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FISIOLOGIA DA VISÃO
Vias aferentes - sensibilidade - informações que chegam no snc.
Princípios físicos da óptica:
- Luz: A luz é a radiação eletromagnética que é visível para nossos olhos. É uma onda de
energia, e, como tal, tem um comprimento de onda, uma frequência e uma amplitude.
- Nossa retina tem cels receptoras para essa energia magnética que só enxerga o
comprimento de onda de 400 e 700 nm - faixa de luz visível. Os comprimentos menores se
aproximam do azul e os maiores se aproximam da luz vermelha. No meio do caminho tem a
luz verde.
- Temos 3 tipos de cels fotorreceptoras que se especializam nas faixas de frequência -
cones azuis, verdes e vermelhos. A mistura desses cones na retina permite que enxergamos
as outras cores.
- Óptica: Raios de luz no nosso ambiente viajam em linha reta, até o momento em que
interagem com átomos e moléculas da atmosfera ou objetos no solo. Essas interações
incluem a reflexão, a absorção e a refração.
- As imagens formam-se no olho por refração, isto é, a modificação que pode ocorrer na
direção de raios de luz quando esses passam de um meio transparente para outro - Quando
os raios de luz passam no meio e sofrem desvios. Essa refração depende do índice de
refração do meio.
- Refração da luz: Índice de refração de uma substância transparente
Velocidade da luz no ar = 300.000 km/seg
IR=Velocidade da luz no ar/Velocidade da luz no meio
Índice de refração do ar = 1,00
- Refração dos raios de luz: a direção muda, mas a direção em que a luz se propaga é sempre
perpendicular à frente de onda. O grau de refração vai aumentar em função da proporção
entre os índices de refração (ex passa do ar por um copo de vidro transparente) e do grau de
angulação entre a interface e a frente da onda.
- Se os índices de refração forem diferentes mas a direção for perpendicular, apenas diminui a
velocidade. Mas se houver uma angulação, ela diminui a velocidade e sofre desvio.
Lentes esféricas - transparentes em que temos uma superfície convexa ou côncava, ou ainda
uma mistura. Em um dos lados deve haver uma angulação (convexo ou côncavo). Quando a luz
passa por elas, como tem índice de refração diferente do ar, ocorre refração e como tem
angulação, sofre desvio.
As convexas vão fazer o desvio juntando
todos os raios luminosos em único ponto
focal atrás da lente.
Já a côncava, faz os raios divergem antes
da lente
Lentes convexas convergem os raios;
Lentes côncavas divergem os raios
A lente cilíndrica não forma pontos focais,
ela forma uma linha focal, é o que é usado
para concentrar luz de laser e corrigir o
astigmatismo (formato irregular da córnea
ou do cristalino, formando uma imagem em
vários focos que se encontram em eixos
diferenciados).
DISTÂNCIA FOCAL → Unidade de medida relativa à distância existente entre o centro óptico de
uma lente e o plano de foco.
● Distância focal da lente Convexa: A distância entre uma lente convexa e o ponto focal para o
qual convergem raios incidentes paralelos, chama-se distância focal da lente. A unica
estrutura capaz de pegar a luz e transformar em impulso magnético é a retina, e ela está
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fixa no fundo do olho, então precisa construir na frente da retina uma estrutura transparente
que seja capaz de pegar toda luz que entra no olho e convergi-la para um ponto focal em cima
da retina. Não pode ser para trás nem para frente porque se não desfoca (miopia e
hipermetropia). Cada vez que o objeto está mais perto do olho, os raios luminosos que partem
dele são mais divergentes em relação a nossa retina. E quanto mais distante, mais paralelos
eles ficam.
● A miopia forma a imagem antes da retina e a hipermetropia depois da retina.
● Quanto mais perto do olho, os raios luminosos que estão partindo do objeto são mais
divergentes chegando no olho. Quanto mais perto, mais paralelo eles ficam.
● REFRAÇÃO DA LUZ: é o fenômeno que consiste na mudança de velocidade de propagação
da onda eletromagnética quando essa atravessa meios ópticos diferentes. Durante a refração,
o comprimento de onda da luz muda, enquanto a sua frequência permanece constante.
● A distância focal é o poder de refração da lente.
● Dioptria: Medida do poder de refração de uma lente. Quando ta +1 quer dizer que a distância
focal ta 1 metro atrás da lente.
- Uma lente convexa (converge os raios luminosos) tem o poder de refração de +1
dioptria, quando é capaz de convergir raios luminosos paralelos para um foco a 1 m além
da lente. Quanto maior o valor da Potência Focal de uma lente Convergente, maior a
capacidade que essa lente tem de fazer convergir (aproximar) os raios de luz; Quanto
maior a dioptria positiva, maior o poder de refração é menor a distância focal,
aproxima mais a imagem. Quanto menor a dioptria positiva, menos refrativa é a
lente, mais longe é a distância focal. Corrigem HIPERMETROPIA - a imagem forma
atrás da retina, então a lente puxa a imagem.
- Uma lente côncava (diverge os raios) não forma ponto focal, tem o poder de refração
de -1 dioptria, quando é capaz de divergir raios luminosos paralelos com a mesma
intensidade que uma lente convexa de 1 dioptria converge raios para 1m. Quanto maior
o valor da Potência Focal de uma lente Divergente, maior a capacidade que essa lente
tem de fazer divergir (afastar) os raios de luz. Quanto mais negativo for o poder de
difração de uma lente côncava, mais para longe ela manda a imagem e quanto
menos negativo for, menos pra longe ela manda a imagem. Corrige MIOPIA - a
imagem forma antes da retina, então a lente empurra a imagem.
● Medida do poder de refração de uma lente - Dioptria: Quanto maior a angulação de uma lente,
maior o seu poder dióptrico. Quanto maior a dioptria, mais perto do centro da lente eu gero o
foco dela.
● Anatomia do olho (O olho como uma câmara fotográfica):
- Camada externa: (mesma origem embriológica da dura-máter)
. Esclera - resistente dá forma redonda ao olho.
. Córnea - especialização da esclera - transparente - permite que a luz entre.
. Conjuntiva - por onde o olho se prende à órbita.
- Camada média: (mesma origem da aracnóide e da pia-máter)
. Úvea (trato uveal) - composto por: Íris (da coloração ao olho, apresenta o orifício, que é a
pupila), corpo ciliar (onde a íris e o cristalino estão inseridos) e coróide (onde tem a secreção do
humor aquoso - líquido) e Câmaras anterior (entre o cristalino e a córnea ) e posterior (entre a
íris e o cristalino) - (humor aquoso vai para essas câmaras).
- Camada interna: (origem do diencéfalo)
. Retina - escurece para que não haja reflexão.
. Epitélio pigmentar (produz melanina e escurece a câmara posterior, para nao ter muito reflexão
da luz lá dentro).
Luz vem pelo ar, índice de refração 1, entra em contato com a córnea que é convexa
anteriormente e côncava posteriormente. A luz interage com a córnea mudando a refração
e sofrendo desvios nas superfícies. Ai cai no humor aquoso, que tem índice de refração
diferente, alterando a propagação da luz, encontra então o cristalino, que tem lente
biconvexa, com poder de conversão grande. Passa pelo cristalino e cai na câmara
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posterior do olho, onde tem o humor vítreo (limitado anteriormente pela córnea e
posteriormente pelo cristalino), que não é produzido o tempo todo, ele só preenche o
globo ocular e fica estável lá (enquanto o aquoso circula e é absorvido no ângulo entre o
corpo ciliar e a córnea).
Na camada interna, no fundo do olho, onde tem a retina dá pra examinar através da fundoscopia
- aparelho óptico que joga luz através da pupila e pelas lentes do aparelho da pra ver a retina
atrás do olho. Vou ver o disco óptico. Quanto mais dilatada a pupila, melhor fica para ver através
dela, por isso usa o colírio. Divide a retina em duas metades, em que o ponto central é a
estrutura completamente avascular, em que é mais amarelada que as outras partes → é a
região da mácula lútea. Tudo que estiver lateral, é a metade temporal da retina. Tudo que
estiver medial à mácula é a metade nasal da retina. Ao direcionar para parte nasal, vê-se a
papila óptica, que é a cabeça do nervo óptico, onde entram os vasos a partir da artéria
central da retina e para onde drenam as veias a partir da veia central da retina. Se enxergar a
papila e ver que está borrado, sem contorno, e os vasos ingurgitados, ocorre edema da papila
óptica → hipertensão intracraniana. Também dá pra usar o fundo de olho para examinar a retina,
buscando deslocamentos, por exemplo, ou hemorragias em caso de HAS. Diabetes mellitus
pode gerar depósitos (grumos de degeneração da própria retina) sobre a retina, os quais vão
atrapalhar a visão.
Se todas as superfícies de refração do olho forem somadas e consideradas como uma única
lente, teríamos uma lente com seu ponto central a 17mm adiante da retina e com poder de
refração total de 59 dioptrias, para a visão à distância. (Sup.ant. da córnea= +48 dioptrias;
sup.post.= -4 dioptrias; cristalino relaxado= +15 dioptrias). A luz que atravessa toda a estrutura,
se tiver tudo de acordo com o tamanho desse olho, a imagem do objeto cai na retina certinho.
A imagem que o olho forma é primeiro real, exatamente igual ao objeto, mas a imagem
fica invertida em relação ao objeto - o que está embaixo no objeto forma em cima na
retina, o que ta a direita do objeto forma a esquerda da retina, etc. Isso porque a luz não
faz curva. Quem conserta é a via visual e o córtex. Além disso, a imagem é menor que o
objeto. Ex, você olha para um carro e a imagem cabe toda no olho.
O olho tem na retina a papila óptica - cabeça do nervo óptico com vasos entrando e saindo - é
um ponto cego, a imagem que cai ali não é enxergada - isso corresponde ao tamanho de uma
bola de beisebol. Não enxergamos esse ponto cego.
● Controle autonômico da acomodação – Reflexo de acomodação (III nervo craniano - oculomotor)
- inerva o mm ciliar, e o cristalino no meio está preso pelos ligamentos suspensores do cristalino.
Quando o mm ciliar está relaxado, ele aumenta seu diâmetro pois as fibras ficam maiores.
Quando aumenta o diâmetro, traciona os ligamentos suspensores do cristalino, de modo que o
cristalino fica mais delgado, diminuindo sua curvatura, nesse caso ocorre menor poder de
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refração e a imagem fica mais distante do cristalino. Isso ocorre quando olho para algo que está
longe. Se o objeto começa a aproximar do olho, ocorrem 3 coisas , gerando o reflexo de
acomodação - primeiro os olhos ao acompanhar o objeto que se aproxima vão convergir, olhar
para dentro. Em seguida a pupila é contraída, e por último o mm ciliar vai se contrair, deixando
as fibras menores, diminuindo seu diâmetro, deixando os ligamentos frouxos e o cristalino
engorda, aumentando sua curvatura (convexidade) de modo que aumenta o poder de refração e
encurtando a distância focal. Vou corrigindo impedindo que o objeto se forme atrás da retina.
- Presbiopia - a partir de 40/45 anos é desenvolvido. O cristalino perde a elasticidade e aí não se
adequa, de modo que o objeto ao se aproximar não consegue deixar o cristalino mais globoso. A
visão para perto vai ficando ruim. Usa-se uma lente convexa positiva, que vai corrigir a visão de
perto. Mas quando olha para frente embaça tudo, pois a imagem longe se projeta à frente da
retina.
O “diafragma” pupilar:
A principal função da íris é aumentar a quantidade de luz que entra no olho durante a escuridão
e diminuí-la em condições de iluminação intensa.
Se tiver tudo ok as pupilas ficam isocóricas.
Reflexo pupilar à luz:
- Reflexo fotomotor direto (contração com a luz. Se não contrai ta com problema da referência
ou referência).
- Reflexo fotomotor consensual (usado para comparar, joga a luz nos olhos separadamente. Se
joga luz no olho direito e o esquerdo não contrair - problema no oculomotor direito por ex).
DOENÇAS
- Sinal de Argyll-Robertson (tabes dorsalis - neurosífilis - que acomete o funículo posterior da
medula) → dissociação da reação pupilar, onde o reflexo fotomotor está abolido mas a pupila
contrai no reflexo de acomodação (quando aproxima o objeto) - portanto, tem perda do reflexo
fotomotor mas mantém o reflexo de acomodação.
- Síndrome de Horner (lesão do simpático) parassimpático se sobressai e a pupila fica contraída
- anisocoria - o lado da lesão fica menor que o lado normal da pupila. Com miose (danificada) +
hiperemia ao redor do olho e ocorre, ainda, uma discreta queda da pálpebra) e midríase.
- Pupila de Adie - infecção por vírus por ex. Anisocoria em que do lado dilatado, quando joga a
luz para o reflexo fotomotor, a pupila contrai muito lentamente. As bordas da pupila ficam
tremulando. Quase sempre unilateral. Gera uma desnervação parassimpática da pupila,
lesando as fibras pós ganglionares. Perde quem iria fazer a contração, mas a perda não é total,
por isso ainda age, mas lentamente. A pessoa pode nascer com isso também.
- Lesão parassimpática - hérnia de uncus comprimindo o oculomotor. Causa midríase unilateral,
com ptose. Ocorre estrabismo divergente por conta da lesão do oculomotor, com diplopia
(enxerga dobrado).
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ABERRAÇÕES VISUAIS
- Aberração esférica: O cristalino não é formado tão regularmente (não é exatamente
simétrico),fazendo com que os raios que atravessam suas bordas não se encontram
precisamente no mesmo foco. Assim, quando aumenta a abertura pupilar, a precisão do foco
decresce pois expõe muito o cristalino.
- Aberração cromática: O poder de refração do cristalino é diferente para as várias cores.
ALTERAÇÕES DA VISÃO
Catarata: Opacidade na superfície do cristalino.
Perde sua transparência, o cristalino vai
degenerando suas proteínas, ficando opaco.
Correção cirúrgica - entra no cristalino e gera
ondas de ultrassom que vão fragmentando as
proteínas e ele vai retirando todo esse conteúdo do
cristalino. Mas quando faz isso, destrói a lente do
cristalino, aí precisa-se colocar uma lente sintética
dentro do cristalino.
● Emetropia - olho normal.
● Hipermetropia - Problema do foco próximo-
Enxerga pra longe. Olho muito pequeno pro
sistema ou sistema de lente muito fraca pro tamanho do olho. Usa lente positiva.
● Miopia - Olho no desenvolvimento ou cresceu muito mais que o sistema de ente dele foi capaz
de ativar, ou o sistema de lente foi muito forte - Então borra o que tá longe. Empurra a imagem
para trás da retina pois ela está a frente da retina - lente negativa, que vai divergir os raios -
côncava. Não enxerga longe.
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● Astigmatismo - problema com plano de visão, a retina tem vários focos diferentes. Confunde
objetos semelhantes, como P e B. Tem que corrigir o plano de visão, portanto na receita vem o
ângulo em que a lente vai ser formada.
Determinação da distância de um objeto ao olho - percepção de profundidade (visão
tridimensional):
○ Oclusão - fica claro que se tô olhando para 2 objetos, se um está tampando o outro, fica óbvio que
o objeto ocluído está atrás.
○ Conhecimento prévio do tamanho do objeto - quanto menor o objeto parece, mais longe ele está
de mim.
○ Perspectiva linear - quando estamos diante de uma estrada reto muito longa, faz parecer que as
beiradas da estrada vão se encontrar, como se afunilassem.
○ Distribuição de sombras e iluminação - sensação de profundidade no objeto,
○ Determinação da distância por tamanhos relativos - semelhante ao conhecimento prévio.
○ Paralaxe de movimento - tudo que está mais perto do olho passa mais rápido sobre a retina (ao
olhar para o lado passando de carro na estrada por ex, a árvore passa rápido e a montanha passa
devagar).
○ Estereopsia (visão binocular) - melhor profundidade quando binocular (usa os dois olhos) - os dois
olhos devem estar no mesmo foco -isso porque os cérebro é treinado para ver a área da retina
que está mais iluminada, portanto tudo que está na parte lateral da retina está mais perto de mim,
e tudo que está nasal na retina, está mais longe.
Os movimentos oculares são realizados pelos: MM
retos - superior (inervado pelo oculomotor), inferior
(inervado pelo oculomotor), médio (inervado pelo
oculomotor) e lateral (inervado pelo abducente); e
mm oblíquos - superior (inervado pelo troclear) e
inferior (inervado pelo oculomotor). Esses nervos
são interligados pelo fascículo longitudinal medial
do tronco e ligados a duas áreas de controle do
mov ocular - área motora do lobo frontal (centro do
mov conjugado consciente), e lobo occipital que é
centro de controle involuntário da atv conjugada
(quando algo chama atenção da minha visão e
desvio para olhar) - esses movimentos conjugados
evitam a diplopia.
O reto superior eleva os olhos, o inferior abaixa, o
reto lateral faz a abdução - joga para fora, e o reto medial joga o olho para dentro - adução. Os
oblíquos não funcionam sozinhos, agem juntos uns com os retos para torção. O oblíquo inferior
faz olhar para cima e para fora e o oblíquo superior faz olhar para baixo e para dentro.
Portanto, se lesar o terceiro nervo - síndrome de Weber, ou benedict ou hérnia de uncus perde a
capacidade de virar o olho para baixo, para cima ou para o nariz. Consequentemente, como só
sobrou os outros mm agindo, o olho é puxado para fora, gerando estrabismo divergente. Caso eu
lese o abducente, ocorre o contrário, perco a força do reto lateral e o medial acaba tracionando
ele para dentro gerando estrabismo convergente.
O movimento conjugado dos olhos também pode ser perdido na lesão do lobo frontal - campo
conjugado voluntário. Quando acompanha a área motora, gera hemiplegia (cruzada). Ex se leso o
lobo frontal direito, ocorre hemiplegia esquerda - Caso essa lesão seja destrutiva do cérebro, vai
ocorrer hemiplegia esquerda os olhos vão estar virados para direita - isso ocorre porque o
hemisfério direito quando atua vira os olhos para esquerda - se lesei para direita, perdi a
capacidade de virar os olhos para esquerda, então o lado esquerda predomina e vira os olhos
para esquerda.
● Lesão irritativa - ainda não destruiu a área motora (de todo hemisfério) - o olho vira para o lado
do corpo que está paralisado.
● Lesão destrutiva, o olho vira para o lado da lesão no cérebro
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Fóvea - região da retina onde enxergamos com maior perfeição as cores, mesmo na ausência
de luz e melhor o foco dos objetos.
Anatomia da retina: camada mais interna do olho, onde tem os fotoreceptores - dois tipos de
cels: cones e bastonetes. Semelhante ao córtex cerebral, com várias camadas de cels
nervosas.
As cels fotoreceptoras ficam no fundo da retina, justaposta ao epitélio pigmentar da coróide -
importante porque a nutrição dos cones e bastonetes ocorre por difusão da camada pigmentar.
Lá também fica armazenada a púrpura visual também - subst química que vai interagir com a
energia eletromagnética da luz para gerar o impulso nervoso .
A luz tem que atravessar todas essas camadas, estimular os cones e bastonetes fazer a
transdução e voltar por todas essas camadas até chegar na
camada das cels ganglionares, as quais vão formar o nervo
óptico - potencial de ação visual.
- Mácula - ponto de maior acuidade visual, isso porque nesses
ponto as camadas da retina se afastam num pequeno território
chamado de fóvea - de modo que todas as cels chegam para
o lado, expondo os cones e bastonetes (cones são mais
ricos), então nessa fóvea, a luz não precisa atravessar todas
as camadas, ela ja chega direto nos cones e bastonetes →
visão central. À medida que se afasta da fóvea, vai sendo a visão periférica.
● Duas vias de inibição lateral - uma inibindo lateralmente a comunicação dos cones e
bastonetes com a as cels bipolar a partir da cel horizontal. E outra a partir da inibição
lateral da comunicação das cels bipolares com as ganglionares a partir das cels
amácrinas.
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● Quando converge muito bastonete para uma mesma célula ganglionar, perde a especificidade.
Quando tem um bastonete quase ligado a uma célula ganglionar, ocorre aumento da
especificidade.
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SENTIDOS DA AUDIÇÃO
Sensação mecanorreceptora.
Ondas sonoras vibram as moléculas de ar.
Cels localizadas na cóclea detectam o movimento
O som tem uma faixa audível (espectro audível) - dentro dessa faixa tira-se as características
físicas do som que auxiliam na detecção e percepção sonora - o som vibra as moléculas, as
quais entram no ouvido - vibra o crânio também. Por isso tem a transmissão aérea e a óssea do
som.
Via auditiva aferente - apresenta muitos neurônios e muitos cruzamentos - portanto não tem
como ter surdez de lesão unilateral ou do córtex - giro temporal transverso anterior que recebe
as informações dos dois ouvidos. Só tem lesão unilateral se lesar do nervo auditivo para fora.
Trechos com as moléculas comprimidas intercalados com trechos em que elas estão rarefeitas e
soltas - variações no ciclo de som.
● O som é uma onda mecânica que comprime e descomprime as moléculas do meio, criando
alterações periódicas de compressão e rarefação. A velocidade do som é de
aproximadamente 343 m/seg no ar à temperatura ambiente.
● O fenômeno ondulatório propaga se num único plano, apresenta uma amplitude
(intensidade), frequência (número de oscilações na unidade de tempo) e duração.
● Os sons audíveis para a espécie humana estão entre as frequências de 20 a 20.000Hz;
abaixo deste intervalo os sons são chamados de infra-sons e acima, de ultra-sons que não
escutamos. Isso significa que a audição se refere à capacidade de percepção e que é
limitada para cada espécie.
● Quanto mais perto de 20.000Hz, mais alta é a frequência
Lá na cóclea, analisa-se a frequência do som - em qual deixas faixas que está caindo o som.
Depois analise a intensidade desse som, que é a pressão em que a vibração que o som
promove no meio - baixo e alto volume.
Nosso aparelho auditivo detecta a vibração e a conduz para estruturas que vão se movimentar a
partir dessa vibração - primeiro é a membrana timpânica - limite entre o ouvido externo (orelha,
concha auditiva e o canal auditivo externo) e o ouvido médio (ossículos → estribo - apoiado
sobre o ouvido interno que é representado pela cóclea, onde o líquido endococlear vibra e faz a
deformação das membranas auditivas no órgão de corti, onde cels especializadas ciliadas se
movimentam e geram o potencial auditivo - bigorna e martelo).
● A frequência do som é o número de trechos de ar comprimidos ou rarefeitos que passam pelos
nossos ouvidos a cada segundo. Um ciclo de som é a distância entre trechos comprimidos
sucessivos; a frequência do som, expressa em unidades chamadas hertz (Hz), é o número de
ciclos por segundo. Ondas sonoras de alta frequência têm mais regiões comprimidas e
rarefeitas em um determinado espaço do que ondas de baixa frequência. Nosso sistema
auditivo pode responder a ondas de pressão dentro da faixa detectável que vai de 20 a 20.000
Hz (embora esta faixa audível diminua
significativamente com a idade e a exposição a ruídos,
especialmente às frequências mais altas).
● A percepção do som como agudo ou grave – o
que denominamos como tom ou altura – é
determinada pela frequência. Uma nota grave de um
órgão de igreja, capaz de fazer tremer a sala, é de
aproximadamente 20 Hz, e uma nota aguda de um
flautim, que parece “perfurar” os ouvidos, é de
aproximadamente 10.000 Hz.
● Outra importante propriedade de uma onda sonora é
sua intensidade, que é a diferença de pressão entre
trechos de ar rarefeitos e comprimidos. A intensidade
de som determina o volume que percebemos, isto é, sons altos, ou de maior volume, têm
maiores intensidades.
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● Som de alta pressão tem alta intensidade e alto volume, pode ser para as ondes de baixa ou
alta frequência.
● Perda auditiva induzida pelo ruído - frequente nos distúrbios relacionados ao ambiente de
trabalho. A partir de um certo volume e intensidade, quando expostos de forma contínua se
não utilizarmos equipamentos de proteção, ocorre perda da audição.
● TIMBRE - permite diferenciar dois sons de mesma altura e mesma intensidade - isso vai se dar
pela freq e volume das ondas, isso vai chegar no giro temporal transverso, depois detecta a
origem da fonte, a lateralização da fonte, e também a interpretação do que a qualidade sonora
indica para nós. Conceito que está associado à forma da onda e nos permite distinguir sons de
mesma frequência, produzidos por instrumentos diferentes. O timbre é caracterizado pela
composição de frequências que constituem a onda sonora emitida pelo instrumento. O timbre é
também denominado qualidade do som.
● Detecção de alterações da intensidade do som - Lei da potência: Para medir a intensidade
relativa dos diferentes sons criou-se uma unidade de referência chamada de decibel. O decibel
é uma unidade logarítmica de deci (um décimo do bel) para comparar o quanto uma quantidade
é superior ou inferior a outra. Na acústica, o decibel é utilizado para comparar a pressão sonora
no ar, com a pressão de referência no ar ou na água. Um som 10 vezes mais forte do que outro
é considerado como tendo 10 decibéis a mais em sua intensidade. Um som 1000 vezes mais
intenso do que outro é 30 decibéis mais forte; quando 100000 vezes mais intenso é 50 decibéis
mais forte.
● Aparelho auditivo - formado por orelha (externa, média e interna) e pela via auditiva.
- Ouvido externo: Pavilhão da orelha, Meato acústico, Membrana timpânica (Tímpano)
- Ouvido médio: Membrana timpânica, Ossículos (martelo, bigorna e estribo)
- Ouvido interno: Cóclea
O estribo está apoiado na orelha interna, dentro da parte
petrosa do osso temporal, na mesma localização dos
canais semicirculares do trígono e do sáculo, que fazem
parte do equilíbrio. Lá encontramos a cóclea, que é um
tubo enrolado sobre si mesmo, formado por membranas
que formam cavidades, onde tem o órgão auditivo de
corti, que é onde tem o receptor auditivo. A nossa
percepção aérea de som que produz toda essa
condição de mov até chegar à cóclea. Como a cóclea
está dentro do osso temporal, a vibração do temporal
também é detectada - condução óssea do som.
Para equilibrar a pressão do ar fora da membrana
timpânica e o que está dentro do ouvido médio - através
da membrana timpânica - temos uma comunicação do ouvido médio e a nasofaringe - isso
ocorre pela trompa de eustáquio, que é uma tubulação membranosa que vai comunicar essas
duas cavidades, a fim de igualar a pressão do ouvido médio e externo - caso não faça isso,
ocorre dificuldade de percepção e é o que acontece quando mudamos a altitude, parece que o
ouvido tampa - fazemos manobras para abrir a trompa de eustáquio, aumentando a pressão da
nasofaringe, o que vai permitir a abertura da trompa e permitir o equilíbrio das pressões
novamente.
No ouvido médio, o Martelo, que é mais externo, tem o cabo apoiado próximo ao centro do
tímpano e sua cabeça fica articulado a bigorna e a bigorna se apoia no estribo. A base do
estribo fica apoiado na superfície membranosa da cóclea (janela oval).
● As ondas sonoras movem a membrana timpânica → move os ossículos → movem a membrana
da janela oval → A janela oval move o fluido da cóclea → O fluido em movimento estimula as
células ciliadas → potencial auditivo.
Quando o tímpano vibra ele movimenta os ossos e faz movimento de vai e vem do estribo
arrastando a parte membranosa, tracionando-a, como la dentro ta cheio de líquido, ele vai ser
movimentado, ao fazer isso, como a estrutura tá fechada, essa movimentação arquea a
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analisador de som. Janela redonda, quando o estribo empurra o líquido para dentro, essa
membrana vai ser projetada para fora.
- As fibras que estão mais próximas à origem da membrana basilar vão levar as informações de
alta frequência, as fibras no meio levam de meia frequência e as mais longe levam as baixas
frequências.
CÓCLEA → Transmissão de ondas sonoras na cóclea - “onda viajante”:
ÓRGÃO DE CORTI: cels ciliadas envolvidas no líquido, com uma membrana tectorial em cima,
a qual secreta uma subst gelatinosa, de maneira que quando a membrana movimenta, todo o
conjunto é mov e os cílios presos na gelatina se mov de um lado para o outro, o que abre os
canais iônicos, entrando K, despolarizando a cel e liberando glutamato para a terminação
nervosa da parte coclear do 8 par craniano - vai para via auditiva.
Excitação das células ciliadas
Células ciliadas internas (CCI)
Células ciliadas externas (CCE)
Percepção sonora:
● Discriminação da freqüência - Princípio do “local”: Depende da parte da membrana basilar que
vai ser mais estimulada para aquela frequência. O SNC reconhece diferentes tons pela
identificação do local da membrana basilar no qual a vibração é máxima.
● Discriminação da intensidade: de volume - Som mais intenso: maior vibração da membrana
basilar, aumenta a freqüência de excitação das fibras nervosas (mais potencial de ação são
gerados nas cels ciliadas).
● Maior amplitude de vibração da membrana basilar: somação espacial de impulsos na
membrana basilar - mais cels ciliadas estimuladas, o que aumenta a intensidade do sinal
auditivo, sons de alto volume.
● Certas células ciliadas só respondem se a vibração da membrana basilar alcançar
intensidades elevadas - Quando as cels entram na composição do sinal auditivo, é pq o som
atingiu seu ponto mais próximo ao limiar auditivo.
Mecanismos auditivos centrais:
● Ligação com o SRAA - acorda com o despertador por isso.
● Conexões com o cerebelo - detecção do equilíbrio
● Orientação espacial - discriminação da frequência - cada parte do nervo auditivo carrega uma
informação de uma parte específica da membrana basilar, que vai chegar em alguma parte
específica do córtex. A parte mais externa do giro é de baixa frequência, e a parte mais interna,
perto da ínsula, som de alta frequência.
** Cada área auditiva central recebe impulsos originados na cóclea de seu próprio lado e do lado
oposto, sendo impossível a perda auditiva por lesão de uma só área auditiva
VIA AUDITIVA
● Neurônio I: Localizado no gânglio sensitivo espiral próximo à cóclea. Neurônios bipolares,
cujos prolongamentos centrais formam a parte coclear do VIII par craniano.
● Neurônio II: Núcleos cocleares dorsal e ventral (ponte) - assoalho do 4º ventrículo. Seus
axônios cruzam para o lado oposto (corpo trapezóide) e infletem cranialmente formando o
lemnisco lateral.
● Neurônio III: está localizado no colículo inferior do mesencéfalo.
● Neurônio IV: localizado no corpo geniculado medial do tálamo. Ai passa pela coroa radiada da
cápsula interna e vai para o córtex, no giro temporal transverso anterior.
- Teste da voz sussurrada e falada - pede para tapar um ouvido de cada vez, sussurra e
depois fala num tom de voz normal (diferença de 30-60 decibel). Se não escutar o sussurro,
ele perdeu de 10 a 30 dB. Se aumenta o tom de voz e ele ainda não escuta, ele perdeu então
cerca de 60 decibéis - mais grave.
- Teste de Weber: usa-se a diapasão vibrando sobre o vértice do crânio - com isso vou testar
sua condução aérea e óssea - (no centro da cabeça do pct, o pct vai perceber a vibração do
diapasão na cabeça dele). Esse teste diferencia e identifica a surdez. Na surdez de condução
o som não entra no pavilhão auricular e não vibra a membrana timpânica e os ossos - ex otite,
perfuração do tímpano, rolha de cerume - nesse caso o pct sente o osso vibrando
(mascarando a aérea) - assim, no lado da lesão, o pct percebe o ósseo mais que o aéreo e por
isso ele fala que está ouvindo melhor no lado comprometido, então o pct está lateralizando o
weber para o lado doente. Se a surdez for de percepção, ele não percebe nem o tímpano e
nem o osso vibrar, então ele lateraliza o weber para o lado que está sadio.
- Teste de Rinne: Comparação da condução aérea com a óssea. Coloca o diapasão e testa o
ouvido pior, vibra o diapasão e encosta na mastóide, o pct percebe a vibração da mastóide,
quando o pct para de escutar, pega o diapasão e coloca perto do ouvido e o pct vai ter que
ouvir a vibração aérea, já que ela é melhor (finalzinho da vibração do diapasão). Assim, o
Rinne positivo é quando o pct escuta a vibração aérea do diapasão. Na surdez de condução,
eu faço esse teste no ouvido doente, coloco o diapasão na mastóide e quando ele parar de
escutar eu coloco no ouvido, e aí ele vai continuar não escutando - Rinne negativo e Weber
lateralizou pro ouvido pior. Na surdez de percepção, ele não vai escutar nada no mastóide e
nem no ouvido, pode ser que se a lesão não estiver grave, dê um rinne positivo.
- Audiometria:
. Curva condutiva: quando o estímulo sonoro não atinge a orelha interna; desta forma, teremos
os resultados da via óssea em níveis normais e um rebaixamento da via aérea, ou seja, uma
dissociação (gap) entre as duas medidas (≥ 10%).
. Curva neurossensorial: os limiares de via aérea e via óssea estão elevados acima dos limites
normais, porém equivalentes, sem presença de gap entre eles.
- Potencial evocado auditivo - BERA (Brainstem electric response audiometry): PARA LESÃO
INTERNA - É um tipo de potencial evocado originado na cóclea, no nervo auditivo e nas vias
auditivas do tronco cerebral, que ocorre após a apresentação de estímulos sonoros de breve
duração e de intensidade suficiente, que gerarão uma série de ondas, em número de sete, que
são identificadas por algarismos romanos.
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Marcella Braz - 73
SENTIDO DO PALADAR
Botão gustativo e sua função:
● Células gustativas e sua capacidade regenerativa - compõem o glomérulo gustativo, onde as
cels se arranjam orientando/circundando um poro central, que é onde a substância química
penetra gerando o potencial gustativo. Esses botões gustativos são inervados na sua base por
um ramo do facial, glossofaríngeo, ou vago.
● Função trófica - a cada duas semanas essas cels são renovadas, induzidas por essa inervação -
se retira a inervação do botão gustativo, as cels não se regeneram.
● Os botões se espalham por toda a língua e na epiglote nas papilas gustativas, que apresentam
formas diferentes. Papilas gustativas - Filiformes, fungiformes, circunvaladas e foliáceas - são
milhares de botões gustativos, os quais contém milhares de cels gustativas.
● Especificidade dos corpúsculos gustativos para estímulos gustativos primários - salgado, azedo,
amargo e doce. Surgiu o umami (glutamato + Na) - chamado de primário porque todos sentem o
mesmo gosto. Esses sabores dependem do tipo de cels que tem naquele botão porque depende
do mecanismo de transdução que vai ocorrer.
● Localização dos botões gustativos: paredes das cavidades que circulam as papilas
circunvaladas na parte posterior da língua; nas papilas fungiformes na superfície anterior da
língua; nas papilas folheadas nas dobras ao longo das superfícies laterais da língua; no palato e
nos pilares das tonsilas.
● Esses sabores dependem do tipo de cel que está no botão e do mecanismo de transmissão.
Sensações gustativas primárias:
● Sabor ácido (ácido cítrico) causado por ácidos (quanto maior a
concentração de H+, maior a sensação gustativa).
● Sabor salgado (NaCl) depende de sais ionizados (os cátions dos sais
são os elementos estimuladores principais).
● Sabor doce (glicose) açúcares\ glicóis\ alcoóis\ aldeídos\ cetonas\
amidos\ ésteres\ aminoácidos\ ácidos sulfônicos\ácidos halogenados e
sais inorgânicos.
● Sabor amargo (quinino) substâncias orgânicas de cadeia longa e
alcalóides (nicotina\cafeína\quinina)
● Sabor umami -旨味 (glutamato monosódico) glutamato
Botão gustativo e sua função:
Mecanismo de estimulação dos botões gustativos:
● Passagem direta de uma subst química através de canais iônicos (estímulos salgado (Na) e
azedo)
● Ligar a subst química e a mesma bloquear canais iônicos, impedindo que passe outro íon nele,
como o K, se concentrando dentro da cel e gerando carga +, despolarizando a célula (estímulo
azedo ou amargo).
● Ligar a subst química e abrir canais iônicos permitindo entrar íons Ca e Na por exemplo (alguns
aminoácidos) - despolariza.
● Ligar-se a receptores de membrana que ativam sistemas de segundos mensageiros
(metabotrópico) - ligação com a segunda proteína provoca alguma alteração na membrana da
célula.
● O paladar sofre muita adaptação: a aplicação do estímulo gera uma descarga máxima seguida
de uma adaptação nos dois segundos seguintes até um nível estacionário muito mais baixo. Se
dá tanto no receptor (fásico) quanto no próprio SNC - como se o cérebro deixasse de se
preocupar com aquilo.
Transdução do Paladar:
● Sabor Salgado: Difusão direta para o interior da célula gustativa do íon Na+ através de canais
iônicos abertos independente de voltagem (esses canais ficam sempre abertos). Carga positiva
despolariza a membrana, entra o Ca como segundo msg e se junta às vesículas sinápticas, que
liberam o neurotransmissor → transdução.
● Sabor Ácido: Entrada do H+ pelos mesmos canais de Na+; ou ocorre bloqueio de canais
seletivos para o K + diminuindo a permeabilidade da membrana ao K+ e despolarizando-a.
Marcella Braz - 73
INERVAÇÃO DA LÍNGUA
O trigêmeo faz inervação geral - dor, temperatura, tato. O facial, glossofaríngeo e vago é o
paladar. E o hipoglosso faz a movimentação da língua, a parte motora.
Transmissão dos sinais gustativos ao S.N.C.:
- Reflexos gustativos: Trato Solitário → Núcleos salivatórios superior e inferior → glândulas
submandibulares e parótidas → secreção de saliva durante a ingestão do alimento.
- Adaptação do paladar
A Codificação Neural da Gustação:
- Cada comida ativa uma diferente combinação de sabores básicos.
- Código de População: As respostas de um grande número de neurônios pouco específicos, em
vez de um pequeno número de neurônios altamente específicos, são usadas para especificar as
propriedades de um estímulo tal como o sabor.
- Soma do gosto e cheiro da comida.
- Outras modalidades sensoriais podem contribuir: Textura (tato) e temperatura; Dor (capsaicina).
Atributos especiais do sentido do paladar:
● Natureza afetiva do paladar → A gustação tem uma conexão forte e direta com as nossas mais
básicas necessidades internas, incluindo sede, fome, emoção, sexo e certas formas de
memória.
● Importância do sentido do olfato no paladar → Por exemplo, sem o sentido do olfato, a mordida
em uma cebola pode ser facilmente confundida com uma mordida em uma maçã.
● Preferência gustativa e controle da dieta → Os humanos são seres onívoros (do latim, omnis,
“tudo”, e vorare, “comer”), comendo, conforme as circunstâncias, plantas, animais, etc. Um
sensível e versátil sistema de gustação foi necessário para distinguir entre novas fontes de
alimentos e possíveis toxinas. Algumas preferências gustativas são inatas: Preferência por
alimentos doces, como o leite materno; Substâncias amargas são instintivamente rejeitadas; A
experiência pode modificar nossos instintos e podemos aprender a tolerar e mesmo gostar do
amargor de substâncias como o café.
Marcella Braz - 73
SENTIDO DO OLFATO
Membrana olfativa: localizada ocupando a concha superior e o terço superior da terça média. É
onde temos o neurônio 1 que é o receptor, a cápsula receptora do olfato. Ela é bipolar e suas
terminações periféricas afloram na superfície da membrana olfatória e entram em contato com a
substância odorífera, seu prolongamento central entra no SNC. Seu nervo apresenta vários
filamentos, os quais vão atravessar a lâmina crivosa do etmóide e vão entrar em contato com o
neurônio 2 no bulbo olfatório.
● Junto com as cels sensitivas, temos glds de bowman que secretam muco, então os terminais
sensitivos das cels olfatorias ficam banhadas em muco.
● A Subst. precisa ser volátil - para penetrar nas fossas nasais (precisa do ar). Na membrana já, a
subst precisa ser solúvel em água - para atravessar o muco, e tem que ser Lipossolúvel - para
atravessar a membrana de cílios da célula olfatória e estimulá-los, juntamente com a membrana
olfatória.
Adaptação: Os receptores olfativos adaptam-se cerca de 50% no primeiro segundo após a
estimulação; e depois disto passam a se adaptar lentamente. A maior parte da adaptação ocorre
no S.N.C. (adaptação psicológica).