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Protecção de Equipamentos e Sistemas de Energia

EISE: 5º Ano, 1º Semestre

Ano Lectivo: 2014/2015

Carga Horária Semanal: 3 x 90 minutos


Duração: Semestral

Professor Mestre Engenheiro


Márcio de Oliveira
marcio_vbo@hotmail.com

Visão Sobre os Sistemas de Protecção


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Agenda

 Produção, Transporte e Distribuição de Energia


Eléctrica;

 Subestações: Equipamentos;

 Protecção de um SEE;

 Disjuntor: Órgão de Corte;

 Características das Protecções;

 Tipos de Relés.
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Produção, Transporte e Distribuição de Energia


Eléctrica
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Produção, Transporte e Distribuição de Energia


Eléctrica
REDE DE TRANSPORTE REDE DE DISTRIBUIÇÃO

PROD.
IMPORT. PRODUTORES INDEPENDENTES
SEI

PROD. MAT AT MT BT
SEP 400/220/150 kV 60 kV 30/15 kV 380 V

Clientes Clientes Clientes Clientes


MAT AT MT BT
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Subestações: Equipamentos

Uma Subestação Típica é Constituída por:


• Transformadores de Potência;
• Disjuntores;
• Seccionadores;
• Transformadores de Intensidade;
• Transformadores de Tensão;
• Descarregadores de Sobretensões.
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Subestações: Equipamentos
Transformador de Potência Disjuntor

Seccionador
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Subestações: Equipamentos
Transformadores de Intensidade (TI’s)

Descarregadores de Sobretensões (DST’s)

Transformadores de Tensão (TT’s)


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Subestações: Equipamentos
Hastes de Descarga

Descarregadores de Sobretensões (DST’s)


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Protecção de um SEE

Sequência de acontecimentos de um defeito:


• A ocorrência de um defeito dá origem a uma variação das tensões e
correntes do sistema eléctrico;
• Os transformadores de intensidade e de tensão detectam essa variação;
• Os relés utilizam esses sensores para determinar onde ocorreu o defeito;
• Os relés dão ordem de disparo ao órgão de corte (disjuntor) que permite
isolar o defeito.

Os sistemas de protecção devem ser projectados de modo a ter uma


protecção primária e uma protecção secundária (ou de recurso).
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Protecção de um SEE

Disjuntor:
• Principal dispositivo utilizado para isolar o defeito. Este possui um tempo de
actuação rápida (<70 ms na AT).
Disjuntor:
• São responsáveis por assegurar a ininterrupta alimentação aos circuitos do
relé e do disjuntor de forma a garantir o funcionamento destes equipamentos
mesmo quando houver falta de alimentação na rede eléctrica.
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Protecção de um SEE

TI Sinal de
Corrente

Bateria
Sinal de
Disparo Relé de
Disjuntor
Protecção
TSA
Transformador de
Sinal de Serviços Auxiliar
TT Tensão

Relé de Protecção:
Circuito
Protegido

• É o dispositivo que detecta a anomalia no sistema com a função de enviar


a informação para abertura do equipamento de corte;
• Ao possuir as informações relativas a uma ocorrência, a protecção ou relé
de protecção procede à aplicação dos critérios de decisão pré-definidos
mediante funções básicas de protecção.
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Disjuntor: Órgão de Corte

• É um dispositivo de manobra capaz de estabelecer, conduzir e


interromper correntes normais e anormais especificadas do sistema;

• Tem a função de interromper a corrente de curto-circuito do sistema e


isolar a parte do SEE sob defeito, retirando o elemento com defeito do
circuito;

• É composto basicamente por um circuito de controlo, por um sistema de


abertura dos contactos, por um sistema de extinção do arco eléctrico e
por um sistema de fecho dos contactos.
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Disjuntor: Órgão de Corte

• Na protecção do SEE existem diversos tipos de disjuntores, que diferem


essencialmente pelo dieléctrico utilizado e sua aplicação na camara de
extinção do arco eléctrico:
 Disjuntor a sopro magnético, usado em MT até 24 kV;
 Disjuntor a óleo (grande e pequeno volume), aplicado na MT, AT e MAT
até 220 kV;
 Disjuntores a vácuo, aplicado em MT;
 Disjuntores de ar comprimido, embora possam ser usados em toda a
gama de tensões, são mais utilizados na AT e MAT;
 Disjuntores a Gás SF6, mais modernos e com melhores características,
é a tendência actual nos níveis de tensão AT e MAT.
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Características das Protecções


Requisitos elevados de robustez mecânica, do
Fiabilidade hardware e software.
Operação correcta em situações mínimas de defeito e
Sensibilidade não actuação em condições limite de operação.
Eliminação do defeito tão rapidamente quanto
Rapidez possível, de modo a minimizar os seus impactos.
Garantia de que a protecção actua apenas quando
Segurança deve e não em falsas condições de defeito.
Capacidade da protecção isolar apenas a parte
Selectividade defeituosa da rede.
Capacidade do sistema sofrer actualizações e
Expansibilidade remodelações mantendo a estrutura base.
Disponibilização de diversos tipos de interfaces
Comunicação comunicativas bem como diferentes protocolos de
comunicação (p.e. IEC 61850).
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Tipos de Relés
Relés de Sensíveis ao valor eficaz da intensidade de corrente
Intensidade eléctrica.

Relés de Tensão Sensíveis ao valor eficaz da tensão da rede.

Relés
Sensíveis ao valor do fluxo da energia na rede e à sua
Direccionais de direcção.
Potência
Sensíveis a uma variação da impedância, em
Relés de
particular a uma variação da reactância ou da
Distância resistência.
Relés de
Sensíveis a uma variação da frequência da rede.
Frequência
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Tipos de Relés
Relés que recebem ordem de actuação de um relé
Relés de Tempo principal e só a executam ou transmitem ao fim do
tempo para o qual foram regulados.
Relés transmissores de uma ordem dada por um relé
principal. Normalmente mais robustos e com poder de
Relés Auxiliares fecho resistindo a transitórios de tensão e corrente de
alguns circuitos ou elementos de circuitos (bobinas,
condensadores, etc.).
Relés de Sinalizam e registam a operação das protecções ou
Sinalização outros órgãos.
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Tipos de Relés
Protecção Se a protecção é capaz de actuar no disjuntor
Directa directamente.
Protecção Se a actuação ao disjuntor é feita excitando uma
Indirecta bobina (bobina de disparo do disjuntor).
Protecções Se os relés de medida que a compõem estiverem
Primárias directamente ligados ao circuito que a protegem.
Se a sua ligação ao circuito que protegem for feita
Protecções através de transformadores de medida
Secundárias (Transformadores de Intensidade e/ou
Transformadores de Tensão).
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Agenda

 Evolução dos Relés de Protecção;


 Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:
• Electromecânicos;
• Estáticos ou Electrónicos;
• Digitais;
• Numéricos.
 Principais Características dos Relés de Protecção:
Evolução (Resumo);
 Comparação das Tecnologias;
 Arquitectura de um SCCP;
 Ciclo de Vida dos Equipamentos de Protecção;
 Estratégias de Manutenção dos Sistemas de Protecção.
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Evolução dos Relés de Protecção


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Evolução dos Relés de Protecção

Anos 80:
• Telecomando da Subestação, Remote Terminal Unit (RTU);
• Redução dos custos de operação, com a libertação de recursos humanos da
subestação;
• Supervisão global da rede eléctrica.

Anos 80-90:
• Automatização das Subestações:
o Deslastre e reposição por tensão e/ou frequência;
o Comando automático da bateria de condensadores;
o Localização automática de defeitos (curto-circuitos, sobretensões, etc.).
• Melhorias ao nível de hardware e redução do tempo de reposição de serviço.

Anos 2000-2009:
• Melhoria global de hardware, esquema de ligações, Interface Homem-
Máquina, etc.;
• Subestação Standartizada com 3 níveis hierárquicos (Projecto Tipo de
Subestações AT/MT);
• Evolução ao nível dos protocolos de comunicação – IEC 61850;
• Melhoria da Qualidade e Continuidade de Serviço.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Electromecânicos
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Electromecânicos
• Baseiam-se na actuação de forças produzidas devido às interacções
electromagnéticas entre intensidades de corrente e fluxos. Estas
forças são criadas por variações das intensidades de corrente e
tensões;

• A actuação dessas forças movimenta algumas partes mecânicas do


relé originando a sua actuação;

• Os relés electromecânicos subdividem-se em:


 Relés de atracção electromagnética;
 Relés de indução electromagnética.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Electromecânicos de Atracção Electromagnética
Mola

Alarme
Fm Contacto

Armadura Iop
δ
Disparador Fe
Circuito Operativo

Disjuntor I

Bobina

CA Fonte Núcleo

Z
Carga

• A fonte de tensão alimenta uma carga Z, do que resulta uma corrente circulante I;
• Um núcleo fixo e uma armadura móvel, a qual estão solidário o contacto móvel e a mola, que
obriga o circuito magnético ficar aberto numa posição regulável;
• O núcleo é percorrido por um fluxo proporcional à corrente do circuito, circulando na bobina do
relé, e isso faz com que seja possível que o contacto móvel feche um circuito operativo auxiliar,
neste caso uma fonte de corrente continua alimentando um alarme e/ou o disparador do disjuntor
colocado no circuito principal, sempre que Fe>Fm.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Electromecânicos de Atracção Electromagnética
• Pelo princípio de conversão electromecânica sabe-se que a força
electromagnética (𝐹𝑒) desenvolvida através do entreferro (δ) pelo
fluxo no núcleo, e provocada pela corrente 𝐼 na bobina do relé
neste tipo de estrutura é dada pela expressão:

𝐹𝑒 ≈ 𝐾𝐼 2

• Onde 𝐾 depende da taxa de variação da permeância do entreferro,


número de espiras. Por outro lado, existe uma força da mola (𝐹𝑚)
opondo-se ao deslocamento da armadura.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Electromecânicos de Indução Electromagnética
Contacto Fixo Eixo Nucleo
Bobina

Contacto
Move

Disco Anel de
desfasagem

• O funcionamento é baseado na acção exercida por campos


magnéticos alternativos (circuito indutor fixo), sobre as correntes
induzidas por esses campos num condutor móvel constituído por um
disco ou corpo metálico.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Electromecânicos de Indução Electromagnética
iɸ2 iɸ1

iɸ2 iɸ1
F1 iɸ2
iɸ1 F2

𝑑ɸ
• O fluxo variável induz uma tensão da forma: 𝑒 = −𝐾𝑛 𝑑𝑡
• Que aplicada ao disco metálico de resistência R, faz circular uma corrente
𝑒 𝐾𝑛 𝑑ɸ
de forma: 𝑖 = =−
𝑅 𝑅 𝑑𝑡
• A força é dada pela expressão: 𝐹 ≈ ɸ𝑖
• Actua a partir do binário gerado sobre um disco, pela interacção entre
fluxos magnéticos, estes gerados pelas correntes obtidas ou geradas pela
tensão dos transformadores medida, TI’s e TT’s.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Electromecânicos
Vantagens Desvantagens
• Durabilidade e robustez; • Custos de instalação;
• Tolerância a altas • Precisão;
temperaturas; • Manutenção;
• Baixa sensibilidade a • Limitação de
surtos electromagnéticos. funcionalidades.

• Relés que requerem TI’s e TT’s com grande


potência;
• Grande risco de saturação dos TI’s, especialmente
quando existe um defeito associado a uma
componente contínua muito elevada;
• Ajustes imprecisos e baixa sensibilidade.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Estáticos ou Electrónicos
• Fruto de desenvolvimento dos semicondutores e o aparecimento de
dispositivos electrónicos, i.e. componentes discretos e circuitos integrados;

• Os relés estáticos são extremamente rápidos porque não possuem partes


móveis, tendo assim, tempo de resposta tão baixo;

• O órgão de conversão é constituído por pontes rectificadoras com ou sem


filtragem, convertendo sinais analógicos convencionais em pulsações tipo
ondas quadradas, o órgão de medida é constituído por exemplo, por um
circuito “Trigger Schmitt” realizando a comparação entre o sinal medido e o
de referência obtendo-se um sinal binário que é amplificado no órgão de
saída por forma a obter-se, ou não, ordem de disparo a enviar ao disjuntor.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Estáticos ou Electrónicos

Relé de Protecção:
• O sinal fornecido por um transformador de medida é aplicado após ter sido
rectificado, por um transístor. Quando esse sinal supera o nível de polarização
fornecido pela fonte A, o transístor conduz e a corrente produzida pela fonte
P estabelece o circuito pelo relé B;

• Pela excitação do relé B, através de um dos seus contactos, é alimentado um


relé auxiliar BA cuja missão é enviar a ordem de abertura ao disjuntor, de
sinalização e de alarme correspondentes.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Estáticos ou Electrónicos
Vantagens Desvantagens
• Maior velocidade; • Envelhecimento
• Fácil manutenção; precoce;
• Fiabilidade; • Sensibilidade a surtos
• Ajustes mais precisos; electromagnéticos e a
• Menores dimensões; temperaturas elevadas;
• TI’s e TT’s com menor • Fonte de alimentação
potência. externa.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Digitais
• O desenvolvimento de microprocessadores permitiu que um novo e
significativo passo tenha sido dado no domínio das protecções do SEE;

• Os relés digitais são constituídos por microprocessadores e controlados por


software;

• Os microprocessadores permitem, a partir de um conjunto de valores


amostrados, estimar valores de grandezas a comparar com os valores de
regulação.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Digitais
• Possibilidade de modificação automática dos seus parâmetros;

• Utilização de comunicação, telemedidas e controlo, e ainda, a utilização de fibras


ópticas como meio de transmissão de sinais digitais;

• A possibilidade de serem programados para executarem funções distintas para


além da função de protecção, sem mais encargos, dependendo somente do
número de entradas e saídas do rele digital;

• Capacidade de autoteste, ou seja, programados para monitorizar continuamente o


seu estado de funcionamento colocando-se fora de serviço se ocorrer alguma
anomalia, e enviando de imediato um sinal de alarme para o centro de controlo.
Esta performance do relé digital aumenta a sua fiabilidade assim como, do SEE
onde está integrado, porque diminui a probabilidade do relé não actuar por avaria
numa situação de defeito.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Digitais
Vantagens Desvantagens
• Capacidade de
processamento reduzida;
• Telecontrolo remoto; • Memória limitada;
• “Watchdog”; • Uma única função de
• Fiabilidade igual ou Protecção;
superior às anteriores • Software não portável;
tecnologias. • Sensibilidade a surtos
electromagnéticos e a
temperaturas elevadas.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Numéricos
Vantagens Desvantagens
• Telecontrolo remoto;
• “Watchdog”;
• Multifunções; • Software não portável;
• Microprocessador de • Sensibilidade a surtos
elevado rendimento; electromagnéticos e a
• Elevada capacidade de temperaturas elevadas.
memória;
• Fiabilidade.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Numéricos
Módulos Constituintes:
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Numéricos
Módulos Constituintes:

Funções:
 Protecção;
 Medida;
 Controlo;
 Comunicações;
 Registo de eventos e alarmes.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Numéricos
Dois módulos de entradas (um para sinais analógicos e outro para sinais
digitais):

• Analógicos: valores de tensão e corrente de cada uma das fases e do neutro,


disponibilizados pelos TI’s e TT’s. Passam por filtro passa-baixo para que o ruído
electromagnético seja eliminado. São posteriormente convertidos para um sinal
em corrente contínua normalizado que, por sua vez, é digitalizado pelo conversor
analógico-digital antes de ser enviado para o microprocessador;

• Digitais: recebem informação relativa ao estado dos disjuntores e de outros


equipamentos existentes na subestação. Antes de serem ligados ao
microprocessador, os sinais digitais passam por um circuito que garante o
isolamento eléctrico entre os sinais de chegada e os circuitos internos do relé, no
sentido de o proteger contra potenciais danos provocados por defeitos nestes
mesmos sinais.
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Numéricos
Principais características:

• Auto diagnóstico: possuem um circuito de Watchdog que faz o diagnóstico dos


seus vários módulos. No caso de ocorrer uma falha em algum destes módulos, o
relé deverá sair de funcionamento ou tentar recuperar, dependendo da gravidade
da falha;

• Registo de eventos e perturbações: estes relés estão preparados para criar um


registo de diversas ocorrências, tais como o disparo de uma protecção ou uma
falha no seu hardware interno. Também podem ser gerados registos de ocorrência
de perturbações juntamente com informação relativa ao estado de todas as
entradas e saídas dos relés, num determinado número de canais analógicos;
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Tipos de Relés e Ponto de Vista Construtivo:


Numéricos
Principais características:

• Integração de sistemas digitais: permitem assegurar uma série de novas


funcionalidades dentro da instalação da subestação, como é o caso de estarem
aptos a comunicar através de uma rede de comunicação de dados e realizarem
operações de medida e controlo;

• A possibilidade da protecção se adaptar: o facto destes equipamentos terem


módulos de programação lógica e de comunicação, permite que as suas
configurações possam ser alteradas em tempo real, de acordo com o regime de
funcionamento da subestação e os respectivos requisitos das funções de protecção
neles implementados.
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Principais Características dos Relés de Protecção:


Evolução (Resumo)
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Comparação das Tecnologias


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Arquitectura de um Sistema de Comando,


Controlo e Protecção (SCCP)

Nível 2: Unidade Central e Centro de Despacho


(Telecomando).

Nível 1: Unidade de painel/dispositivo electrónico


inteligente (IED).

Nível 0: Processo (constituído pelos equipamentos


AT/MT da SE com os quais o SCCP interage).
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Ciclo de Vida dos Equipamentos de Protecção

Ciclo de vida útil (25 Anos) Ciclo de descontinuação do equipamento


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Ciclo de Vida dos Equipamentos de Protecção

Protecções Digitais e Numéricas;


Ano de Fabrico: 1984 a 2009.

Protecções Electromecânicas e Estáticas;


Ano de Fabrico: <1984.
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Ciclo de Vida dos Equipamentos de Protecção

Protecções Electromecânicas e Estáticas (Ano de Fabrico <1984):

Estado de Obsolescência Iminente e Obsoleto (<1984):


 Reparação dependente do stock de peças disponíveis;
 Tempo de reparação elevado;
 Clientes podem vir a ser forçados a rectificar ou substituir o equipamento de protecção a
curto prazo;
 Mais susceptível a falhas.

Estado Extinto (40 anos ou mais ao serviço):


 Deverão existir contratos de manutenção acordados entre Cliente e Fornecedor;
 Apenas disponível a rectificação do equipamento;
 Reparação e substituição não estão asseguradas pelo Fabricante, estando o sistema, nesta
situação, exposto a riscos consideráveis;
 Custo das reparações elevados, devido à escassez de peças e à mão-de-obra especializada
necessária nos equipamentos mais antigos.
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Ciclo de Vida dos Equipamentos de Protecção

Protecções Digitais e Numéricas (Ano de Fabrico 1984 a 2012):

Estado Activo (1994-2012):


 Suporte garantido pelo Fabricante;
 Reparações e peças para reparações estão disponíveis quase de imediato;
 Upgrades de Firmware.

Estado Legado (1984-1994):


 Suporte garantido pelo Fabricante, no entanto já não se fazem actualizações ao nível do
Software;
 Auditoria ao equipamento de protecção;
 Reflexão e planeamento futuro do sistema de protecção.
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Estratégias de Manutenção dos Sistemas de


Protecção
Manutenção

Planeada Não Planeada

Preditiva ou
Preventiva Proactiva Reactiva
Condicionada

Sintomas
Inspecção Causas Raiz da Substituição
Antecipados
Periódica Falha Após Falha
da Falha

 Manutenção Preventiva: não tem em consideração o estado do equipamento, mas sim intervalos de
tempo, horas de operação ou ciclos;
 Manutenção Preditiva ou Condicionada: tem em consideração o estado do equipamento e o seu ciclo de
vida, diminuição das visitas periódicas e redução de custos de manutenção;
 Manutenção Proactiva: histórico de casos anteriores, Qual foi o problema e quais foram as causas do
problema? Que acções devem ser tomadas para que o problema não ocorra novamente?
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Estratégias de Manutenção dos Sistemas de


Protecção
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Agenda

 Temporizações;

 Curvas de Tempo Inverso;

 Requisitos das Protecções:


• Selectividade;
• Sensibilidade;
• Rapidez;
• Segurança;
• Fiabilidade
• Economia.
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Temporizações

• Instantâneas: o relé detecta a anomalia e fornece uma informação de forma instantânea ao


disjuntor para proceder à abertura do circuito eléctrico. Ao utilizar-se mais de um dispositivo com
temporizações instantâneas, são parametrizados atrasos para efeitos de coordenação. À medida
que aproxima-se da fonte este atraso torna-se mais elevado;

• Tempo Definido: nos relés de tempo definido, a temporização ou retardo de actuação não
depende da intensidade da corrente. É introduzido um tempo intencional de atraso para o seu
disparo.
Tempo

Relé
Relé
não
Opera
Opera

Sobrecarga
Curto-circuito

Pick-up Corrente
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Temporizações:
Curvas de Tempo Inverso
• Tempo Inverso: introduzem um tempo de atraso variável à sua operação, que é
função do valor da corrente secundária do dispositivo de protecção.

 Quanto maior o valor da corrente secundária do dispositivo, menor é o tempo de atraso


na sua operação, ou seja, mais rápida é dada a ordem de abertura ao disjuntor
associado;

 A curva de actuação pode ser de três tipos: inversa, muito inversa ou extremamente
inversa;

 O tempo de actuação destes relés foram definidos segundo a Norma IEC 60255-3 em
1989. Por esta Norma, as características das curvas também são traçadas para valores do
múltiplo (k) variando, geralmente, entre os valores de 1,0 a 2,0.
52

Temporizações:
Curvas de Tempo Inverso
0,14
 Característica Normalmente Inversa: 𝑇 = 𝑇𝑀𝑆 × 0,02
𝐼𝑐𝑐
−1
𝐼𝑝

Em que:
• 𝑇 − 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑎𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑙é 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑐çã𝑜;
• 𝑇𝑀𝑆 − 𝑝𝑎𝑟â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟í𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎;
• 𝐼𝑐𝑐 − 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜 − 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑙é 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑐çã𝑜;
• 𝐼𝑝 − 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑖𝑐𝑘 − 𝑢𝑝 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑙é 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑐çã𝑜.

13,5
 Característica Muito Inversa: 𝑇 =
𝐼𝑝 −1

80
 Característica Extremamente Inversa: 𝑇 =
𝐼𝑝 2 −1
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Requisitos das Protecções:


Selectividade
• A selectividade é a propriedade que o sistema de protecção deve possuir de modo a
isolar apenas o equipamento defeituoso aquando da ocorrência de um defeito, com o
objectivo de minimizar a perda de funcionalidade do sistema de energia;

• Este requisito exige que a cada zona de protecção se associem disjuntores terminais
que permitam o referido isolamento específico. Com ela, pretende-se garantir que, em
caso de defeito, actue a protecção que esteja localizada mais próximo do local onde
ocorreu esse defeito.

Protecção de Protecção de Protecção do Protecção


Barramento Linha Transformador de Saídas

Protecção Protecção do Protecção de Protecção de


do Gerador Transformador Barramento Barramento
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Requisitos das Protecções:


Selectividade
• No caso de um curto-circuito no transformador, as protecções devem ordenar a
abertura dos disjuntores mais próximos do defeito (disjuntores imediatamente a
montante e a jusante do transformador);

• Para garantir maior segurança, cada disjuntor está incluído em duas zonas de
protecção vizinhas;

• A selectividade é uma das características funcionais mais importantes dos


sistemas de protecção, a não actuação ou a actuação indevida deste mecanismo
de protecção, pode conduzir a uma interrupção desnecessária em certas zonas de
rede.
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Requisitos das Protecções:


Selectividade
• Tipo de Selectividade:

 Amperimétrica;

 Cronométrica;

 Lógica;

 Direccional.
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Requisitos das Protecções:


Selectividade
• Selectividade Amperimétrica:

 Baseia-se no amortecimento da corrente de curto-circuito com a distância.

Icc (A) Icc (B)


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Requisitos das Protecções:


Selectividade
• Selectividade Cronométrica:

 Princípio que adiciona temporizações à medida


que nos afastamos do curto-circuito.

• 𝛿𝑡 − 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑙é − 𝑎𝑝𝑝𝑥 25𝑚𝑠;


• 𝑡𝑐 − 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑟 − 𝑎𝑝𝑝𝑥 85𝑚𝑠;
• 𝑡𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 − 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎;
• 𝑡𝑚 − 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑎𝑝𝑝𝑥 55𝑚𝑠.
58

Requisitos das Protecções:


Selectividade
• Selectividade Cronométrica:
59

Requisitos das Protecções:


Selectividade
• Selectividade Lógica:

 Todos os relés vêm o defeito em (D) e todos os


relés vão emitir uma ordem de bloqueio;

 Assim, apenas o relé colocado em (D) irá dar


ordem de abertura ao disjuntor uma vez que
não recebe qualquer ordem de bloqueio.
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Requisitos das Protecções:


Selectividade
• Selectividade Direccional:

F1
5 a 4 b 3

e 1 d 2 c

 Considera-se os relés com os sentidos de actuação dados pelas setas e com a


temporização: t5>t4>t3>t2>t1 (sentido horário) e te>td>tc>tb>ta (sentido
anti-horário);
 Um defeito em F1 será isolado pela actuação dos relés 4 e b.
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Requisitos das Protecções:


Sensibilidade
• As protecções devem ser suficientemente sensíveis para operarem nas condições de defeito associadas às
menores intensidades de corrente de curto-circuito na sua zona de actuação, e permanecerem estáveis
nas condições máximas de carga (não actuar nas condições de carga que originam as máximas
intensidades de corrente);

• As protecções devem actuar não só em caso de defeitos francos (na sua zona de actuação), como também
no caso de defeitos resistivos, quaisquer que sejam as condições da rede e sempre que as características
dos defeitos caem no seu campo de medida;

• É usualmente expresso através do factor de sensibilidade 𝐾𝑠 :


𝐼𝑐𝑐𝑚𝑖𝑛
𝐾𝑠 =
𝐼𝑜𝑝
Em que:
• 𝐼𝑐𝑐𝑚𝑖𝑛 − corrente de curto−circuito mínimo (calculada para o curto−circuito franco no extremo mais afastado da linha, e sob condição de
geração mínima);
• 𝐼𝑜𝑝 − menor corrente que faz operar a protecção (valor mínimo de corrente de accionamento exigido pelo fabricante do relé).

A selectividade e a sensibilidade são dois requisitos fundamentais dos sistemas de protecção, muitas
vezes em conflito. A selectividade deve ser considerada como prioritária, como um requisito
fundamental do projecto do sistema de protecção, enquanto a sensibilidade será um objectivo a
maximizar.
62

Requisitos das Protecções:


Rapidez
• O sistema de protecção deve actuar tão rápido quanto possível de modo a reduzir os danos
nos equipamentos devido ao funcionamento inadequado, aquecimento ou instabilidade do
sistema, quando da ocorrência de um defeito;

• A rapidez do sistema permite ainda reduzir o intervalo de tempo em que a tensão assume
valores diferentes do nominal, assim como, manter a estabilidade do sistema. É de referir
que o tempo máximo admissível pela manutenção da estabilidade, para a eliminação de um
defeito numa rede primária, depende de diversos factores, sendo o mais importante o valor
da tensão nos barramentos das centrais e subestações durante o defeito;

• O quadro seguinte mostra os tempos típicos de eliminação de defeitos para diferentes níveis
de tensão da rede, onde se pode verifica que os tempos decrescem com o aumento do nível
de tensão.

𝐔𝐧 𝐭 𝐨𝐩
300 - 500 kV 100 - 120 ms
110 – 220 kV 150 – 300 ms
6 – 15 kV 1,5 – 30 s
63

Requisitos das Protecções:


Rapidez
• Um sistema de protecção é eficaz quando a sua actuação é selectiva e rápida, ou
seja, quando tem uma actuação correta. O tempo total de eliminação de um
defeito depende do tempo de actuação das protecções somado ao tempo de
actuação dos disjuntores, contado desde a ordem de abertura até à extinção do
arco (𝑡𝑑 );
𝑇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡𝑜𝑝 + 𝑡𝑑

• De salientar que, com o aparecimento no mercado de equipamentos modernos e


sofisticados o tempo de eliminação de defeito tem vindo a decrescer. Assim, o
sistema equipado com estes aparelhos melhora significativamente a sua rapidez;

• Os relés rápidos devem ser associados a disjuntores rápidos, de modo a dar tempo
de operação total pequeno.
64

Requisitos das Protecções:


Segurança
• O sistema de protecção não deve operar sob condições em que não esteja previsto
que actue, ou seja, deve operar fielmente no caso da ocorrência de um curto-
circuito na sua zona de actuação;

• A segurança das protecções depende, por um lado, da sensibilidade (𝑘𝑠 ), e por


outro, da sua coordenação (temporização, regulação da intensidade);

• Uma operação incorrecta poderá dever-se:


• Instalação incorrecta;
• Deterioração do equipamento.

• Geralmente, a segurança está em contradição com a rapidez e sensibilidade das


protecções. Por exemplo, uma protecção segura não deve actuar devido a um pico
de corrente de arranque de um motor de indução. Por isso, satisfazer estes
requisitos contraditórios é a principal dificuldade em projecto das protecções.
65

Requisitos das Protecções:


Fiabilidade
• O sistema deve operar no caso de ocorrência de um defeito na sua zona de
protecção, a fiabilidade é um dos mais importantes requisitos de protecção;

• Uma protecção passa maior parte do seu tempo de vida útil no estado
estacionário, durante este período há tendência para se verificar uma
deterioração dos contactos e enrolamentos de protecção de tal modo que quando
ocorre um defeito, esta pode não ter resposta adequada. As protecções devem ser
revistas periodicamente, e ensaiadas de forma a ser controlada a sua fiabilidade;

• É impossível obter uma fiabilidade completa, existe sempre um risco de não


funcionamento, quer devido a defeitos no equipamento, quer a erros humanos.
Por isso, a existência de reserva é fundamental nos sistemas de protecção. Quanto
mais simples for a constituição de um sistema de protecção (circuitos de
protecção e relés), melhor é a sua fiabilidade.
66

Requisitos das Protecções:


Economia
• É fundamental obter a máxima protecção a um custo reduzido. Os custos de
protecção são considerados muitas vezes elevados, quando considerados
isoladamente. A avaliação de económica das protecções deve ser feita em função
do custo mais elevado dos equipamentos que serão protegidos, e o custo de uma
interrupção ou a perda do equipamento através de uma protecção inadequada;

• O equipamento de protecção usualmente representa um investimento de 3 a 5%


do total dos investimentos, variando caso a caso, com a configuração da rede,
níveis de tensão ou ainda de local da sua instalação (rural ou urbano);

• Com a introdução das protecções digitais, o valor das protecções tornou-se ainda
mais baixo devido a uma maior diversidade de fabricantes e devido à introdução
de protecções digitais que conseguem reunir num só equipamento funções de
protecção contra diversos tipos de defeitos.
67

Agenda

 Funções de Protecção:
• Protecção de Máximo de Intensidade;
• Condutor Partido e Presença de Tensão;
• Protecção Diferencial;
• Protecção de Frequência ou Deslastre;
• Protecção de Distância.

 Zonas de Protecção;

 Funções de Automatismo;

 Funções de Protecção: Código Numérico ANSI/IEEE.


68

Funções de Protecção:
Protecção de Máximo de Intensidade
 Funciona por aumento anormal da magnitude da corrente;

 Simples e barato;

 Normalmente utilizada em protecção de curto-circuitos fase-terra e entre fases


em redes de distribuição, projectos industriais e em algumas linhas de transmissão
(onde a implementação de relés de distância não é justificado);

 Estes relés possuem elementos temporizados e instantâneos;

 Ajustes: corrente de arranque e multiplicativo do tempo.


69

Funções de Protecção:
Protecção de Máximo de Intensidade
Protecção de Máxima Intensidade de Fase (MIF)

• A corrente de arranque ou “pick-up” pode ser:


1,3 × 𝐼𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ≤ 𝐼𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 ≤ 2 × 𝐼𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
1
𝐼𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 ≤ ~ × 𝐼𝑐𝑐𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
3

• O ajuste de pick-up é o primeiro ajuste a ser realizado, considerando a corrente


máxima de operação e a mínima de curto-circuito no primário do TI. Através da
relação de transformação do TI a corrente do secundário é calculada;

• Podendo ter até 3 (três) níveis de detecção (I>, I>>, I>>>), de tempo
independente.
70

Funções de Protecção:
Protecção de Máximo de Intensidade
Protecção de Máxima Intensidade Homopolar (MIH)

• É utilizado para detectar defeitos fase-terra;


• São capazes de detectar defeitos fase-terra muito resistivos cuja zona de alcance
da protecção de distância não é capaz de detectar;
• Uma solução para detecção da componente homopolar pode ser obtida através da
ligação em estrela de três relés de máxima intensidade conhecida por “conexão
residual” composto por um relé por cada fase e um outro no neutro;
A
B
C

Relé Relé Relé Relé


MIF MIF MIF MIH
• Esta solução apresenta baixa sensibilidade para pequenos desequilíbrios.
71

Funções de Protecção:
Protecção de Máximo de Intensidade
Protecção de Máxima Intensidade Homopolar
(MIH)

• Outra solução passa pelo princípio de funcionamento da


ligação do neutro à terra, que está relacionada com o
desequilíbrio do campo electromagnético entre as três
fases do sistema;

• Para as situações em que houver desequilíbrio, o somatório


dos campos torna-se diferente de zero induzindo um sinal
nos terminais do TI toroidal;

• Normalmente, a corrente homopolar não é maior que 10%


da corrente máxima de operação (𝐼𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ). Este valor de
ajuste indica que o valor da corrente de pick-up do
elemento homopolar será de:
𝐼𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 ≤ 0,1 × 𝐼𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
72

Funções de Protecção:
Protecção de Máximo de Intensidade
Protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional (MIHD)

• É utilizada para a detecção de defeitos fase-terra pouco resistivos;

• Deverá estar regulada para pelo menos três níveis de detecção de corrente homopolar
(Io>, Io>>, Io>>>), de tempo também independente, e para o qual deverá ser
considerada uma actuação instantânea e outra temporizada;

• A corrente homopolar mínima considerada é normalmente maior que 1,3 vezes a


corrente capacitiva da linha, enquanto a corrente homopolar máxima será igual à soma
vectorial das correntes de fase;

• Deverá ser possível configurar a direccionalidade nos diferentes níveis de detecção de


uma forma individual. Para o nível Io>>> deverá ser possível o cálculo da corrente
homopolar através de soma vectorial das correntes de fase;

• A função de protecção de máximo de intensidade homopolar deverá poder desencadear


a função de automatismo “religação rápida e/ou lenta de disjuntores”.
73

Funções de Protecção:
Condutor Partido e Presença de Tensão
Condutor Partido

• Tem como objectivo detectar a interrupção de uma fase na linha a proteger podendo
ser baseada no aparecimento da componente inversa da corrente ou em qualquer outro
método, desde que seja garantida a detecção eficaz da assimetria da rede resultante
deste tipo de defeito.

Presença de Tensão

• A protecção de detecção de presença de tensão deve ser incluída no painel, sempre


que seja interligada uma unidade independente de produção de energia numa
determinada saída de linha MT da Subestação de Energia;

• A sua função é efectuar a verificação da presença de tensão na saída de linha, em


situações de ordens de fecho do disjuntor, quer em resultado de uma actuação por
automatismo, quer por um comando voluntário (local ou por telecomando).
74

Funções de Protecção:
Protecção Diferencial
Protecção Diferencial

• Implica a comparação de corrente que entra e sai na zona do equipamento protegido e


actua quando a corrente diferencial comparada excede uma determinada magnitude
pré-determinada;

• Este relé é considerado o mais eficaz para a protecção do sistema eléctrico;

• A sua principal aplicação é na protecção de transformadores, pois permite a detecção


de defeitos nos enrolamentos internos do transformador. Qualquer diferença nas
grandezas de corrente provocada pela passagem de corrente entre enrolamentos ou
destes à massa, provoca o disparo imediato do dispositivo de protecção;

• Apesar desta filosofia de protecção ser bastante útil, erros associados às diferenças
intrínsecas dos TI’s, erros associados às componentes não nulas de corrente contínua
de curto-circuito entre outros, devem ser cuidadosamente analisados.
75

Funções de Protecção:
Protecção Diferencial
Protecção Diferencial: Relés Diferenciais Amperimétricos

• Caracterizado por ser um dos métodos de protecção mais sensíveis e efectivos


contra correntes de curto-circuito;

• Detecta uma pequena amplitude de corrente.


76

Funções de Protecção:
Protecção Diferencial
Protecção Diferencial: Relés Diferenciais Percentuais

• O relé diferencial percentual é o mais comum relé, que se caracteriza por possuir
uma bobina de operação e outra de restrição.
77

Funções de Protecção:
Protecção Diferencial
Protecção Diferencial: Relés Diferenciais
Percentuais

• A corrente diferencial na bobina de operação é


proporcional a 𝐼1 − 𝐼2 , enquanto que a corrente na
bobina de restrição é 𝐼1 + 𝐼2 2 , visto que a
bobina de operação é ligada no meio da bobina de
restrição;
• Ou seja, se “𝑁” for o número de espiras da bobina
de restrição, o total de Ampére-espira é
𝑁𝐼1 2 + 𝑁𝐼2 2 , que é o mesmo que 𝐼1 + 𝐼2 2
para a bobina de restrição;
• A vantagem deste tipo de relé deve-se ao facto de
ser menos susceptível a operar indevidamente,
principalmente quando ocorre um defeito fora da
sua zona de protecção.
78

Funções de Protecção:
Protecção Diferencial
Protecção Diferencial: Desafios nos Transformadores

• Os TI’s deverão introduzir um erro mínimo na informação das correntes, assim como
nas suas ligações e relações de transformação seleccionadas tendo em atenção a
relação de transformação do transformador de potência e o princípio de que a corrente
diferencial na protecção deverá ser zero em situação normal;
• A comparação das correntes na protecção é obtida em relação às suas amplitudes e
ângulo de fase. A exactidão no relé é fundamental para uma correta interpretação da
situação real;
• Para o efeito são instalados transformadores de corrente auxiliares, entre os TI’s
principais e a protecção diferencial;
• Os TI’s auxiliares têm diferentes pontos de ligação e a escolha da posição correta está
dependente de cálculos tendo em conta as relações de transformação do
transformador de potência, a variação de tensão em percentagem, os níveis de tensão
presentes, o modo de ligação dos enrolamentos e a relação de transformação dos TI’s
principais.
79

Funções de Protecção:
Protecção de Frequência ou Deslastre
Protecção de Frequência ou Deslastre

• Desequilíbrios entre geração e carga resultam em alterações ao nível da


frequência (geralmente rede de transporte);

• Estas alterações ao valor da frequência não podem ser toleradas por muito tempo
sob o risco de causarem sérios danos nos equipamentos, sobretudo nos que
produzem força motriz;

• Utilizam-se para o efeito relés de frequência, aplicados em zonas estratégicas da


rede, que permitem efectuar operações de rejeição de carga (deslastre) na
tentativa de recuperar as condições do sistema;

• Tal rejeição é feita pela eliminação de cargas não prioritárias, em degraus


sucessivos, de tal modo que permita a recuperação da frequência normal do
sistema.
80

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância

• Tem uma característica de funcionamento tempo-distância que permite obter um


funcionamento rápido e selectivo na detecção de defeitos entre fases e fase-
terra;

• Permitem melhor selectividade, uma vez que são mais fáceis de coordenar entre
si;

• A sua coordenação permite respostas mais rápidas, o que reduz o tempo a que os
equipamentos estão sujeitos a situações de defeito;

• As mudanças na configuração de exploração do sistema têm uma influência menor


na sua regulação;

• Contudo, experiências mostram que relés que apresentam uma boa especificação
técnica podem não responder a um desempenho satisfatório.
81

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância: Princípio de Funcionamento

• A actuação do relé de distância tem origem a partir de alterações significativas na


impedância de defeito da linha. A protecção avalia a impedância de defeito (𝑍𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 )
baseada na relação entre o valor da tensão e corrente de curto-circuito (𝑈𝑐𝑐 e 𝐼𝑐𝑐 );

• Caso o valor da impedância de defeito reduza o suficiente para encontrar-se dentro da


zona de sensibilidade da protecção, esta fará com que ela envie um sinal de comando
para o disparo do disjuntor.
82

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância: Desafios

• Factores como, natureza do defeito, erros nas medidas do TT e TI dos transformadores


de medida e da inexactidão do valor da impedância de linha são variáveis que alteram
o valor da impedância real vista pela protecção;

• Diante destas imprecisões, não é possível garantir uma protecção efectiva de todo o
comprimento da linha, a qual a protecção de distância está associada;

• Uma margem de segurança correspondente a 15-20% do comprimento da linha a


proteger deve ser considerada, ficando assim seleccionada a primeira zona de
protecção (Z1). O Restante comprimento da zona é protegido por uma segunda zona de
protecção (Z2) de forma a assegurar a selectividade, com temporização superior a Z1;

• Uma terceira zona (Z3) é usualmente aplicada de tal modo que a protecção do
comprimento total das linhas vizinhas fique garantida.
83

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância: Desafios

• Por questões de selectividade esta zona é regulada para uma temporização de


actuação superior à zona 2. Esta configuração permite a parametrização da
protecção da função backup das protecções instaladas nas linhas a jusante;

• O escalonamento temporal dos diferentes escalões de cada protecção permite a


adopção de uma filosofia selectiva redundante.
84

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância: Diagrama Característico

• A forma representativa da impedância vista pela protecção e a sua característica


de operação sobre o plano definido pelos eixos da resistência e da reactância é
denominado diagrama R-X;

• O diagrama característico é considerado segundo a impedância vista pela


protecção. Esta é maior em condições normais de operação do sistema em relação
à situação em que o relé de protecção opera nas condições de curto-circuito;

• Na condição de curto-circuito a impedância vista é a correspondente ao circuito


compreendido entre o ponto em que se localiza a protecção e o ponto em que
ocorreu o defeito.
85

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância: Diagrama Característico

• Para aplicar este princípio representa-se sobre o diagrama R-X a impedância vista pela
protecção e a sua característica de operação, pois representa o valor limite da zona
que se pretende proteger, definida por uma área de operação sobre o diagrama;

• A protecção de distância irá actuar somente na condição em que o ponto definido pelas
coordenadas da impedância vista pela protecção se encontrar dentro da área de
operação. A forma da área de operação varia de acordo com o tipo de protecção.

Característica de Impedância, MHO, Reactância e Poligonal


86

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância: Alcance Resistivo (Parametrização)

• O alcance resistivo deve ser maior do que a máxima expectativa de resistência de


defeito (RF), i.e. resistência de arco;

• Deve ser menor do que o módulo da mínima impedância de carga que corresponde
ao fluxo de carga máximo;

• Tipicamente, o alcance resistivo de cada zona deverá deixar uma margem de


segurança mínima de 40%, ou seja, deverá ser menor ou igual do que 60% da
impedância de carga;

• Na ausência de uma padronização, uma regra prática, definiu-se que o alcance


resistivo será o dobro do alcance reactivo.
87

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância: Figura Representativa do Plano R-X de uma
Protecção de Distância
88

Funções de Protecção:
Protecção de Distância
Protecção de Distância: Figura Representativa do Plano R-X de uma
Protecção de Distância

• A Figura anterior representa o modo de operação normal do relé de distância;

• A impedância da carga (Zcarga) é definida pela área indicada com o seu ângulo ;

• Após a ocorrência de um defeito, a impedância média torna-se inferior à de carga


correspondente aos valores Z1 e Z2;

• Na presença de um arco resistivo ou um defeito resistivo, uma componente RF é


adicionada à impedância de defeito ZF1 e ZF2. Os ângulos de defeito medidos
entre a corrente e a tensão de curto-circuito passam a ser o sc1 ou sc2,
respectivamente.
89

Zonas de Protecção

• De forma a garantir a melhor coordenação entre os dispositivos de protecção, existe a


necessidade de definir zonas de protecção primária;

• No caso de uma ocorrência na rede, as protecções responsáveis por esta zona de


monitorização devem assegurar, em primeiro plano, a actuação no menor curto espaço de
tempo possível e ao mesmo tempo garantir que haja um mínimo de desligamentos na rede
a fim de preservar o máximo de continuidade de serviço.
Zona de Zona de Zona de Zona de
Protecção de Protecção de Protecção do Protecção
Barras Linha Transformador de Saídas

Zona de Zona de Zona de Zona de


Protecção Protecção do Protecção de Protecção de
do Gerador Transformador Barras Barras
90

Zonas de Protecção

• Uma zona de protecção é estabelecida em volta de cada elemento do sistema eléctrico. Isto
permite que um defeito que ocorra dentro desta zona provocará a abertura dos circuitos dos
disjuntores desta zona e não de outras;

• As protecções também devem assistir as zonas secundárias do circuito ou backup, a qual é


responsável pela actuação caso a protecção primária falhe;

• Esta filosofia só é possível quando inserimos uma temporização no dispositivo de protecção


que protege a zona de backup. Esta temporização deverá levar em consideração parâmetros
do tempo de processamento do sinal dos relés de protecção e dos atuadores (disjuntor,
seccionador e outros).

Zona 1
Zona 2
Zona 3
91

Funções de Automatismo

Função de Automatismo Localização


Comutação Automática de Disjuntores de
Painel do TSA
Baixa Tensão
Religação Rápida e/ou Lenta de Disjuntores Painel de Linha AT e MT
Pesquisa de Terras Resistentes Painel de Linha MT
Deslastre por Falta de Tensão/Religação por
Painel de Barramentos AT e MT
Regresso de Tensão
Deslastre por Mínimo de
Frequência/Religação por Normalização de Painel de Barramento MT
Frequência
Regulação de Tensão Painel de Barramento MT
Comando Horário das Baterias de
Painel de Baterias de Condensadores
Condensadores
92

Funções de Automatismo

Comutação Automática de Disjuntores de Baixa Tensão

• O objectivo desta função é actuar sobre os disjuntores de Baixa Tensão dos painéis
TSA das subestações de distribuição, podendo funcionar em modo manual ou
automático, assegurando assim a alimentação do barramento de corrente
alternada através da selecção automática do TSA que reúna as condições para o
efeito;

• Existem no máximo 2 (dois) destes disjuntores por subestação.


93

Funções de Automatismo

Religação Rápida e/ou Lenta de Disjuntores

• O objectivo desta função é actuar sobre os painéis de linha AT e/ou MT das


subestações com o intuito de eliminar automaticamente defeitos não
permanentes (fugitivos e semipermanentes) nestes mesmos painéis, assegurando
assim a reposição do serviço após interrupções de curta duração, realizadas
automaticamente;

• É importante referir que a religação lenta não é válida para linhas AT.
94

Funções de Automatismo

Pesquisa de Terras Resistivas

• Tem como objectivo identificar de forma automática e coordenada com a função


de religação os defeitos à terra resistivos que não sejam detectados pelos
sistemas de protecção de um painel de linha MT associados a um barramento;

• Esta protecção estará ao cargo de protecções existentes em cada painel MT de


reactância de neutro.
95

Funções de Automatismo

Deslastre por Falta de Tensão/Religação por Regresso de Tensão

• Actua sobre os painéis dos barramentos de forma a desligá-los simultaneamente


quando o valor da tensão excede determinados limites definidos pelas funções de
máximo e mínimo de tensão;

• A ligação destes painéis é restabelecida sequencialmente logo que os valores de


tensão retomem os valores admissíveis e aceites em regime de funcionamento
normal;

• O objectivo é evitar que todas as linhas de um barramento sejam alimentadas


bruscamente após o deslastre. Assim, procede-se a uma ligação da alimentação de
forma gradual tendo em vista diminuir as sobreintensidades e perturbações que
lhe estão associadas.
96

Funções de Automatismo

Deslastre por Mínimo de Frequência/Religação por Normalização de


Frequência

• O objectivo é evitar o colapso da rede no caso desta diminuir abaixo de valores


pré-configurados na fase de implementação da protecção;

• Logo que o valor da frequência corresponda ao aceitável num regime de


funcionamento normal, pode-se proceder à religação dos painéis que foram
desligados pelo deslastre;

• Contudo, é importante referir que, neste caso, e ao contrário do que acontece


com a religação por regresso de tensão, esta função não é automática, isto é, é
necessário enviar uma ordem voluntária, a partir do Centro de Despacho, para
que a função de reposição seja desencravada e possa ser efectuada.
97

Funções de Automatismo

Regulação de Tensão

• O objectivo é estabilizar a tensão de acordo com valores pré-definidos de forma a


tentar compensar os efeitos das variações do valor da tensão primária e das
quedas de tensão em carga no ou nos transformadores que alimentam este
barramento, a partir de:
 Compensação da queda de tensão na linha;
 Controlo do funcionamento de transformadores em paralelo (minimização da energia
reactiva que circula);
 Interacção com as funções de automatismo “deslastre/reposição por tensão” e
“deslastre/reposição por frequência”;
 Interacção com a função “comando de baterias de condensadores”;
 Controlo das ordens de aumento e diminuição do valor da tensão, com o intuito de serem
correctamente emitidas pela própria função.
98

Funções de Automatismo

Comando Horário das Baterias de Condensadores

• Actua sobre os respectivos escalões de acordo com a programação planeada com o


objectivo de melhorar o factor de potência das cargas alimentadas pela
instalação;

• O resultado pretendido é reduzir os encargos relativos à compra de energia


reactiva e às perdas e quedas de tensão na rede a montante.
99

Funções de Protecção:
Código Numérico ANSI/IEEE
Código Numérico ANSI/IEEE Função de Protecção
2 Temporizador (auxiliar)
21 Distância
24 Sobre-excitação ou V/Hz
25 Sincronismo (“Synchrocheck”)
27 Mínimo de Tensão
30 Sinalizador (auxiliar)
32 Inversão de Potência
37 Mínimo de Corrente (motores)
38 “Bearing”
40 Perda de Campo de Excitação (geradores)
46 Máximo de Corrente de Sequência Inversa
47 Sequência Errada de Fases da Tensão
48 Falta de Fase na Tensão
49 Térmica ou Contra Sobrecargas
50 Máximo de Corrente Instantânea
50BF Falha de Disjuntor
51 Máximo de Corrente Temporizada
51G ou 51N Máximo de Corrente Homopolar, Temporizada
51V Máximo de Corrente Temporizada com Bloqueio por Mínimo de Tensão
59 Máximo de Tensão
100

Funções de Protecção:
Código Numérico ANSI/IEEE
Código Numérico ANSI/IEEE Função de Protecção
59N Máximo de Tensão Homopolar
63 Pressostato
64G Corrente à Terra no Rotor (geradores)
67 Máximo de Corrente Direccional
67N Máximo de Corrente Direccional Homopolar
68 Relé Bloqueante (auxiliar)
69 Relé Permissivo (auxiliar)
71 Relé Detector de Gás
74 Relé de Alarme (auxiliar)
76 Máximo de Corrente Contínua
78 Dessincronização (geradores)
79 Religação Automática (linhas aéreas)
81U/81O Frequência (U-“Under” – Mínimo ou O-“Over” - Máximo)
85 Interface para Tele-protecção
86 Bloqueio (usada para encravar ligações)
87 Diferencial
87B Diferencial de Barramentos
87L Diferencial de Linhas
87N Diferencial Restrita a Defeitos à Terra
94 Relé de Disparo (auxiliar, de amplificação)
101

Funções de Protecção:
Código Numérico ANSI/IEEE
102

Exemplos de Aplicação

• Em muitos casos esse estudo fica condicionado por investimento económico que se
pretende fazer. O Sistema Eléctrico de Energia é protegido contra os defeitos e
perturbações mais comuns, como por exemplo:
 Oscilações de potência e de frequência;
 Sobreintensidade (curtos-circuitos e sobrecarga);
 Sobretensões (internas e externa - descargas atmosféricas).
103

Exemplos de Aplicação:
Gerador Síncrono de Baixa Potência

TI 51 46

TT 27

59
87G G 64R
81

51 32R 49

51G
104

Exemplos de Aplicação:
Transformador de Potência

26 63 63C 49 71

TI TI

TT

50 59G 50G 27 50

51 51G 24 51

81U 46

50BF

3Io 51N 87G 50BF 3Io

87
Relé Digital Multifunção

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