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Contudo, o auxílio dado pelos cristãos aos bizantinos não agradou aos muçulmanos
provocando a discórdia, o que resultou na destruição do Santo Sepulcro pelo califa A
Kam, em 1010. Os Turcos, por sua vez, começaram a oprimir os cristãos em 1077
quando ficaram de posse da Palestina, o que motivou a primeira cruzada à Terra San
em 1095. Em 1099 Godofredo de Bolhões foi eleito soberano de Jerusalém. O reino d
Jerusalém seria posteriormente destruído por Saladino em 1187, mantendo intacto o
Santo Sepulcro mediante o pagamento de um largo tributo. Esteve nas mãos dos
Mamelucos do século XIII ao século XVI, verificando-se neste período uma
predominância da população muçulmana. Em 1517 são os turcos que conquistam
Jerusalém sob Selim I. A ocupação otomana estende-se até 1917 reflectindo-se num
perda de importância de Jerusalém como lugar santo cristão e, em contrapartida, nu
renovação da comunidade judaica.
JERUSALÉM
Heb. Yerûshalayim.
Uma vez que o nome é confirmado, de diferentes maneiras, pelo menos desde o
século XIX AC, é uma cidade de origem cananita ou amorreia, significando
provavelmente “a cidades do (deus) Shalim”, mas em hebreu provavelmente “a
cidade da paz”. Em textos egípcios dos séculos XIX e XVIII AC, o nome pronunciar-
se-á Urusalimum. Nas cartas de Amarna do século XIV AC aparece como Urusalim.
Em aramaico chama-se Yerûshelem e em grego Ierosoluma e Ierousalem. Uma das
mais importantes cidades do mundo, a Santa Cidade de três grandes fés: o
Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Para os judeus, era o local onde se situava
o templo e também a capital da nação. Para os cristãos é o cenário do sofrimento,
morte, ressurreição e ascensão de Cristo. Para os muçulmanos é o local tradicional
da ascensão de Maomé ao céu. Localiza-se a cerca de um terço da distância que vai
desde a extremidade norte do Mar Morto até ao Mar Mediterrâneo, nas montanhas
da Judeia.
O nome Salém (Heb. Shalem), que surge duas vezes no VT (Gn 14:18; Sl 76:2), é
provavelmente a forma abreviada do nome completo. É também por este nome que
é mencionada nas tabuínhas cuneiformes de Tell Mardikh, a antiga Ebla (Síria) do
final do 3º milénio AC. A cidade era conhecida pelo nome de Jebus no período dos
juizes (Jz 19:10, 11) e na altura em que David a tomou (1Cr 11:4, 5). Isto
aconteceu porque os seus habitantes eram chamados jebuseus. Este nome não está
confirmado fora da Bíblia. O seu nome árabe actual é el-Quds, “aquela que é santa”,
mas para todos aqueles que não são árabes - judeus, cristãos e outros - ainda é
conhecida por Jerusalém.
O Vale de Cedrom, algumas vezes mencionado na Bíblia (2Sm 15:23; Jo 18:1, etc.)
e actualmente chamado Wâdi en-Nâr, separa a cidade do Monte das Oliveiras, cujo
pico mais alto se eleva a 835 metros acima do nível do mar. O Cedrom é um
desfiladeiro estreito e profundo que serviu de apoio às defesas orientais da cidade.
Nele se encontram as únicas fontes de água de Jerusalém: a nascente de Giom, nas
vertentes ocidentais do vale; e Enrogel, um poço que se situa perto da confluência
dos Vales de Hinom e Cedrom. O Vale de Hinom, actualmente chamado Wâdi er-
Rabâbeh, é frequentemente mencionado no VT (Js 15:8; Js 18:16; etc.). É muito
mais vasto do que o Cedrom e o Tyropoeon e as suas encostas são mais suaves.
Este vale separa os montes mais altos a oeste e a sul da cordilheira sudoeste no
planalto de Jerusalém.
II - História - Não se sabe quando é que Jerusalém foi fundada mas algumas
escavações puseram a descoberto evidências que provam que já existia durante a
12ª dinastia egípcia (século XIX e XVIII AC), altura em que alguns textos egípcios
mencionam a cidade e os seus governantes amorreus, Yaqar-‘Ammu e Sasa‘-‘Anu,
como sendo reais ou potenciais inimigos do Egipto. Durante este período, o VT
menciona a cidade pela primeira vez sob o nome de Salém, cujo governante -
Melquisedeque - era, na altura, um sacerdote do Deus Altíssimo e, portanto, com
poder para abençoar Abraão e receber o dízimo do despojo que o patriarca tomara
de Quedorlaomer e dos seus confederados (Gn 14:18-20).
Depois que David foi coroado rei sobre todas as tribos de Israel, ele decidiu
transferir a sua capital da importante cidade judaica de Hebrom para um local
neutro. Escolheu, então, Jerusalém, que se situava na fronteira entre Judá e
Benjamim mas que não pertencia a nenhuma destas tribos. Os jebuseus troçaram
de David quando ele cercou a cidade, pois estavam convencidos de conseguirem
manter nas suas mãos a bem fortificada cidade situada nas montanhas. Contudo,
Joabe e os seus homens obtiveram acesso subindo pelo Sinnôr, que provavelmente
se refere ao poço de água que ligava a nascente de Giom ao interior da cidade
(2Sm 5:6-8). No tempo de David, ficou conhecida por “cidade de David” (1Cr 11:7;
2Sm 5:7). David construiu ali um palácio (2Sm 5:11) e também algumas
fortificações (ver Ct 4:4), que menciona a torre de David; cf. 1Cr 11:8). Esta torre
não é a mesma que se encontra na actual cidadela de Jerusalém, uma vez que esta
última é uma das torres do palácio construído por Herodes, o Grande. David
também construiu um local, ou estrutura, chamado “Milo” (2Sm 5:9; 1Cr 11:8). A
partir de outros textos (1Rs 9:15, 24; 1Rs 11:27; 2Cr 32:5), é provável que Milo se
situasse dentro da cidade e que fosse periodicamente alargado e fortificado.
Aparentemente, fazia parte do sistema de fortificações da cidade no seu ponto mais
fraco, que terá sido a extremidade norte do monte a sudeste. A LXX identifica-o
com Acra, uma cidadela a sul do templo que ali permaneceu até aos dias de Judas
Macabeu. O nome hebraico millô’, que significa “encher”, tem sido explicado de
várias maneiras. Poderá ter sido uma muralha dupla cheia de terra, ou uma
plataforma sobre a qual se construíram as fortificações.
Com Salomão, que era um grande construtor, despontou uma nova era para
Jerusalém. A cidade foi alargada para norte e possivelmente para noroeste. O
templo, que se encontrava rodeado por um pátio, foi erigido no monte a norte, a
oeste da actual Catedral da Rocha que cobre a rocha onde se crê tenha estado o
altar das ofertas queimadas (1Rs 6:1-38; 2Cr 3:1). Foi provavelmente entre o
templo e a cidade de David que Salomão erigiu um palácio para si (1Rs 7:1),
palácio esse, chamado “a casa do rei” (1Rs 9:1). Poderá ter-se tratado de um
complexo de estruturas que incluía: ( uma “casa para a filha de Faraó”, que
provavelmente fazia parte do harém (1Rs 7:8; 1Rs 9:24), podendo formar com o
palácio uma única unidade. Este era provavelmente rodeado por um “outro pátio”,
sendo talvez o mesmo local denominado por “meio do pátio” e “pátio da guarda”
(1Rs 7:8; 2Rs 20:4; Jr 32:2; etc.); ( um pórtico ou ante-câmara (segundo algumas
versões) do juízo (1Rs 7:7), onde se situava o trono; ( um pórtico de colunas,
talvez a ante-câmara de audiências (vers. 1Rs 7:6), que era provavelmente uma
entrada para a ante-câmara principal, se não se tratasse mesmo de um edifício
separado; ( a “casa do bosque do Líbano”, possivelmente assim chamada porque os
seus 45 pilares, compostos em três filas, foram construídos em madeira de cedro do
Líbano. Salomão acrescentou, assim, toda uma nova zona à cidade e não haverá
dúvidas de que a expansão da sua administração trouxe para Jerusalém muitas
outras pessoas para quem era preciso providenciar residência. Esta nova zona foi,
então, rodeada por uma muralha que circundou “Jerusalém em roda” (cap. 1Rs 3.1;
cf. cap. 1Rs 9:1.
O rei Uzias parece ter sido o primeiro rei em 200 anos a efectuar um qualquer tipo
de construção apreciável em Jerusalém. Construiu algumas torres na Porta de
Esquina, na Porta do Vale e nos ângulos da muralha (2Cr 26:9). O seu filho Jotão
continuou a sua obra e construiu a Porta Superior do Templo, realizando também
algumas obras no Muro de Ofel (2Cr 27:3). Do tempo de Ezequias também estão
registadas grandes obras de construção. Este rei fez preparações febris para o
fortalecimento das fortificações de Jerusalém, a fim de que a cidade fosse capaz de
suportar um cerco por parte dos assírios. Construiu um grande túnel entre Giom e o
tanque de Siloam (2Rs 20:20; 2Cr 32:4, 30) e, deste modo, conseguiu levar água
até à cidade. Nessa mesma altura, ele construiu uma segunda muralha que
circundou a parte sul do monte ocidental, tal como mostra a muralha descoberta
por N. Avigad, trazendo para dentro das fortificações da cidade o tanque
recentemente construído. Reconstruiu também o Milo na antiga cidade de David
(2Cr 32:5; Is 22:10, 11).
Embora muitas outras cidades fortificadas de Judá tivessem sido destruídas pelas
forças invasoras de Senaqueribe no tempo de Ezequias (2Rs 18:13), Jerusalém foi
poupada e emergiu ilesa deste período difícil (cap.2Rs 19:32-36). Manassés, filho
de Ezequias, construiu uma segunda muralha a nordeste, perto da Porta do Peixe
(2Cr 33:14). Não se sabe se Jerusalém sofreu durante o reinado de Manassés,
embora esteja registado que ele foi levado cativo pelos asssírios e que passou
algum tempo numa prisão babilónica (vers. 2Cr 11). Poderá ter-se rendido aos
assírios sem luta, embora a cidade possa ter sido cercada e capturada. Pouco tempo
depois, no reinado de Josias, menciona-se pela primeira vez Jerusalém “na segunda
parte” (Heb. mishneh, segundo algumas versões, “colégio”), zona na qual Hulda, a
profetisa, morava (2Rs 22:14; 2Cr 34:22; cf. Sf 1:10). Não é certo se isto se refere
à nova zona acrescentada a Jerusalém por Manassés, ou à zona noroeste já
fortificada no tempo de Salomão.
O bom rei Josias fez reparações adicionais no templo (2Rs 22:3-7; 2Cr 34:8-13) e
durante o seu reinado, Jerusalém experimentou uma grande reforma religiosa.
Contudo, a sua morte repentina pôs fim a este último reavivamento espiritual e os
seus sucessores caíram na idolatria e na impiedade. Como resultado, Jerusalém foi
capturada três vezes num período de vinte anos: primeiro em 605 AC durante o
reinado de Joaquim (Dn 1:1, 2); depois em 597 AC, altura em que Joaquim foi
levado cativo (2Rs 24:10-16); e finalmente em 586 AC, no décimo-primeiro ano de
Zedequias, quando Jerusalém foi destruída após um longo cerco e Zedequias foi
levado cativo para Babilónia, com a maior parte da população de Judá (cap. 2Rs
25:1-21).
Pouco se sabe da história de Jerusalém nos 250 anos que se seguiram a Neemias.
Josefo relata uma discussão que teve por base o sumo sacerdócio e durante a qual
Joanã matou o seu irmão no templo. Por causa disso, o governador persa castigou
severamente a nação. Josefo também fala de uma visita de Alexandre, o Grande, a
Jerusalém, altura em que a profecia de Daniel (aparentemente o cap. 8) lhe foi
explicada. De acordo com Josefo, isto causou-lhe uma tal impressão, que ele se
tornou amigo dos judeus. No tempo dos sucessores de Alexandre, Jerusalém foi
uma capital administrada pelos sumos sacerdotes, umas vezes sob a soberania dos
Ptolomeus do Egipto e outras sob o domínio dos Seleucidas da Síria.
Quando eclodiu a revolta contra Roma na primavera de 66 DC, muito sangue foi
derramado em Jerusalém. Sob a administração de Gessius Florus, o último
procurador da Judeia, os judeus começaram a massacrar os gentios e estes
passaram também a massacrar os judeus, até que toda a semelhança de ordem e
governo desapareceu. Cestius Gallus, o emissário da Síria tomou o comando da
Judeia e no outono de 66 DC marchou contra Jerusalém. Embora a certa altura
tivesse atingido a muralha norte do templo, foi repelido e, por alguma razão
desconhecida, retirou-se, perdendo muitos dos seus soldados nesse processo de
retirada. Os cristãos, lembrando-se do aviso de Jesus (Mt 24:15-20), aproveitaram
a oportunidade para saírem de Jerusalém, encontrando refúgio em Pela, na Pereia.
Desde o final do ano 66 DC até à primavera de 70 DC, Jerusalém não sofreu
qualquer ataque directo por parte dos romanos. Vespasiano, ao chegar ao país em
67 DC, seguiu o seu plano de o submeter ao seu controlo, permitindo que as várias
facções políticas em Jerusalém se guerreassem, tornando-se, deste modo, cada vez
mais fracas. Em 69 AC, quando Vespasiano foi proclamado imperador, a maior parte
da Palestina encontrava-se nas mãos dos romanos mas transformara-se num
deserto. Tito, o filho de Vespasiano, tomou o comando do exército e preparou-se
imediatamente para capturar Jerusalém, a forte capital da Judeia.
Durante os três anos de guerra com Roma, houve um grande influxo de pessoas
que entrou em Jerusalém. Tinham chegado à cidade, sem cessar, ondas de
refugiados, entre os quais se encontravam grupos de soldados pertencentes a
diferentes facções e comandados por líderes rivais. João de Gischala, na Galileia,
era o líder dos zelotes, que se estabeleceram na zona baixa do templo. Simão bar
Giora, o líder dos saqueadores, ocupou a zona superior da cidade; e Eleazer, filho
de Simão, também um líder rebelde, tomou conta da parte superior do templo.
Quando Tito deu início ao cerco de Jerusalém, com 80.000 soldados romanos, em
Abril de 79 DC, os três líderes e os seus seguidores encontravam-se envolvidos em
batalhas sangrentas uns contra os outros. Foram lutas implacáveis que duraram
todos os cinco meses do cerco romano, em que uma secção após outras foi
capturada e a fome imperava. Mais de 100.000 judeus morreram na cidade entre o
início de Maio e o final de Julho. Nessa altura, o castelo de Antónia foi tomado e os
sacrifícios do templo terminaram. Em Agosto, de acordo com o relato de Josefo, o
templo foi conquistado e, novamente sob o comando de Tito, foi queimado. O
monte a sudoeste de Jerusalém, chamado “A Cidade Superior”, caiu nas mãos dos
romanos em Setembro. Josefo declara que mais de um milhão de judeus perdeu a
vida durante o cerco de Jerusalém e que outros 97.000 foram feitos prisioneiros,
entre os quais se encontravam João de Gischala e Simão bar Giora. A cidade foi
arrasada para que o mundo visse que até as mais fortes muralhas não podiam
suster o exército romano. Somente três torres do palácio de Herodes e parte da
muralha ocidental permaneceram de pé como monumentos da anterior glória de
Jerusalém e a fim de servirem como posto militar para a guarnição romana.
As escavações efectuadas por Mazar desde 1968 a oeste e a sul da área do templo
colocaram a descoberto, para além das ruínas da Jerusalém bizantina e islâmica,
importantes achados da cidade herodiana do tempo de Cristo. Estes achados
incluíam umas escadas monumentais com 64 metros de largura e que iam desde
Ofel, a zona baixa de Jerusalém, até à Porta de Hulda, que dava acesso à área do
Templo, para quem vinha do sul.
PERÍODO PÓS-
EXÍLICO
Cícero Valdemir"
O período chamado de Pós-Exílio marca o fim do cativeiro do povo de Israel na Babilônia. For
vários anos de dominação estrangeira do império babilônico sobre o povo judeu, que levou pa
da população para servir o império. Esse exílio foi encerrado com o decreto de Ciro, imperado
da Pérsia, que tornara-se a nova potência imperialista da região. O período de domínio do
império Persa foi de 538 a 445 aC. Como a Pérsia tornou-se o maior império do oriente, dividi
seu território em províncias, e Judá passa a fazer parte de uma dessas províncias.
O povo de Judá era obrigado a aceitar um rei estrangeiro, com isso Judá não decidia mais seu
destino, nem via possibilidades de uma independência política num futuro próximo. Mas mesm
com essa restrição, o império destacou-se pelos seus projetos de reconstrução da Judéia,
principalmente em relação ao templo de Jerusalém. Estes sem dúvida, reacenderam a alegria
as esperanças nos exilados de recomeçar a vida na sua própria terra.
A reconstrução das cidades da Judéia e do templo foi lenta e difícil, à custa de muitos sacrifíci
Porque detrás dos projetos da reconstrução e da liberdade religiosa do império, escondiam-se
projetos políticos e econômicos, que incluía a expansão até o Egito. Economicamente, tinham
em vista a ampliação da dominação econômica com a cobrança de pesados tributos. Para iss
ela precisava conquistar a simpatia do povo de Judá, tomar conhecimento da sua realidade e
los como aliados. Por volta do ano 520 aC, a Pérsia incentiva a reconstrução do templo sob o
comando de Zorobabel, descendente do rei, e de Josué, que contam com o apoio dos profeta
Ageu e Zacarias (Ne 12,1; Ag 1,2-4; 2,23; Zc 4,9). Alguns anos mais tarde, por volta de 450-40
aC, o templo atinge seu pleno funcionamento, provavelmente no tempo de Neemias e Esdras.
Neemias é um judeu bem-sucedido na corte da Pérsia, ele é enviado pelos persas com o
seguinte projeto: reconstruir os muros da cidade de Jerusalém e organizar a economia de Jud
O seu projeto também atinge a comunidade organizada ao redor do templo. Portanto, Neemia
procura resgatar a identidade do povo judeu, eliminando os estrangeiros, especialmente as
mulheres (Ne 12,23-37); garante a entrega dos tributos para o sustento dos sacerdotes e levit
(Ne 13,10-14); e institui a observância do sábado (Ne 13,15-22). Mais, tarde os persas enviam
Esdras: sacerdote-escriba e doutor da Lei (Esd 7,11.12.21). Ele é enviado para verificar o
cumprimento da Lei em Judá e Jerusalém. Neste período, o código de pureza e o de santidad
são retomados (Lv 11-26). Esses dois profetas são de suma importância para o povo de Israe
Portanto, desde o período do exílio, Israel sem culto, sem monarquia e fora de sua terra, tenta
todo custo salvaguardar sua identidade por meio de algumas práticas como a circuncisão, o
sábado e a observância da lei de Moisés. Neemias e Esdras serão os grandes defensores da
Lei. A Torá (lei) pouco a pouco, foi tornando-se o centro do judaísmo.
Dario I, rei da Pérsia, em 518 aC, ordenou ao governador do Egito que constituísse uma
comissão para recolher as leis egípcias, afim de que elas servissem de orientação interna da
satrapia (província). Isso teria também servido de incentivo aos exilados para recolher seus
escritos sagrados a fim de servir de base para sua organização e definir sua identidade cultura
religiosa. Foi nesse período que a Bíblia se formou como livro. Israel conseguiu recolher e salv