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CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO)

Curso: Engenharia da Produção Disciplina: Engenharia Econômica

Aula 1 – Introdução à Matemática Financeira: juros e fluxo de caixa

Meta

Introduzir os conceitos básicos de juros e fluxo de caixa.

Objetivos

1. Identificar a nomenclatura utilizada na matemática financeira.


2. Identificar o conceito de taxa de juros e fluxo de caixa.
3. Reconhecer a importância da taxa de juros nas transações financeiras.
4. Calcular taxas de juros em diferentes situações apresentadas.
5. Representar graficamente um fluxo de caixa.

Pré-requisitos: Antes de começar essa aula separe calculadora científica, régua, lápis e
borracha, pois esse material será útil não só nesta, mas em todas as aulas dessa
disciplina.
1. Introdução

Prezado aluno, antes de iniciarmos o estudo da matemática financeira sugiro


que, primeiro, façamos algumas reflexões sobre situações cotidianas como
empréstimos bancários, realização de compras a prazo, parcelamento do cartão de
crédito, etc.

Figura 1.1 No dia a dia estamos realizando muitos gastos que, nem sempre, fazem
parte do planejamento das despesas da família e para os quais nem sempre temos
dinheiro para pagar. Um lanche no shopping ao final do dia, uma peça nova de roupa,
um chopp com os amigos no fim de semana, um presente para alguém querido...
Enfim, diversos gastos que nem sempre são tão necessários e que podem
comprometer nossa capacidade de pagamento e de compras futuras. Devemos ficar
atentos à necessidade de comprar e a possibilidade de pagamento das compras,
considerando ainda que o pagamento dessas compras pode inviabilizar a execução de
projetos de longo prazo na sua vida, pois os gastos transformam-se em dívidas e
dependerão de empréstimos e financiamentos para serem quitadas.

Quando observamos essas situações podemos identificar diferentes momentos:


os que ocorrem quando o tomador dos recursos recebe o dinheiro, o bem ou o
parcelamento da dívida do cartão e aqueles momentos em que o mesmo (tomador)
deve fazer o pagamento do dinheiro recebido, do bem adquirido ou da parcela do
cartão de crédito.
Essas operações indicam que podemos fazer uso do recurso financeiro em
determinado momento, ainda que não tenhamos a disponibilidade do mesmo (ou seja,
o dinheiro no bolso, na conta corrente, na conta poupança, etc.). Então, pode-se
acabar pensando: “Oba! Posso gastar mesmo sem ter o dinheiro na hora”. Porém,
deve-se ter cuidado com essa interpretação, já que, conforme será discutido ao longo
da disciplina, essas transações envolvem dois fatores importantes: o tempo e os juros.
Vejamos um exemplo prático para ilustrar melhor nosso tema.

Exemplo 1.1: João precisava atender uma necessidade financeira e recorreu a um


empréstimo bancário. Solicitou ao gerente um empréstimo no valor de $10.000, que
deveria, segundo o gerente, ser quitado ao final de 6 meses em parcela única de
$12.000.

Nota-se que, nesse caso, o tempo envolvido na transação foi de 6 meses e que João,
apesar de receber a quantia de $10.000 no ato do empréstimo se comprometeu a
pagar $12.000, valor maior do que o recebido. Fica claro que a quantia paga por João
repõe o valor recebido ($10.000) acrescido de $2.000, sendo esses $2.000
considerados uma remuneração paga ao banco, que abriu mão do recurso por um
período (6 meses) para possibilitar o uso desse recurso por terceiros (no caso, o João).

Outra situação cotidiana refere-se ao planejamento feito pelas pessoas com


intuito de programar compras e realizar investimentos futuros. Ao contrário do
raciocínio anterior, nessa situação as pessoas dispõem do recurso financeiro no
presente para realizar compras e pagamentos no futuro, ou seja, elas abrem mão do
consumo presente para consumirem no futuro.
Exemplo 1.2: O João pretende comprar uma motocicleta daqui a 12 meses e começa, a
partir de agora, a depositar mensalmente uma quantia fixa em sua caderneta de
poupança. Nessa situação, o João deixa de consumir no presente, para consumir no
futuro, estando envolvidos novamente na transação os fatores tempo e juros.

Resumindo, no dia-a-dia são realizadas, por pessoas físicas e jurídicas,


transações comerciais e financeiras que tomam por base os conceitos da matemática
financeira, permitindo que necessidades (aquisição de bens e serviços, pagamento de
dívidas, entre outros) e objetivos comerciais (obtenção do lucro) sejam atendidos.
Para que possamos entender melhor o funcionamento dessas operações e a
importância dos juros e do tempo nas mesmas faz-se necessário o conhecimento de
alguns conceitos. Esses conceitos serão trabalhados nesse capítulo, juntamente com a
nomenclatura adotada na matemática financeira.

No Site http://www.vidaedinheiro.gov.br/, do Governo Federal, você encontra a


Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF – que é uma mobilização
multisetorial em torno da promoção de ações de educação financeira no Brasil. O
objetivo da ENEF, criada através do Decreto Federal 7.397/2010, é contribuir para o
fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que ajudem a população a
tomar decisões financeiras mais autônomas e conscientes.
O tema também foi discutido na Semana Nacional de Educação Financeira. Confira a
entrevista da diretora do Departamento de Educação Financeira, do Banco Central,
Elvira Cruvinel, em 12 de maio de 2014.
https://www.youtube.com/watch?v=s2nvGdAs-B4

2. Trabalhando os conceitos básicos:

Juro ou Juros (J):

Define-se juro como o valor pago pelo uso do dinheiro que se toma
emprestado, ou seja, é o valor pago por se utilizar dinheiro de terceiros. Do outro lado
o juro é a remuneração recebida pelo dinheiro que se empresta a terceiros.
No exemplo prático 1.1, sabe-se que o valor do juro pago por João ao banco é
de $2.000, sendo para João o custo e para o banco o lucro embutido na transação.

Tempo (n):
O conceito de juros deve estar associado a um período, podendo ser ao dia, ao
mês, ao ano, ao semestre, etc.
Principal (P):
Nome dado aos recursos ou capital desembolsado no início de um
investimento.
No exemplo 1.1, o valor principal seria de $10.000, sendo P = 10.000.

Montante (S):
Valor pago pelo tomador de capital ao final da operação, sendo igual ao valor
do capital (P) emprestado mais a parcela de juros (J) pagos.

S=P+J

No exemplo prático 1.1, o montante é de $12.000, já que:

S = 10.000 + 2.000

Atividade 1 – Atende ao objetivo 1.


Identifique, no texto abaixo, os conceitos: Principal (P), Montante (S) e Juros (J).

“A cada dia está ficando mais caro fazer empréstimos ou comprar a prazo no Brasil.
Mesmo que o valor recebido inicialmente pelo tomador do empréstimo seja pequeno,
o valor final pago pelo mesmo ao “dono do capital” está cada vez maior, pois a parcela
paga pelo uso desse capital está cada vez maior.
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Resposta comentada
Com base nas definições já apresentadas:
Principal (P): “valor recebido inicialmente pelo tomador do empréstimo"
Montante (S): “valor final pago ao dono do capital"
Juro (J): “parcela paga pelo uso do capital"
Atividade 2 – Atende ao objetivo 1
Considere a seguinte situação:
Marina decidiu adquirir um “aparelho de televisão para presentear seu pai. Ao
procurar uma loja, encontrou as seguintes condições de compra do aparelho: para
pagamento à vista $ 1.300,00 e para pagamento a prazo seriam 12 parcelas iguais de $
187,00.

Avaliando a situação apresentada, responda:


a) Identifique qual é o montante da transação caso Marina faça a opção por
comprar a prazo.

b) Identifique a parcela de Juros incluída nessa transação.

Resposta comentada
a) Sabendo-se que o Montante se refere ao valor total pago, nesse caso, pelo
comprador da televisão ao final da operação tem-se que:
Se a televisão for comprada em 12 parcelas de $187,00, o montante será igual a:

S = 12 x 187,00 = $ 2.244,00

b) Sabendo-se que o Montante (S) é igual a soma do valor principal (P) com a parcela
de Juro (J), tem-se que:

S = P + J,
Rearranjando a equação, temos:
J = S – P,
Sendo, para o problema proposto,
J = 2.244,00 – 1.300,00
J = $ 944,00.

Taxa de Juros (i):

O cálculo do valor pago pelo uso do dinheiro se dá por meio da taxa de juros,
definida por alguns autores como o “preço” do dinheiro cobrado por aqueles que
emprestam e também o preço pago por aqueles que tomam os empréstimos.
Conforme já apresentado, a ocorrência das transações depende da existência
de pessoas (físicas ou jurídicas) dispostas a abrir mão do consumo no presente para
dispor do dinheiro no futuro em troca de pagamento monetário
(credores/investidores) e da existência de pessoas (físicas ou jurídicas) dispostas a
antecipar o consumo com recursos de terceiros e dispostas a pagar por isso
(devedores).
Aqueles que emprestam recursos devem avaliar se o preço pago pelo tomador
compensa: os riscos (possibilidade do tomador não realizar o pagamento do valor
devido), as despesas operacionais, o lucro que está disposto a receber, entre outros.
Quanto maior for o valor recebido maior tende a ser a rentabilidade da operação e
maior a disposição a emprestar.
Quanto àqueles que tomam os recursos emprestados, a decisão de aceitar o
valor cobrado depende da necessidade a ser atendida naquele momento. Os que têm
necessidades urgentes normalmente aceitam as condições oferecidas pelos agentes
financeiros, mesmo que tenham que pagar valores abusivos. Já aqueles que podem
aguardar para realizar a compra ou o pagamento num momento futuro têm a
possibilidade de negociar ou aguardar melhores condições quanto a taxa de juros,
prazos, custos da operação (tarifas, impostos), etc.
A taxa de juros é a razão entre os juros recebidos (ou pagos) no final de um
certo período de tempo e o capital inicialmente aplicado (ou emprestado), sendo
(Vieira, 2000):

i = J/P,

Onde:
i = taxa de juros,
J = valor dos juros,
P = valor emprestado (capital ou principal).

Exemplo 1.3: Retornando à operação apresentada no exemplo 1.1: João precisava


atender uma necessidade financeira e recorreu a um empréstimo bancário. Solicitou
ao gerente um empréstimo no valor de $10.000, que deveria, segundo o gerente, ser
quitado ao final de 6 meses em parcela única de $12.000. Pode-se agora, calcular a
taxa de juros paga por João ao banco.

Primeiro, calcula-se os juros:


J=S–P
J = 12.000 – 10.000
J = 2.000.

Com base no valor pago de juros, pode-se calcular a taxa de juros:

i = 2.000/10.000
i = 0,2 ou 20 % ao semestre.

A taxa de juros paga por João na operação contratada com o banco foi de 20%
ao semestre. Como pode ser observada, uma novidade foi introduzida na resposta do
exercício: ao semestre, indicando o período associado à transação.
Passe, a partir de agora, a observar com mais atenção as notícias veiculadas
sobre o comportamento das taxas de juros e seu impacto nos preços dos empréstimos,
dos financiamentos... Pense no impacto que ela tem na sua vida, nas suas decisões de
consumo/investimento e de sua família. Pense, por exemplo, que a elevação da taxa
de juros (“preço do dinheiro”) no mercado financeiro faz com que as compras feitas a
prazo ou os empréstimos feitos junto às instituições financeiras também fiquem mais
caros. Ao contrário, ao cobrarem taxas de juros mais baixas as instituições financeiras
emprestam dinheiro a um preço mais baixo.
Suponha que você queira comprar um carro para se deslocar entre seus
compromissos, mas não dispõe da quantia em dinheiro para fazer a compra à vista. A
decisão de comprar o veículo dependerá, então, da obtenção de um financiamento
para realizar a compra. A instituição financeira estará disposta a fazer o financiamento
caso você esteja disposto a pagar por ele, através do pagamento de taxa de juros sobre
o valor financiado. Quanto maior for a taxa de juros maior será o valor das prestações
a serem pagas e menor será sua renda disponível para gastar com suas outras
despesas.

ATIVIDADE 2 – Essas atividades têm como objetivo fixar os conceitos apresentados e


exercitar o cálculo da taxa de juros.

a) Calcule a taxa de juros embutida na seguinte operação: Joana solicitou um


empréstimo de $ 3.500,00 a ser pago em um única parcela após 3 meses. O valor a ser
pago é de $ 4.800,00.

b) O valor dos juros pagos em uma transação foi de $ 7.800,00 para a retirada de um
empréstimo de $ 32.000,00 a ser pago ao final de 12 meses. Calcule o Montante pago
pelo tomador de empréstimo ao final da operação e a taxa de juros da operação.
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Respostas:

a) Sendo o montante pago de $ 4.800,00 e o valor Principal de $ 3.500,00, tem-se o


juros de J = 4.800 – 3.500 = 1.300,00.
i = 1.300/3.500 = 0,3714 ou 37,1% ao trimestre.

b) Para o cálculo do Montante (S):


S=P+J
S = 32.000 + 7.800,00
S = $ 39.800,00

i = 7.800/32.000
i = 0,24375 ou 24,4% ao ano.

Fluxo de Caixa:

Denomina-se fluxo de caixa qualquer sucessão de pagamentos e/ou


recebimentos de uma empresa ou indivíduo. Ná prática, o fluxo de caixa serve para
que possamos representar as séries de pagamentos e recebimentos realizados em
operações de compra e venda ou financeiras.
Eles podem ser feitos em forma de tabelas ou de diagramas, favorecendo muito
o entendimento das situações que envolvem pagamentos e recebimentos.
Veja um esboço de um fluxo de caixa:

De maneira geral, seguem-se as seguintes padronizações:

• No momento 0 (zero) registra-se a saída de recursos com uma seta para baixo
e/ou uma entrada de recursos com uma seta para cima.
• Em cada período devem ser registradas as entradas (setas para cima) ou saídas
(setas para baixo) de recursos para o período.
• Os fluxos de caixa podem representar operações em períodos de tempo: diário,
mensal, semestral, anual, etc.
• Podem ser representados os valores de entradas e saídas no mesmo período
ou o resultado entre entradas e saídas no mesmo período.
• Os fluxos de caixa devem representar a situação daquele que está fazendo o
registro, por exemplo, se quem faz a análise é o tomador do recurso haverá, no
início, entrada de recursos e nos demais períodos saídas de recurso.
Se a análise é feita por quem emprestou o recurso haverá, no início, saída de
recursos e nos demais períodos entradas de recurso

A princípio, neste curso, para facilitar o entendimento do conteúdo, será


adotada a forma de diagrama para os fluxos de caixa.
Exemplo 1.4:
Retornando à operação apresentada no exemplo 1.1: João precisava atender uma
necessidade financeira e recorreu a um empréstimo bancário. Solicitou ao gerente um
empréstimo no valor de $10.000, que deveria, segundo o gerente, ser quitado ao final
de 6 meses em parcela única de $12.000.
Para que seja elaborado o fluxo de caixa que perceberá melhor visualização da
situação apresentada devem ser observados o tempo (prazo), os valores e a forma de
pagamento definida na operação.
Fluxo de Caixa do João:

Fluxo de Caixa da Instituição Bancária:


Como pode ser observado para esse exemplo, constam no fluxo de caixa de
João o recebimento do empréstimo no momento 0 no valor de $10.000 (seta para
cima) e o desembolso no 6 mês de $12.000 (seta para baixo). Não constam
pagamentos e/ ou recebimentos nos meses 1, 2, 3, 4 ou 5 pois os mesmos não
ocorreram na transação, já que o pagamento foi feito de uma única vez.
No fluxo de caixa da instituição bancária ocorre a situação inversa, já que no
momento 0 a instituição desembolsou $10.000 (seta para baixo) e ao final do 6 mês ela
recebeu $12.000 (seta para cima).

Exemplo 1.5:

Manuela precisou de dinheiro para quitar um tratamento médico realizado


pelo seu filho. Para tanto, teve que realizar um empréstimo junto a uma instituição
bancária no valor de $ 2.000, que seria pago em 5 parcelas de $ 452,00.

Fluxo de caixa da Manuela


Fluxo de caixa da Instituição Bancária

Nesse caso, para Manuela, no momento 0 (momento em que ela recebeu o


valor do empréstimo) tem-se a entrada de $2.000,00 (seta para cima) e nos 5 meses
seguintes tem-se o desembolso de $452,00 (seta para baixo), já que nesses meses
deverão ser pagas as parcelas referentes ao empréstimo feito.
No caso da instituição bancária ocorre a situação oposta. No momento 0 tem-
se a saída de $2.000,00 (seta para baixo) e nos 5 meses seguintes tem-se a
entrada de $452,00, já que Manuela deve pagar nesses meses o pagamento pelo
crédito tomado.

ATIVIDADE 3 – O objetivo dessa atividade é fixar o conceito de fluxo de caixa.

Érika decidiu reformar sua casa e, para isso, precisou recorrer a um empréstimo
bancário. Após analisar as taxas de juros ela optou por um banco e fez a seguinte
operação: tomou um empréstimo de $15.000,00 a ser pago em 10 parcelas mensais de
$1.785,00. Represente em um fluxo de caixa (diagrama) a operação realizada por Érika.
Faça os fluxos para Érika e para a Instituição Bancária.
Resposta:

Fluxo de Caixa da Érika.

Fluxo de Caixa do Banco:

ATIVIDADES FINAIS
Prezado aluno, espero que você tenha entendido as lições passadas nessa aula. Essas
atividades têm como objetivo favorecer o entendimento dos conceitos ministrados e
estimular seu raciocínio na aplicação dos mesmos.
1) Analise a seguinte situação e responda às questões apresentadas:
“Lucas decidiu adquirir uma nova máquina para sua padaria mas não possuía recursos
próprios para isso. Decidiu então, procurar um financiamento bancário. O valor do
financiamento foi de $4.500,00 (valor da aquisição da máquina mais a instalação da
mesma) e Lucas deveria pagá-lo em 10 parcelas mensais de $487,00.”

Resolva:
a) Qual é o valor Principal da transação?
b) Qual é o Montante da transação?
c) Qual é o valor dos juros pagos na operação?
d) Qual é a taxa de juros embutida na transação?
e) Represente a operação bancária realizada por Lucas por meio do fluxo de caixa
(diagrama)

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Respostas
a) O valor principal nesse caso é o valor recebido por Lucas na realização do
empréstimo, ou seja, $4.500,00.

b) O montante é o valor total pago ao final da operação. Sendo o empréstimo pago em


10 parcelas de $ 487,00, o montante seria calculado:
S = 487,00 x 10 = 4.870,00
O valor total pago por Lucas, incluindo o valor pego emprestado mais os juros é de
$4.870,00 sendo, portanto, o custo da nova máquina para seu negócio.

c) O valor dos juros seria dado por:


J=S–P
J = 4.870,00 – 4.500,00
J = 387,00
Lucas deverá pagar ao final da transação juros de $387,00.

d) A taxa de juros é dada pela razão entre o Juros e o Principal, sendo:


i = J/P
i = 387/4.500
i = 0,086 ou 8,6%
e) Fluxo de caixa para Lucas

Fluxo de Caixa para o Banco

2) Represente o Fluxo de caixa da Ana para a seguinte situação:


Ana pretende se casar daqui a 9 meses e quer fazer uma festa. Para tanto, ela deve
fazer uma poupança mensal até o casamento, depositando o valor de 350,00. Assim,
dada a taxa de juros vigente, ela poderá receber na data do casamento um valor de $
4.200,00.
Resposta

Fluxo de caixa para Ana

Como a Ana vai se casar dentro de 9 meses seu fluxo de caixa deverá
desembolsar o primeiro depósito no momento 0 e os demais sucessivamente até o
mês 8, totalizando 9 depósitos. Ao final do 9 mês será retirado por Ana o valor de
$4.200,00, para que ela possa realizar o pagamento de sua festa.

3) Uma loja de departamentos está anunciando uma promoção com redução dos juros
em toda linha de aparelhos celulares. Uma das ofertas mais atraentes foi escolhida por
Nilo, que comprou um celular pagando $100 de entrada + 9 parcelas mensais de 87,00.
À vista o aparelho custaria $720,00. Calcule, nesta transação realizada por Nilo, o valor
dos juros pagos.

Resposta:
Para se calcular os juros (J) deve-se aplicar a seguinte fórmula:
J=S–P
Nesse caso, o P = $720,00
e o S = 100,00 + 9 x 87,00
S = $883,00
Substituindo-se tem-se que:
J = 883,00 – 720,00
J = $163,00
RESUMINDO
Prezado aluno, no geral vimos nesse capítulo que para que as transações
financeiras possam ocorrer muitas vezes faz-se necessária a existência de pessoas
dispostas a abrir mão do consumo presente para emprestar seus recursos a terceiros
(recebendo os juros) e a existência de pessoas dispostas a antecipar seu consumo
utilizando recursos de terceiros (pagando juros pelos mesmos).
Nesse contexto, introduz-se nessas operações o fator tempo e o fator juros,
demandando o estudo de ferramentas da matemática financeira (e da engenharia
econômica) para possibilitar análises custo-benefício e a avaliação do valor do dinheiro
no tempo.
Os conceitos apresentados possibilitam o entendimento inicial dessas
operações, sendo nos capítulos posteriores muito importantes para o entendimento
dos demais conteúdos.

3. Referências Bibliográficas:
Sobrinho, J. D. V. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas, 2000.

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