3
4

RESOLUÇÃO NATIVA PARA OS LCD


Os monitores LCD oferecem um melhor
desempenho quando configurados para
tra­balhar com a sua resolu­ção nativa, ou seja,
a resolução máxima que podem suportar.

66
A Personalização do sistema

SUGESTÃO
Se comprou um monitor novo, mas ainda
não se desfez do antigo, verifique se a placa
gráfica suporta o modo dual e depois tente
ligar os dois ecrãs. Manter ambos pode
revelar-se útil em várias situações.

Usar mais do que um ecrã em simultâneo


Quase todas as placas gráficas permitem usar dois monitores de
forma simultânea ou alternada. Pode usar os dois monitores como se
fossem um só, visuali­zando diferentes aplicações ou partes de aplicações
em cada um deles, de forma independente, ou então duplicar a imagem
em dois ecrãs.

São várias as vantagens do uso de dois monitores. Por exemplo, pode


exibir no monitor principal a área de trabalho do Photoshop e no monitor
“satélite” a paleta de ferramentas. Outro exemplo: durante uma apresenta-
ção de diapositivos, pode mostrar parte do ecrã no monitor que está dire-
cionado para o público e orientar outro monitor para si, de forma a manter
alguma informação reservada, como é o caso da duração da apresenta-
ção ou das notas que não quer que sejam expostas aos assistentes (veja
mais sobre apresentações nas páginas 98 e seguintes).

67
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 3.5

Modificar o aspeto
do sistema operativo
Um tema é um conjunto predefinido de opções relacionadas com a apa-
rência do Windows: o fundo do ambiente de trabalho, a forma e a cor das
janelas, os sons, etc. Além dos temas-padrão incluídos neste sistema
operativo, é possível descarregar outros da internet, com os mais varia-
dos aspetos.

Para alterar o tema que vem predefinido, aceda a Definições > Persona-
lização > Temas e selecione os parâmetros que pretende modificar: Ima-
gem de fundo, Cor, Sons ou Cursor do rato 1 .

De seguida, escolha um dos diferentes temas para visualizar o seu aspeto.


Se pressionar Obter mais temas na Microsoft Store 2 , terá a opção de
descarregar temas adicionais a partir da loja online da Microsoft.

1
5

11
3
4

68
A Personalização do sistema

Modificação do aspeto do Windows


Além dos temas, a personalização do Windows também passa pela
alte­ração de outros elementos, como os ícones ou os ponteiros do rato.
Pode, inclusivamente, por exemplo, alterar o tamanho do texto se este
for muito pequeno (o que acontece quando se usam resoluções muito
elevadas).

Se quiser alterar o aspeto dos ícones, escolha Definições do ícone


do ambiente de trabalho 3 (veja a imagem na página anterior). De
seguida, selecione o ícone em questão e pressione o botão Alterar
ícone… Pode ainda definir quais os ícones que devem aparecer no ecrã,
marcando-os na secção Ícones do ambiente de trabalho.

Se selecionar Cursor do rato 4 , pode alterar o aspeto dos ponteiros ou


atribuir-lhes uma imagem dife­rente. Tem a possibilidade de usar qualquer
imagem, desde que o formato tenha as extensões .ani (de “animação”)
ou .cur (de “cursor”). Muitos sites na internet oferecem cole­ções de pon-
teiros para descarregar.

A imagem a ser exi­bida como fundo do ambiente de trabalho também é


personali­zável. Escolha Imagem de fundo 5 . Mais uma vez, opte entre um
dos muitos já incluídos no Windows ou personalize a sua escolha, usando
outra imagem que seja do seu agrado.

69
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Modificar o aspeto
do sistema operativo (cont.)
Modificação do aspeto do macOS
O macOS não possui o mesmo conceito de temas do Windows, pelo que
a personalização do ambiente de trabalho é um pouco limitada. No entanto,
o sistema operativo da Apple disponibiliza um conjunto de configura-
ções que permite, ainda assim, a modificação do aspeto do ambiente de
trabalho.

8
9
10

Abra Preferências do Sistema > Geral e selecione o tipo de Apresentação.


Pode optar entre tons claros ou escuros 8 . Esta escolha modifica intei-
ramente a visualização do seu ambiente de trabalho.

Outros aspetos que pode modificar são a Cor de realce 9 e a Cor de


Destaque 10 . Enquanto a cor de realce altera todas as cores dos botões
e de elementos onde são possíveis as ações, as cores de destaque ape-
nas alteram a tonalidade de um item selecionado.

70
A Personalização do sistema

Configuração do som
O arranque e o encerramento do computador, a receção de correio ele-
trónico e muitos outros even­tos do Windows estão associados a um som
específico. Cada um deles também é personalizável a partir da opção
Sons, localizada no módulo Temas referido atrás (veja o número 11 na
imagem da página 68). É possível escolher uma combinação de sons pre-
definida ou associar um toque a cada evento de forma individual. Para tal,
selecione o evento desejado e pressione o botão Procurar… 12 .

Antes de definir o som que pretende associar à ação, pode testá-lo,


ouvindo-o. Para isso, carregue em Testar 13 . Feita a escolha, selecione
Aplicar 14 para ativar a mudança.

13 12

14

O formato aceite para os sons do sistema é o padrão do Windows (com a


extensão .wav). Se quiser usar um ficheiro MP3, deve primeiro convertê-
-lo para aquele formato. O sistema operativo da Microsoft não fornece
a possibilidade de converter ficheiros de áudio; no entanto, pode instalar
ferramentas que realizam a conversão de forma rápida e prática, algumas
das quais estão, por exemplo, disponíveis online.

71
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 3.6

Os atalhos
2
Os atalhos (ou alias, no macOS) são uma forma prática de manter a infor-
mação organizada e funcional, de acordo com as necessidades de cada
utilizador. Trata-se de pequenos ficheiros (com cerca de 1 Kb) que per-
mitem um acesso rápido a qualquer elemento do sistema: um programa,
uma pasta, um documento, a impressora, etc.

A pequena seta no canto inferior esquerdo indica que o ícone representa


um atalho, ou seja, não é um ficheiro normal. Clicar duas vezes sobre um
atalho equivale a fazê-lo sobre o ícone da aplicação ou do ficheiro ori-
ginal ao qual está ligado. A vantagem é que se
podem criar vários atalhos a partir de um único
ficheiro e colocá-los nas pastas que se desejar,
de forma a tê-los sempre “à mão”, sem alterar
a localização do ficheiro original.

Por exemplo, pode criar atalhos no ambiente de


trabalho para os programas que usa com mais
frequência ou para os documentos em que
está a trabalhar naquele momento e que estão
armaze­nados na pasta Documentos (ou outra),
para lhes aceder mais rapidamente.

Outra vantagem dos atalhos é que, quando já


não são necessários, podem ser apagados com
segurança (por exemplo, para manter arrumado
o ambiente de trabalho), sem que isso afete o 1
ficheiro original.

2
1

72
A Personalização do sistema

Como criar um atalho


Abra o Explorador de Ficheiros (ou o Finder, no caso do macOS) e localize
o ficheiro, a pasta ou o programa para onde pretende criar um atalho. Pres-
sione-o com o botão direito do rato e escolha Criar atalho 1 (ou Criar alias,
no macOS) – veja as imagens na página anterior. O atalho (ou alias) será
criado na mesma pasta onde o elemento original reside 2 . Depois, basta
copiá-lo ou arrastá-lo para outro local.

Criar um atalho no ambiente de trabalho


Localize o ficheiro, a pasta ou o programa para onde pretende criar o ata-
lho, usando o Explorador de Ficheiros. Caso não saiba onde se encontra
o ficheiro, a pasta ou o programa que pretende, recorra à função de pes-
quisa (veja o capítulo anterior, nas páginas 35 e 45). Uma vez encontrado
o ficheiro, selecione-o com botão direito do rato e escolha Enviar para >
Ambiente de tra­balho (criar atalho) 3 .

Se preferir, pode pressionar Iniciar, aceder ao ficheiro ou ao programa pre­


tendido a partir deste menu e arrastar o seu ícone para o ambiente de tra-
balho, enquanto prime a tecla Alt.

73
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 3.7

Acessibilidade
É normal pensar-se que as opções de acessibilidade ao nível informá-
tico foram projetadas exclusivamente para utilizadores com algum tipo
de deficiência. Contudo, elas podem servir para outras pessoas. Na ver-
dade, esses recursos podem ser interessantes para um setor da popula-
ção muito mais alargado. Vejamos alguns exemplos:
››pessoas com deficiência intelectual;
››pessoas com deficiência visual (com baixa visão ou cegueira);
››pessoas com deficiência auditiva (parcial ou total);
››pessoas com mudez, afonia ou dificuldades de expressão (parcial
ou total);
››pessoas com deficiência física (sobretudo com limitações ou incapaci-
dade ao nível dos membros superiores);
››pessoas com baixa escolaridade;
››pessoas que utilizam equipamentos obsoletos;
››idosos e pessoas com tremores;
››pessoas que trabalham em ambientes desfavoráveis (por exemplo, com
reflexos provocados por excesso de luz, ambientes ruidosos, etc.).

Na maioria dos casos, estes utiliza­dores terão de usar programas específi-


cos, com características avançadas, ou dispositivos especiais de hardware.
No entanto, o Windows e o macOS já incluem um conjunto de ferramen-
tas concebi­das especificamente para ajudar os utilizadores com necessi-
dades especiais de acessibilidade.

Para aceder a esses recursos


no Windows, vá a Definições >
Facilidade de Acesso. No caso do
macOS, selecione Acessibilidade a
partir das Preferências do Sistema.

Leitura em voz alta


A opção do Narrador 1 (Voice-
Over, no macOS) executa a lei-
1
tura de todos os elementos pre-
sentes no ecrã. Existe um conjunto
de opções que pode configurar
para otimizar as características
da narração, como a rapidez em
que o texto é lido até à leitura das

74
A Personalização do sistema

palavras escritas por si. O ideal é explorar as variáveis disponíveis e ava-


liar qual a que lhe dá um maior conforto de utilização.

Ampliação
A opção da Lupa 2 (Zoom)
facilita a visualização e a leitura
da informação exibida no ecrã,
aumentando o texto e a imagem
por intermédio de uma espécie
de lupa que pode ser movida por
todo o ecrã com o auxílio do rato.

A Lupa inclui vários parâme- 2


tros p e rso n a l i z áve i s , ta i s
como o nível de aumento
(zoom) 3 ou o modo de exibição.

75
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Acessibilidade (cont.)
Tal como acontece com outras aplicações relacionadas com a acessibi-
lidade do sistema operativo, é possível definir se esta opção aparece ou
não por predefinição logo após o arranque do computador.

Teclado virtual
Algumas pessoas, por exemplo
as que apresentam dificuldades 4
motoras ao nível dos membros
superiores, podem ter gran-
des vantagens em utilizar um
teclado virtual com a ajuda do
rato.

Enquanto no Windows a opção é


fácil de encontrar 4 , no caso do
macOS terá de escolher a opção

76
A Personalização do sistema

Teclado para acessibilidade 5 e depois selecionar a caixa Ativar teclado


para acessibilidade 6 .

77
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Acessibilidade (cont.)
Opções do teclado físico
Existe um leque de opções relacionadas com a configuração do teclado
físico que o tornam mais fácil de utilizar. Estas adaptações são extre-
mamente úteis para os mais idosos e pessoas com limitações motoras,
sobretudo ao nível dos membros superiores.

A opção Utilizar Teclas Presas 7 (ou Ativar teclas fixas, no macOS) des-
tina-se em primeiro lugar aos utilizadores com dificuldade em pressio-
nar duas teclas ao mesmo tempo. Quando ativada, permite, por exemplo,
copiar com a sequência Ctrl + C pressionando simplesmente primeiro Ctrl
e depois C, sem necessidade de carregar nas duas teclas em simultâneo.

MELHORIAS SIGNIFICATIVAS
Em comparação com versões anteriores dos sistemas
operativos, a acessibilidade tem sofrido melhorias
consideráveis e permite hoje em dia a utilização autónoma do
computador por pessoas com diversos tipos de incapacidade
ou deficiência. Como exemplo, era através de um computador
que o famoso cientista Stephen Hawking comunicava, uma vez
que a sua doença o privou da fala.

78
A Personalização do sistema

Outra opção que pode ser muito útil é a ativação das Teclas Lentas 8 .
Esta permite que a tecla pressionada seja apenas reconhecida passado
algum tempo, o que evita digitar vários símbolos, algarismos ou letras
quando o utilizador não seleciona a tecla desejada de forma precisa (por
exemplo, caso as mãos tremam durante a digitação). Não importa quais
as teclas que seleciona, a única a ser reconhecida será a que estiver pres-
sionada por um período mais longo.

79
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 3.8

Poupança de energia
Os computadores atuais são projetados para permanecerem liga­dos
durante horas a fio. No entanto, esta situação não é a ideal caso esteja a
utilizar a bateria do seu computador ou mesmo em termos de consumo
de energia e é pouco benéfica para o ambiente. Se não quiser desligar o
computador quando não está a usá-lo, sugerimos que, pelo menos, uti-
lize as opções de poupança de energia, em especial o modo de suspen-
são, durante os períodos de inatividade.

1 2

Para otimizar o consumo de energia no Windows, selecione Definições >


Sistema > Energia e suspensão 1 . Utilizando o macOS, aceda a Prefe-
rências do Sistema e depois a Poupança de Energia.

80
A Personalização do sistema

2 3

Pode definir configurações diferentes para o caso de estar a usar a


bateria 2 ou para quando seu computador está ligado à corrente 3 (de
forma a prolongar o uso da bateria do seu computador, nesta situação os
tempos de desativação do PC devem ser muito curtos) – veja também a
imagem da página anterior.

O Windows ainda permite definir intervalos de tempo diferentes entre a


desativação do ecrã 4 e a suspensão 5 do seu computador. O modo
de suspensão desliga o disco rígido e o monitor e reduz a atividade do
processador ao mínimo, enquanto a memória RAM é mantida em fun-
cionamento. Assim, os dados e os programas continuam carregados em
memó­ria. Resumindo, o PC é desligado e, em parte, continua a consumir
eletrici­dade, mas muito menos do que quando opera em pleno.

Já o macOS tem a funcionalidade Power Nap 6 , que permite ao seu com-


putador, mesmo em pausa, atualizar o correio eletrónico ou os seus even-
tos de forma a estar atualizado quando voltar a utilizá-lo.

81
A

CAPÍTULO 4
FERRAMENTAS DE
PRODUTIVIDADE
4.1 Processamento de texto
Exploramos os principais programas para
processamento de texto usados com os
diferentes sistemas operativos e nas várias
plataformas.

4.2 Folhas de cálculo


Podem parecer um quebra-cabeças, mas
são essenciais para organizar a informação
e efetuar cálculos de forma automática.
Depois de aprender a trabalhar com estas
ferramentas, não vai prescindir delas.

4.3 Apresentações
Após processar e trabalhar a informação,
aprenda a tirar partido dos principais
programas de criação e exibição
de apresentações.
A

Desde cedo que uma das principais utilidades dos com-


putadores passa pelas ferramentas de produtividade.
É fácil de explicar: em grande medida, estes aparelhos
vieram substituir as máquinas de escrever, as calcula-
doras e os projetores de diapositivos. Assim, qualquer
pacote de produtividade digno desse nome inclui pro-
cessadores de texto, folhas de cálculo e programas para
apresentações.

Para a generalidade dos utilizadores, estas ferramentas


são o Word, o Excel e o PowerPoint. Mas também há
alternativas de software interessantes, e até gratuitas,
que não passam pelos programas da Microsoft.

Neste capítulo vamos analisar as propostas não só da


Microsoft (Office) como também da Apple (iWork) e da
Google (Docs).
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 4.1

Processamento de texto
Escrever ao computador é hoje tão ou mais natural do que escrever à mão.
Independentemente do sistema operativo ou até do tipo de computador,
existe atualmente uma vasta lista de programas para este efeito. O mais
conhecido é o Microsoft Word, que funciona tanto nos PC com o sistema
operativo Windows como em computadores da Apple. Mas também exis-
tem outras alternativas, como é o caso do Pages, da Apple, que só fun-
ciona em computadores da marca da maçã, ou do Docs, da Google, que
pode ser acedido a partir de qualquer sistema, independentemente de ser
um computador, um tablet ou até um smartphone.

Microsoft Word
O Microsoft Word é nada mais, nada menos do que um processador de
texto, uma ferramenta que permite escrever e editar documentos. Não é
disponibilizado avulso, ou seja, tem de ser adquirido em conjunto com as
outras duas ferramentas do Office: o Excel e o PowerPoint (veja, respe-
tivamente, as páginas 92 e 98). Pode ser comprado com um pagamento
único na versão Office Casa e Estudantes, mas também pode ser adqui-
rido sob forma de subscrição de serviço. Neste caso, o pacote inclui o
serviço de armazenamento na nuvem (cloud) – designado OneDrive –
e o Skype, para fazer chamadas de voz ou vídeo.

A diferença entre a compra única e a subscrição do serviço é que, com esta


última opção, quando a Microsoft atualiza o programa, o utilizador fica com
a versão mais recente. O reverso da medalha é o preço: a primeira opção
fica mais em conta (a partir de dois anos de utilização).

Há ainda o Office Online, que é uma versão gratuita do Office que pode
usar num navegador (browser). Para ter acesso a este pacote de ferra-
mentas, basta aceder a www.office.com e inscrever-se numa conta da
Microsoft com o seu endereço de e-mail (novo ou preexistente). Trata-se
de uma versão simplificada da que se instala no computador, mas as fun-
ções principais estão incluídas. Sendo gratuito, deve pelo menos experi-
mentar antes de decidir comprar.

Em termos de apresentação, o Word Online é muito semelhante à versão


que está instalada no computador. Em cima está uma barra que apre-
senta os diferentes menus 1 , que aparecem como separadores, deta-
lhados logo abaixo 2 (veja a imagem na página seguinte):

84
A Ferramentas de produtividade

3 4
1

››no separador Base pode encontrar ferramentas básicas de edição e


formatação do texto. Entre outras, destaque para a função que permite
Localizar palavras, muito útil para realizar pesquisas em documentos
longos;

››Inserir permite incluir no documento imagens, tabelas, gráficos, etc.;

››o Esquema de página serve para alterar elementos da página, facilitando


a definição das margens, a orientação da folha, questões de indentação e
alinhamento, entre outros;

››em Referências, encontra as ferramentas que lhe permitem trabalhar


com tabelas de conteúdos, notas de rodapé, citações, legendas e marcas;

››Rever engloba funções como correção gramatical, acessibilidade, inser-


ção de correções ou comentários e registo de alterações;

››o menu Ver define a disposição da página no ecrã (permitindo trabalhar


com ampliação, movimentos de página, opções das janelas, etc.).

Se pretender trabalhar em conjunto com outros utilizadores ou partilhar


conteúdos, aceda à opção Partilhar 3 . Nesta página poderá também adi-
cionar Comentários ao seu documento 4 .

85
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Processamento de texto (cont.)


Além de ser o mais popular, o Word é o mais completo dos processado-
res de texto, apresentando um excelente compromisso entre funcionali-
dades (são imensas) e facilidade de utilização.

A ferramenta por excelência usada para processamento e edição de texto


da Microsoft integra tecnologia inteligente para sugerir alterações orto-
gráficas e gramaticais e, nas versões mais recentes, quando utilizado nos
equipamentos com ecrã tátil, permite escrever diretamente com o dedo
(ainda que, neste ponto, a precisão necessite de ser aprimorada).

O Word Online inclui ainda outras funcionalidades interessantes que mere-


cem destaque. Dedicamos-lhes os próximos títulos.

Ver alterações em tempo real


Útil para trabalhar em colaboração com outras pessoas, o Word Online
facilita a elaboração em conjunto de um só documento. Entre outras fun-
cionalidades, permite acompanhar em tempo real as alterações que estão
a ser efetuadas por outros utilizadores com quem tenha previamente par-
tilhado um determinado documento.

A visualização dos nomes das pessoas que estão, em simultâneo, a edi-


tar o trabalho é feita através de ícones e sinalizadores coloridos. Estes
mostram exatamente qual a parte do documento em que cada pessoa
está a trabalhar.

86
A Ferramentas de produtividade

Traduzir os textos
Quer esteja a ler ou a tentar escre-
ver num idioma que não domina,
esta ferramenta permite traduzir
de forma imediata e automática:
››no documento, selecione o texto
que pretende traduzir.
››depois, opte por Rever > Traduzir.
››selecione o idioma pretendido
para a tradução;
››escolha Inserir.

Ler em voz alta


Para dar descanso aos olhos ou
em caso de deficiência visual, esta
função permite ouvir o documento

tal como está escrito. As palavras


vão sendo destacadas no ecrã à 1 2
medida que a narração avança.

Para ativar esta função, vá ao sepa-


rador Ver e escolha a opção Ferra-
mentas de aprendizagem. O texto
irá aparecer numa janela simplifi-
cada. Então, pode carregar em Ler
em Voz Alta para iniciar a narração
e no do pause 1 para a suspender.

Esta funcionalidade permite alterar


a velocidade da narração ou a voz
do narrador, selecionando um per-
fil feminino ou masculino. Pressione
o símbolo da coluna 2 para fazer
estas adaptações.

87
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Processamento de texto (cont.)


Apple Pages
Com este programa, disponível gratuitamente para os computadores da Apple,
é fácil criar documentos visualmente atraentes. Longe de ser o processador
de texto mais versátil, o Pages é, na verdade, dos mais limitados em termos de
funcionalidades. Não deixa, no entanto, de ser uma opção muito fácil de utili-
zar e perfeitamente válida para trabalhar documentos simples.

Tal como o Word Online, também permite trabalhar em documentos numa


lógica colaborativa, graças à integração com a nuvem (cloud). Para tal, nem
sequer precisa de instalar a ferramenta no computador; basta aceder ao
iCloud com o browse

r Safari, Chrome ou Internet Explorer e aceder ao Pages. Para utilizadores


menos exigentes, esta é uma boa opção face ao Microsoft Word, ainda
que não seja um programa tão completo.

Quando se abre o Pages, é pedido que se escolha um modelo para come-


çar. Em alternativa pode optar por uma folha Em branco 1 . Do lado
esquerdo 2 , aparecem as várias categorias de modelos disponíveis, a
pensar em diferentes tipos de trabalho (por exemplo, Cartas, Boletins,
Certificados, etc.).

1
2

88
A Ferramentas de produtividade

Ao abrir um documento de texto, a janela apresenta, na parte superior do


lado esquerdo, as opções de visualização. Se quiser aumentar o tama-
nho dos elementos no ecrã pode usar a opção Ampliação 1 e definir
uma percentagem superior a 100; para acrescentar uma página, pressione
o símbolo + 2 .

Ainda na barra superior, ao meio da janela 3 , pode encontrar diferen-


tes definições de texto, gráficas ou acrescentar elementos. Assim, da
esquerda para a direita, encontra:
››Inserir. Permite acrescentar elementos tais como números de página,
notas de rodapé, ligações, etc.;
››Tabela. Para inserir tabelas com diferentes formatos;
››Gráfico. Para adicionar gráficos (de barras, colunas, circulares, etc.);
››Texto. Esta opção permite adicionar caixas de texto ao documento e
formatá-las;
››Forma. Para inserir elementos tais como setas, balões, símbolos, etc.;
››Multimédia. Permite adicionar imagens (fotos ou outras);
››Comentário. Para acrescentar comentários ao documento.

Se quiser convidar alguém para colaborar no seu trabalho, carregue no


botão 4 . Depois, só tem de adicionar os endereços de correio eletrónico
ou os números de telefone daqueles com quem pretende estabelecer esta
ligação. Pode definir se essas pessoas só podem consultar o documento
ou se também podem editá-lo.

1 2 3

89
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Processamento de texto (cont.)


Finalmente, do lado direito 5 (veja a imagem da página anterior), tem as
ferramentas básicas de edição do texto. Aqui, pode escolher a fonte, defi-
nir o tamanho e o alinhamento da mancha de texto, o espaçamento entre
as linhas, etc.

Google Docs
Também conhecido por Documentos do Google, o Google Docs é um
pacote de programas que está integrado no serviço de e-mail da Google
e que serve sobretudo para processar texto. Tem como principal vantagem
o facto de ser gratuito e de poder ser acedido através de qualquer compu-
tador. Também pode obtê-lo descarregando a aplicação correspondente
para Android ou iOS. O Google Docs destaca-se pela facilidade em cola-
borar com múltiplos utilizadores. É compatível com os ficheiros de texto
tradicionais, criados no Microsoft Word (com a extensão .doc ou .docx).

Para aceder ao Google Docs, entre na sua conta do Gmail (pode criar uma
em accounts.google.com/signup). Depois, clique no ícone do canto supe-
rior direito 1 e, em seguida, em Documentos 2 .

90
A Ferramentas de produtividade

4
1
2

O aspeto do Google Docs tem algumas semelhanças com o do Word.


Em cima 1 , pode alterar o nome do documento em que está a trabalhar.
Também na parte superior, a barra horizontal apresenta as opções que
pode esperar de qualquer processador de texto 2 . Numa barra logo
abaixo 3 encontra as opções de formatação do texto, que permitem
definir a fonte usada e o respetivo tamanho, a cor ou o recurso a subli-
nhados no texto, as opções de alinhamento, as marcas, etc.

Ainda em cima, mas do lado direito 4 , estão duas opções que confe-
rem muito interesse a esta ferramenta. Uma é a possibilidade de adicionar
comentários, aos quais outros utilizadores poderão responder. A outra é
a possibilidade de Partilhar o documento com terceiros, para que possam
consultar ou mesmo editar o seu documento.

Uma das primeiras coisas que vai notar quando começar a utilizar o
Google Docs é a ausência do botão para guardar o ficheiro. Isto acontece
porque a Google grava automaticamente qualquer edição. Assim, não tem
de se preocupar se fechar a janela sem gravar primeiro, porque a ferra-
menta grava sempre que fizer qualquer alteração.

91
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 4.2

Folhas de cálculo
Usadas por todo o tipo de pessoas, desde estudantes a profissionais,
as folhas de cálculo são os ábacos dos tempos modernos. Saber trabalhar
com estes programas é, atualmente, um requisito praticamente imprescin-
dível, qualquer que seja a sua ocupação. Tal como acontece com os pro-
cessadores de texto, desengane-se quem pensar que a única opção é o
Excel, da Microsoft. Existem, de facto, alternativas.

Microsoft Excel
O Excel é para muitos sinónimos de “folhas de cálculo”. Isto porque desde
cedo foi adotado por muitas empresas e instituições de ensino como fer-
ramenta indispensável para tal. Muito versátil, este programa da Microsoft
pode ser usado praticamente por qualquer utilizador, independentemente
do seu conhecimento informático. Tanto dá para fazer um simples calen-
dário como complexas análises financeiras.

Tal como no caso do Word (veja a página 84), existe uma versão do Excel
que pode ser acedida gratuitamente através do browser. Para isso, precisa
de ter uma conta Outlook (ou Hotmail). Depois, aceda a www.office.com.

Na janela principal, na barra horizontal do topo do ecrã 1 , estão orga-


nizadas todas as ferramentas à disposição do utilizador. Vejamos o que
abarca cada um dos separadores.

1 2

92
A Ferramentas de produtividade

››Em Base estão ferramentas relacionadas com a Área de Transferência,


o Tipo de Letra, o Alinhamento dos textos nas células, a formatação de
Números, Tabelas, Células e a Edição.

››Pode Inserir elementos na folha de cálculo, tais como Funções, Tabelas,


Ilustrações, Suplementos, Gráficos, Ligações e Comentários.

››O separador Dados permite estabelecer Ligações, fazer Cálculos,


Ordenar e Filtrar, trabalhar com Ferramentas de Dados diversas e dar
Destaque a alguns elementos.

››Em Rever, estão alojadas funções de Acessibilidade e é possível inserir


Comentários e Proteger o documento.

››É possível também Ver ou alterar as Vistas do documento e Janela.

Nas mais recentes versões do Excel, esteja a trabalhar online ou a par-


tir do computador, foi incluída uma ferramenta muito útil e que permite
encontrar o que precisa de forma mais fácil. Para isso, basta escrever o
que pretende na caixa Diga-me o que pretende fazer 2 . Experimente por
exemplo escrever “média”. O programa dá-lhe acesso imediato à função
respetiva, para poder introduzir numa célula.

Outra frente em que a Microsoft apostou fortemente foi na componente


visual. Existem novos gráficos, visualmente mais interessantes do que
antes. A título de exemplo, destacamos os mapas, que facilitam a com-
paração de valores, mostrando categorias de várias regiões geográficas.

93
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Folhas de cálculo (cont.)


Apple Numbers
Este é programa de folhas de cálculo desenvolvido pela Apple que está
disponível nos computadores da marca. Trata-se, sem dúvida, de uma
alternativa viável ao Excel na maioria das situações. Tem como pontos
fortes a simplicidade e um grafismo refinado. Para quem tem produtos da
Apple, é uma ferramenta gratuita que, para a maioria dos utilizadores, é
mais do que suficiente para trabalhar com folhas de cálculo.

Quando inicia a aplicação, tem de optar entre começar numa folha


Em branco 1 ou trabalhar a partir de um modelo. Existem alguns exem-
plos muito apelativos visualmente e que estão agrupados, do lado
esquerdo 2 , por categorias.

O aspeto gráfico deste ecrã é em tudo semelhante ao do Pages, também


da Apple (veja a página 88).

A título de exemplo, pode explorar um modelo de orçamento pessoal 3 .


As tabelas e os gráficos já estão construídos, bastando alterar os dados de
acordo com o que pretende para que estes assumam a forma da sua situação.

Depois de aberto o ficheiro (quer opte por começar do zero quer siga um
modelo), a janela da aplicação ganha a seguinte forma.

94
A Ferramentas de produtividade

2
1
3

Na barra superior encontra, do lado esquerdo, opções de visualização 1 .


Estas permitem alterar o tamanho e a disposição dos elementos no ecrã.
Ao centro, encontra opções para inserir elementos 2 , tais como gráficos,
tabelas, textos, imagens, comentários, etc.

Se quiser convidar alguém para colaborar no seu ficheiro, carregue no


botão Colaboração 3 . Depois, só tem de adicionar o endereço de cor-
reio eletrónico ou o número de telefone de quem pretende que colabore
consigo. Se quiser que mais do que uma pessoa tenha autorização para
tal, insira mais do que um e-mail ou mais números de telefone. Pode defi-
nir se essas pessoas só podem consultar ou se também podem editar o
documento.

Do lado direito do ecrã 4 estão as diferentes opções de formatação, que


mudam em função do objeto que tiver selecionado. Por exemplo, se tiver
uma tabela selecionada, pode escolher entre o seguinte:
››mudar o Estilo da tabela;
››acrescentar linhas ou colunas ao Cabeçalho e rodapé ou à própria coluna;
››alterar o Tamanho do tipo de letra;
››mudar o Contorno da tabela;
››alterar a Quadrícula;
››alterar a Altura e a Largura das células.

95
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Folhas de cálculo (cont.)


Ao contrário do Excel (veja a página 92), em que as diferentes folhas do
ficheiro aparecem na parte de baixo do ecrã, no Numbers estes elemen-
tos aparecem por predefinição em cima 1 .

A forma mais fácil de inserir fórmulas é começar por introduzir o sinal de


igual (=). Se o fizer, aparecem automaticamente do lado direito as diver-
sas fórmulas 2 com um campo de pesquisa que permite procurar a que
pretender 3 .

1
3

Google Sheets
O equivalente ao Excel da Google chama-se Sheets. Faz parte de um con-
junto de ferramentas de produtividade que engloba também o Google
Docs e o Google Slides (veja as páginas 90 e 103, respetivamente). Os três
programas têm em comum a orientação para o trabalho colaborativo.

Para aceder ao Google Sheets vá a docs.google.com/spreadsheets.


Precisa de ter uma conta do Gmail (se não a tiver, terá de criar uma em
accounts.google.com/signup).

A interface é bastante semelhante à do Google Docs, com uma disposição


dos menus bastante tradicional. Em cima estão todas as funções, dividi-
das por separadores, com algumas semelhanças com o Microsoft Excel.

96
A Ferramentas de produtividade

2
1

››No topo da página 1 , consegue alterar o nome do seu ficheiro.

››Em Partilhar 2 , pode partilhar e convidar outros utilizadores para tra-


balhar consigo.

››Para introduzir valores nas células, selecione a que pretende e comece a


escrever. Em alternativa pode usar o campo 3 .

››Em baixo, em forma de separador 4 , está o nome da folha apresentado


por predefinição, mas que pode ser alterado. Pode também acrescentar
mais folhas ao seu ficheiro.

Note que, tal como no Google Docs, não existe o botão para guardar alte-
rações. Isto acontece porque, tal como na ferramenta de processamento
de texto da Google, também nas folhas de cálculo o Google está perma-
nentemente a guardar o ficheiro. Assim, pode fechar a janela quando ter-
minar sem preocupações, porque o seu trabalho fica automaticamente
gravado.

Para introduzir uma função, deve começar


pelo símbolo igual (=) e escrever o nome da
função (por exemplo =soma).

O Google Sheets pode ser acedido a partir de


qualquer browser ou também através de uma
aplicação que pode instalar em qualquer dis-
positivo Android ou iOS.

97
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 4.3

Apresentações
Há muito que os tradicionais acetatos e retroprojetores meteram os papéis
da reforma. Hoje, seja em ambiente profissional ou escolar, quase todas as
pessoas estão rendidas a programas de apresentações. O mais conhecido,
claro está, é o PowerPoint, da Microsoft. Mas, como nos casos anterio-
res, há outros gigantes tecnológicos prontos para disputar a sua preferên-
cia e que oferecem também o seu software para apresentar diapositivos
(slides).

Microsoft PowerPoint
Este é o programa para criar apresentações mais disseminado. A pri-
meira versão foi lançada em 1987 e, poucos meses depois, adquirida pela
Microsoft.

O Microsoft PowerPoint inclui inúmeras funções e permite fazer simples


apresentações ou ficheiros graficamente muito elaborados. Pode incluir
imagens, sons, textos, animações e até mesmo vídeos. A interface é
semelhante à dos outros produtos da Microsoft, em especial o Word e o
Excel (veja as páginas 84 e 92, respetivamente). Isto acontece porque faz
parte do mesmo pacote de aplicações (o Office).

Quando se abre o programa, em cima pode encontrar a já habitual barra


de menus, devidamente separados.

››Base reúne as funções essenciais para tra-


balhar com o programa, como por exemplo COMO GUARDAR?
colar elementos, acrescentar diapositivos, Quando guarda um ficheiro de
alterar a fonte, o tamanho e a cor do texto, apresentações do PowerPoint, a
definir o alinhamento, etc. ferramenta usa por predefinição o
formato .ppt (ou .pptx, nas versões
››Use Inserir para acrescentar elementos, mais recentes). Este ficheiro, além dos
desde tabelas, imagens, formas, textos, liga- diapositivos, contém outros elementos,
ções, vídeos, entre outros. tais como, por exemplo, as notas.
Se quiser enviar a sua apresentação
››A opção Estrutura permite escolher entre apenas para consulta, retirando a
centenas de temas diferentes, alterar as cores possibilidade de o editar ou de consultar
dos diapositivos e estruturar os mesmos. as notas que estão no ficheiro original,
quando guardar o documento, opte pelo
››Transições define os efeitos gráficos de formato .pps (PowerPoint Show File).
transição entre os diferentes diapositivos.

98
A Ferramentas de produtividade

››Animações permite que, dentro de cada diapositivo, se altere a sequên-


cia e os efeitos com que aparecem os textos, as imagens, bem como os
restantes elementos incluídos na página.

››Use Rever para visualizar a sua apresentação e eventualmente ensaiar


a melhor forma de fazer a sua exposição. Assim, terá uma noção real da
forma como será visionada.

››Em Ver pode alterar o início e o tamanho da apresentação no ecrã.


Neste módulo, é também possível acrescentar notas a cada diapositivo.

Além dos menus na parte superior, note que, do lado esquerdo, aparecem
todos os diapositivos incluídos na sua apresentação 1 . É aqui que poderá
adicionar ou remover novos diapositivos ou mesmo alterar a sua ordem.
Se quiser ver como está organizada a apresentação e como irá aparecer
o diapositivo em que está a trabalhar, pode a qualquer momento carre-
gar em 2 .

À esquerda desta opção, tem disponível a função Notas 3 , que permite


tirar apontamentos ou deixar anotações escritas que só estarão visíveis
para o apresentador.

Esta opção é muito útil para registar comentários à apresentação e, por


exemplo, não se esquecer de abordar determinados assuntos não men-
cionados ipsis verbis no diapositivo. Ganha mais utilidade quando usado
o Modo de Exibição do Apresentador.

1
3 2

99
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Apresentações (cont.)
Este modo permite ter uma vista diferenciada entre o projetor e o seu
computador. Ou seja, enquanto a plateia vê os diapositivos tal como os
preparou, o apresentador conseguirá ver informação adicional como ano-
tações 1 , número de diapositivo em que se encontra face ao total 2 ,
o tempo decorrido desde o início da apresentação 3 , etc. Também poderá
apontar para partes específicas no diapositivo usando o seu rato. Isso será
visível para quem estiver a assistir à apresentação.

Apple Keynote
Aquando da introdução de novos produtos, a marca de Cupertino tem por
hábito convidar a imprensa e muitos entusiastas a assistir a eventos de
magnitude mundial aos quais dá o nome de “Keynotes”. Não é, portanto,
surpreendente que a ferramenta de apresentações da Apple adote esse
mesmo nome. O mote do Keynote é “Apresentações muito apresentá-
veis”. E esta é, de facto, uma aplicação que permite criar facilmente apre-
sentações cativantes, com gráficos elaborados e transições apelativas.

100
A Ferramentas de produtividade

Depois de abrir o Keynote, para iniciar uma nova apresentação tem de


escolher um dos muitos temas disponíveis. Pode optar por um simples
– branco com uma caixa de texto – ou outros já com imagens sugeridas.

Independentemente do tema que escolher, o passo seguinte é acrescen-


tar conteúdos à apresentação para depois poder trabalhar a vertente grá-
fica. Por conteúdos entenda-se texto, imagens, gráficos, vídeos, formas,
etc.

Tal como nas duas outras ferramentas que integram o iWork (veja as pági-
nas 88 e 94), a disposição das opções no ecrã é muito intuitiva. Como
pode ver na imagem da página seguinte, do lado esquerdo em cima estão
as opções de visualização 1 e ao centro as que permitem adicionar ele-
mentos 2 .

Para convidar outras pessoas a colaborar, use o ícone 3 . É possível defi-


nir uma ou mais pessoas para trabalharem em simultâneo o documento
ou apenas para terem acesso à sua visualização, sem permissão para o
editarem.

Do lado esquerdo aparecem os diapositivos que compõe a apresen-


tação 4 . Do lado direito 5 , estão as opções para editar o conteúdo.
As hipóteses mudam em função do elemento que estiver selecionado.

101
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Apresentações (cont.)
1 7 8 2 3 6

››Em Estilo pode escolher o estilo do texto e definir questões como o pre-
enchimento das caixas de texto, as sombras, etc.

››Texto permite mudar a fonte, adequar o tamanho da mesma e definir


a cor do texto.

››Em Organização pode alterar a disposição do texto no diapositivo.

››No canto superior direito 6 consegue ainda personalizar as animações


(ou seja, os efeitos que aparecem quando muda de diapositivo).

››Quando estiver satisfeito com a sua criação, pode ver como ficou,
usando a opção de Reproduzir 7 .

Uma funcionalidade interessante do Keynote consiste em poder transmitir


a sua apresentação diretamente na internet. Desta forma, todos poderão
visualizá-la ao mesmo tempo nos respetivos dispositivos, onde quer que
estejam. Para ativar esta função, use o botão Keynote Live 8 .

102
A Ferramentas de produtividade

Pode partilhar a ligação que é gerada para essa aplicação através do


espaço 1 . Se pretender, adicione uma palavra-chave 2 . Quando esti-
verem todos prontos para ver a apresentação, escolha Reproduzir.

Google Slides
Apresentações Google é a tradução para português da designação Google
Slides, programa para criar apresentações que faz parte um pacote gra-
tuito de ferramentas que a Google disponibiliza através do browser e que
inclui o Google Docs e o Google Sheets abordados anteriormente (veja as
páginas 90 e 96, respetivamente). Está disponível também em aplicações
para Android e iOS. É compatível com os ficheiros das apresentações gera-
das com recurso ao PowerPoint (veja a página 98).

O foco é a colaboração com outros utilizadores. Estes conseguem ver em


tempo real as alterações que cada um vai fazendo. Com o advento da inte-
ligência artificial, foram introduzidas funcionalidades inovadoras, como por
exemplo a sugestão automática de padrões gráficos em função do con-
teúdo da apresentação. Para aceder ao Google Slides vá a www.google.
com/slides.

103
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Apresentações (cont.)
1 2 6 4

››Em cima está, naturalmente, a barra dos menus 1 , onde pode aceder
às funções que o programa disponibiliza. No topo da página pode alterar
o nome da apresentação 2 .

››Do lado esquerdo aparecem todos os diapositivos que compõe a sua


apresentação 3 . À direita, são sugeridos temas com diferentes apresen-
tações gráficas.

››Para partilhar a apresentação com outros utilizadores utilize a opção 4 ,


no canto superior direito.

››Se quiser tirar notas, pode fazê-lo no campo 5 . Estas aparecem ape-
nas para o apresentador, se usar o modo Vista de apresentador. Esta fun-
ção é em tudo semelhante à do PowerPoint (veja a página 98). Para iniciar
a apresentação, use o botão Apresentar 6 .

104
A Ferramentas de produtividade

A Vista de apresentador é muito interessante para aceder a informação


que não necessita ou não pretende partilhar com os espetadores, mas que
pode apoiar o apresentador quando estiver a mostrá-la. Aqui são visíveis
a duração da apresentação 1 , as Notas do orador 2 e a posição do dia-
positivo que está a exibir face aos restantes 3 .

2
3

105
A

CAPÍTULO 5
PERIFÉRICOS
5.1 Impressoras e multifunções
O que distingue os vários equipamentos
e sugestões para poupar.

5.2 A webcam
Características das webcams, úteis para fazer
videochamadas ou reuniões à distância.

5.3 O rato
Características dos diferentes tipos de rato
e sugestões de configuração.

5.4 O teclado
Como tirar partido das principais funções
e dos atalhos do teclado.

5.5 Armazenamento externo


Suportes de armazenamento externo,
cartões de memória e respetivos leitores.

5.6 Periféricos para jogar


Acessórios para tirar o máximo partido
dos jogos instalados no computador
ou disponibilizados na Net.
A

A evolução tecnológica ditou o caminho da miniaturiza-


ção. Se num passado não muito longínquo nos sentá-
vamos à frente de um monitor que ocupava quase toda
a secretária, que nunca dispensava uma torre igual-
mente volumosa, hoje é mais provável que trabalhe
num computador portátil que integra, por si só, vários
periféricos num único conjunto. Os mais evidentes são
as colunas, o rato, o teclado e o monitor (este a que já
dedicámos parte da ficha 1.2 – veja a página 18).

Mas há outros periféricos, nalguns casos igualmente


úteis. É o caso da webcam, imprescindível para video-
chamadas. Para os amantes dos jogos, existe ainda
uma vasta gama de equipamentos, tais como coman-
dos dedicados, joysticks e volantes.

Neste capítulo vamos falar dos principais periféricos


que exponenciam a utilidade dos computadores.
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 5.1

Impressoras e multifunções
O digital tem cada vez mais presença nas nossas vidas, mas a verdade
é que ainda não estamos preparados para aderir a ele na sua totalidade.
Muitos já vaticinaram o fim dos documentos impressos, por exemplo,
aquando do advento dos CD-ROM; ironicamente, estes dispositivos caí-
ram em desuso e continuamos a usar o papel; logo, as impressões ainda
se mantêm necessárias.

As impressoras e as multifunções são muito importantes no dia-a-dia de


quem tem um computador, mas não só: com a possibilidade de quase
todas estes equipamentos imprimirem sem fios (veja a caixa abaixo),
estes periféricos são extremamente úteis também para quem só dispõe
de um smartphone ou um tablet.

Escolher o equipamento
Antes de se lançar na compra de um equipamento, veja se necessita de
copiar e digitalizar ou apenas imprimir. Obviamente que se não preten-
der mais do que fazer umas impressões, escusa de adquirir uma multi-
funções, a não ser que fique mais barato (tal como pode acontecer com
as multifunções a jato de tinta).

IMPRIMIR A PARTIR DO TABLET E DO SMARTPHONE


Mesmo que não tenha um computador propriamente dito, mas apenas um
smartphone ou um tablet, pode tirar bom partido da maioria das impressoras
com ligação Wi-Fi, pois permitem imprimir a partir dos dispositivos ligados à rede
doméstica. Tal pode ser feito de diferentes formas: através das funcionalidades dos
sistemas operativos móveis, quando as impressoras são compatíveis (AirPrint, da
Apple, ou Google Cloud Print), ou utilizando as aplicações das marcas das impressoras.
Se não tiver uma rede doméstica, pode usar a funcionalidade Impressão direta
sem fios. Esta está disponível na maioria dos modelos e permite estabelecer uma
ligação direta entre os dispositivos móveis e a impressora.
Para imprimir, siga os passos que lhe apresentamos de seguida.
›Aceda ao painel de controlo da impressora e ative a ligação direta sem fios
(wireless direct).
›Em seguida, no dispositivo móvel, em Redes sem fios (ou Wi-Fi direct),
procure o nome da impressora e conecte-se.
› A partir deste momento, pode começar a imprimir.

108
A Periféricos

Também deverá pensar qual o tipo de utilização que Impressora a jato


de tinta
planeia dar ao equipamento (esporádico, moderado ou
intensivo), ver se necessita ou não de imprimir a cores
e determinar qual a tecnologia de impressão que lhe é
mais adequada (veja a seguir).

Ponderar os custos
e o tipo de utilização
Impressora a laser
No que diz respeito à tecnologia usada para impressão,
existem modelos a laser e a jato de tinta. Os preços de
aquisição de uns e outros equipamentos variam con-
sideravelmente: a tecnologia laser é geralmente mais
cara do que a de jato de tinta, sobretudo quando se
trata de laser a cores.

Acontece, contudo, que, a somar ao preço de aqui-


sição destes equipamentos, existem também gas-
tos consideráveis que decorrem do custo da tinta ou
do toner que é consumido e que ao longo da vida do
aparelho ultrapassam largamente o preço de aquisição.
Estes valores também variam muito com a tecnologia
de impressão: são as impressoras a laser que têm os
custos de utilização mais baixos.

Uma vez que o gasto dos consumíveis será tanto maior


quanto mais imprimir, é preciso avaliar desde logo se a
impressora será usada de forma intensiva ou não.
Multifunções
Tudo ponderado e contas feitas, regra geral, o tipo de
equipamento mais indicado para um utilizador domés-
tico que imprime esporádica ou moderadamente é uma
multifunções a jato de tinta. A cor e a possibilidade de
copiar e digitalizar é normalmente indispensável e a frequência de utili-
zação raramente será intensiva para justificar a compra de um equipa-
ATENÇÃO!
mento a laser.
Esteja a par dos
resultados dos nossos
Existem, no entanto, alguns utilizadores domésticos que imprimem essen- testes a impressoras
cialmente texto e não têm interesse pela cor. Se for o seu caso, opte por e multifunções em
www.deco.proteste.
um equipamento a laser monocromático. Apesar de ficar privado da cor, pt/tecnologia/
poderá usufruir da maior rapidez e da boa qualidade de impressão de texto impressoras.
que poporciona a tecnologia laser.

109
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 5.2

A webcam
Corria o ano de 1991 quando, na Universidade de Cambridge, no Reino
Unido, um grupo de alunos resolveu arranjar uma forma de perceber, sem
se levantar do lugar, se a garrafa de café que utilizavam para se abastece-
rem estava ou não cheia. Esta câmara, que reproduzia imagens da garrafa
para os ecrãs dos computadores dos alunos, permitia, então, que estes
avaliassem a quantidade de café existente e evitava saídas do posto de
trabalho escusadas, caso a garrafa estivesse vazia.

O êxito dos sistemas de telefone VoIP (Voice over IP, ou voz a partir de
protocolo de internet) – especialmente relacionado com o uso de progra-
mas tais como o Skype – levou a que estes aparelhos fossem cada vez
mais usados. Atualmente, as câmaras são indispensáveis para videocha-
madas, mas também para tirar selfies ou fotos de perfil, e permitem, nas
versões mais recentes do Windows, a autenticação do utilizador do PC.

Muitas webcams têm microfone integrado. E quase todos os portáteis vêm


já equipados com uma.

Webcam

110
A Periféricos

Caso decida comprar uma webcam, tenha em atenção algumas carac-


terísticas.

››Resolução. Procure uma webcam com elevada resolução, essencial para


garantir uma boa qualidade durante as videochamadas. A maioria das
webcams modernas suporta captura de vídeo de alta definição. Procure
uma resolução de captura de vídeo de 720 píxeis ou superior. Mas note
que mesmo as Full HD (1080 píxeis) já têm um preço acessível.

››Atualização da qualidade da imagem. A taxa de atualização (na gíria,


“refrescamento”) também é importante. Se for baixa, a câmara reproduz
imagens pouco fluidas, que podem mesmo “congelar” periodicamente.
Esta taxa é medida em imagens por segundo, ou FPS (frames per second).
Deverá escolher uma câmara com o mínimo de 30 FPS.

››Lente. O tipo de lente afeta o desempenho da webcam. Alguns equi-


pamentos de entrada de gama têm lentes de plástico que distorcem um
pouco a imagem. É preferível optar por uma webcam com lentes de vidro,
o que corresponde a uma qualidade muito superior.

››Focagem e ajuste de exposição à luz. A focagem automática e o ajuste


de exposição à luz são úteis em webcams, especialmente se a sala onde
normalmente a câmara é utilizada for pouco iluminada.

››Modo fotográfico (ou modo de fotografia). Esta é uma característica-


-padrão, isto é, todas as webcams conseguem tirar fotografias. Em ter-
mos de resolução, exija no mínimo 4 megapíxeis.

››Microfone. Se a webcam tiver microfone integrado, é menos uma coisa


com que tem de se preocupar. Os microfones omnidirecionais (que podem
gravar em vários sentidos) podem ser encontrados na maioria dos equi-
pamentos de gama média e alta.

111
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 5.3

O rato
Mesmo com a massificação dos ecrãs táteis, um rato continua a ser um
periférico quase indispensável a qualquer computador. No caso dos portá-
teis, o integrado não impede que se use um rato externo, com ou sem fio.

Características
O rato pode ter dois ou mais botões. Cada um deles, Rato
quando pressionado, desempenha funções diferentes,
consoante o item com o qual está a interagir.

Alguns ratos têm, entre os botões da esquerda e da


direita, um botão central ou uma pequena roda, que per-
mite mover o conteúdo de uma janela para cima ou para
baixo (fazer os chamados “scroll up” ou “scroll down”).
Este elemento é particularmente útil para navegar na
internet quando se trata de páginas grandes (ou “infinitas”, como é o caso
da página inicial de redes sociais como o Facebook).

Normalmente, a roda também pode ser “clicável”, ou seja, é possível ser


configurada para ser utilizada como um terceiro botão.

MODELOS SEM FIO


Os modelos sem fio comunicam com o PC
através de um recetor e, por isso, não têm
cabos. São mais pesados do que os tradicionais,
pois são alimentados por baterias. Os modelos
atualmente mais populares usam a tecnologia
Bluetooth, sem dúvida o sistema mais
conveniente para computadores portáteis,
porque dispensa o adaptador a ocupar uma Rato sem fio e respetivo adaptador para
porta USB. a entrada do computador

Configurar o rato
Para aceder à janela de personalização das propriedades do rato, esco-
lha Windows 1 e depois Definições 2 . Em seguida, selecione Disposi-
tivos 3 . Por fim, carregue em Rato 4 .

112
A Periféricos

Eis algumas definições que pode ajustar.

››Pode trocar o funcionamento dos botões esquerdo e direito, o que é


especialmente útil para canhotos.

››Pode definir quantas linhas desloca de cada vez que gira a roda do rato.

››Em Opções do Rato adicionais, tem a possibilidade de ajustar a velo-


cidade com que o sistema reconhece um duplo clique; para tal, modifi-
que o intervalo entre cliques, de acordo com as suas preferências. Aqui,
é possível também configurar a roda do rato,
de modo a executar tarefas específicas, tais
como ampliar o conteúdo da janela ativa ou
executar o Windows Explorer (nem todos os
ratos permitem essa opção).

113
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 5.4

O teclado
O teclado é uma ferramenta indispensável para escrever documentos e
e-mails, para conversar por escrito ou até mesmo para jogar (veja tam-
bém a ficha 5.6, nas páginas 122 e 123).
Teclado QWERTY
Existem muitos tipos de teclado
diferentes; alguns mais simples
e outros mais complexos. Entre
outras hipóteses, podem variar em
tamanho e na profundidade e na
visibilidade das teclas. Alguns são
retroiluminados e todos podem
ser mais ou menos ergonómicos,
consoante as opções. SABIA QUE...?
O teclado QWERTY é muito anterior
Relativamente à disposição das ao surgimento dos computadores. Começou a
teclas, os QWERTY são os teclados popularizar-se com as máquinas de escrever.
mais populares em Portugal. São Não é dos mais práticos ou rápidos, mas essa
assim designados porque as teclas terá sido uma opção deliberada de quem o
referentes às letras localizadas em desenhou. Supostamente outras disposições
cima e à esquerda formam essa das teclas permitiam que algumas datilógrafas
palavra. Menos comuns, podem mais expeditas escrevessem demasiado rápido,
ser encontrados teclados AZERTY, o que encravava o mecanismo da máquina
QWERTZ, DVORAK, COLEMAK, de escrever.
MALTRON, JCUKEN, entre outros.

Se prevê trabalhar muito com o teclado, deve ter alguns cuidados especiais
na altura da escolha. O recurso a teclados (e ratos) ergonómicos permite
reduzir os riscos de contrair tendinites.

Antes de optar por um, experimente vários modelos e verifique a sua


ergonomia. A presença de teclas especiais e atalhos pode ser útil para
aceder a funções específicas, como o controlo de volume do som ou a
luminosidade do ecrã.

Além de permitirem escrever textos com recurso a letras, símbolos, espa-


ços, fazer entradas de parágrafos e apagar, os teclados apresentam outras
funcionalidades muito úteis. Algumas teclas (por exemplo, Alt, Tab, Insert,
Page Up e Page Down) têm diferentes funções consoante o programa que
se está a utilizar. Vejamos algumas.

114
A Periféricos

››Esc. Normalmente localizada no canto superior esquerdo do teclado, a


tecla de escape tem várias utilizações, a mais frequente das quais sair do
programa onde se está a trabalhar. Em muitas aplicações, encerra ou can-
cela a tarefa.

››Enter. Esta tecla, geralmente maior do que as restantes e posicionada ATENÇÃO!


do lado direito, é utilizada para confirmar uma opção escolhida num menu Pressionar as
ou numa caixa de diálogo ou para mover o cursor para a linha seguinte. teclas enquanto o
computador arranca
pode provocar
››Símbolos de pontuação e operação. Este grupo de teclas inclui sinais de anomalias no seu
pontuação e símbolos especiais, como o ponto de interrogação (?), o sím- funcionamento.
bolo do dólar ($), o & comercial ou o sinal de igual (=). Os símbolos que
constam na parte de cima da tecla são obtidos pressionando a respetiva
tecla ao mesmo tempo que se prime o Shift.

››Carateres especiais. São símbolos usados com menos frequência (@,


{ ou ]) e que estão no canto inferior direito das teclas. Para os usar no
texto, pressione a tecla correspondente enquanto mantém pressionada
a tecla AltGr (situada à direita da barra de espaços).

››Shift. Esta tecla, quando pressionada em conjunto com outra, produz um


caráter alternativo (ou seja, se pressionando a tecla Q, normalmente se
obtém um q minúsculo no texto, o uso simultâneo da tecla Shift faz repro-
duzir um Q maiúsculo).

››Caps Lock. Quando pressionado uma só vez, o Caps Lock aciona


o mecanismo que permite escrever todos os carateres em maiúsculas.

››Tecla Windows. A tecla com o logótipo do Windows, quando pressionada,


faz aparecer o menu Iniciar.

››Ctrl. Esta tecla é utilizada muitas vezes em conjunto com outras para
aceder a atalhos ou efetuar operações predefinidas. Por exemplo, pressio-
nando simultaneamente as teclas Ctrl e I obtém-se, na maioria dos pro-
cessadores de texto, carateres em itálico. O negrito também se consegue
pressionando Ctrl, mas, desta feita, em simultâneo com a tecla N).

››Teclas de função. As teclas F1 a F12 agem como atalhos para determina-


das funcionalidades dos programas, que variam consoante os programas
que estiverem abertos. O F1, por exemplo, aciona normalmente um ecrã
de ajuda).

115
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 5.5

Armazenamento externo
A combinação entre a miniaturização dos computadores e o advento
das tecnologias de cloud computing resultou na menor necessidade de
recursos. Trocado por miúdos, isto significa que os computadores (ou os
terminais móveis) conseguem atualmente executar as mesmas opera-
ções que antigamente sem necessidade de um grande disco para arma-
zenamento ou de um processador muito potente. Parte desse trabalho
passou agora para o lado de serviços de armazenamento online. Os mais
conhecidos são o Dropbox, o Google Drive, o OneDrive, etc. Uma das van-
tagens destes serviços está relacionada com a segurança e a integridade
dos dados. Se o seu computador se estragar ou for roubado, os dados que
estão na nuvem não se perdem e podem ser posteriormente recuperados.

Não obstante, é sempre bom ter uma cópia de segurança local dos dados
que considerar críticos. Sobretudo no que diz respeito a ficheiros de cará-
ter privado ou que contenham dados pessoais, o armazenamento num
suporte externo é essencial para garantir a proteção da sua privacidade.
Por isso, mesmo que menos populares, os suportes de armazenamento
externo continuam a ter a sua validade. São exemplos disso os discos ou
as pens USB e os cartões de memória.

Discos externos
Leves e fáceis de transportar, os discos externos portáteis dispensam uma
fonte externa de alimentação, pois usam a energia fornecida pelo cabo
USB. São, portanto, muito cómodos para utilizar em computadores por-
táteis ou mesmo tablets e para ligar aos televisores mais recentes, por
exemplo, para ler fotos e vídeos. Podem, ainda, ser usados em computa-
dores de mesa portáteis ou de secretária. 

O desempenho dos discos USB 3.0 está muito nivelado. Esta norma é fácil
de identificar, pois o interior da porta está pintado de azul. A maior dife-
rença reside na tecnologia usada: os discos SSD, que já referimos atrás,

Disco USB 3.0

116
A Periféricos

são substancialmente mais rápidos (ainda que mais caros). Se se tratar


de dados a que acede com frequência, talvez valha a pena investir um
pouco mais.

Pens USB
As pens USB usam a mesma tecnologia dos
cartões de memória flash. Funcionam como
um disco, com a diferença de que são ele-
mentos mais portáteis e com menor capa-
Pen USB
cidade. São compatíveis com todos os
computadores e até tablets.

Os preços das pens USB desceram consi-


deravelmente nos últimos anos, pelo que
são uma excelente opção para gravar docu-
mentos ou mesmo fotografias e vídeos.

Cartões de memória
Atualmente vemos cada vez mais aparelhos que recorrem a cartões de
memória como suporte para o armazenamento de dados. É o caso das
máquinas fotográficas, das câmaras de vídeo, dos telemóveis, dos tablets,
etc.).

Se é verdade que há alguns anos coexistiam diferentes tipos de cartões


(CF, MS, MD, SD, etc.), a situação é agora mais simples.

››O formato mais usual, é hoje, de longe,


o SDHC (especialmente o formato micro-SD Recorrendo a um
adaptador, é possível
– veja o ponto seguinte). Tal como o nome usar cartões micro-SD
deixa adivinhar, estes dois formatos diferem, em leitores de cartões
SD
sobretudo, pelas dimensões.

››Os micro-SD (à direita na foto) podem ser


usados em leitores de cartões SD, desde que
se recorra a adaptadores (à esquerda).

117
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Armazenamento externo (cont.)


Identificar a classe ATENÇÃO!
Os cartões de classe 4
Existem muitos cartões no mercado, com diferentes alegações, tais como são o suficiente caso
se destinem a
“Pro”, “Ultimate”, “200x”, “90MB/s”, etc. Para identificar os cartões mais gravações de vídeo
“rápidos”, o principal indicador, presente em todos os cartões de memó- em Full HD. No entanto,
ria, é a “classe”. Esta é indicada por um número (normalmente 2, 4, 6 para disparo contínuo
de fotos em resolução
ou 10), que surge dentro de uma circunferência. Veja o exemplo da ima- elevada, é necessário
gem seguinte. adquirir cartões
de classe 10.

Exemplo de cartão
de memória
de classe 10

Ao contrário da velocidade de escrita e leitura anunciada no car-


tão – expressa em megabytes por segundo (ou MB/s) –, que indica o
máximo desempenho, a classe é uma garantia de velocidade mínima
constantemente disponível. A cada classe corresponde um determi-
nado valor (o número dentro da circunferência) em MB/s. Esta veloci-
dade mínima terá de ser sempre garantida. Ou seja, um cartão de classe
4 nunca deverá apresentar uma velocidade de escrita abaixo dos 4 MB/s,
independentemente das circunstâncias. Tratando-se de gravação de
vídeo, por exemplo, esta classe garante que durante todo o processo de
gravação não vai haver falta de dados, erro que, caso ocorresse, resulta-
ria em problemas observáveis na visualização do vídeo.

Os valores referentes à velocidade de escrita e leitura mínima e cons-


tante disponível são bastante mais reduzidos face às velocidades máxi-
mas anunciadas. A classe do cartão é, assim, um indicador importante para
tarefas mais sensíveis como a gravação de vídeo, visto que, nesse tipo
de utilização, existe um fluxo constante de dados; todos os elementos de
gravação têm de ser armazenados (escritos no cartão de memória) sem
falhas ao longo de todo o processo.

Velocidade máxima de desempenho


Além da classe, outro indicador de desempenho dos cartões de memória é
a velocidade máxima de escrita e leitura (por exemplo, 15 MB/s, 30 MB/s,
etc.). Este dado nem sempre está presente. Quando apenas é mencionado

118
A Periféricos

um número, esse refere-se normalmente à velocidade máxima de leitura,


visto ser o valor mais elevado.

A velocidade máxima de escrita ou leitura é um indicador relevante para


a utilização com SLR (disparo contínuo, ou imagens em formato RAW, por
exemplo) ou para a transferência dos ficheiros para o computador.

ESCRITA E LEITURA DE FOTOS


A leitura do cartão sucede quando estamos a copiar os
ficheiros do cartão para um computador (por exemplo,
fotografias). Quando tiramos fotos com alta resolução – e em
particular no formato RAW –, os ficheiros produzidos são muito
grandes, o que requer uma maior velocidade de escrita. Quanto
mais rápida for, menos tempo é necessário para armazenar o
ficheiro e a máquina estar disponível para o disparo seguinte.

Leitores externos
Muitos computadores portáteis (ou mesmo de secretária), já têm leito-
res de cartões de memória. Apresentam-se em múltiplos formatos, desde
os populares SD e micro-SD, até aos menos comuns CF, MS ou MD. Já os
ultraportáteis, os híbridos e os tablets só costumam ter ranhura para car-
tões micro-SD. Para os computadores que não dispõem de entrada espe-
cífica para cartões, é possível comprar um leitor externo, a partir de cerca
de cinco euros.

Leitor de cartões
de memória externo

119
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Armazenamento externo (cont.)


Leitores de cartões smart ID
Sobretudo a partir de 2008, altura em que começou a ser disponibilizado
o cartão do cidadão em substituição dos antigos bilhetes de identidade, os
portugueses começaram a ter contacto com os leitores de cartão smart ID.
Através destes dispositivos, passou a ser possível a qualquer utilizador
aceder a algumas informações armazenadas nos cartões e realizar ope-
rações tais como a autenticação eletrónica perante serviços públicos e
privados, a assinatura eletrónica de alguns documentos com recurso ao
certificado do cartão; a confirmação da morada; etc. Os leitores de cartões
smart ID ligam-se ao computador via USB.

Exemplos de leitores
de cartão smart ID

Não são muitos os computadores que vêm equipados com este tipo de
equipamentos. Pode adquirir um por desde cerca de 15 euros.

SABIA QUE…?
O cartão de cidadão tem uma capacidade
de memória mínima de 64 KB.

120
A Periféricos

Leitores de CD/DVD externos

Muitos se surpreenderam quando a Apple decidiu lançar um computador


portátil sem leitor de CD. A verdade é que passou mais de uma década,
e aquilo que na altura parecia estranho é hoje comum, inclusive nos com-
putadores da Microsoft. De facto, já é difícil encontrar PC com este sis-
tema incorporado.

Contudo, quem ainda tem muitos CD (de música ou com ficheiros arqui-
vados) ou DVD (por exemplo, com jogos ou filmes) pode tirar bom partido
de uma unidade externa para os ler.

A sua utilização é bastante simples: basta ligar o leitor a qualquer com-


putador através da porta USB para o sistema operativo o reconhecer.
Consegue encontrar estes equipamentos à venda por desde cerca
de 30 euros.

Leitor de CD e DVD

121
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 5.6

Periféricos para jogar


Para a maioria dos utilizadores que recorrem ao computador para jogar,
o rato e o teclado podem ser usados para controlar as ações, quer se
trate de jogos de simulação, arcada ou desporto. Contudo, um verda-
deiro gamer não dispensa periféricos específicos para ter uma experiên-
cia mais realista.

Dependendo do tipo de jogo, o mais adequado pode ser um joystick, um


volante, um comando de consola ou até óculos de realidade virtual, peri-
féricos com um processo de instalação, hoje, bastante simples. Se anti-
gamente era preciso encontrar o software (controlador) adequado para
cada sistema operativo para o dispositivo funcionar corretamente, atual-
mente qualquer fabricante de periféricos os produz de modo que basta
ligá-los via USB; a instalação é feita quase de forma automática (o cha-
mado “plug and play”).

Comando para
consolas de jogos

A última moda são os óculos de realidade virtual ou aumentada, que per-


mitem aos jogadores visualizar os cenários a três dimensões, como se
fizesse parte do jogo. Os gamers podem mergulhar no jogo, baixar-se
ou inclinar-se, rodar a cabeça e visualizar o que está ao lado ou atrás,
como se efetivamente estivessem nesse mundo virtual. Se lhes adicio-
nar os auscultadores, não irá apenas ver e ouvir o jogo; vai estar verda-
deiramente imbuído nessa realidade paralela.

122
A Periféricos

O catálogo de jogos disponíveis tem vindo a aumentar, acompanhado pela


evolução positiva da tecnologia 3D. Os grandes fabricantes de consolas
não querem perder a corrida e apresentam continuamente as suas pro-
postas no capítulo da realidade virtual. Também a Microsoft está a desen-
volver soluções a este nível e tem estabelecido parcerias com diferen-
tes fabricantes para que estes equipamentos possam ser compatíveis
com o Windows.

Jogar em realidade
virtual

SOBRE A REALIDADE
VIRTUAL
As tecnologias
relacionadas com
realidade virtual são cada
mais usadas, por exemplo
no desenho de produtos
tão complexos como
automóveis. Também na
indústria cinematográfica,
já existem filmes gravados
a pensar nesta tecnologia
e que permitem ao
espetador ver a imagem
360 graus à sua volta.

123
A

CAPÍTULO 6
A INTERNET
6.1 Que tipo de acesso?
Como é que o computador comunica
com o mundo exterior.

6.2 Navegar na internet


Os primeiros passos e os principais
programas de navegação.

6.3 O correio eletrónico


O serviço de mensagens mais utilizado
na Web.
A

O número de pessoas que diariamente se ligam à inter-


net é cada vez maior. Para muitas, a possibilidade de
estar online é uma das principais razões para ter um
PC. E não é por acaso, pois a utilidade de um compu-
tador ligado à Net é enorme: permite enviar e rece-
ber mensagens de correio eletrónico, ouvir rádio, fazer
compras, pagar impostos, assistir a aulas, ver filmes,
séries e programas de televisão à hora que se quiser e
muito mais. Com um computador ligado à grande rede,
podemos também trabalhar remotamente em fichei-
ros, navegar por milhões de páginas web, ler jornais,
jogar, trocar informações com especialistas em assun-
tos diversos do outro lado do mundo, etc.

Nos últimos anos, os sites têm evoluído substancial-


mente, e as páginas estáticas deram lugar a aplicações
web dinâmicas (as chamadas web apps) que têm alte-
rado o nosso dia-a-dia. Por exemplo, a ida presencial
à agência bancária é cada vez mais frequentemente
substituída por operações realizadas através da apli-
cação do próprio banco. Impõe-se, então, explorar os
principais programas de navegação e algumas das fun-
cionalidades mais comuns utilizadas quando se navega
na internet.

Neste capítulo, apresentamos os vários sistemas de


acesso antes de explorar os primeiros passos de liga-
ção ao mundo online. Na última ficha, destaque para
o correio eletrónico e para as sugestões de resolu-
ção de problemas comuns associados à configuração
do e-mail.
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 6.1

Que tipo de acesso?


Não importa se o seu computador está ligado à internet, a uma rede
empresarial ou à sua própria rede doméstica: seja como for, há muito que
o seu PC já não está sozinho.

Existem várias maneiras de ligar o computador ao mundo, sendo o custo


e a velocidade de acesso os fatores que diferenciam as principais opções.

ADSL
Esta tecnologia de acesso à internet foi a que popularizou as ligações
de banda larga, oferecendo taxas de transferência muito mais rápidas do
que os modems analógicos ou RDIS. Embora a tecnologia ADSL também
use os cabos de cobre de uma linha telefónica tradicional para transmi-
tir e receber dados, os métodos de modulação que utiliza permitem que
alcance velocidades (expressas em megabits por segundo – Mb/s) muito
superiores.

Para fazer a ligação, basta instalar um dispositivo (designado “splitter”),


cuja função é separar os sinais analógico (voz) e digital (dados). Em alter-
nativa, os chamados “microfiltros” realizam a mesma função, ligando-os
a cada um dos telefones presentes no local de acesso.

Os acessos ADSL são muitas vezes comercializados em pacotes de


tarifa plana, que incluem também o serviço de chamadas de voz (ou seja,
não precisa de se preocupar com o tempo durante o qual está ligado ou
com o volume de dados transferido). Outra grande vantagem deste tipo
de acesso é que a linha telefónica fica livre para fazer e receber chama-
das. Por outro lado, é preciso lembrar que a velocidade de download (para
descarregar ficheiros) é muito maior do que a de upload (carregar), o que
pode causar algumas limitações na partilha de dados.

Um modem
ADSL normal
pode, geralmente,
funcionar
com ou sem fio

126
A A Internet

CONSELHO
Consulte, no nosso site (em www.deco.proteste.pt/tecnologia),
as atualizações dos estudos comparativos e os testes de
satisfação face aos vários produtos e serviços. Recomendamos
que verifique as últimas informações de que dispomos antes
de contratar qualquer serviço de acesso à internet.

Fibra ótica
Atualmente, a fibra ótica é a tecnologia que anuncia a maior velocidade de
acesso: geralmente entre 100 Mbps e 1 Gbps para fazer downloads. Tecni-
camente, trata-se da modalidade que oferece mais funcionalidades, já que
permite a prestação de vários serviços no mesmo cabo de fibra ótica (no
ADSL isto também acontece, mas a largura de banda é menor).

Os operadores nacionais disponibilizam os serviços de alta velocidade


através de dois tipos de rede: a “fibra até casa” e a “fibra até ao nó”.
A primeira opção, como o nome indica, utiliza exclusivamente fibra ótica,
desde a central até à casa do utilizador. Já na “fibra até ao nó” (também
conhecida como “fibra até ao armário” ou “fibra até à vizinhança”), a fibra
ótica está presente desde a central até a uma espécie de armário loca-
lizado junto das casas dos utilizadores. O sinal ótico é transformado em
elétrico e repartido pelos utilizadores, onde chega via cabo coaxial. Trata-
-se, assim, de uma rede híbrida, que combina fibra ótica e cabo coaxial.
Naturalmente, a “fibra até casa” permite disponibilizar maior largura de
banda do que a “fibra até ao nó”, que está sujeita às limitações do cabo
coaxial.

Como a fibra ótica não utiliza os cabos de telefone para a transmis-


são de dados, as empresas de comunicações têm de investir em
novas infraestruturas, o que tem retardado a sua implementação em
todo o território. Como resultado, a disponibilidade de serviços de fibra
ótica está, para já, limitada às zonas urbanas com maior densidade
populacional.

No que diz respeito à instalação em si, este tipo de acesso requer um


modem específico compatível com esta tecnologia e a instalação de
um novo cabo físico até ao ponto de acesso. A sua instalação permite
que deixe de usar o serviço de telefone tradicional assente em linhas
de cobre.

127
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Que tipo de acesso? (cont.)


Internet por cabo
Esta é uma tecnologia que recorre às redes de transmissão de televisão
por cabo convencionais para transmitir dados em velocidades que variam
entre 70 Kbps e 150 Mbps. Recorre a uma topologia de rede partilhada,
onde todos os utilizadores partilham a mesma largura de banda.

Para este tipo de acesso à internet usa-se um cabo coaxial e um


modem. O computador do utilizador deve estar equipado com placa de
rede Ethernet, à qual se liga um cabo de rede. Na outra extremidade do
cabo deve ser ligado o modem. O modem é por sua vez também conec-
tado a um cabo coaxial de TV, que servirá para ligar o utilizador à inter-
net. Também é possível fazer a ligação do modem ao computador atra-
vés da porta USB.

Rede móvel
Quando está fora de casa e quer permanecer ligado à grande rede,
pode considerar a possibilidade de aceder à internet através de uma
ligação 4G, mediante o uso do seu smartphone ou de um modem 4G.
Embora, inicialmente, esta modalidade de acesso tivesse um custo
relativamente elevado e algumas limitações em termos de velocidade,
atualmente existe uma grande variedade de planos de dados, inclusive Os telemóveis
modernos permitem
para quem pretende usar a internet apenas esporadicamente. a partilha (hotspot)
da rede 4G

Um aspeto que deve ser verificado


antes de se contratar um serviço de
acesso móvel é a cobertura dispo-
nibilizada pelos respetivos operado-
res. Dada a natureza da tecnologia
móvel, é possível que se verifiquem
problemas, nomeadamente na
receção de dados, que podem limi-
tar grandemente a taxa de transfe-
rência efetiva. O ideal será realizar
um teste de ligação com o dispo-
sitivo de um amigo. A DECO PRO-
TESTE disponibiliza uma ferramenta
gratuita para testar o desempenho

128
A A Internet

das redes que pode ser descarregada para qualquer smartphone Android
ou iOS (procure a aplicação QualRede na Play Store ou na App Store). Tam-
bém pode consultar um mapa com a cobertura em território nacional pes-
quisando por “Net móvel” no nosso canal de Tecnologia>Telemóveis ou indo
diretamente a www.deco.proteste.pt/tecnologia/telemoveis/noticias/
net-movel-teste-a-sua-operadora-no-mapa-da-qualida.

Hotspots
Um hotspot é um ponto de acesso público a uma rede Wi-Fi, disponível
para qualquer pessoa que disponha de um computador portátil ou um
smartphone que suporte a tecnologia wireless. Os hotspots são geri-
dos pelas entidades que os disponibilizam e que decidem a forma como
o processo de ligação se efetua. Assim, alguns permitem o acesso gra-
tuito, enquanto outros obrigam a um pagamento, normalmente através da
aquisição de pacotes de minutos pré-pagos.

Os hotspots estão disponíveis em muitos locais públicos espalhados pelo


país e no estrangeiro, como universidades, hotéis, aeroportos, restauran-
tes, cafés, estações de correio, centros comerciais, etc. A principal van-
tagem desta forma de ligação está no facto de se poder ligar à inter-
net mesmo quando está fora de casa e sem recorrer ao seu serviço fixo
habitual. No caso de se encontrar no estrangeiro, recorrer a hotspots evita
os custos do roaming.

Uma das maiores preocupações de quem usa este tipo de ligação prende-
-se com a segurança. Embora o risco seja menor quando o serviço é
gerido pelas próprias empresas de telecomunicações, não é impossível
que a transmissão de dados seja intercetada por olhares indiscretos.

REDES LOCAIS
Normalmente, os acessos à internet através de uma rede local
estão presentes nos locais de trabalho. Uma rede local, ou LAN
(Local Area Network), consiste em vários computadores
ligados entre si, de modo que possam partilhar serviços,
ficheiros e o uso de certos periféricos, como a impressora.
Uma rede local pode estar ligada, por sua vez, à internet: neste
caso, todos os computadores que fazem parte da rede local
também partilham os serviços de e-mail, navegação, etc.

129
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 6.2

Navegar na internet
Os utilizadores domésticos recorrem à internet, na maior parte dos casos,
através de uma ligação disponibilizada por um fornecedor de acesso.
A utilização de programas específicos de navegação permite percor-
rer diferentes páginas localizadas em variados endereços e domínios.
Esta “viagem” online é conhecida pela expressão “navegar na internet”.

A qualidade da navegação depende substancialmente da velocidade da


internet e do desempenho do navegador, que, ao utilizar os recursos do
seu computador, descarrega a informação e executa o site que está a
visitar.

Nesta ficha, descrevemos as principais funções dos programas de nave-


gação (também conhecidos por browsers), abordando aspetos básicos da
ferramenta. Veremos também como personalizar o navegador e alguns
serviços úteis e interessantes para quem usa a internet com alguma
frequência.

A primeira vez
Se o modo de acesso é ADSL, internet por cabo ou fibra ótica, é muito pro-
vável que o modem e/ou o router já tenham sido configurados pelo for-
necedor de acesso, pelo que apenas terá de ligar o computador. Se, pelo
contrário, se tratar de uma ligação móvel 3G, provavelmente necessitará
de efetuar uma configuração específica.

Se o seu modem ADSL ou de cabo usa a tecnologia wireless ou esti-


ver ligado a um router sem fio, certifique-se de que o protege de aces-
sos externos, configurando o nível de segurança para o mais alto possí-
vel (geralmente, o WPA2).

Verificar a velocidade de acesso


A maior parte dos fornecedores de acesso à internet utilizam na publi-
cidade aos seus produtos a fórmula “velocidade até x megas” para evi-
tar queixas e conflitos com os clientes. Isto porque, por exemplo, um

130
A A Internet

Na maioria dos
casos, para começar
a navegar bastará
ligar o computador
e aceder a um
browser

ATENÇÃO!
fornecedor que publicita uma ligação de 200 Mb não pode, na reali-
A velocidade de
dade, assegurar que os clientes venham realmente a ter essa largura de
acesso à internet é
banda. Na prática, a velocidade final das ligações depende de vários fato- expressa em megabits
res, em especial da distância entre a sua casa ou o escritório e os servi- por segundo (e não
megabytes), o que
dores da empresa que fornece o serviço e do número de utilizadores a
seria oito vezes mais
dado momento. rápido.

Se for possível, verifique a velocidade anunciada recorrendo, por exem-


plo, à ligação de um amigo que já seja cliente do fornecedor de internet
cujo acesso disponibilizado pretende contratar. Para isso, pode recorrer
às páginas speedmeter.fccn.pt ou www.speedtest.net. No entanto, lem-
bre-se de que os resultados podem ser influenciados por vários fatores,
como a qualidade da linha, o tráfego no servidor, etc.

Ao contratar o acesso à internet, tenha em conta o período de fidelização


exigido. Veja, também, se o fornecedor oferece um período experimen-
tal, de modo que possa testar a velocidade e a qualidade do serviço pres-
tado e, no caso de não ficar satisfeito, dar baixa do mesmo sem qualquer
tipo de penalização.

131
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Navegar na internet (cont.)


Programas de navegação
Um programa de navegação (ou browser), como o próprio nome indica,
permite a navegação na internet. O conceito de navegação é devido a
visitarmos vários sítios online, cada um representado pelo seu próprio
domínio. Ao visitar cada um deles, o programa descarrega não só os seus
conteúdos como a respetiva apresentação (rendering).

Todos os sistemas operativos têm um programa de navegação incluído, mas


existem alternativas gratuitas e, em muitos aspetos, com melhor qualidade.

Microsoft Edge
O Microsoft Edge é o nome do programa de navegação
da Microsoft. Integrado no sistema operativo Windows,
o Edge veio substituir o famoso Internet Explorer.

Safari
O Safari é o programa de navegação desenvolvido pela Apple
e presente em todos os computadores com o sistema opera-
tivo macOS. Este browser contém funcionalidades de conti-
nuidade que permitem, por exemplo, continuar a ver no com-
putador a página de internet que está a consultar no iPhone.

Firefox
O Firefox é um programa de navegação gratuito muito
semelhante ao Google Chrome. Um dos principais lemas
deste browser é a prioridade à privacidade do utilizador
(saiba mais sobre este tema no capítulo 8).

Google Chrome
O Google Chrome é, neste momento, o programa de
navegação mais popular. Disponibilizado gratuitamente,
tem um bom nível de desempenho que permite carregar
rapidamente as páginas de internet.
Permite, ainda, algumas funcionalidades interessantes,
tais como a sincronização dos seus favoritos entre todos
os dispositivos, por exemplo, computador e smartphone.
Uma vez que é o programa de navegação mais popular,
dedicamo-nos em seguida às principais funcionalidades
à disposição do utilizador.

132
A A Internet

HIPERLIGAÇÕES
Por norma, as palavras sublinhadas num site são hiperligações
(links), que nos conduzem a outra página com informação
relacionada com o termo em destaque. Esta tanto pode estar
no mesmo site como em endereços externos. Alguns sítios,
em vez do texto sublinhado, optam por destacar o termo,
utilizando uma cor diferente. A maioria das hiperligações é
destacada a azul; depois de visitada, muda para roxo.

1 Botões Avançar e Anterior. Pressionando a seta para a esquerda, vol-


tará à página anteriormente visitada. A para a direita permite avançar para
a página seguinte, caso já a tenha previamente visitado. Ao manter pres-
sionada qualquer uma das setas por mais do que um segundo, consegue
ver uma lista do histórico recente e escolher diretamente a página do his-
tórico que quer abrir.

2 Atualizar. Ao pressionar o botão com uma seta circular, a página que


está aberta será recarregada e atualizada. Normalmente, este botão é uti-
lizado quando a página não está a ser exibida corretamente ou quando as
informações são atualizadas com frequência (por exemplo, num site de
informações sobre cotações da Bolsa).

1 2
3 4
5

133
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Navegar na internet (cont.)


3 Favoritos/Marcadores. Ao pressionar esta opção (veja a imagem na
página anterior), a página visualizada será adicionada à lista de favoritos.
Se desejar, pode manter esta lista sempre visível, selecionando 4 > Mar-
cadores > Mostrar barra de marcadores.

5 Barra de endereços. Este campo permite introduzir diretamente o


endereço do sítio da internet que deseja visitar, ou simplesmente digitar
os termos que pretende pesquisar.

LISTA ORGANIZADA
Quando o número de endereços na lista de favoritos for muito
elevado, pode organizá-los por pastas, usando o critério mais
adequado para si. Para isso, selecione 4 em Marcadores >
Gestor de marcadores.

Personalizar o browser
Na prática, navegar na internet não é mais do que aceder a sítios web, por
exemplo, uma rede social, um jornal ou uma enciclopédia. Existem vários
métodos para pesquisar a informação disponível online.

››Escreva o endereço na barra de endereços do programa de navegação


e pressione Enter. Este é o método mais rápido e intuitivo.

››Digite palavras relacionadas com a página num motor de busca, como o


Google (www.google.pt). Esta opção é particularmente útil quando não se
sabe qual é exatamente o endereço do site. Para tal, basta digitar uma ou

134
A A Internet

mais palavras-chave que tenham que ver com o que procura (por exem-
plo, o nome da empresa cuja página deseja visitar).

››Quando o ponteiro do rato toma a forma de uma mão ao passar sobre


um elemento na página, isso significa que está perante uma hiperligação
(link). Clique sobre ela se desejar entrar.

Há várias opções de personalização que permitem simplificar a navega-


ção na internet. Vejamos algumas.

››Vá a 1 > Definições 2 . A primeira secção apresentada é Pessoas


e permite a sincronização e personalização do Chrome em todos os dis-
positivos associados. Para iniciar a sincronização, pressione Ativar a sin-
cronização 3 (terá de se autenticar com a sua conta Google – veja na
página 58 como criar uma).

10

135
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Navegar na internet (cont.)


O Preenchimento automático diz respeito a Palavras-passe 4 , Métodos
de pagamento e Endereços e mais 5 . Por exemplo, se estiver a indicar
no site da DECO PROTESTE a sua morada de forma a receber as nossas
publicações, esta será automaticamente preenchida pelo browser se já
o tiver feito anteriormente noutros sites, bastando para tal que comece
a escrevê-la.

O Google Chrome permite a configuração do aspeto visual do seu navega-


dor, para que dê o seu toque pessoal. Existe uma vasta coleção de temas
disponíveis na chrome web store 6 : seguramente encontrará uma que
se adequa ao seu gosto. Outra personalização disponível é a alteração do
Motor de pesquisa utilizado na barra de endereço 7 .

136
A A Internet

Na secção Privacidade e segurança, pode configurar as definições refe-


rentes aos cookies nas Definições de conteúdo 8 .

Os dados de navegação agilizam o funcionamento do programa de nave-


gação quando visita um site regularmente, mas também podem ocu-
par muito espaço no disco rígido e por vezes dão uma certa sensação de
invasão da nossa privacidade. De facto, estes pequenos ficheiros revelam
quase toda a atividade online aos gestores dos sites, traçando com grande
precisão o percurso do utilizador e revelando os sites que visitamos, os
links que abrimos, bem como as pesquisas que efetuamos. Para eliminar
os cookies, escolha Limpar dados de navegação 9 . Isto excluirá esses
ficheiros. Leia mais sobre os cookies nas páginas 179 e seguintes.

O Histórico de navegação (veja o 10 na imagem da página 135) é uma das


funcionalidades mais importantes, pois permite consultar os endereços
que foram visitados e encontrar o site que não está a conseguir encontrar
através dos campos de pesquisa tradicionais. Pode aceder de forma rápida
ao histórico dos sites visitados utilizando o atalho Ctrl + H. Aqui pode tam-
bém, se pretender, apagar o registo de algum site visitado.

137
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 6.3

O correio eletrónico
O correio eletrónico (mais conhecido por e-mail) surgiu com a internet,
substituindo em grande parte a troca de mensagens que tradicionalmente
era feita através de cartas postais. As vantagens desta forma de comuni-
cação são variadíssimas, desde a rapidez de entrega da mensagem (pra-
ticamente instantânea) à capacidade de incluir múltiplos destinatários e a
inclusão de vários anexos em formato digital, podendo estes variar entre
documentos, fotografias ou vídeos.

Nesta ficha, começamos por apresentar alguns dos programas de cor-


reio eletrónico já instalados no seu sistema operativo e ajudamo-lo a
configurar as suas contas. Mais à frente, veja passo a passo como enviar
um e-mail e como solucionar alguns dos problemas mais comuns que
podem surgir durante o processo.

Programas de e-mail ALTERNATIVAS

Quer o Windows quer o macOS apresentam progra- Existem alternativas de


mas para a gestão de e-mail pré-instalados. Partilham qualidade, como o Mozilla
o mesmo nome: Mail. No entanto, tal como acontece Thunderbird, um cliente
nos programas de navegação, existe uma vasta pos- de e-mail gratuito e
sibilidade de escolha. multiplataforma (ou seja, com
versões que funcionam em
Windows Mail todos os sistemas operativos)
O Windows Mail permite configurar várias contas de ou o Outlook, incluído no pacote
e-mail, possibilitando, por exemplo, o acesso simultâ- comercial Microsoft Office.
neo às contas pessoal e profissional. Pode configurá- Além das funcionalidades
-lo para serviços de diferentes fornecedores, desde os normais de correio eletrónico,
mais famosos, como o Microsoft, o Gmail ou o Yahoo!, estes programas disponibilizam
até ao seu fornecedor privado de acesso à internet. outras, como, por exemplo,
a hipótese de fazer a
Para configurar uma conta de correio eletrónico, sincronização com o calendário
selecione o ícone das definições 1 (veja a imagem da do Google (calendar.google.
próxima página, em cima) e escolha Add account 2 . com).
Na janela seguinte pode selecionar qual o serviço de
e-mail que pretende configurar.

A gestão de múltiplas contas é relativamente simples e pode ser feita atra-


vés de uma pasta própria ou pela funcionalidade Link inboxes 3 . Aqui
podem ser reunidas as mensagens de correio eletrónico das caixas de
entrada (inbox) das várias contas de e-mail.

138
A A Internet

3
2

Apple Mail
De forma muito idêntica ao cliente de e-mail do Windows, o Mail da Apple
permite a configuração de diversas contas de correio eletrónico. No caso
de pretender configurar uma conta de um dos fornecedores listados na
imagem (veja abaixo), o processo de configuração é mais facilitado, pois
apenas necessita de introduzir o seu endereço de e-mail e a respetiva
palavra-chave (password).

Se não for o caso, ao selecionar Outra conta do Mail... 4 poderá configu-


rar de forma manual as configurações do seu fornecedor de correio ele-
trónico, incluindo os servidores POP3/IMAP e o SMTP.

139
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O correio eletrónico (cont.)


Tipos de servidores de e-mail
A configuração dos clientes de e-mail tem em conta o endereço dos ATENÇÃO!
seguintes servidores: Alguns fornecedores
de internet
disponibilizam uma
››POP3 (Post Office Protocol). A maioria dos serviços de correio eletrónico conta de e-mail para
e fornecedores de acesso à internet usam este tipo de servidor, especial- os seus clientes.
Se for este o seu
mente para contas de e-mail pessoais. Com um servidor POP3, depois de
caso, verifique as
descarregadas, as mensagens são armazenadas no computador do utili- informações sobre os
zador e, em geral, excluídas do servidor do fornecedor. respetivos servidores
(POP3, IMAP e SMTP)
na documentação
››IMAP (Internet Message Access Protocol). Estes servidores permi- que acompanha
tem aceder ao correio eletrónico sem ter de descarregar as mensagens o kit de ligação.
primeiro para o computador. Isso significa que pode
vê-las, apagá-las e geri-las diretamente no servidor
do fornecedor. Os e-mails permanecem guardados até IDENTIFICAÇÃO CORRETA
os excluir remotamente. Estas contas são tradicional- Durante a configuração de uma
mente utilizadas no âmbito empresarial. nova conta, o Mail solicita o Nome
a apresentar. Certifique-se de que
››SMTP (Simple Mail Transfer Protocol). Este tipo de insere o seu nome real e não o
servidor é responsável apenas pelo envio das mensa- endereço de e-mail, de forma que
gens, tornando sempre necessária a utilização de um os destinatários das mensagens
servidor de receção de correio POP3 ou IMAP. identifiquem sem dificuldade a
origem das suas mensagens. Esse
Geralmente, os endereços dos servidores, tanto para será o nome que os destinatários
o envio como para a receção de correio, seguem um verão como remetente da mensagem,
formato fixo e praticamente padrão. A maioria dos for- por isso, é recomendável incluir o
necedores usam a estrutura apresentada em seguida nome próprio e apelido, para evitar
(“nomedofornecedor.com” deve ser substituído pelo mal-entendidos.
endereço do fornecedor de e-mail):

››Servidor de receção de correio. pop.nomedofornecedor.com; pop3.


nomedofornecedor.com; imap.nomedofornecedor.com (no caso de o ser-
vidor ser do tipo IMAP).

››Servidor de envio de correio. smtp.nomedofornecedor.com.

Se não estiver certo dos endereços corretos, contacte os serviços de


assistência ou consulte, se possível, a secção de ajuda no site do seu for-
necedor de acesso.

140
A A Internet

Escrever mensagens novas


Todos os programas de e-mail são muito semelhantes quando pretende-
mos escrever uma nova mensagem. Para demonstrar a sua semelhança,
apresentamos as imagens dos programas referidos atrás: Windows Mail
e Apple Mail.

››Escolha 1 para começar a escrever uma mensagem nova.

141
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O correio eletrónico (cont.)


››No campo To: (Para:) 2 , introduza os endereços de e-mail dos destina-
tários. Em Cc: 3 , indique os endereços de todas as pessoas para quem
quiser enviar uma cópia da mensagem; se não quiser que os endereços
fiquem visíveis a todos os destinatários, insira-os em Bcc: 4 .

››Se quiser enviar a mensagem para mais do que um destinatário, separe


cada endereço com um ponto e vírgula ou uma vírgula. Escreva o Subject

7 8

2
5 3 4
6

8 4

2 7

3
5

142
A A Internet

(Assunto) da mensagem no campo respetivo 5 (veja as imagens da


página anterior). Por último, coloque o cursor sobre o corpo principal da
janela 6 para criar o texto do e-mail.

››Para anexar ficheiros à mensagem, escolha Insert ou pressione o clipe 7


e selecione-os a partir da caixa de diálogo. Pode enviar qualquer tipo de
conteúdo (fotografias, documentos de texto, PDF, etc.), estejam ou não
em formato comprimido. Note que quase todos os fornecedores de ser-
viços de e-mail impõem um limite para o tamanho dos anexos. Por isso,
é uma boa ideia habituar-se a comprimir sempre os ficheiros antes do
envio (veja a caixa abaixo). A compressão também é conveniente se qui-
ser anexar vários ficheiros ao e-mail; assim, pode enviá-los todos juntos
num único “pacote”, sem ter de os carregar um a um.

Terminada a composição da mensagem, pode enviar a mensagem pres-


sionando 8 .

COMPRIMIR OS FICHEIROS
Para a compressão dos ficheiros conjunto de ficheiros com um contacto
no Windows, terá de selecionar de e-mail.
um ficheiro pressionando o botão No caso do macOS, também não é
direito do rato e escolhendo Enviar necessária a instalação de software
para 1 e, depois, Pasta comprimida adicional. O próprio sistema operativo
(zipada) 2 . Se se tratar de um ficheiro permite comprimir documentos. Para
pequeno e não pretender comprimi-lo, tal, basta pressionar com o botão direito
pode simplesmente escolher a opção do rato (ou com os dois dedos, se for um
Destinatário de correio 3 . Comprimir os touchpad) sobre o conjunto de pastas e
ficheiros torna mais fácil a partilha de um ficheiros e selecionar a opção Comprimir.

3
1

143
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O correio eletrónico (cont.)


Problemas frequentes
Nesta secção, damos algumas dicas para melhorar a gestão dos e-mails
e soluções para problemas comuns que surgem no dia-a-dia.

E-mails que não chegam ao destino


Por vezes, pode enviar um e-mail e perceber que este não alcançou a
caixa de correio do destinatário. Pode ou não receber uma mensagem
de erro, mas nem sempre percebe o que poderá estar a acontecer.
Onde estará o problema?

Se tiver anexado ao e-mail um ficheiro muito grande, é possível que o seu


fornecedor tenha bloqueado a mensagem devido ao seu tamanho. Tente
reenviá-la, mas sem o ficheiro anexo, para verificar se esta é a causa do
problema. Caso o confirme, poderá ter de usar meios alternativos para
enviar o seu ficheiro, seja a compressão do mesmo seja a partilha atra-
vés de pastas partilhadas na nuvem (cloud).

Caso verifique que o problema não está aqui, verifique se o endereço de


e-mail do destinatário está correto. Se estiver a usar um livro de endere-
ços, veja se foi digitado sem erros.

Junk mail e spam


Se está constantemente a receber correio não solicitado,
possivelmente já pensou que gostaria de impedir a entrada dessas
mensagens. Será possível?

Em certa medida, sim. Alguns fornecedores de correio esforçam-se por


bloquear as mensagens de correio não solicitado, também conhecidas
como junk mail ou spam. O Google, por exemplo, através do seu ser-
viço de correio eletrónico Gmail, dedica muitos esforços a esta causa e,
felizmente, o sistema consegue bloquear a maioria das mensagens não
solicitadas.

Muitos clientes de correio eletrónico também incluem filtros contra o spam.


Certifique-se de que o seu tem o filtro antispam ativo.

Anexos que dão problemas


Se recebeu uma mensagem de correio eletrónico e não consegue
abrir o anexo, não desespere, que há solução.

144
A A Internet

Os anexos dos e-mails têm de ser abertos por aplicações compatíveis. Por
isso, certifique-se de que tem instalado o programa apropriado. Contudo,
antes de tentar abrir o ficheiro, guarde-o no disco rígido (ou seja, não tente
abri-lo diretamente a partir do programa de e-mail). De seguida, execute
a aplicação respetiva e abra o documento em questão.

As mensagens de e-mail podem ser enviadas a partir de diferentes pla-


taformas, ou até telemóveis. Alguns anexos podem não ser compatíveis
com a arquitetura do sistema do destinatário e, por isso, têm de ser con-
vertidos antes que os possa abrir. Se acha que pode ser esse o problema,
contacte o remetente da mensagem para descobrir que tipo de sistema
utiliza e que programa foi usado para criar o ficheiro.

Receber mensagens pessoais no trabalho


É possível usar a sua conta de correio eletrónico pessoal, mesmo que não
esteja a utilizar o seu computador. Muitos fornecedores oferecem a possi-
bilidade da consulta de e-mail em sistemas baseados na Web, para permi-
tir a sua utilização a partir de qualquer computador. Irá necessitar do seu
nome de utilizador e da palavra-chave.

Alguns desses serviços, como o Gmail e o Yahoo!, também permitem que


consulte contas externas de correio POP3. Ou seja, pode, por exemplo,
configurar a sua conta do Gmail de forma a visualizar, via Webmail, o cor-
reio eletrónico fornecido pelo seu ISP.

Pesquisa de e-mails
Como muitas outras aplicações, os
aplicativos de e-mail dispõem de uma 1
opção para localizar informações. No
Mail, esta ferramenta consiste num
campo de pesquisa 1 , que fica
na parte superior da janela princi-
pal. É possível pesquisar tendo por
base diferentes critérios; por exem-
plo, ao digitar a palavra “encontro”,
serão apresentados no ecrã todos os
e-mails que contenham esse termo,
seja no corpo da mensagem, no
assunto ou noutro local (um anexo,
por exemplo). Os sistemas de correio
eletrónico baseados na Web também
oferecem esta funcionalidade.

145
A

CAPÍTULO 7
MULTIMÉDIA
7.1 Música digital
O caminho percorrido pelo som
desde a fonte até aos nossos ouvidos,
passando pelo computador.

7.2 O Windows Media Player


O leitor multimédia da Microsoft.

7.3 O Apple Música


A proposta da Apple para o mundo
multimédia.

7.4 Ouvir em streaming


Aceder a milhões de músicas de forma prática.

7.5 Ver filmes no computador


Uma panorâmica dos melhores leitores
para reproduzir filmes no computador
e dos serviços de streaming de vídeo.
A

Graças à crescente difusão de conteúdos digitais,


os computadores estão a tornar‑se equipamentos
multimédia polivalentes. Hoje em dia, ouvir música ou
rádio, ver televisão ou vídeos são atividades que não
implicam neces­sariamente o recurso a aparelhos distin-
tos: os computadores têm‑se revelado um meio natu-
ral para aceder a todos esses conteúdos.

A passagem dos discos de vinil para os CD, depois para


os MP3 e mais recentemente para os programas de
streaming não só revolucionou o modo como as pes-
soas desfrutam da música, mas também a forma de a
comercializar e distribuir. O mesmo fenómeno aconte-
ceu com o vídeo, apesar de a batalha para impor um
formato proprietário universal ter retardado a introdu-
ção de conteúdos em alta definição.

Atualmente, um computador pode ser usado como


um autêntico centro multimédia completo. Nunca foi
tão fácil a partir de um só equipamento toda a família
ter acesso a podcasts, filmes, séries, álbuns de música
ou coleções de fotografias ou vídeos.
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 7.1

Música digital
Os computadores atuais estão equipados com placas de som de boa
quali­d ade, normalmente integradas na motherboard (placa‑mãe).
Em geral, o desem­penho dos altifalantes não está ao mesmo nível, mas
é suficiente para um uso ocasional. Para uma melhor qualidade de som,
é também possível ligar o sistema a um equipamento de alta fidelidade ou
adquirir uns altifalantes ou auscultadores específicos para o computador.

O PC também pode ser usado para criar compilações musicais. Estas


“saladas” de música não só podem ser escutadas no computador, como
também são uma ótima companhia para as caminhadas e para as viagens.

Reproduzir um CD
A forma mais rápida e fácil de reproduzir um CD consiste em ativar a fun­
ção de reprodução automática (Iniciar > Definições > Dispositivos > Repro-
dução Automática), caso isso ainda não esteja já predefinido no seu sis-
tema. Quando se insere um CD na unidade de leitura ótica, o Windows
examina o seu conteúdo e propõe um conjunto de ações preestabele-
cidas, tais como, por exemplo, reproduzir as músicas, se se tratar de um
CD de música, ou executar uma aplicação com­patível com um determi-
nado tipo de documento.

Ouvir música
em formato digital
Já há algum tempo que os CD de áudio deixaram de
ser o meio mais comum para ouvir música no compu-
tador: a chegada do MP3 tornou possível a existência
de música em forma de ficheiros, sem que se precise
de um disco físico.

As principais diferenças entre um CD de áudio e os


formatos de áudio comprimidos prendem‑se com a
qualidade do som e o tamanho dos ficheiros. A música
gravada em CD é codificada como WAV: neste caso,
um minuto de som cor­responde a cerca de 10 MB.

O MP3 é um sistema que com­prime os dados para


reduzir drasticamente o tamanho dos ficheiros.

148
A Multimédia

A essa compressão está associada uma perda de qualidade mais ou


menos óbvia, dependendo do tipo de codificador usado. A qualidade
do ficheiro resultante é proporcional à frequência de codificação apli-
cada, medida em Kb/s. Quanto maior o valor, melhor será a qualidade
do som (embora o tamanho do ficheiro resultante também seja supe-
rior). Se a faixa de áudio for codificada a 192 Kb/s, o nível de qualidade
é bastante aceitável, sendo muitas vezes referido como “qualidade de
CD”, sendo que o ficheiro é reduzido para cerca de um sétimo do tama-
nho original.

Descarregar música da internet


Para muitas pessoas, a expressão “download de música” está necessa-
riamente associada a pirata­ria e violação dos direitos de autor. Mas nem
sempre é assim. Saindo dos populares circuitos de partilha de ficheiros,
é possível descarregar música da internet respeitando total­mente os direi-
tos de autor e, em cer­tos casos, de forma gratuita.

Os baixos custos da internet (sobretudo no que diz respeito à distribuição


das músicas) transformam‑na na montra ideal, onde os grupos em início
de carreira podem mostrar o seu trabalho. Proliferam, por isso, os sites
que, por um lado, oferecem aos artistas de editoras discográficas inde-
pendentes a ajuda necessária para se exporem na Web e, por outro, per-
mitem aos uti­lizadores ouvir música de graça e, talvez, descobrir algum
novo talento.

Por mais interessantes que sejam os sites gratuitos, deve dizer-


‑se que a maior parte dos temas mais conhecidos só se encontram
legalmente nos pagos. Entre os mais populares estão o iTunes Store
(www.apple.com/itunes) e a Amazon (www.amazon.com).

Existem ainda outras lojas que disponibilizam um bom serviço, mas que
suscitam dúvidas do ponto de vista da sua legalidade, pois vendem
música para diversos países sem terem celebrado acordos com as res-
petivas socie­dades de autores.

O formato das canções varia, mas o mais difundido é o MP3. Nalguns


casos, podem transferir‑se canções nos formatos WMA ou AAC. Embora
tenham caído em desuso, ainda existem serviços que comercializam
música com proteções que limitam a conversão para outros formatos ou
o número de cópias feitas a partir de cada faixa, prática contra a qual a
DECO PROTESTE tem vindo a manifestar-se.

149
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 7.2

O Windows Media Player


Existem muitas aplicações que permitem escutar ficheiros de áudio no
computador, cada uma das quais atende às diferentes neces­sidades dos
apreciadores de música digital. O Windows Media Player é o utilitário da
Microsoft para esse fim.

Se a opção de reprodução automática estiver ativada, o Windows Media


Player será executado no momento em que se inserir um CD de áudio na
unidade ótica do computador ou se fizer duplo clique em qualquer ficheiro
de áudio. Em alternativa, pode começar por abrir a aplicação, escolhendo
Iniciar > Windows Media Player.

O player multimédia da Microsoft oferece dois modos de funcionamento:

››Biblioteca é o modo que surge por predefinição quando se executa a aplica-


ção. Permite ace­der a todos os ficheiros de música e vídeo no computador;

››o modo Em reprodução inclui os habituais botões de reprodução – como


Pausa, Seguinte, Anterior, etc. – e oferece diversas opções específicas,
como o equalizador gráfico, o nivelamento de volume automático, entre
outras. Para ativar este modo, pressione o ícone localizado no canto infe-
rior direito da janela Biblioteca 1 .

150
A Multimédia

Para alterar o aspeto visual do pro-


grama de reprodução, pressione
qualquer ponto livre da janela com 3
o botão direito do rato e selecione
Efeitos Visuais 2 . Pode escolher
um dos temas prede­finidos ou des-
carregar temas adicionais a partir
da internet.

Para reproduzir o conteúdo de


áudio que já esti­ver armazenado
no disco rígido do computador, siga
estes passos:

››se estiver no modo Em reprodu-


ção, aceda a Biblioteca, pressio-
nando o ícone localizado no canto
superior direito do reprodutor 3 ;

››pressione a aba Repro­duzir 4 ; 2

››de seguida, arraste o ficheiro que


deseja reproduzir da sua localiza-
ção no disco rígido para o painel
Lista 5 .

151
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O Windows Media Player (cont.)


Para aceder a recursos avan-
çados, mude para o modo
Em reprodução. De seguida,
pressione qualquer lugar da
janela com o botão direito do rato
e selecione Melhora­mentos 6 .
6
A partir daí, pode usar várias fer-
ramentas, como, por exem­plo, o
equalizador gráfico, os níveis de
volume, a velocidade de repro-
dução, etc.

Para aproveitar outros recursos


– como a gravação de uma lista de músicas para um CD (veja a caixa da
página 155) – deve voltar para o modo Biblioteca.

MAIS KB/S, MELHOR QUALIDADE


Quando se importa um CD para a lembre‑se de que este nível de qualidade
biblioteca do Windows Media Player, é máxima requer aproxima­damente 86 MB
possível escolher o nível de qualidade para cada CD importado. Assim, se não
da importação. O nível de qualidade tiver muito espaço disponível no disco
permitido pela aplicação da Micro­soft rígido, poderá optar pelo valor‑padrão
vai de 48 Kb/s (não recomendado) até de 128 Kb/s (cerca de 56 MB por CD).
um máximo de 192 Kb/s. O padrão para Para escolher o nível de qualidade de
novas importações é de 128 Kb/s. importa­ção, abra o Windows Media Player
Logicamente, o mais aconselhável é em modo Biblioteca, aceda a Organizar
escolher 192 Kb/s, a fim de desfrutar > Opções… > Ripar músicas e localize a
da melhor qua­lidade possível. Mas opção Quali­dade de áudio.

Biblioteca multimédia
Esta funcionalidade faci­lita a catalogação das faixas de músicas. No modo
de Biblioteca, escolha Organizar > Gerir bibliotecas > Música. De seguida,
pressione o botão Adicionar a 7 (veja a imagem de cima, na próxima
página) para incluir a pasta onde estão guardados os fichei­ros de som.
Assim, sempre que guardar um ficheiro de áudio nessa pasta, o Windows
Media Player irá adicioná‑lo automati­camente à biblioteca.

152
A Multimédia

Pode aceder à recém‑criada biblioteca multimédia a partir da janela prin­


cipal do programa. A biblioteca está dividida em duas secções, tal como
uma janela do Explorador do Windows. À esquerda, encontra um pai-
nel organizado por categorias: música, vídeos, fotos, etc. Ao reproduzir,
por exemplo, uma música, encontrará, na parte do lado direito da janela,
mais informações sobre a mesma: a imagem de capa do álbum respetivo,
o título, a duração, a classificação, etc.
A partir dessas sec­ções, acede‑se a outras funcionalida­des, tais como
criar listas de reprodução segundo os estilos de música ou abrir a pasta
onde o ficheiro está guardado no disco rígido. Para esta última tarefa,
basta pressionar uma música com o botão direito do rato e selecio­nar
Abrir localização do ficheiro 8 .

153
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O Windows Media Player (cont.)


ATENÇÃO
No campo de
O Windows Media Player também é útil para localizar e reproduzir rapida­ pesquisa, não pode
mente ficheiros de música, vídeo e imagem, localizar os ficheiros nas utili­zar carateres
de substituição
biblio­tecas de multimédia do computador ou ir para uma música do
(wildcards), tais como
mesmo álbum. Com o programa em modo de Biblioteca, escreva, na caixa asteriscos ou pontos
de pesquisa 9 , o texto que pretende localizar. de interrogação.

Informações das músicas


O Windows Media Player consegue gerir alguns aspetos das músicas pre­
sentes na biblioteca. Uma das opções mais interessantes é a capacidade
de modificar as informações da faixa de áudio, como o título da canção
ou do álbum ou o estilo musical.

Para o fazer, com o programa em modo Biblioteca, pressione com o botão


direito do rato o item da música que deseja modificar (artista, título, género,
etc.). De seguida, escolha Editar 10 e faça as alterações que pretender.

10

154
A Multimédia

Esta é uma funcionalidade muito útil, porque, muitas vezes, os deta­lhes


das músicas descarregadas da internet estão incompletos ou errados.
Desta forma, poderá personalizar a categorização dos vários ficheiros da
biblioteca, de modo que seja mais fácil, por exemplo, encontrar todas as
faixas de um determinado género musical (rock, jazz, etc.) ou exibir todas
as músicas de determinado compositor.

DO CD PARA O COMPUTADOR
Para copiar um CD áudio para o computador com o Windows Media Player, comece
por introduzir o CD no leitor. Em seguida, selecione-o na lista 1 . A opção Ripar CD 2
permite adicionar as músicas à sua biblioteca.

GRAVAR UM CD 1
Para gravar músicas da sua
3
biblioteca para um CD áudio
escolha Gravar 1 , arraste as
músicas a incluir para o pai­nel
Lista para Gravar 2 e ordene-as 2
a gosto. Em seguida, pressione
Começar a gravar 3 .

155
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 7.3

O Apple Música
O Windows Media Player é um programa disponibilizado pela Microsoft,
distribuído como parte do Windows, pelo que não é possível a sua insta-
lação em qualquer outro sistema operativo. Se estiver a utilizar o macOS,
pode escutar os seus ficheiros de áudio através do Apple Música.

O Apple Música é o substituto do bem conhecido iTunes, que em junho de


2019 a Apple anunciou que iria dar lugar a três novos programas: Música,
Podcasts e Apple TV.

Pode organizar a sua biblioteca pelo nome dos Intérpretes 1 ou os títu-


los dos Álbuns 2 ou visualizar todas as faixas selecionando Músicas 3 .
Para iniciar a reprodução de uma música ou de um álbum, basta fazer duplo
clique sobre o conteúdo desejado.

O Play 4 desencadeia a reprodução das suas músicas. No caso de que-


rer passar ao tema seguinte, pressione o sinal à direita 5 .

4 5

1
2
3

Para consultar a lista de reprodução em qualquer altura, pressione 6 .


(veja a imagem na página seguinte). Aqui, pode gerir a lista de forma a
remover as músicas que não pretende ouvir. Para tal, carregue no sím-
bolo de sentido proibido 7 . Pode ainda ordenar a lista de reprodução

156
A Multimédia

arrastando as músicas na lista de acordo com o que pretender. Outra


opção prática é o acesso à letra da música que está a tocar ( 8 ).

DO CD PARA O COMPUTADOR
Para copiar um CD áudio para o computador com o Apple Música, comece por
introduzir o CD no leitor. Poderá vê-lo imediatamente na lista dos dispositivos 1 .
Escolha as músicas pretendidas e adicione-as à biblioteca selecionando a opção
Importar CD 2 .

157
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O Apple Música (cont.)


Se inserir um CD de áudio num computador com o macOS instalado,
o Música abre-se automaticamente. De imediato, é apresentada a opção
de adicionar o CD à sua biblioteca. Se aceitar, o disco será ripado e as
músicas passarão a ficar alojadas no disco rígido.

Para aceder ao conteúdo do disco, selecione a imagem do disco 9 .


Para escutar o disco na íntegra basta selecionar o botão de play no topo;
caso contrário, selecione a música pretendida e faça duplo clique para
iniciar a reprodução a partir dessa faixa.

158
A Multimédia

GRAVAR UM CD
Para gravar uma lista de reprodução para um CD de áudio com o Apple Música
pressione com o botão direito do rato a lista pretendida e selecione Gravar lista
de reprodução em CD/DVD… 1 .

159
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 7.4

Ouvir em streaming
Ainda que muitos continuem a adquirir álbuns de música em formato CD,
a verdade é que o streaming de áudio veio dar uma volta a este mundo,
e são cada vez menos os que o fazem. Com uma adesão crescente por
parte dos melómanos, o streaming e a internet trouxeram a possibili-
dade de escutar emissões de rádio, mesmo em diferido, e de aceder a
um acervo de temas que seria muito difícil de conseguir através da com-
pra de discos ou mesmo pela aquisição individual dos ficheiros de áudio.

Plataformas como o Spotify e o Apple Music oferecem aos seus utiliza-


dores a possibilidade de ouvir a maior parte das músicas que circulam ATENÇÃO
no mercado sem a necessidade de efetuarem a sua compra. Na verdade, Em streaming, as
promovem a subscrição de um serviço que permite ter acesso a milhões músicas nunca chegam
de faixas de música. a ser propriedade
sua. Como tal, não
tem o direito de as
Estas plataformas disponibilizam ainda programas que permitem gerir usar livremente. Por
as listas de reprodução e descarregar músicas para o disco rígido. Assim, exemplo, não poderá
gravar um CD com as
essas faixas estão disponíveis mesmo quando o computador não tem músicas descarregadas
acesso à internet. em streaming.

A rádio na Net
Ouvir rádio online é uma das formas mais simples de tirar bom partido
do streaming de áudio. Graças à internet, é possível ouvir a maioria das
estações de todo o mundo, sem a necessidade de ter um recetor físico.

Escusa de se
preocupar se a sua
área goza ou não de
boa cobertura para
ouvir rádio pela Net

160
A Multimédia

Spotify
ATENÇÃO!
O Spotify é um dos serviços de streaming mais famoso, pois oferece aos Se optar pela
utilizadores um serviço de subscrição sem custos, que os sujeita, contudo, subscrição gratuita,
a espaços publicitários. Se os anúncios o incomodam, poderá alterar a terá de se sujeitar aos
anúncios publicitários
sua subscrição mediante um pagamento mensal: os anúncios são, assim, a entremear a sua lista
eliminados, e é garantido o acesso a uma série de funcionalidades não de reprodução.
disponíveis na versão gratuita.

Para começar a utilizar o Spotify aceda a www.spotify.com/pt e sele-


cione GET SPOTIFY FREE. Introduza o seu endereço de e-mail, o nome,
a data de nascimento e crie uma palavra-chave para este serviço (veja
na página 174 os nossos conselhos para a criação de uma boa palavra-
-chave). Completado o registo, é apresentada uma página com a opção
de descarregar o programa para o computador.

Feita a instalação, execute o programa. Introduza o e-mail e a palavra-


-chave indicados na altura do registo e permita ao Spotify ter conheci-
mento de quais os seus artistas e géneros favoritos. Só assim será pos-
sível utilizar o serviço de recomendações.

161
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Ouvir em streaming (cont.)

Para procurar a música que pretende ouvir, introduza o título respetivo no


campo de pesquisa 1 . Logo que começa a escrever, o Spotify apresenta
uma lista de músicas, álbuns e artistas que lhe poderão interessar. Com a
música a tocar, pode explorar as funcionalidades do programa e criar lis-
tas de reprodução com as suas músicas favoritas.

Apple Music
O serviço de streaming Apple Music possui as mesmas funcionalidades
que o Spotify e, embora a sua designação refira “Apple”, está também
disponível para Windows. A principal diferença face ao Spotify é a ausên-
cia de uma subscrição gratuita.

É possível usufruir do Apple Music gratuitamente durante três meses,


mediante introdução de dados de registo e de um meio de pagamento ATENÇÃO!
que será utilizado se o serviço continuar a ser utilizado findo esse período. Terminado o período
experimental do Apple
Este serviço de streaming é distribuído pela aplicação Apple Música. Music, o pagamento do
serviço será debitado
Se já a tiver instalada basta aceder a Para si 2 (veja a imagem da página automaticamente, caso
seguinte) para subscrever o serviço. Para mais detalhes, consulte a ficha 7.3, não o cancele.
na página 156.

162
A Multimédia

Para efetuar o registo, selecione Experimentar grátis 3 . Será


confrontado com sugestões de artistas, álbuns e listas de
reprodução. Poderá, então, refinar a sua pesquisa no campo
específico. Se desconhecer o título da música, mas se se lem-
brar da letra, por exemplo, introduza-a, e o programa devol-
verá, à partida, a música que procura.

O Apple Music, assim como o Spotify, disponibiliza milhões


de músicas. Dedique algum tempo a encontrar as suas
faixas favoritas e terá, assim, a sua discoteca organizada. 3
Selecione um intérprete e poderá ter acesso a informações
extras.

163
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 7.5

Ver filmes no computador


Para ver filmes no ecrã do computador, use um programa apro­priado.
O Windows inclui o Windows Media Player, ou seja, pode usar o mesmo
programa para ouvir música e ver filmes. No entanto, como mostrare-
mos em seguida, este programa mostrar-se-á limitado para os utilizado-
res mais exigentes. No caso do macOS, o software de base para visuali-
zar vídeos é o QuickTime Player.

Windows Media Player


Com uma utilização bastante intuitiva, o Windows Media Player permite
reproduzir, de forma simples, não só ficheiros de áudio (veja a ficha 7.2,
nas páginas 150 e seguintes), como de vídeo e aceder a algumas funcio-
nalidades adicionais, como a escuta de esta­ções de rádio.

Este programa é suficiente para uma reprodução básica dos clips de vídeo
que vêm com o sistema operativo. No entanto, se tiver um acervo de fil-
mes mais extenso, mais tarde ou mais cedo encontrará ficheiros que não
consegue reproduzir. Por outro lado, se o seu nível de exigência for mais
elevado, achará certamente o programa algo limitado. Além disso, é um
software bastante pesado, o que pode abrandar o funcionamento dos
computadores já de si lentos.

Windows Media
Player Video

164
A Multimédia

Por estas razões, na maioria dos casos, para ver filmes o ideal é usar pro-
gramas alternativos (veja em seguida).

BS.Player
Este é um dos players alternativos gratuitos mais populares. Apenas
disponível para o sistema operativo Windows, pode ser descarregado
em www.bsplayer.org.

O funciona­mento do programa é muito intuitivo. Entre os seus pontos for-


tes está uma excelente gestão do avanço do filme. Se tiver perdido uma
passagem, basta carregar na seta do teclado para voltar para trás, alguns
segundos de cada vez.

Pressionando com o botão direito do rato na janela de comandos, aparece


um menu que permite ajustar uma vasta gama de opções e comandos.
Por exemplo, se o filme que está a ver tiver duas pistas de áudio (uma
em português e outra em inglês, por exemplo), basta pressionar com o
botão direito do rato, escolher Áudio > Linhas de áudio e selecionar a pista
preten­dida. Se um filme for acompanhado por um ficheiro de legendas
separado, basta arrastar com o rato o ficheiro em questão para dentro da
janela de vídeo para iniciar a sua reprodução.

Caso o filme comece a passar numa janela pequena, faça duplo clique
sobre ela e imediatamente passará à visualização em ecrã inteiro.

BS.Player

165
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Ver filmes no computador (cont.)


PROBLEMAS FREQUENTES
Devido à variedade de formatos existen­tes, para ter a
certeza de que consegue ver um dado filme, não basta ter
um programa adequado. Pode acontecer que um ficheiro
AVI se veja muito bem, mas outro não se consiga repro­
duzir corretamente: por vezes, não se vê a imagem ou não se
consegue ouvir o som. Na maior parte dos casos, isso deve‑se
ao facto de não ter instalado o codec adequado. Na internet,
encontram‑se os chamados codec packs, isto é, pacotes
que incluem muitos dos principais codecs; mas, em geral, a
instalação desses pacotes origina mais problemas do que
resolve, e é muito melhor proceder à instalação isolada de cada
codec, à medida que for necessi­tando deles.
Eis os sites de onde pode descarregar as versões mais
atualizadas dos codecs de vídeo mais conhecidos:
› DivX: www.divx.com/divx/download
› Xvid: www.xvid.org
› MKV: www.mkvcodec.com

VLC
Igualmente popular, o VLC pode ser transferido gratuitamente, quer para
Windows quer para macOS, do site www.videolan.org. Comparando-o com
os players mais conhecidos, a interface tem um visual bastante simples.

VLC

166
A Multimédia

A gestão de alguns aspetos é menos eficaz do que no BS.Player


(por exemplo, na gestão das legendas ou no avanço do filme), mas tem
uma característica muito importante que o distingue de todos os outros:
graças ao modo como está programado, não precisa, na prática, de
nenhum codec externo para poder visualizar qualquer vídeo. Basta ins-
talar este programa e poderá ver praticamente tudo.

Apple TV
O Apple TV é disponibilizado no macOS e permite organizar e visualizar
de forma simples os seus filmes, séries e programas de televisão. Mas
não se fica por aqui.

Entre outras funcionalidades, este programa permite o acesso a uma loja


ou videoclube onde pode comprar ou alugar os filmes mais recentes.
Encontre o que pretende através do campo de pesquisa 1 ou através
das recomendações feitas em Ver agora 2 .

1
2

167
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Ver filmes no computador (cont.)


Feita a sua seleção, pode consultar informação extra, tal como a descri-
ção do filme, o género, os atores principais e o nome do realizador. É pos-
sível também visualizar o trailer, guardá-lo numa lista ou optar entre
Comprar 3 e Alugar 4 .

O vídeo em streaming ATENÇÃO!


O ficheiro visualizado
em streaming
O streaming é uma tecnologia que permite ver filmes ou ouvir música via não fica gravado
internet em tempo quase real, sem ter de os descarregar. O PC torna- no computador!
‑se, assim, uma espécie de TV por cabo e começa a transmitir imagens Por isso, tem de se
ligar à internet se
ou sons quase de imediato (enquanto a reprodu­ção se inicia, o resto do quiser voltar a vê‑lo
ficheiro vai sendo carre­gado em segundo plano). ou ouvi‑lo.

Existem várias plataformas que permitem a visualização de vídeos sem


a necessidade de descarregar programas adicionais no seu computador.
O vídeo é exibido numa janela no próprio site, mas a qualidade da visuali-
zação depende das características da sua ligação à internet.

168
A Multimédia

A plataforma mais conhecida para ver vídeos na internet está disponível


em www.youtube.com. Propriedade da Google, o YouTube permite a pes-
quisa e apresenta uma lista de vídeos relacionados com o termo introdu-
zido. Se for um utilizador registado na plataforma, irá receber recomen-
dações relacionadas com as visualizações anteriores.

À imagem dos serviços de subscrição de música que tratámos na ficha


anterior (veja as páginas 160 e seguintes), pode subscrever serviços que
disponibilizam catálogos de filmes e séries. Um dos mais populares é a
Netflix. A Amazon Prime Video e a HBO Portugal também estão entre os
mais populares. Todos estes serviços permitem uma utilização experi-
mental gratuita durante um determinado período, mas lembre-se de que
passado esse período o pagamento será automático através do meio de
pagamento introduzido na altura do registo.

Como cada um destes serviços possui conteúdos exclusivos, provavel-


mente não encontrará todos os conteúdos que gostaria de visualizar numa
única subscrição.

169
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Ver filmes no computador (cont.)


Netflix
A Netflix é a plataforma que apresenta o catálogo mais amplo. Poderá
fazer o seu registo em www.netflix.com. Depois de registado, descarre-
gue o programa para o seu computador e poderá começar a usufruir de
imediato dos conteúdos disponíveis no catálogo.

Pode ter livre acesso a este serviço durante o período experimental de um


mês. Além de permitir ver séries e filmes no computador, a Netflix dis-
ponibiliza programas para desfrutar do catálogo noutros dispositivos, tais
como tablets, smartphones ou smart TV.

Amazon Prime Video


A Amazon Prime Video disponibiliza um catálogo mais reduzido, mas apre-
senta, ainda assim, uma excelente relação entre a qualidade e o preço.
Pode utilizar este serviço nos primeiros seis meses a um preço reduzido;
após este prazo, o valor mensal é inferior ao da subscrição da Netflix.

Para fazer o registo na Amazon Prime Video, aceda a www.primevideo.com


e efetue o login com a sua conta Amazon. Se ainda não tiver uma, terá de
seguir as indicações para a criar.

170
A Multimédia

A Amazon Prime Video não permite a definição do idioma para português


de Portugal. Toda a interface, legendas e dobragens, encontra-se em por-
tuguês do Brasil.

HBO
Em relação aos anteriores, a HBO é serviço de subscrição de vídeo que
apresenta o catálogo mais reduzido e até a qualidade de imagem mais
baixa. No entanto, tornou-se popular devido ao imenso sucesso da série
Guerra dos Tronos, conteúdo que lhe é exclusivo.

Para proceder ao registo da HBO, entre em hboportugal.com e crie uma


conta com o seu nome, endereço de e-mail e palavra-chave. Poderá
experimentar o serviço de forma gratuita durante o primeiro mês.

171
A

CAPÍTULO 8
SEGURANÇA
E PRIVACIDADE
8.1 O básico
Cuidados com a definição de palavras-chave
e restantes dados de autenticação e a escolha
do antivírus adequado.

8.2 Privacidade dos dados online


Como proteger os ficheiros e a sua navegação
de tentativas de usurpação de identidade.

8.3 Controlo parental


Ferramentas práticas para controlar
a atividade dos mais novos.
A

Este último capítulo é, porventura, o mais importante


na utilização do computador, porque o conceito de
segurança é, mais do que nunca, incontornável. De tal
forma que os grandes gigantes tecnológicos apostam
em desenvolver funcionalidades para proteger a priva-
cidade, cientes de que de outra forma a confiança dos
consumidores mina o desenvolvimento da sua própria
atividade.

Em matéria de privacidade, a União Europeia está na


crista da onda, com a introdução em 2016 do Regula-
mento Geral de Proteção de Dados (RGPD), que impõe
obrigações aos prestadores dos serviços eletrónicos
e confere maior nível de proteção aos consumidores.

E se é do interesse das empresas tecnológicas garan-


tir que os dados dos utilizadores estão resguardados
(até porque, caso haja problema, elas podem ser alvo
de multas avultadas), a verdade é que cabe a cada uti-
lizador zelar pela sua própria privacidade. Se as pala-
vras trocadas entre amigos num café podem facil-
mente desvanecer-se, o mesmo já não acontece com
as conversas tidas na internet: é possível sempre guar-
dar registo do que é dito, ou escrito, e não raras vezes
a informação pode chegar a destinatários improváveis,
mesmo que seja aparentemente apagada.

Nas próximas páginas, damos alguns conselhos básicos


para garantir a sua segurança e a privacidade online.
Também explicamos a utilidade dos antivírus e das apli-
cações de controlo parental e ainda damos sugestões
de formulação de dados de autenticação mais seguros.

Para saber onde gerir as opções de privacidade dis-


ponibilizadas pelos sistemas operativos da Apple e da
Microsoft, veja a ficha 3.1, na página 55.
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 8.1

O básico
Uma boa palavra-chave (password) é meio caminho andado para garan-
tir a segurança. Embora os meios de autenticação tenham evoluído nos
últimos anos, com cada vez mais dispositivos a usar impressões digitais,
reconhecimento facial ou outros dados biométricos, muitas vezes estes
métodos são quase sempre salvaguardados por palavras-chave.

Autenticação e palavras-chave
Se por um lado convém que use uma palavra-chave complexa, por outro é
fundamental que esta seja facilmente memorizável. Caso contrário, terá de
a escrever, seja numa agenda ou no computador... e lá se vai a proteção.

As opções que lhe garantem maior segurança e que são mais dificilmente
descobertas combinam letras (maiúsculas e minúsculas), números e cara-
teres especiais (como sinais de pontuação ou símbolos, por exemplo).
Cada vez mais serviços online exigem um nível mínimo de complexidade.

Evite datas ou nomes que possam ser demasiado óbvios. Opte por com-
binações complexas, mas que façam sentido para si. Sugerimos que
comece por pensar numa frase. Por exemplo, a expressão “Eu sou asso-
ciado da DECO PROTESTE!” pode começar por ser substituída pelas letras
inicias, “ESADDP!”. Seguidamente, para tornar a sua escolha mais forte, Apesar dos alertas
constantes, muitas
alterne minúsculas com maiúsculas e substitua algumas letras por sím- pessoas ainda
bolos. Neste caso, o resultado é €SAdDP!. Pense numa frase importante utilizam sequências
de números para se
para si e faça o mesmo exercício para ficar com uma palavra-chave fácil ligarem a serviços
de memorizar. de internet

Se quiser tornar a palavra-chave


ainda mais difícil de descodificar,
recorra a, pelo menos, 16 carateres.
Por cada caráter que acrescentar,
aumenta exponencialmente a difi-
culdade de a palavra-chave ser
decifrada por parte de um intruso.

Outra medida que aumenta muito


a segurança no acesso a serviços
online, e é cada vez mais frequen-
temente imposta por alguns deles,
é a autenticação em dois passos

174
A Segurança e privacidade

(ou dois fatores). Normalmente, é composta por uma palavra-chave e um


código que é enviado através de uma mensagem de correio eletrónico,
um SMS ou até uma chamada de voz automática. Com este mecanismo,
mesmo que a palavra-chave caia em mãos alheias, só quem tiver acesso
ao seu telefone e/ou e-mail é que se conseguirá autenticar no serviço.

A autenticação em
dois passos obriga
o utilizador a ter
presente não só
a palavra-chave
como o código
gerado e enviado
para o dispositivo
predefinido

Antivírus e firewalls
Ainda que esteja offline, é fundamental ter sempre um bom antivírus e
uma firewall instalados. O motivo? Os ataques podem vir por e-mail
e enquanto navega na internet, mas também se ligar ao computador
um dispositivo USB infetado. Felizmente, existem muitas opções, algu-
mas gratuitas, disponíveis seja qual for o sistema operativo que estiver
a utilizar.

Além de combaterem os vírus e de protegerem dados pessoais, alguns


pacotes de antivírus e firewall incluem muitas vezes funções como con-
trolo parental, navegação segura ou bloqueio de correio não solicitado
(spam), entre outras. A maioria dos vírus é detetada pela generalidade
dos programas, mas existe sempre um atraso temporal entre o momento
em que os vírus são lançados e a altura em que as ferramentas estão pre-
paradas para os detetar. Por isso, é imprescindível manter sempre o anti-
vírus atualizado. Idealmente, ative as atualizações automáticas.

Todos os negócios na internet, sejam compras, vendas ou créditos, têm


sempre grande probabilidade de ser alvo de burla.

175
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

O básico (cont.)
››Para maior segurança, nunca introduza dados de pagamento em sites
de empresas que não conheça e evite usar hiperligações recebidas por
correio eletrónico ou disponibilizadas em chats e caixas de comentários
de blogues ou redes sociais.

››As palavras-chave de serviços mais suscetíveis de fraude, como é o


caso do homebanking, nunca devem ser memorizadas pelo navegador.
Isto porque é bastante simples recuperá-las, desde que se tenha acesso
ao computador.

››Nas redes sociais, para reduzir o risco, configure o seu perfil para mos-
trar o mínimo de informação possível. Pense sempre duas vezes antes de
partilhar dados pessoais e, se os publicar, personalize as opções de visi-
bilidade. No Facebook, por exemplo, se quiser que só uma lista de amigos
veja um álbum, defina o grupo em Editar privacidade.

››Desconfie sempre de e-mails de origem desconhecida. Se a mensa-


gem não lhe for dirigida ou se não conhecer a entidade remetente, pode
muito provavelmente tratar-se de uma tentativa de lhe extrair informação

176
A Segurança e privacidade

pessoal, de propagar um vírus ou malware. Nunca carregue nos links ATENÇÃO!


incluídos nas mensagens. Desconfie dos alertas
de segurança e avisos
de atualização. Esta é
›› É muito frequente surgirem alertas enquanto navega por páginas menos uma das técnicas mais
confiáveis. Um tipo de alerta frequente é o de segurança, a dizer que o seu usadas para desativar
computador está infetado e que deve instalar o programa que lhe estão o antivírus e permitir
a entrada de malware
a recomendar. Se não o conhecer, não o instale. Faça primeiro uma pes- no computador.
quisa no Google para confirmar se o alerta é legítimo.

Mesmo sem gastar um cêntimo pode proteger-se. Se tiver um compu-


tador com o Windows 10, saiba que este sistema operativo já integra um
antivírus: o Windows Defender. Este oferece proteção em tempo real con-
tra ameaças, como vírus e software maligno, no e-mail, nas aplicações
e na Web.

Mas há outras alternativas também gratuitas. Sugerimos que experimente


uma das seguintes:
››Bitdefender;
››Avast;
››AVG;
››Kaspersky;
››ESET.

177
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 8.2

Privacidade dos dados online


Em 2016, as eleições que levaram ao poder Donald Trump levantaram a
suspeita de que o Facebook teria sido usado para remeter mensagens
políticas em massa aos eleitores. A gigante norte-americana das redes
sociais acabou por assumir que a Cambridge Analytica, uma consultora
britânica de análise de informação, trabalhou com as campanhas dos can-
didatos republicanos. No ano seguinte, nas presidenciais francesas, novas
suspeitas de esquemas semelhantes surgiram.

Estes são apenas dois exemplos do impacto destas alegadas manipula-


ções, que vieram revelar que milhões de utilizadores terão tido os seus
dados pessoais usados de forma indevida.

ATENÇÃO!
Os famosos desafios online são uma das formas que estas empresas
Ao partilhar este tipo
têm de obter informações dos utilizadores. São, tipicamente, questioná- de jogos está não só
rios, jogos, propostas de cálculo do QI dos utilizadores, ou de lhes dizer o a pôr em causa a sua
destino que terão ou a sua aparência daqui a 30 anos. O propósito é sem- privacidade como
a dos seus amigos.
pre o mesmo: obter informação sobre si e sobre os seus contactos.

Se ler com atenção os textos referentes às políticas de privacidade da


maioria dessas aplicações, verificará que muitas vezes é pedida permis-
são para aceder a dados do perfil, como o nome, a foto de perfil, interes-
ses, data e local de nascimento, lista de amigos e contactos ou até his-
tórico de publicações. Com esta informação, é possível determinar as
preferências culturais, futebolísticas ou mesmo político-ideológicas do uti-
lizador. Esta recolha e tratamento de dados pessoais chama-se “profiling”.

Medidas simples, como


tapar a webcam, permitem
proteger a privacidade
online

178
A Segurança e privacidade

A velha máxima de que “não há almoços grátis”


é inteiramente aplicável aos serviços online gra- METADADOS
tuitos. Certo é que, muitas vezes, o produto destas Todos os ficheiros, sejam imagens,
empresas são os próprios dados pessoais dos uti- documentos, músicas ou outros,
lizadores, que normalmente são vendidos a empre- têm informações que os ligam
sas de publicidade. ao seu autor, ao equipamento e,
nalguns casos até, ao local onde
As medidas para proteger a privacidade online foram criados ou editados. Uma
podem ser bastante complexas, envolvendo sofis- fotografia, por exemplo, pode
ticados sistemas de encriptação. Mas podem ser conter a localização geográfica
também bastante simples, como tapar a webcam do local onde foi capturada. Estas
sempre que não estiver a utilizá-la. informações, quando combinadas,
podem fornecer dados pessoais.

Eliminar cookies
Enquanto anda pela internet, os seus passos são registados. Uma forma
de o fazer é através dos cookies, pequenos ficheiros que ficam na memó-
ria do PC, à medida que vai explorando os sites. As páginas que visita uti-
lizam estes pequenos ficheiros para o identificar.

O browser também guarda informações na memória do PC sobre as suas


atividades na internet. O facto de os cookies estarem disponíveis offline
torna-os úteis, porque muita da informação é recuperada da memória do
computador mais rapidamente do que se tivessem de ser descarrega-
dos novamente.
Desde 2012, os sites
são obrigados a
Os cookies são na sua essência úteis, pois permitem, por exemplo, que informar o utilizador
não tenha de introduzir sempre a sua palavra-chave enquanto salta sobre o uso de
cookies
de página em página dentro do
mesmo site. Mas há outros mais
invasivos, como são os “de segui-
mento”, que permitem rastrear o
percurso do utilizador de site para
site. Os anunciantes colocam-nos
em muitas páginas com o intuito
de traçar o percurso de navegação.
Por esse motivo é que pode acon-
tecer que, depois de estar a ver um
anúncio a um determinado equipa-
mento num site, venha a encontrar
publicidade a esse mesmo equipa-
mento noutro site.

179
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Privacidade dos dados


online (cont.)
O ideal é apagar os cookies periodicamente. Este hábito não só protege a
sua privacidade como ajuda a melhorar o desempenho do navegador, que
ao final de algum tempo pode ficar sobrecarregado. Na pior das hipóte-
ses, a consequência será poder ter de repetir algumas operações, como
voltar a introduzir as credenciais para um determinado serviço ou demo-
rar um pouco mais a carregar uma página. A operação é mais simples do
que possa parecer. Aqui fica o passo-a-passo desta operação, de acordo
com o navegador que estiver a utilizar.

No Internet Explorer
››No Internet Explorer, selecione o botão Ferramentas  , depois
Segurança e, em seguida, Eliminar Histórico de Navegação.

››Escolha a caixa de verificação Cookies e dados de Web sites e, em


seguida, selecione Eliminar.

No Google Chrome COOKIES: PARA QUE SERVEM?


››Abra o Chrome.
Os cookies são pequenos ficheiros que
os sites que visita armazenam no seu
››Na parte superior direita, pressione Mais
computador, através do navegador.
e, em seguida, Definições.
Os dados contidos nesses ficheiros
podem ser úteis para ajudar a carregar
››Na parte inferior, escolha Avançadas.
as páginas e manter informação. Por
exemplo, se estiver registado num site
››Em Privacidade e segurança, abra Defini-
de compras, os cookies permitem que
ções de sites.
adicione itens ao seu carrinho e continue
a navegar sem que estes se percam.
››Pressione Cookies e, em seguida, Ver todos
Os cookies também permitem adaptar
os cookies e os dados de sites. Em seguida,
os conteúdos mostrados a padrões de
escolha Remover tudo.
utilização anteriores. Desde 2012, os sites
são obrigados a informar o utilizador
››Confirme a operação pressionando Limpar
sobre o uso de cookies.
tudo.

Navegar em modo incógnito


Para evitar que o computador guarde registo do histórico de sites visitados,
pode usar o modo incógnito, atualmente disponível em todos os navegadores.

180
A Segurança e privacidade

No Internet Explorer ATENÇÃO!


Navegar em modo
››No Internet Explorer, pressione o botão Ferramentas .
incógnito garante a
privacidade, mas só
››Em Segurança, selecione a opção Navegação InPrivate 1 . a nível local. Do lado
do fornecedor de
internet ou até
››Também pode utilizar um atalho de teclado para abrir uma janela de das páginas a que
navegação anónima (Ctrl+Shift+P) acede, esses registos
podem continuar
a ser mantidos,
nomeadamente
no que diz respeito
ao endereço a partir
do qual estão a ser
1 acedidas.

No Google Chrome
››No computador, abra o Chrome.

››Na parte superior direita, pressione Mais  >  Nova janela sem
registo 2 (Nova Janela de Navegação Anónima, no macOS).

››É apresentada uma nova janela. No canto superior, procure o ícone de


navegação anónima  , que confirma que este modo está ativado.

2 2

181
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Privacidade dos dados


online (cont.)
››Também pode utilizar atalhos de teclado para abrir uma janela de nave-
gação anónima:
– no Windows, pressione Ctrl+Shift+N.
– No macOS: pressione  +Shift+N (cmd+Shift+N)

PARA UMA PROTEÇÃO SUPERIOR


O Tor Browser consegue um nível superior de privacidade. Este
explorador de internet, disponível em www.torproject.org,
permite-lhe navegar (quase) totalmente incógnito. Por isso,
é utilizado, por exemplo, por ativistas ou até por criminosos.
Essencialmente, o tráfego é reencaminhado múltiplas
vezes por diferentes endereços, o que leva a que as páginas
visitadas ignorem a partir de que computador esse acesso
é feito. Permite não só manter o anonimato, mas também
visitar páginas bloqueadas pelo seu fornecedor de internet.
O inconveniente é que demora mais a carregar as páginas.

Cuidados com compras


e transações bancárias
Para fazer as suas compras online, deve redobrar os cuidados. Prefira
sites de empresas conhecidas e nunca use ligações que lhe sejam
enviadas (veja a ficha 8.1, nas páginas 176 e 177). Procure usar pala-
vras-chave diferentes nos vários sites, sobretudo quando se tratar do

182
A Segurança e privacidade

acesso ao site do banco (home-


Alerte o seu banco à
banking). Esta última nunca deve mínima suspeita de
ser memorizada pelo navegador utilização indevida
do cartão de crédito
do seu computador.

Aja à mínima suspeita de que os


seus dados foram comprometi-
dos. Por exemplo, se suspeitar que
alguém usou o seu cartão de cré-
dito sem a sua autorização, alerte
de imediato o banco. A partir do
momento em que o faça, deixa
de ser responsável pelos valores
gastos sem o seu consentimento.
Mesmo antes da comunicação, a
responsabilidade máxima do utili-
zador está limitada a 50 euros.

Sempre que pretender aceder ao serviço de homebanking, escreva


manualmente o endereço do site respetivo no seu navegador. Não confie
em hiperligações (links) que lhe possam ter enviado. No final da operação,
não se limite a fechar a janela; é muito importante que primeiro termine a
sessão. Meios complementares de autenticação, como é o caso do car-
tão-matriz ou do envio de um SMS de confirmação, são medidas muito
eficazes (a designada “autenticação forte” exigida pelos próprios bancos)
que em muito aumentam a segurança.

Terminadas
as transações
bancárias, encerre
a sessão antes de
fechar a janela

183
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Privacidade dos dados


online (cont.)
ATENÇÃO
Antes de se ligar a uma
rede pública, lembre-se
de que os dados que
enviar e receber
podem ser intercetados
por alguém que esteja
a espiar o tráfego
nessa rede. Por esta
razão, não use este
tipo de ligação para
enviar dados sensíveis,
como acontece
durante as operações
bancárias online ou a
troca de e-mails com
informações pessoais.

As redes sociais
O facto de chamarmos “amigos” aos contactos que temos em algumas
redes sociais dá-nos uma falsa ideia segurança. Contudo, regra geral,
assim que entramos na internet estamos longe de estar protegidos por
um grupo restrito.

Há muito que o universo das redes sociais permite uma exposição de


dados pessoais e informação sensível bem além do que muitos deseja-
riam. O escândalo que envolveu a partilha de dados pessoais de milhões
de utilizadores do Facebook à Cambridge Analytica, já referido atrás, é só
uma das faces das redes sociais.

Há algumas formas de contornar esta exposição, pelo menos em parte,


que passam, primeiro que tudo, por pensar sempre duas vezes antes de
publicar algo. Por exemplo, ponha na mesa a hipótese de a foto ou a infor-
mação que está a partilhar poder cair em mãos erradas. Lembre-se de
que é fácil fazer uma publicação, mas apagar algo da internet é muito difícil.
Certifique-se de antemão de que o que está a publicar pode ser visto
por todas as pessoas, sem lhe causar problemas ou constrangimentos

184
A Segurança e privacidade

no futuro (por exemplo, caso o seu perfil seja pesquisado por um poten-
cial empregador).

Escolha os dados a publicar e personalize as opções de privacidade e


segurança em todas as redes sociais, sejam de âmbito mais pessoal, como
o Instagram ou o Twitter, ou profissional, como o LinkedIn, tal como refe-
rido atrás, no Facebook, estas opções estão em Editar privacidade.

ENCRIPTAR OS FICHEIROS
Pretende resguardar o acesso aos seus dados? Recorra a
uma ferramenta de encriptação. O BoxCryptor (disponível em
www.boxcryptor.com), que usa pastas encriptadas, é uma das
mais populares e é gratuita. Todas as pastas que lá colocar são
cifradas e protegidas por uma palavra-chave. Mas lembre-se
de que, normalmente, por uma questão de segurança, estas
ferramentas não permitem gravar as palavras-chave. Assim,
se as esquecer, não terá qualquer outra forma de aceder aos
ficheiros. Também há serviços de armazenamento online
(cloud) que prestam o mesmo serviço: cifrar os ficheiros no
computador antes de os enviar. O MEGA é um dos mais
conhecidos e pode ser acedido através de mega.nz.

Por uma
questão de
segurança,
estas
ferramentas
não permitem
gravar as
palavras-chave

185
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR Ficha 8.3

Controlo parental

As novas tecnologias e o acesso à internet são cada vez mais comuns no


dia-a-dia de crianças e jovens. E o perigo está à espreita. Inquéritos feitos
ao nível europeu e divulgados em Portugal em 2019 revelam que metade
dos jovens portugueses entre os 9 e os 17 anos pesquisam conteúdos ATENÇÃO!
Antes de descarregar
perigosos na internet. É, por isso, necessário criar algumas barreiras para
uma aplicação de
garantir a sua proteção. controlo parental,
converse e explique
à criança ou ao jovem
As aplicações de controlo parental não se limitam a restringir o acesso a
os motivos por que
determinado site cujo conteúdo possa ser desadequado para as crianças pretende instalar o
e os jovens. Trata-se de programas multifacetados que incluem diversas software, sob pena
de haver uma quebra
funcionalidades, como, por exemplo, a inibição de instalação de aplica-
de confiança. Dê
ções, filtros de conteúdos, limites de utilização diários, relatórios de utiliza- exemplos dos perigos
ção, gestão de contactos e de mensagens, entre outras. Alguns vão mais a que pode estar sujeito
longe e permitem geolocalização e assistência remota. e explique de que
forma esses programas
representam uma
A maioria destas aplicações só está disponível em inglês, o que pode ser mais-valia.
uma barreira para muitos pais que não dominam a língua. Se isso não for
um entrave, a oferta é variada, e muitos programas são gratuitos. Outros,
contudo, pecam por só se conseguir perceber o preço quando são insta-
lados, ou ao passar para a versão premium.

Em seguida, mostramos como adaptar as definições de controlo paren-


tal da navegação no computador e nos dispositivos móveis. Quer o

186
A Segurança e privacidade

Windows 10 quer os sistemas operativos móveis (Android e iOS) já tra-


zem de origem algumas formas de controlo.

No Windows ATENÇÃO!
Nenhum sistema é
perfeito. Além disso,
As opções de controlo parental estão disponíveis no Menu principal do por vezes as crianças
Windows, em Opções de família. As funcionalidades de controlo paren- e os jovens dominam
tal são variadas. as tecnologias mais
do que os adultos que
as acompanham, o
››Controlo de acesso. Permite aplicar as definições da família a todos os que pode levá-las a,
dispositivos para controlar a atividade. querendo, contornar
estas ferramentas de
controlo parental. Há,
››Limites de tempo de utilização. Define limites diários equilibrados de inclusive, tutoriais na
determinados programas de modo a garantir uma utilização responsá- internet que o ensinam.
vel do computador.

››Bloqueio de conteúdo inapropriado. Esta opção evita que o utilizador


tenha acesso a conteúdo multimédia ou a jogos que não sejam são ade-
quados à sua idade.

››Controlo de despesas. Exige que, para instalar jogos e aplicações pagas,


seja sempre solicitada permissão ao adulto.

187
A CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Controlo parental (cont.)


Nos dispositivos com Android
O Google Family Link pode ser usado nos mais recentes smartphones
e tablets com o sistema operativo Android instalado. Para que funcione
devidamente, tanto a criança como o responsável pelo controlo parental
têm de instalar a app no seu dispositivo. Eis as principais funcionalidades.

››Tempo de utilização 1 . Dá acesso a relatórios com informações sobre


o tempo que a criança despendeu a utilizar cada aplicação.

››Gestão de aplicações. Permite bloquear ou permitir a instalação de apli-


cações. Por exemplo, se a criança quiser experimentar um novo jogo,
pede permissão, e o responsável recebe uma notificação para validar a
instalação.

››Recomendações de aplicações. Sugere aos tutores aplicações com cará-


ter pedagógico.

››Definição de limites. Podem ser estabelecidos limites de utilização diá-


rios 2 . Uma vez atingidos, o aparelho fica bloqueado. Também pode ser
definido um calendário de utilização e a Hora de dormir 3 .

››Bloqueio remoto. Em caso de necessi-


dade, o responsável de controlo parental
pode pôr fim ao jogo e bloquear ou des-
bloquear o telefone 4 remotamente.

1
2 3

188
A Segurança e privacidade

Nos dispositivos com iOS


O Apple Screen Time (Tempo de ecrã) é uma função nativa do iOS que fun-
ciona em telefones iPhone e tablets iPad. O propósito é o mesmo do Goo-
gle Family Link: fazer uma utilização “saudável” das tecnologias.

Eis algumas das funcionalidades disponíveis.

››Relatórios 1 . Facilitam a análise de


quanto tempo a criança despende a uti-
lizar cada aplicação.

››Limites 2 . Permite impor limi-


tes de utilização por aplicação ou por
categoria.

››Horários. Estabelece períodos do dia


em que a utilização do equipamento
está interdita.
2
››Apps permitidas. Dá livre acesso de
determinadas aplicações, por exemplo,
à função de telefone. 1

››Restrições de conteúdo e privacidade.


Bloqueia conteúdo inapropriado, com-
pras e downloads e permite estabele-
cer definições de privacidade.

189
ÍNDICE REMISSIVO
CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

A Aspeto do sistema
Acessibilidade ����������������� 55, 74-79, 87 operativo�����������������������������������������68-71
Acesso público ���������(veja Hotspots) (veja também Personalizar
Acessórios para jogar������������ 122-123 o sistema)
Adicionar programas�������������������������� 22 Assistente virtual����������������������������������� 12
Administrador ����������������(veja Contas) Atalhos
ADSL���������������������������������������������������������� 126 no ecrã �������������������������������������������� 72-73
Alias�������������������(veja Atalhos no ecrã) no teclado�����������(veja Combinação
All-in-one���������������������������������������������������� 11 de teclas)
Amazon��������������������������������� 149, 169-171 Attachments������������������(veja Anexos)
Ambiente de trabalho Atualizações 17, 64, 108, 111, 133, 175
organizar��������������������������������������� 62-63 Autenticação e palavras-chave���� 174-
problemas����������������������������������������������� 19 -176, 182-183, 185
Ampliação������������������������������������������ 75-76 Avast�����������������������������������������������������������177
Anexos������������������������������������������� 144-145 AVG���������������������������������������������������������������177
Antivírus e firewalls����������22, 175-177
(veja também B
Controlo parental) Backups��������������������������������(veja Cópias
Apagar de segurança)
cookies����������������������������������������179-180 Banda larga��������������������������(veja ADSL,
ficheiros������������������������ 39-40, 48-49 Internet por cabo e Fibra ótica)
histórico��������������������������������������179-180 Biblioteca multimédia������������ 152-155
Aplicações de multimédia����������������� 15 Bitdefender���������������������������������������������177
(veja também Multimédia) Blogues���(veja Navegar na internet)
Apple Bloqueio de conteúdos��������������� (veja
iOS��������������������������������������(veja Tablets) Controlo parental e também
Keynote���������������������� (veja Keynote) Antivírus e firewalls)
macOS ���������������������������(veja MacOS) BoxCryptor �������������������������������������������� 185
Mail���������������������������������������������������������� 139 Browsers�������������������� (veja Programas
Music����������������������������������160, 162-163 de navegação)
Música����������������������������������������� 156-159 BS.Player�������������������������������������������������� 165
Numbers������������������ (veja Numbers)
Pages����������������������������������(veja Pages) C
Screen Time���������������������������������������� 189 Cabo�������������� (veja Internet por cabo)
TV �������������������������������������������������� 167-168 Cache �������������� (veja Memória cache)
Apresentações��������������������������� 98-105 Câmaras do computador���������� (veja
Aquecimento anormal Webcam)
do computador�������������������������� 26-27 Características
Armazenamento do computador��������������������������� 14-19
em disco rígido������������������������������16-17 do rato��������������������������������������������112-113
externo����������������������������������������� 116-121 do monitor������������������������������������� 18-19
online������������ 17, 24, 88, 116, 144, 185 dos sistemas operativos
Arquivo��������������������������� (veja Ficheiros) (veja Sistemas operativos)

192
Índice remissivo

Carateres especiais ��������������������������� 115 híbridos����������������������������������������������������� 13


(veja também Autenticação lentos (otimizar)������� 17, 22-25, 164
e palavras-chave) para jogar e navegar na Net��������� 15
Cartões portáteis������������������������������������ 12-13, 26
de crédito (cuidados)����������182-183 reiniciar�������������������������������������24-25, 31
de memória�������������������������������� 117-119 sobreaquecimento����������������� 26-27
leitores �������������������������������������������������� 120 testes���������������������������������������������������������12
CCleaner���������������������������������������������������� 23 Configurar
CD/DVD as contas��������������������������������� 31, 56-61
gravar ���������������������������������������������������� 155 o ambiente de trabalho���������� 62-73
leitores ��������������������������������������������������� 121 o ecr�����������������������������������������������64-73
passar músicas o rato����������������������������������������������112-113
para o computador������������ 155, 157 o sistema�������� 30-51, 54-61, 68-73
reproduzir��������������������������������������������148 Contas ������������������������������������������������ 56-61
Chrome ����������������������� 132-137, 180-181 Controlo parental��������������������� 186-189
Classe dos cartões de memória�� 118 Cookies���������������������������������137, 179-180
Cloud���������������(veja Armazenamento Copiar
online) CD para computador�������������������� 155
Codecs de vídeo������������������������166-167 e colar���������������������������������������37-39, 47
Colar�����������������������������������������������37-39, 47 combinação de teclas�������������������� 25
Combinação de teclas Cópias de segurança����������� 24-25, 41
para abrir o Explorador Correio eletrónico ���������(veja E-mail)
de Ficheiros�������������������������������������� 32 CPU �������������������������� (veja Processador
para abrir o Spotligh������������������������46 do computador)
para apagar ficheiros�������������� 40-41 Crash�����������������������������(veja Problemas
para carateres especiais ������������� 115 com o computador)
para copiar ou colar���������� 38-39, 78 Criar atalhos no ecr������������������������� 73
para criar um atalho������������������������ 39 Cuidado
para desfazer�������������������������������������� 33 com transações bancárias���176-177,
para formatar o disco���������������������� 25 182-183
para modo de recuperação ��������25 com compras ��������������������������182-183
para inserir sinais�����������������������������115 com crianças��������������������������� 186-189
para mover um ficheiro������������������39 com hotspots������������������������������������184
para mudar a fonte �������������������������115 com links�������������������������������������176-177
para navegar incógnito������181-182 com palavras-chave ���������������� (veja
para ver o Histórico������������������������137 Autenticação e palavras-chave)
Componentes do computador��� 16-19 na internet �������������(veja Segurança
Comprimir ficheiros ���������������� 143-144, e privacidade)
148-149
Computadores D
all-in-one������������������������������������������������ 11 Dados online (privacidade)���� 178-189
escolher������������������������������������������� 10-19 Definições �������������������������������� 31, 54-55
formatar�������������������������������������������������� 25 Descarregar música da internet��� 149

193
CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Desfazer���������������������������������������������������� 33 Excel�����������������������������������������������������92-93
Desfragmentar o disco���������������������� 22 Explorador de Ficheiros
Desktop tradicional�������������������������������10 do Linux��������������������������������������������������� 51
Desligar o computador�������������� 26, 31 do Windows���������������������������������� 31-33
Diapositivos����(veja Apresentações)
Diretórios ��������������������� (veja Organizar F
os ficheiros) Facebook �����������(veja Redes sociais)
Disco rígido Fazer reset����������������������������������������24-25
características������������������������������16-17 Ferramentas
desfragmentar������������������������������������ 22 de produtividade��������������������� 82-105
formatar�������������������������������������������������� 25 Fibra ótica������������������������������������������������ 127
limpar�������������������������������������������������������� 23 Ficheiros
trocar�������������������������������������������������������� 24 apagar���������������������������� 39-40, 48-49
Discos externos����������������������������������� 116 comprimir������������� 143-144, 148-149
DivX (codec)������������������������������������������ 166 encriptar ���������������������������������������������� 185
Dock (macOS)���������������������������������������� 43 explorador ����� (veja Explorador de
Downloads�������� 43, 126-127, 149-159 Ficheiros)
Drivers das impressoras����������������108 organizar���������������������������������������� 20-21
Dropbox����������������������������������������������������� 116 pesquisar ��������������������� 35-37, 45-46
propriedades�������������� 34-35, 44-45
E recuperar����������������������� 40-41, 48-49
Ecrã Filmes�����������������������������(veja Ver filmes
negro��������������������������������������������������������� 19 no computador)
propriedades����������������� 18-19, 64-67 Filtros������������������ 144, 175-177, 186-189
proteção��������������������������������������������������64 Finder (macOS)����������������������������� 43-44
resolução��������������������������������������� 64-66 Firefox�������������������������������������������������������� 132
screensaver������������������������������������������64 Firewalls������(veja Antivírus e firewalls)
usar mais do que um���������������������� 67 Folhas de cálculo�������������������������� 92-97
Eliminar Formatar o disco���������������������������������� 25
cookies����������������������������������������179-180 Fotografias (escolher o cartão)��� 119
ficheiros���� 39-40, 48-49, 179-180 Fraudes na Net�������176-177, 182-185
histórico de navegação�����179-180
E-mail��������������������������������������������� 138-145 G
Encerrar o computador������������� 26, 31 Gaming�������������������������������������������� 122-123
Encriptar os ficheiros ���������������������� 185 Google
Energia (poupar) �������������������������� 80-81 Chrome��������������������� 132-137, 180-181
Equipamentos (escolher)��������� 10-19 Docs�������������������������������������������������� 90-91
(veja também Periféricos) Drive��������������������������������������������������������� 116
Escolher o computador������������� 10-19 Family Link������������������������������������������188
ESET �����������������������������������������������������������177 Sheets����������������������������������������������96-97
Especificações Slides������������������������������������������� 103-105
do monitor�������������������� 18-19, 64-66 Stadia��������������������������������������������������������� 15
dos tablets��������������������������������������������� 15 Gravar um CD���������������������������������������� 155

194
Índice remissivo

H K
Hackers�����������������������(veja Segurança Kaspersky �����������������������������������������������177
e privacidade) Keynote����������������������������������������� 100-103
HBO��������������������������������������������������� 169, 171
Híbridos������������������������������������������������������� 13 L
Hiperligações���������������������133, 135, 177 Laptop�����������������������������(veja Portáteis)
Histórico de navegação Leitores externos ��������������������� 119-121
como aceder���������������������������� 133, 137 Leitura em voz alta���������������74-75, 87
contornar ���� (veja Modo incógnito Limites de tempo de
e também Cookies) utilização (veja Controlo parental)
eliminar����������������������������������������179-180 Limpar o disco���������������������������������������� 23
para que serve������������������������������������ 23 Links ���������������������(veja Hiperligações)
Homebanking (fraudes) ������ 176-177, Linux���������������������������������������������������� 50-51
182-183 Lixo�����������(veja Spam e Reciclagem)
Hotspots����������������������������� 128-129, 184 Login ����������������������� (veja Autenticação
e palavras-chave)
I Lupa������������������������������������������������������ 75-76
Ícones do ambiente
de trabalho����������������������������������������������� 62 M
Impressoras MacOS����������������������������������������������� 42-49
e multifunções����������������������� 108-109 Malware������(veja Antivírus e firewalls)
Incógnito���������(veja Modo incógnito) MEGA (encriptação) ������������������������ 185
Instagram�����������(veja Redes sociais) Memória
Instalar o sistema operativo���������� 24 cache�������������������������������������������������������� 23
Internet cartões����������������������������������������� 117-120
Explorer�������������������������������������� 180-181 RAM����������������������������������������������������������� 17
escolher��������������������������������������126-129 Menu
navegar������15, 130-137 (veja também da Apple�������������������������������������������������� 42
Segurança e privacidade) do Linux��������������������������������������������������� 51
por cabo������������������������������������������������ 128 Iniciar (Windows)���������������������� 30-31
iTunes Store�������������������������������������������� 149 Metadados���������������������������������������������� 179
iWork���������������� (veja Pages, Numbers Microsoft
e Keynote) Edge�������������������������������������������������������� 132
Excel��������������������������������������(veja Excel)
J Office�������������(veja Excel, OneDrive,
Jogar Outlook, PowerPoint,
acessórios �������������������������������� 122-123 Skype, Word)
requisitos������������������������������������������������� 15 Outlook �����������������������(veja Outlook)
em streaming��������������������������������������� 15 PowerPoint��������� (veja PowerPoint)
Joystick ��������������������������������������������� 15, 122 Word������������������������������������� (veja Word)
Junk mail e spam��������������������������������144 xCloud����������������������������� (veja xCloud)
(veja também Antivírus Míni-PC�������������������������������������������������������� 11
e firewalls) MKV (codec)���������������������������������������� 166

195
CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Modem���������������������������������������������126-131 Otimizar o computador������������ 22-25


Modificar aspeto do sistema Outlook���������������������������������������������������� 138
operativo���������68-71 (veja também Ouvir música digital��������������� 148-163
Personalizar o sistema)
Modo incógnito������������������������� 180-182 P
Monitor Pagamentos online������������������ 176-177,
características����������������������������� 18-19 182-183
problemas����������������������������������������������� 19 Pages�������������������������������������������������� 88-89
usar dois ecrãs������������������������������������ 67 Passar músicas para
Motor de busca������������������������������������ 134 o PC ����������������������������������������������149-159
Motherboard�������������������������� 16-17, 148 Password ������������� (veja Autenticação
Mozilla Thunderbird�������������������������� 138 e palavras-chave)
Multifunções������������������������������� 108-109 Pastas����������������������������� (veja Organizar
Multimédia ����������������������������15, 146-171 os ficheiros)
Música PC������������������������(veja Computadores)
digital������������������������������������������� 148-163 Pen USB����������������������������������������������������� 117
em streaming������������������������� 160-163 Periféricos ����������������������������������� 106-123
Personalizar
N o browser ���������������������������������� 134-137
Narrador �����(veja Leitura em voz alta) o sistema���������������������������������������� 52-81
Navegar Pesquisa
em modo incógnito������������� 180-182 de e-mails�������������������������������������������� 145
na internet ������������������������� 15, 130-137 de ficheiros������������������� 35-37, 45-46
(veja também Segurança na Net����������������������������������������� 134-135
e privacidade) Pilhas (macOS)�������������������������������������� 63
Net������������������������������������� (veja Internet) Placa
Netflix���������������������������������������������� 169-170 -mãe ����������������� (veja Motherboard)
Notebook���������������������(veja Portáteis) de som ����������������������������������� 14-15, 148
Numbers������������������������������������������� 94-96 gráfica��������������������������������� 11, 15, 64, 67
Nuvem�����������(veja Armazenamento Polegadas��������������������(veja Resolução
online) do monitor)
Portáteis�������������������������������������� 12-13, 26
O Poupar energia������������������������������ 80-81
OCR ����������������������������������������(veja Leitura PowerPoint ����������������������������������� 98-100
em voz alta) Preferências do Sistema������������������ 42
OneDrive�������������������������������������������84, 116 Privacidade���������������(veja Segurança
(veja também e privacidade)
Armazenamento online) Problemas
Online��������������������������������(veja Navegar a ver filmes no computador������ 166
na internet) com o computador������������ 17, 22-27
Organizar com o e-mail��������������������������� 144-145
o ambiente de trabalho��������� 62-63 com o ecrã ��������������������������������������������� 19
os ficheiros������������������������������������ 20-21 no acesso à internet������������128-129

196
Índice remissivo

Processador do computador��������� 16 S
Processamento de texto��������� 84-91 Safari���������������������������������������������������������� 132
Profiling������������������������������������������ 178-179 Scanner������������������� (veja Impressoras
Programas e multifunções)
adicionar e remover���������������� 22-23 Screensaver��������������������������������������������64
de navegação�������������������������� 132-137 Segurança e privacidade������ 172-189
Propriedades Séries���������������������������� (veja Ver séries
do ecrã ������������������������������������������� 64-67 no computador)
dos ficheiros ����������������������� 34-35, 44 Servidores de e-mail������������� 138-140
Proteção de ecrã ����������������������������������64 Símbolos������ (veja Carateres especiais)
Sistemas operativos����18, 24, 28-51
Q Skype����������������������������������������������������������84
QuickTime Player��������������������������������164 Slides�����������������(veja Apresentações)
Sobreaquecimento���������������������� 26-27
R Spam���������������� 144, 176 (veja também
Rádio na internet��������������������������������160 Antivírus e firewalls)
RAM���������������������(veja Memória RAM) Splitter������������������������������������������������������ 126
Rato����������������������������������������������������112-113 Spotify������������������������������������������� 160-163
Reciclagem����� (veja Apagar ficheiros Spotlight����������������������������������������������������46
e também Recuperar ficheiros) Stadia ������������������ (veja Google Stadia)
Recuperar ficheiros �������������������40-41, Steam����������������������������������������������������������� 15
48-49 Streaming��������������������������������15, 160-171
Redes
locais ������������������������������������������������������ 129 T
móveis������������������������������������������128-129 Tablets
sem fios��������������������� 43, 54, 126-130 Android������������������������������������������30, 188
sociais����������������������������������� 15, 176-189 especificações������������������������������������� 15
Refrigeração������������������������������������ 26-27 híbridos����������������������������������������������������� 13
Reiniciar o computador�����������24-25, iOS������������������������������������������������������������ 189
31 testes��������������������������������������������������������� 12
Reinstalar o sistema vantagens�����������������������������������������������10
operativo������������������������������������������������ 24 Teclado
Remover programas ������������������ 22-23 características������������������������� 114-115
Rendering������������������������������������������������ 132 opções de acessibilidade������ 78-79
Reproduzir um CD������������������������������148 virtual������������������������������������������������ 76-77
Reset����������������������������������������������������24-25 Teclas����������������������������������� (veja Teclado
Resolução e Combinação de teclas)
da webcam�������������������������������������������� 111 Temperatura do computador���� 26-27
do ecrã ������������������������������������������� 64-66 Testes a equipamentos ���������������������12
do monitor��������������������������������������������� 19 Time Machine��������������������������������48-49
Ripar ������������������(veja Passar músicas Tor Browser������������������������������������������� 182
para o PC) Transações bancárias
Router�������������������������������������������������������� 130 (cuidados)�������������176-177, 182-183

197
CONHEÇA O SEU COMPUTADOR

Trocar o disco rígido����������������������������24 W


Twitter �����������������(veja Redes sociais) Webcam �������������������������������110-111, 178
Wi-Fi �����������������(veja Redes sem fios)
U Wildcards ����������������������������������������������� 154
Ubuntu���������������������������������������������������������15 Windows 
Ultrabook���������������������������������������������������13 10 (sistema operativo)�������������30-41
Undo �������������������������������(veja Desfazer) Defender�����������������������������������������������177
Upload ������������������������������������������������������126 Mail����������������������������������������������� 138-139
USB������������������������������������(veja Pen USB) Media Player������� 150-155, 164-165
Wireless�����������(veja Redes sem fios)
V WMP�����(veja Windows Media Player)
Velocidade de acesso������������126-131 Word �������������������������������������������������� 84-87
Ventoinha de arrefecimento� 26-27
Ver X
filmes no computador��������164-171 xCloud ���������������������������������������������������������15
séries no computador���������167-171 Xvid (codec)������������������������������������������������� 166
Vídeo em streaming�����������������167-171
Vírus�����������������������������������(veja Antivírus Y
e firewalls) YouTube��������������������������������������������������� 169
VLC���������������������������������������������������166-167
VoiceOver����������������������������(veja Leitura Z
em voz alta) Zoom���������������������������������������������������� 75-76

198
Quer melhor computador do que o cérebro?
Sugestões para tirar partido da sua “máquina”
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