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USO DA BÚSSULA

Na verdade, a única coisa que este aparelhinho faz é apontar o Norte Magnético. E
não é a coisa mais precisa do mundo. A agulha da bússola pode ser desviada por grandes
quantidades de minério de ferro, objetos de aço, linhas de alta tensão e outras bússolas
(quando próximas demais). E nestes casos, a agulha indicará uma falsa direção. Já vi casos
em que bússolas tiveram a polaridade de suas agulha invertidas e, portanto, apontavam pro
sul! Sem brincadeira! Tenho testemunhas! Assim, é preciso avaliar sua bússola antes de
cada saída para o campo. Mais adiante direi como fazer isto
Uma bússola atual de modelo simples é uma caixinha circular (cápsula) de material
transparente. Lá dentro está uma peça metálica que chamamos de agulha. Esta peça está
precariamente equilibrada sobre um pino aguçado que tem livre movimento horizontal.
Como a agulha é imantada, ela aponta, sempre para o Norte Magnético. Nas boas bússolas,
o interior da cápsula estará cheia de um líquido viscoso, destinado a diminuir a
"tremedeira" da agulha. As bússolas destinadas para serem sobrepostas aos mapas são feitas
em acrílico transparente e se assemelham ao desenho a esquerda. Em torno da cápsula, está
um anel giratório graduado denominado Limbo. No fundo da cápsula há uma série de
linhas paralelas. As linhas mais finas servem para alinhar a bússola (ou a cápsula) às linhas
norte-sul da grade de coordenadas do mapa. As duas linhas mais centrais (no fundo da
cápsula) são enfatizadas (mais grossas, cor diferente, ou um desenho especial). A faixa
entre estas linhas internas chama-se Seta-Guia. A seta-guia normalmente está em perfeito
alinhamento com o 0 (zero) ou "N" do limbo. Mas alguns modelos de bússola permitem
que a seta-guia seja ligeiramente desviada, para compensar a declinação magnética. Sobre a
placa-base da bússola, partindo da cápsula há uma seta apontando para extremidade mais
distante: esta é a Linha-de-Fé.
Uma bússola atual de modelo simples é uma caixinha circular (cápsula) de material
transparente. Lá dentro está uma peça metálica a que chamamos de agulha. Esta peça está
precariamente equilibrada sobre um pino aguçado e tem livre movimento horizontal. Como
a agulha é imantada, ela aponta, sempre para o Norte Magnético. Nas boas bússolas, o
interior da cápsula está cheio de um líquido viscoso, destinado a diminuir a "tremedeira" da
agulha. As bússolas destinadas a serem sobrepostas aos mapas são feitas em acrílico
transparente e se assemelham ao desenho acima.
Em torno da cápsula, está um anel giratório graduado denominado Limbo. No fundo
da cápsula há uma série de linhas paralelas. As linhas mais finas servem para alinhar a
bússola (ou a cápsula) às linhas norte-sul da grade de coordenadas do mapa. As duas linhas
mais centrais (no fundo da cápsula) são enfatizadas (mais grossas, cor diferente, ou um
desenho especial). A faixa entre estas linhas internas chama-se Seta-Guia. A seta-guia
normalmente está em perfeito alinhamento com o 0 (zero) ou "N" do limbo. Mas alguns
modelos de bússola permitem que a seta-guia seja ligeiramente desviada, para compensar a
declinação magnética. Sobre a placa-base da bússola, partindo da cápsula há uma seta
apontando para extremidade mais distante: esta é a Linha-de-Fé.
O limbo, dependendo do tamanho da bússola, é graduado de grau em grau ou de 2 em 2
graus, ou mesmo mais. Quanto menor o diâmetro do limbo, mais graus haverá entre as
marcas. Assim, comprar um bússola muito pequena é besteira. Também é bobagem
comprar uma bússola que não tenha um limbo giratório.
Normalmente a escala do Limbo é em graus. Esta escala vai de 0º a 360º (ou a
marca N, no limbo), começando e treminando no mesmo ponto, denominado norte-do-
limbo. Os valores lidos no limbo são chamados de Azimutes Magnéticos (não confundir
com "rumo", que é coisa diferente). Azimutes magnéticos são valores angulares que
começam na direção do norte magnético (apontada pela agulha) e vão até uma direção
escolhida por nós. Esta direção pode ser a de um pico de montanha, uma árvore grande,
uma casa ou outro referencial qualquer.
E se você leu atentamente o conteúdo da página "Nortes" já sabe que o Polo Norte
Magnético está a vários quilômetros a oeste e ao sul do Polo Norte Geográfico
(verdadeiro). A diferença, angular entre estes dois polos é chamada de Declinação
Magnética. E para complicar ainda mais, o Polo Sul Magnético (PNM) se move sem parar!
Para nós, aqui da região de Belo Horizonte, o PNM se move a uma razão de 8 minutos de
grau, anualmente.
Isto pode não ser muito, mas, lembre-se que as cartas topográficas de que dispomos não são
nada novas. Assim, para uma carta de 1977 a declinação a ser considerada é de 8' x 22
=176' ou quase 3 graus! Uma variação considerável... Tenha sempre em mente: a bússola
tem como referência o Norte Magnético, enquanto os mapas se referem ao Norte
Geográfico, e a diferença angular entre eles muda sempre.
Para evitar que você tenha que fazer muitos cálculos, alguma bússola já vêm com
um parafuso de compensação da declinação. A finalidade deste parafuso é desalinhar a
Seta-Guia em relação ao "N" do limbo. Um desalinhamento agular igual a declinação e no
sentido oposto.
Como eu dizia, no início, a bússola só serve para lhe apontar direções. Cabe a você
escolher a direção certa. E para saber a direção a seguir, você precisa saber onde está. Em
outras palavras: sem um mapa, uma bússola de pouco vale. Mas, como aqui no Brasil, a
maioria dos nossos mapas são em escalas muito amplas, para nós excursionistas, talvez seja
difícil localizar (no mapa) nossa posição, é aí que entra a bússola.
MARCANDO O PONTO
Antes de mais nada, de mapa na mão, olhe em volta. Localize 3 pontos (no mínimo)
do terreno que você consiga identificar (com certeza) no mapa. Tais pontos referenciais
podem ser a margem de um lago ou represa, o pico pontudo de uma montanha, uma casa
(igrejas e escolas geralmente estão marcadas nos mapas), entroncamentos e cruzamentos de
estradas e/ou trilhas, etc. Quanto mais distantes estes pontos estiverem, melhor. Estes 3
pontos devem ser vistos de um mesmo lugar. se necessário, procure tal lugar.
Agora, pegue a bússola, segurando-a na horizontal, e aponte a Linha-de-Fé para a
primeira referência escolhida. Gire o limbo até que a Seta-Guia esteja exatamente sob a
ponta-norte da agulha. Leia, na escala do limbo, o valor apresentado ao pé da Linha-de-Fé.
Este é o azimute do local onde você está ao referencial escolhido. Anote-o em algum
lugar... No mapa não! Use um bloquinho ou cadernetinha, pô!Calma que agora só está
faltando um pouquinho - falta menos do que faltava! rs.
Meus parabéns! Você acabou de fazer sua primeira visada para a marcação do
ponto! Sem sair do lugar. Repita o processo para os demais referenciais.Muito bem. Se
quiser, já pode sair do lugar. Procure onde possa abrir o mapa, local plano, uma grande
pedra chata seria ótimo. Aliás, vou supor que você encontrou tal pedra.Agora vamos marcar
no mapa (de leve, usando um lápis), uma linha partindo de cada referencial escolhido. Onde
estas 3 linhas se cruzarem é onde você está. Para marcar estas linhas, faça assim:
1) Oriente o mapa com a bússola. Ou seja, "zere" o limbo, rodando-o até que o N
esteja sob a Linha-de-Fé. Alinhe a Linha-de-Fé com os meridianos do mapa (linhas norte-
sul, verticais). com o mapa aberto sobre a pedra, gire-o até que agulha, seta-guia, linha-de-
fé e o meridiano do mapa estejam todos alinhados. O mapa está, agora, orientado com o
norte magnético
2) Não mova mais o mapa!
3) Gire o limbo, ajustando para o primeiro azimute lido. Usando a placa-base da
bússola como régua, ponha um de seus extremos sobre o primeiro referencial. girando
sobre este ponto, acerte procure a direção em que a agulha ira se ajustar sobre a seta-guia.
Usado o lado da placa-base, risque (de leve) um traço que passe pelo ponto referencial e
pela área onde você imagina estar.
4) Repita o passo 3 para cada um dos outros referenciais. Onde as linhas cruzarem, é
onde você está. Não espere que as linhas se cruzem, bonitinhas, todas sobre um mesmo
ponto, exatamente. talvez elas formem um pequeno trângulo. Isto acontece devido as erros
de mirada, de ajuste ou leitura do limbo durante a visada. Se você achar que o triângulo está
grande demais, ou desconfiar de qualquer outra coisa, repita as visadas. Pode até trocar de
bússola, desde de que use a mesma para visar e lançar os traços no mapa.

SEGUINDO UM ROTEIRO

Pode acontecer de um amigo lhe dar o roteiro de uma excursão que ele fez. Este
roteiro pode ser apenas uma lista escrita, contendo azimutes, distâncias (ou tempos) ou
pontos de referência. Ou pode ser um croqui, um tipo muito rústico de mapa, contendo
linhas mal traçadas e azimutes.
Seria bom se você pudesse comparar sua bússola com a do seu amigo. Assim saberia se há
alguma distorção entre elas, o que não é incomum. Basta usar ambas as bússolas para fazer
visadas a um mesmo ponto e anotar a diferença numérica e o sentido (leste ou oeste). Anote
isto no roteiro, algo como: "A minha bússola marca 10 graus a mais (a leste) que a do
Zé".Marcar o curso é algo como fazer uma visada de obtenção de azimute, só a ordem das
coisas é que mudam.
1) Ajuste o limbo para o azimute desejado.
2) Segure a bússola diante de você, com a mão esquerda e a direita por baixo (algo
como a gente vê, na TV, os policiais fazendo ao apontar a arma. Só não precisa esticar tanto
os braços).
3) Gire o corpo até que a agulha se sobreponha à seta-guia. Seu curso será para onde
a Linha-de-fé estiver apontando.Um último conselho: escolha um região perto de sua casa e
da qual você tenha um mapa, e vá lá durante alguns fins-de-semana e pratique. Obtenha
azimutes, lance cursos, crie um roteiro e depois siga-o ao contrário.
Pratique até tudo se tornar automático.E acima de tudo, divirta-se!

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