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COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DE MAUÁ

HISTÓRIA – 3º ANO DO ENSINO MÉDIO – III BIMESTRE – PROF. EUSTÁQUIO

Nome: Turma: Data:

A GUERRA FRIA
Vamos reiniciar nossos trabalhos assistindo ao vídeo que está na OE3, que faz um comentário muito importante sobre
o período da história conhecido como A Guerra Fria. Clique no link https://youtu.be/dXwdj179QYI , e assista com
atenção.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, dois países saíram como as maiores potências mundiais: o primeiro, Estados Unidos da América,
capitalista, e o segundo, URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, socialista, ou seja, com ideais completamente opostos,
acirrando ainda mais a rivalidade entre os dois países. Foi dessa chamada disputa ideológica que surgiu a Guerra Fria. Esse período de
disputa hegemônica teve esse nome por ter acontecido apenas no campo ideológico, não chegando a haver uma declaração oficial de
guerra entre os dois países.
A charge ao lado representando a disputa entre o
Socialismo a esquerda representado pelo presidente
soviético Nikita Kruschev (1953-1964), e a direita o
Capitalismo representado pelo então presidente dos
EUA, John Kennedy (1961-1963).

INÍCIO DA GUERRA FRIA


Ao fim das negociações entre os vencedores da Segunda Guerra Mundial, a Europa ficou dividida em duas partes. Estas correspondiam ao
limite do avanço de tropas soviéticas e estadunidenses durante a guerra. A parte oriental, ocupada pelos soviéticos, tornou-se área de influência
da URSS. Em pouco tempo os partidos comunistas locais, apoiados pela URSS, passaram a exercer o poder nesses países. Estabeleceram as
chamadas democracias populares na Albânia, Romênia, Bulgária, Hungria, Polônia e Tchecoslováquia. Somente a Iugoslávia estabeleceu um
regime socialista independente da União Soviética.

A parte ocidental que foi ocupada por tropas principalmente inglesas e estadunidenses, ficou sob a influência dos EUA. Nessa área
consolidaram-se democracias liberais, com exceção das ditaduras na Espanha e em Portugal. As duas superpotências buscavam ampliar suas
áreas de influência no mundo, intervindo direta ou indiretamente nos assuntos internos dos diferentes países.

A CONSOLIDAÇÃO DA GUERRA FRIA


Em 1947 com o objetivo de combater o comunismo e a influência soviética, o presidente dos EUA Harry Truman proferiu um discurso no
Congresso. Nele afirmava que os EUA se posicionariam a favor das nações livres que desejavam resistir às tentativas de dominação. No mesmo
ano, o secretário de Estado George Marshall lançou o Plano Marshall, que propunha a ajuda econômica aos países da Europa Ocidental. Afinal,
os partidos de esquerda cresciam devido ao desemprego e a crise generalizada e os EUA temiam perde-los para a URSS.

Como resposta, a União Soviética criou o Kominform, um órgão do governo encarregado de conseguir a união dos principais partidos
comunistas da Europa. Também era sua tarefa afastar da supremacia dos EUA os países sob sua influência, gerando o bloco da “Cortina de
Ferro”, expressão usada para designar a divisão da Europa em duas partes, a Europa Oriental e a Europa Ocidental durante
a Guerra Fria. Foi criado também em 1949, o COMECON, um plano de ajuda econômica aos países socialistas, nos
moldes do Plano Marshall.

A OTAN E O PACTO DE VARSÓVIA


A Guerra Fria foi também responsável pela formação em 1949, de dois novos blocos de alianças político-militares: a
OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte e o Pacto de Varsóvia. A OTAN era composta inicialmente pelos
EUA, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Portugal e Itália.
Mais tarde, Alemanha Ocidental, Grécia e Turquia passaram a fazer parte. O Pacto de Varsóvia foi criado em 1955, pela
URSS em represália para impedir o avanço capitalista na sua área de influência. Ambos tinham, entre si, um
compromisso de proteção, pois entendiam que a agressão um dos países, atingiria a todos. Esse pacto desapareceu entre
1990 e 1991, em consequência do fim dos regimes socialistas do Leste Europeu. Como consequência, a OTAN perdeu
o significado que lhe deu origem.

CRISE DOS MÍSSEIS E O MURO DE BERLIM


No início dos anos 60, dois fatos provocaram o aumento das tensões internacionais provocadas pela Guerra Fria: a Crise
dos Mísseis em 1962 e a construção do Muro de Berlim. O episódio chamado de Crise dos Mísseis de 1962 refere-se
aos treze dias de impasse entre Estados Unidos e União Soviética, em outubro de 1962, devido à instalação de mísseis
nucleares soviéticos na ilha caribenha de Cuba.

Entre 1949 e 1961, mais de 2,5 milhões de pessoas fugiram do leste para o oeste, em busca de uma nova vida. Para
impedir isso, as autoridades comunistas determinaram a construção do muro que dividia a cidade. Então, na noite de 13
de agosto de 1961, em poucas horas, o muro de Berlim foi erguido.

O muro dividiu a cidade de Berlim, que era a capital da


Alemanha, em Berlim Ocidental que ficou sob a
influência dos países capitalistas, e Berlim Oriental que
ficou sob a influência dos países socialistas. O objetivo
era impedir a saída de profissionais e trabalhadores
qualificados que deixavam a Alemanha Oriental em
busca de melhores condições de vida na parte ocidental.
O muro é considerado o símbolo da Guerra Fria, sua queda que
ocorreu em 1989 foi considerada por alguns, o marco do fim da
guerra fria, já para outros a fim foi em 1991, com o fim da URSS.

A GUERRA DO VIETNÃ E DA COREIA


Apesar de não haver o conflito direto entre os países, em algum momento eles investiram em conflitos locais, como na Coreia e no Vietnã.
A Guerra da Coreia ocorreu entre os anos de 1951 e 1953, devido a pressões para que o país adotasse o socialismo em todo o seu território.
Nesse momento, os EUA entraram na disputa e teve início a guerra. Devido à falta de um vencedor sólido, os países decidiram entrar num
acordo de divisão da Coreia: a Coreia do Norte ficou sob influência soviética, e a do Sul sob a influência dos EUA.

Já entre os anos de 1959 a 1975, ocorreu a Guerra do Vietnã, na qual soldados de ambas as potências se envolveram diretamente. Devido
ao grande conhecimento do território pelos soldados vietcong, a resistência contra os soldados estadunidenses foi imensa e as mortes
catastróficas. Esse foi o primeiro conflito em que os EUA saíram derrotados, tendo que deixar o território que se tornou socialista.
(o termo vietcongue é derivado da expressão cộng sản Việt Nam, que significa "comunista vietnamita") – Fonte: Wikipédia.

Imagem tirada durante a guerra do Vietnã pelo fotógrafo Huynh Cong “Nick” em 08/06/71, mostra crianças fugindo do bombardeio. A
menina nua é Kim Phuc Phan Thi. Mora atualmente em Toronto, no Canadá, lidera uma fundação que leva seu nome - Kim
Foundation International. Idealizada para ajudar crianças vítimas de conflitos armados, e é embaixadora da boa vontade da
Unicef.
CAÇA ÀS BRUXAS E A CORTINA DE FERRO
O Macartismo, também conhecido como “Caça às Bruxas”, foi a perseguição desmedida de socialistas em território dos EUA. Essa foi
mais uma das comprovações de que a disputa entre as potências estava cada vez mais acirrada, causando então o temor de uma nova
guerra. Foi no ano de 1946 que o primeiro-ministro britânico Wiston Churchill usou o termo cortina de ferro, que foi uma espécie de
barreira imaginária que separava relações da Europa capitalista e a Europa socialista, marcando ainda mais a divisão bipolar.

ATIVIDADE

I – Fazer um resumo do texto acima destacando os seguintes itens:


- Conceito da Guerra Fria.
- Países que saíram da 2ª Guerra Mundial como as maiores potências mundiais e as ideologias que defendiam.
- A Corrida Armamentista.
- A Corrida Espacial.
- Ajuda Econômica e Militar.
- A Crise dos Mísseis.
- O Muro de Berlim.
- A Guerra da Coreia: Causas e Consequências.
- A Guerra do Vietnan: Causas e Consequências.
- Caça às Bruxas e a Cortina de Ferro.

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