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AULA 03

RAMAIS E SUB-RAMAIS
CONCEITOS E
DIMENSIONAMENTO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIA E
PREVENTIVO DE INCÊNDIO
Profª Daniela Milanez Zarbato,esp.
1 – RAMAIS:

 Tubulação derivada da coluna de distribuição e


destinada a alimentar os sub-ramais
* Representação gráfica em isométrico - distribuição geral de água

*BARRILETE
AF9

AF8
5

1 4
Distibuição através de barrilete ramificado

10
AF7
3
7

18
AF5
11
2
AF6
27 14
8
AF3
28
37
23 12
AF4
BANH
AF1 19 15 9 CH
AF2
LAV
42
VS/CD

24 13
38
16
20
29 33
43

25
VS/CD
39 CH
17
21 LAV
30 34
44
PIA
26 MLL
TQ
40
MLR
22
31 35
45

PIA
MLL
41
TQ
VS/CD VS/CD MLR
32 36
CH CH
LAV LAV
* RAMAL
 Traçado interno do ramal AF-1 Vaso sanitário com
Válvula de descarga e
AF-1 coluna de distribuição
CH única
RG

RP

VD

Planta baixa

LV
VS

Detalhe Isométrico
(banheiro de edifício)
Escala: 1/20 ou 1/25
 Traçado interno do ramal AF-1
Vaso sanitário com
AF-1 caixa acoplada

CH

RG

RP

Planta baixa

VS
LV

Detalhe Isométrico
(banheiro de edifício)
Escala: 1/20 ou 1/25
 Traçado interno do ramal AF-1
Vaso sanitário com
AF-1 caixa acoplada

CH

RG

RP

Planta baixa
VS
LV

Detalhe Isométrico
(banheiro de uma casa)
Escala: 1/20 ou 1/25
1 - DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO

 Para se garantir a suficiência do abastecimento de água, deve-se


determinar a vazão em cada trecho da tubulação corretamente.

 Isso pode ser feito através de dois critérios:

• consumo máximo possível


• consumo máximo provável
1.1 - Critério do consumo máximo possível

 Este critério se baseia na hipótese de que os diversos aparelhos


servidos pelo ramal sejam utilizados simultaneamente, de modo
que a descarga total no início do ramal será a soma das
descargas em cada um dos sub-ramais.

 O uso simultâneo ocorre em geral em instalações onde o regime


de uso determina essa ocorrência, como por exemplo em
fábricas, escolas, quartéis, instalações esportivas etc. onde todas
as peças podem estar em uso simultâneo em determinados
horários.
 Macintyre (1990) recomenda que se utilize esse critério para
casas em cuja cobertura exista apenas um ramal alimentando as
peças dos banheiros, cozinha e área de serviço, pois é possível
que, por exemplo, a descarga do vaso sanitário, a pia da cozinha
e o tanque funcionem ao mesmo tempo.

 O dimensionamento é feito através do Método das Seções


Equivalentes, que consiste em expressar o diâmetro de cada
trecho da tubulação em função da vazão equivalente obtida
com diâmetros de 15mm (1/2 polegada).
Tabela 1 - Diâmetro mínimo dos sub-ramais de alimentação
Aparelho Sanitário Diâmetro
Nominal (mm) Referência (polegadas)
Aquecedor de baixa pressão 20 3/4
Aquecedor de alta pressão 15 ½
Vaso sanitário com caixa de descarga 15 ½
Vaso sanitário com válvula de descarga 50 2
Banheira 15 ½
Bebedouro 15 ½
Bidê 15 ½
Chuveiro 15 ½
Filtro de pressão 15 ½
Lavatório 15 ½
Máquina de lavar roupa 20 ¾
Máquina de lavar louça 20 ¾
Mictório auto-aspirante 25 1
Mictório de descarga descontínua 15 ½
Pia de despejo 20 ¾
Pia de cozinha 15 ½
Tanque de lavar roupa 20 ¾
Torneira de jardim 20 ¾
Tabela 2 - Correspondência de tubos de diversos
diâmetros com o equivalente de 15mm
Diâmetro Número de diâmetros de 15mm para a mesma vazão

Nominal(mm) Referência(polegadas)

15 ½ 1,0

20 ¾ 2,9

25 1 6,2

32 11/4 10,9

40 11/2 17,4

50 2 37,8

60 21/2 65,5

75 3 110,5

100 4 189,0

150 6 527,0

200 8 1200,0
Exemplo de critério do consumo máximo possível
OBS.: CONSIDERAR VS COM CAIXA ACOPLADA

CH CH CH CH LAV LAV LAV VS VS

A B C D E F G H I J

TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Diâmetro mínimo de alimentação

Equivalência com diâmetro de 15mm

Soma das equivalências

Diâmetro do trecho
 1º passo - identificar o trecho por letra ou número
CH CH CH CH LAV LAV LAV VS VS

A B C D E F G H I J

 2º passo - alimentar a tabela iniciando de jusante a montante

TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Diâmetro mínimo de alimentação

Equivalência com diâmetro de 15mm

Soma das equivalências

Diâmetro do trecho
 3º passo - identificar no trecho o diâmetro mínimo de
alimentação para cada aparelho

TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Diâmetro mínimo de alimentação


15 15 15 15 15 15 15 15 15

Equivalência com diâmetro de 15mm

Soma das equivalências

Diâmetro do trecho
 4º passo – na tabela 2 usar a correspondência de números para
diâmetros equivalente a 15mm

TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Diâmetro mínimo de alimentação


15 15 15 15 15 15 15 15 15
Equivalência com diâmetro de 15mm
1 1 1 1 1 1 1 1 1

Soma das equivalências

Diâmetro do trecho
 5º passo – fazer o somatório das equivalências

TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Diâmetro mínimo de alimentação


15 15 15 15 15 15 15 15 15
Equivalência com diâmetro de 15mm
1 1 1 1 1 1 1 1 1

Soma das equivalências 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Diâmetro do trecho
 6º passo – com a mesma tabela de correspondência de tubos,
verificar o diâmetro de cada trecho correspondente a somatória
das equivalências.
TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Diâmetro mínimo de alimentação


15 15 15 15 15 15 15 15 15

Equivalência com diâmetro de 15mm


1 1 1 1 1 1 1 1 1

Soma das equivalências 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Diâmetro do trecho 15 20 25 25 25 25 32 32 32
 7º passo – indicar no desenho o diâmetro de cada trecho
encontrado

CH CH CH CH LAV LAV LAV VS VS

32 32 32 25 25 25 25 20 15
A B C D E F G H I J
1.2 - Critério do consumo máximo provável

 Este critério se baseia na hipótese de que o uso simultâneo dos


aparelhos de um mesmo ramal é pouco provável e na
probabilidade do uso simultâneo diminuir com o aumento do
número de aparelhos.

 Este critério conduz a diâmetros menores do que pelo critério


anterior.

 Existem diferentes métodos que poderiam ser utilizados para a


determinação dos diâmetros das tubulações através desse
critério.
 O método recomendado pela NBR 5626:1998, e que atende ao
critério do consumo máximo provável, é o Método da Soma dos
Pesos.

 Este método é de fácil aplicação para o dimensionamento de


ramais e colunas de alimentação, é baseado na probabilidade de
uso simultâneo dos aparelhos e peças.

 O método da soma dos pesos consiste nas seguintes etapas:


 1º passo - verificar o peso relativo de cada aparelho sanitário
conforme indicado na tabela
Aparelho Sanitário Peça de Utilização Vazão de projeto(l/s) Peso Relativo
Bacia sanitária Caixa de descarga 0,15 0,3
Bacia sanitária Válvula de descarga 1,70 32
Banheira Misturador (água fria) 0,3 1
Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1
Chuveiro ou Ducha Misturador (água fria) 0,2 0,4
Chuveiro Elétrico Registro de pressão 0,1 0,1
Lavadora de Pratos Registro de pressão 0,3 1,0
Lavadora de Roupas Registro de pressão 0,3 1,0
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3
Mictório cerâmico com sifão Válvula de descarga 0,5 2,8
integrado

Mictório cerâmico sem sifão Caixa de descarga, registro de pressão 0,15 0,3
integrado ou válvula de descarga para mictório

Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de 0,15 por metro 0,3
pressão de calha

Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7


Pia Torneira elétrica 0,10 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de jardim ou Torneira 0,20 0,4
lavagem em geral
 2º passo – somar os pesos dos aparelhos alimentados em cada
trecho da tubulação
CH CH CH CH LAV LAV LAV VS VS

A B C D E F G H I J

TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Peso relativo
0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,1 0,1 0,1 0,1

Somatório dos pesos relativos


0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9

Vazão = 0,3 √∑ P (l/s)

Diâmetro do trecho
 3º passo – calcular a vazão em cada trecho da tubulação através
da equação
Q = 0,3 x√ ∑P

TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Peso relativo
0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,1 0,1 0,1 0,1

Somatório dos pesos relativos


0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9

Vazão
0,16 0,23 0,28 0,32 0,37 0,38 0,39 0,40 0,41

Diâmetro do trecho
 4º passo – determinar o diâmetro de cada trecho da tubulação
através do ábaco abaixo
TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB

Peso relativo
0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,1 0,1 0,1 0,1

Somatório dos pesos relativos


0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9

Vazão
0,16 0,23 0,28 0,32 0,37 0,38 0,39 0,40 0,41

Diâmetro do trecho
20 25 25 25 25 25 25 25 25

 5º passo – indicar o diâmetro encontrado em cada trecho

CH CH CH CH LAV LAV LAV VS VS

25 25 25 25 25 25 25 25 20
A B C D E F G H I J
 Uma segunda forma rápida de dimensionamento , é calcular a vazão de todos os
aparelhos, somando seus pesos relativos de uma única vez.

 SOMATÓRIO TOTAL DOS PESOS = 1,9


 Q = 0,3√ 1,9
 Q = 0,41 l/s
 Entrando no ábaco teremos Ø 25mm para todos os trechos do ramal

 Pode-se apenas entrar no ábaco diretamente com o somatório dos pesos relativos ( 1,9) e achar o
diâmetro ,que será o mesmo Ø 25mm

CH CH CH CH LAV LAV LAV VS VS

25 25 25 25 25 25 25 25 25
A B C D E F G H I J
2 – Tubos e conexões hidráulicas : tipologias/requisitos técnicos/aplicações
tecnológicas

 Para a condução de água fria, são recorrentes as soluções em tubos e conexões de


matriz plástica, como PVC e PPR.

 Os desenvolvimentos mais recentes nesse campo no Brasil apontam para o uso mais
frequente dos tubos flexíveis (PEX),especialmente para compor kits hidráulicos, em
obras com maior grau de repetição, como em edifícios comerciais, residenciais e
hotéis.

 Independentemente do sistema escolhido, é importante elaborar um projeto


detalhado para orientar a execução e reduzir as perdas, que podem variar de 5%
a 25%, no caso dos tubos, e de 0,5% a 2,5%, no caso de conexões.

(fonte: revista construção)


 Estanqueidade, resistência, durabilidade e facilidade de
instalação são algumas propriedades importantes em sistemas de
instalações hidráulicas prediais, sejam eles de água fria ou quente.

 Para atingi-las, a variedade de matérias- primas disponíveis é


ampla, indo dos tradicionais tubos de PVC (policloreto de vinila) e
de cobre, aos mais recentes PEX (polietileno reticulado) e PPR
(polipropileno copolímero random).

 Além do preço, as tecnologias de tubos e conexões se distinguem


em função do método de montagem e de sua resistência à pressão
e à temperatura.
 Em todos os casos, a instalação deverá atender aos parâmetros da
ABNT NBR 5.626, que estabelece exigências e recomendações
relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial
de água fria, e da ABNT NBR 7.198, que aborda requisitos de
projeto e execução de instalações prediais de água quente.
(fonte: revista construção)
 Tubos e conexões de PVC (policloreto de vinila) são fabricados com
termoplástico produzido pela combinação de cloro e etileno.

 Trata-se de um material que pode ser rígido ou flexível, que não


compromete a potabilidade da água e é leve e isolante.

 As peças podem ser soldáveis (a união se dá por meio da aplicação


de adesivo no tubo e na conexão) ou roscáveis (utiliza tarraxa e fita
veda-rosca para fazer a união).

 Atualmente o sistema de junta soldável é o mais utilizado, por ser


mais fácil de realizar.

 A junta roscável,contudo, é mais indicada em obras nas quais sejam


necessárias desmontagens da linha para mudanças de projeto ou
manutenções.

(fonte: revista construção)


 O PVC não pode ser usado em condições de exposição a
temperaturas maiores que 60ºC, sob risco de haver
degradação do material. Por isso, tubos e conexões com esse
material só encontram aplicação em instalações de água fria.

 Normas técnicas específicas: ABNT NBR 5.648 - Sistemas


Prediais de Água Fria - Tubos e Conexões de PVC.
(fonte: revista construção)
(fonte: site amanco)
(fonte: site amanco)
 O PEX – Polietileno Reticulado Monocamada – é um sistema de
bobinas de tubos (tipo mangueira) ligados a um módulo
distribuidor que conduz água fria e principalmente água quente,
com temperatura de trabalho a 70 e picos de 95.

 As conexões são metálicas (em latão) do tipo deslizantes. É um


sistema muito indicado para paredes em drywall e edificações com
vários ambientes iguais, como um hotel.

 É uma concepção totalmente diferente dos sistemas de tubos como


o PVC, CPVC, PPR e que possui bitolas bem menores que estes. Tem
um reduzido número de conexões porque a tubo (mangueira) é
maleável e permite curvas.

(fonte: www.pedreirao.com.br)
(fonte: www.pedreirao.com.br)
 O módulo distribuidor faz a conexão com o sistema de
tubulação convencional.

 A partir dele que são distribuídas as ligações PEX.

 Cada ponto é alimentado por uma linha exclusiva que sai


do módulo distribuidor.

 Em um hotel, por exemplo, na saída dos shafts está o


módulo distribuidor ligado na prumada e alimenta todos
os pontos de um banheiro.
(fonte: www.pedreirao.com.br)
 O sistema PEX pode ser imaginado da mesma maneira
como um sistema de instalação elétrica.

 Na elétrica, a instalação vem da rede pública para um QDC


– Quadro de Distribuição de Circuitos – e desse quadro
saem a fiação de cada circuito que é protegido por um
disjuntor.

 No PEX, a água vem até o módulo distribuidor pelas


prumadas e do módulo distribuidor (como se fosse um
QDC) alimenta cada ponto de água individualmente (como
se fossem os circuitos).
(fonte: www.pedreirao.com.br)
 NBR 15939:2011 – Sistemas de tubulações plásticas para
instalações prediais de água quente e fria — Polietileno
reticulado (PE-X)

(fonte: www.pedreirao.com.br)
INSTALAÇÕES DIVERSAS
 Exercícios:

1) Dimensionar, através do critério do consumo máximo possível e máximo provável, os


trechos do ramal de alimentação abaixo representado.
2) A partir do isométrico abaixo ,dimensionar os trechos a partir do ramal de alimentação ,pelo
critério do consumo máximo possível e máximo provável.

AF-1

CH

RG

RP

VS
LV
3) A partir do isométrico abaixo ,dimensionar os trechos a partir do ramal de alimentação ,pelo
critério do consumo máximo possível e máximo provável.
AF-1

CH

RG

RP

VD

LV
VS
4) A partir do isométrico abaixo ,dimensionar os trechos a partir do ramal de alimentação ,pelo
critério do consumo máximo possível e máximo provável.
CH

RP
VS
RG

CH
LV

C Split

CHURRASQUEIRA RP
VS RG

Split

TLR

LV
MLR

RG
PIA

Split
AF-1
B

HIDRÔMETRO

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