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ACADEMIA DE ESTUDOS ASTROLÓGICOS

Texto por Helena Avelar e Luís Ribeiro

O ZODÍACO
O Zodíaco é uma estrutura celeste muito antiga. Foi, provavelmente, definida pelas
civilizações mesopotâmicas à 7.000 anos.
Podemos encontrar representações do Zodíaco em quase todas as civilizações antigas,
mesmo as mais orientais. Apenas muda o seu nome e o das 12 constelações (ou signos) que
o constituem.
Do ponto de vista Astronómico o Zodíaco é uma faixa de constelações na qual a partir da
Terra se podem observar os movimentos do Sol (através da linha imaginária chamada
eclíptica), da Lua e dos planetas.
Ao observar isto, os antigos definiram nesta faixa doze constelações, que representariam
"lugares" ou "terrenos" por onde os vários astros estariam situados e que lhes dariam
diferentes características. Estas doze divisões foram provavelmente originadas pelas
estações do ano (ver próximo artigo) e pelo movimento lunar.

Constelação versus Signo


Em Astrologia falamos de signos e não de constelações. Qual a diferença? Na antiguidade
os astrólogos decidiram (porque a Astrologia é um conhecimento basicamente simbólico)
associar e definir o Zodíaco a partir dos ciclos naturais do nosso planeta.
Assim sendo, os signos passaram a ser definidos pelos equinócios e solstícios e não pelas
constelações. Esta definição foi introduzida pelos gregos na época clássica. Parte da razão
pelo qual isto aconteceu foi a discórdia geral de onde começava e terminava cada
constelação.
O signos foram definidos como divisões de 30º do Zodíaco (ou melhor da eclíptica)
começando os 0º ou zero de Carneiro (ou ponto vernal) com o equinócio da Primavera e
fazendo divisões sucessivas de 30º, tendo como marcadores os 0º de Caranguejo (solstício
de Verão), 0º Balança (equinócio de Outono) e 0º de Capricórnio (solstício de Inverno).
É devido ao facto de haver esta diferença entre Signo e Constelação que o movimento
celeste conhecido por Precessão dos Equinócios faz com que actualmente as constelações e
signos não coincidam.
Quando alguém diz que nasceu no Signo da Balança (referindo-se, portanto, ao signo solar)
ficará, talvez, surpreso ao descobrir que, do ponto de vista astronómico, o Sol estava, afinal,
na Constelação de Virgem.
Este facto não invalida a Astrologia, como tantas vezes se afirma, apenas realça uma
diferença substancial de método e de abordagem em relação à Astronomia.
A Astronomia estuda os astros enquanto corpos físicos e a Astrologia estuda esses mesmos
astros numa perspectiva simbólica.

Os signos e o ciclos natural


Nos tempos antigos, quando as comunidades humanas viviam segundo os ritmos da
Natureza, a sequência das estações marcava o ritmo da vida.
Vejamos, então, como o ritmo sazonal determina as energias de cada signo. Importa realçar
que estas energias dizem respeito ao próprio signo e não às pessoas desse signo, já que a
personalidade de que um ser humano resulta de uma combinação complexa de factores e
não de um único signo.
Há que ter em conta que as datas apresentadas para cada signo são aproximadas: devido à
existência de anos bissextos e a outros factores, estas datas podem antecipar-se ou atrasar-
se um dia

Primavera - Época de esperanças e promessas. Plantar as sementes.


Carneiro - de 21 de Março a 20 de Abril - Fogo Cardinal.
Equinócio da Primavera: o verdadeiro início do ano. A vida em "hibernação", retorna à
actividade: a seiva volta a circular. Um novo ciclo começa.
Forte impulso vital, afirmação, "agressividade", vontade de avançar.

Touro - de 21 de Abril a 21 de Maio - Terra Fixa.


Meio da Primavera: fecundação da terra fértil; a vida desponta, cria raízes.
Estabilização do impulso vital: experiência centrada na sensação física (sentidos).

Copyright © 2000-2004 Helena Avelar e Luís Ribeiro 1


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Texto por Helena Avelar e Luís Ribeiro

Gémeos - de 22 de Maio a 21 de Junho - Ar Mutável.


Fim da Primavera: as plantas estão em flor e trocam pólen. As sementes já fertilizadas
começam a dividir-se. Trocas, divisões, intercâmbios.
Transformação do impulso vital: curiosidade, variedade, comunicação.

Verão - Época de crescimento e plenitude. Nutrir de plantas e frutos.


Caranguejo - de 22 de Junho a 23 de Julho - Água Cardinal
Solstício de Verão: nutrição das plantas, formação e crescimento dos frutos.
Impulso de exteriorização: gestação protegida; a vida adquire forma.

Leão - de 24 de Julho a 23 de Agosto - Fogo Fixo.


Meio do Verão: frutos na sua total expressão, amadurecimento.
Máximo da exteriorização: crescimento e expressão pessoal, auto-afirmação.

Virgem - de 24 de Agosto a 23 de Setembro - Terra Mutável


Fim do Verão: época das colheitas, da organização e do armazenamento; sementes e
frutos como símbolo de perfeição e de esperança no futuro.
Transformação da exteriorização: sentido do trabalho feito, da ordem alcançada.

Outono - Época de colheita. Ceifar, guardar e armazenar.


Balança - de 24 de Setembro a 23 de Outubro - Ar Cardinal
Equinócio do Outono: meio do ciclo. Ponto de equilíbrio: as colheitas estão feitas, é
tempo de trocas, dádivas, festas e romarias (pontos de convívio).
Impulso de interiorização, virado para o equilíbrio e a harmonização.

Escorpião - de 24 de Outubro a 22 de Novembro - Água Fixa


Meio do Outono: tempos dos frutos secos (sementes); as folhas caem e apodrecem;
cortam-se os ramos velhos; fermentação e transformação: prepara-se o húmus que
fertilizará e sustentará uma nova Primavera.
Máximo da interiorização: tempo de fazer o luto de tudo o que morreu neste ciclo;
libertar-se de emoções do ciclo passado, aceitar a transformação.

Sagitário - de 23 de Novembro a 22 de Dezembro - Fogo Mutável


Fim do Outono: todos os frutos colhidos, últimas folhas secas, últimas sementes, época
de abundância e preparação para a escassez futura.
Transformação da interiorização: antecipação do Inverno, tempo pensar no sentido da
vida, para fazer o balanço de tudo o que se aprendeu neste ciclo.

Inverno - Época de protecção da vida latente. Abrigar e conservar.


Capricórnio - de 23 de Dezembro a 20 de Janeiro - Terra Cardinal
Solstício de Inverno: culminar do ano, o auge do frio; altura de proteger a vida latente
nas sementes que jazem adormecidas na terra.
Impulso de protecção e recolhimento: começam a consumir-se os recursos
armazenados; tempo fazer o balanço material do que foi obtido neste ciclo, gozando o
êxito e reputação social alcançados.

Aquário - de 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro - Ar Fixo


Meio do Inverno: escassez de recursos, vive-se agora quase exclusivamente do que foi
acumulado no Verão anterior; trocam-se e partilham-se recursos.
Máximo da protecção: tempo para recolher-se, meditar e libertar-se de ideias e
conceitos do ciclo passado e preparar o futuro. Vida em comunidade.

Peixes - de 20 de Fevereiro a 20 de Março - Água Mutável


Fim do Inverno: gastam-se os últimos recursos; altura do degelo; redenção, fim de um
ciclo, o fechar do ano "natural".

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Texto por Helena Avelar e Luís Ribeiro

Transformação da protecção: à medida que o ciclo termina, aumenta o sentimento de


perda, de fatalidade, de términus; contudo, se todas as etapas anteriores tiverem sido
devidamente vivenciadas, este fim pode ser sentido como uma libertação emocional
profunda; estão, assim, criadas as condições para que as sementes deste ciclo nasçam
enfim, na Primavera que se seguirá.

Nota: Os signos relacionam-se com as estações do ano no Hemisfério Norte, uma vez que
foi aqui que nasceram e floresceram todas as civilizações que contribuíram para a sua
simbologia. Contudo, são também aplicáveis aos nascidos no Hemisfério Sul, uma vez que a
sua simbologia é universal.

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