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Zoologia dos invertebrados I Módulo:

Mollusca
ZOL013
Roteiro Didático de Aulas Práticas
Incluem apenas atividades complementares as aulas teóricas

Atividades remotas emergenciais 2020

“Todos os direitos de imagens estão


reservados à UFMG.”
Professoras
Teofânia H. D. A Vidigal – Departamento de Zoologia ICB/UFMG
Jennifer Thayane M. Andrade – Pós doc. Departamento de Zoologia ICB/UFMG
Colaborações
Daniel Coscarelli, Lângia C. Montresor

Aluno:

Obs. Texto complementar é para uso didático, para fins de discussões e organização das aulas. Referências
atuais serão discutidas durante as aulas. Atualizações sobre a sistemática podem ser observadas na literatura
citada em aula. As imagens das pranchas pertencem ao acervo fotográfico do Laboratório de Malacologia e
Sistemática Molecular ICB/UFMG – muitas das fotos não apresentam escala – uso exclusivo didático. A
reprodução não autorizada.
Prática 10
CLASSE CEPHALOPODA

Essa prática conta com quatro atividades complementares (R10.1 a R10.7).

As atividades não precisam ser enviadas ao professor. A execução dessa aula


prática deve ser acompanhada com leitura da literatura sugerida abaixo e as
pranchas.
Essa aula é composta de prancha, figuras e links

INTRODUÇÃO

CEPHALOPODA (do grego Kephalee: cabeça; Podos: Pés = pés na cabeça)” classe que apresenta
os moluscos mais derivados com simetria bilateral, corpo alongado no eixo anteroposterior,
destacando uma cabeça anterior, pé dividido em braços ou tentáculos. com ventosas na sua
superfície ventral (coroa ou anel de tentáculos em volta da boca, provida de uma mandíbula escura,
pontiaguda em forma bico dos papagaios). Braços e tentáculos em número variável, em geral, Lulas
e Sépias possuem 10 tentáculos – 8 do mesmo tamanho e 2 maiores; já os Polvos apenas 8, todos
iguais, que permitem em geral ao animal andar, nadar, capturar e imobilizar as presas. A massa
visceral posterior e o corpo e totalmente coberto pelo manto. Apresentam uma prega do manto na
região ventral denominada sifão que participa na respiração ao eliminar a água proveniente das
brânquias e que serve para a eliminação dos dejetos, bem como os produtos sexuais (ovoposição),
e está associada também a locomoção por propulsão a jato. (locomoção com grande rapidez,
quando preciso, expulsando com forca a água retida na cavidade do manto ou cavidade palial).
Animais de concha ausente (Polvos), interna (Sépias e Lulas) ou externa (Nautilus – exótico do Indo-
Pacífico). Os cefalópodes viventes estão reunidos nas subclasses Nautiloidea (náutilos) e Coleoidea
(lulas, sépias e polvos). Os Amnoidea (todos fosseis) são caracterizados como cefalópodes com
concha externa. Os cefalópodes são um grupo de moluscos marinhos que evoluíram no Cambriano
a partir de um ancestral semelhante ao monoplacóforo o primeiro cefalópode conhecido do
cambriano é Plectronoceras. As conchas dos cefalópodes (fragmocone) são distintas dos outros
moluscos pois são divididas em câmaras que se comunicam através de um tecido vivo chamado
sifúnculo (liquido e gás) que permite que a concha seja usada para a flutação minimizando o gasto
energético para a manutenção do animal na coluna d´água (Lemanis et al. 2016). Grande parte dos
cefalópodes atuais são de nadadores ativos poucos são secundariamente bentônicos como o polvo
que usam a propulsão a jato somente para fuga.

Octopus insularis é o polvo que domina as águas tropicais rasas das áreas tropicais do litoral e das
ilhas oceânicas do Norte e Nordeste do Brasil. Os habitas e dietas destas espécies nestes diferentes

Obs. Texto complementar é para uso didático, para fins de discussões e organização das aulas. Referências 2
atuais serão discutidas durante as aulas. Atualizações sobre a sistemática podem ser observadas na literatura
citada em aula. As imagens das pranchas pertencem ao acervo fotográfico do Laboratório de Malacologia e
Sistemática Molecular ICB/UFMG – muitas das fotos não apresentam escala – uso exclusivo didático. A
reprodução não autorizada.
ambientes são desafios que pesquisadores veem enfrentando no estudo destes animais
interessantes. Para o estudo da ecologia e de diferentes aspectos de vida de qualquer exemplar
grande conhecimento acerca de biologia do grupo é necessário. A ocupação de nicho por O.
insularis, o conhecimento sobre a ecologia e biologia desta espécie de interesse econômico para o
Norte/Nordeste do Brasil é considerado de extrema importância para o seu manejo assertivo.
ampliado. Aqui literatura a respeito são sugeridas de modo que o aluno que desejar ampliar seus
conhecimentos sobre o grupo possa fazê-lo. (Batista et al. 2016). RIOS 2009: 610 - 649) registra
para o litoral oceânico do Brasil 86 espécies de Cefalópodes, incluídas em 66 gêneros e 33 famílias.
Muitas são usadas como recursos pesqueiros.

Os cefalópodes apresentam comportamento reprodutivo complexo e a leitura dos nossos livros


textos básicos sempre nos deixam com lacunas no conhecimento a respeito desta complexidade do
processo reprodutivo. Dúvidas sempre permeiam o nosso universo. Resumindo os cefalópodes são
dioicos, desenvolvimento direto, apresentam comportamento de corte que incluem comunicação
visual e transferência de espermatóforos através de apêndices modificados nos machos Os
espermatóforos dos náutilos são compostos por uma longa massa espermática uma cápsula ovoide,
sendo transferidos à fêmea pelo espádice, órgão derivado da hipertrofia de quatro tentáculos circum-
orais. Os espermatóforos dos coleóides durante a cópula, são transferidos à fêmea por meio de um
apêndice modificado nos machos, denominado hectocótilo. São várias as características marcantes
de Cephalopoda e acima algumas palavras em negrito nos servem de alerta para os detalhes a saber
sobre o grupo. No entanto, outros pontos interessantes como: são animais que apresentam sistema
circulatório fechado e isso está diretamente relacionado ao seu modo de vida. Seu sangue
denominado hemolinfa tem um pigmento respiratório denominado Hemocianinia. Comente este
aspecto.

Obs. Modificações e alterações poderão ser feitas durante o curso. Uso didático para fins de discussão e 3
organização das aulas. Referências atuais serão discutidas durante as aulas e atualizações da sistemática
serão apresentadas.
.
PRÁTICA: 1ª Parte – Conchas de Cefalópodes/estojo:

ATIVIDADE R.10. 1 - Observe as conchas mostradas nas pranchas correspondentes:


1 - Concha de Nautilus – Prancha 1 - usando a literatura -livros textos, identifique as estruturas
com os números correspondentes:
• Câmaras
• Câmara do corpo
• Septos
• Canal do Sifúnculo
• Como essas estruturas funcionam para promover o deslocamento vertical dos
cefalópodes? Flutuação. Explique o mecanismo

Obs. Texto complementar é para uso didático, para fins de discussões e organização das aulas. Referências 4
atuais serão discutidas durante as aulas. Atualizações sobre a sistemática podem ser observadas na literatura
citada em aula. As imagens das pranchas pertencem ao acervo fotográfico do Laboratório de Malacologia e
Sistemática Molecular ICB/UFMG – muitas das fotos não apresentam escala – uso exclusivo didático. A
reprodução não autorizada.
ATIVIDADE R.10. 2
- Concha de Spirula – Prancha 2 - usando a literatura - livros textos de nome e as funções das
estruturas apontadas.
Identifique as estruturas:
• E descreva a forma da concha e a divisão das câmaras
• Onde se localiza o anal do sifúnculo
• Explique como essas estruturas funcionam para promover o deslocamento vertical dos
cefalópodes?

Obs. Modificações e alterações poderão ser feitas durante o curso. Uso didático para fins de discussão e 5
organização das aulas. Referências atuais serão discutidas durante as aulas e atualizações da sistemática
serão apresentadas.
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ATIVIDADE R.10. 3
Veja a figura abaixo e responda a pergunta. Qual (is) a (s) função (ões) deste estojo
reprodutivo
- Estojo de ovos de Argonauta

Cephalopoda; Coleoidea; Octopodiformes; Octopoda;


Incirrata; Argonautidae; Argonauta
Acervo do Laboratório de Malacologia e
Sistemática Molecular.

Fêmea de Argonauta nodosa

PRÁTICA: 2ª Parte – Anatomia externa:

ATIVIDADE R.10. 4

Observe os desenhos dos animais anexados abaixo.

Inicialmente, determine a posição anterior e posterior do animal, através observação da posição


dos olhos e depois localize e caracterize:
a) cabeça
b) pé (tipo)
c) número de braços e tentáculos (diferencie as lulas dos polvos pelo número de braços)
d) ventosas
e) olhos
f) funil
g) cavidade do manto (aspecto cartilaginoso na lula)
h) boca (somente posição)
i) bico córneo (localização/constituição e função – veja a cor das setas)
j) Rádula (somente localização- veja a cor das setas)

Obs. Texto complementar é para uso didático, para fins de discussões e organização das aulas. Referências 6
atuais serão discutidas durante as aulas. Atualizações sobre a sistemática podem ser observadas na literatura
citada em aula. As imagens das pranchas pertencem ao acervo fotográfico do Laboratório de Malacologia e
Sistemática Molecular ICB/UFMG – muitas das fotos não apresentam escala – uso exclusivo didático. A
reprodução não autorizada.
Qual dessas estruturas estão relacionadas ao hábito alimentar dos cefalópodes, e que
modificações elas apresentam?
ATIVIDADE R.10. 5
Observe a diferença entre o polvo e a lula com relação às estruturas: Nadadeiras, número de
braços/tentáculos, concha, forma hidrodinâmica do corpo. Como essas diferenças estão
relacionadas à estratégia de vida dos animais?

PRÁTICA: 3ª Parte – Anatomia interna:

Para estudar a anatomia interna dos cefalópodes, utilize as figuras abaixo de modo que você
possa acompanhar posteriormente o vídeo com a disseção do animal.
Observando as figuras abaixo procure identificar as seguintes partes:
a) brânquias
b) glândula digestiva
c) "pena”
d) bolsa de tinta (não mostrado no desenho, procure pesquisar)
e) Funil ou sifão
f) Gânglios estrelados
g) Corações, sistêmico e branquial (função do coração branquial).
h) Procure sempre identificar a região dorsal e ventral do animal

ATIVIDADE R.10. 6
Responda:
Relacione o tipo de pé do animal com o seu hábito.
Quais modificações dos sistemas nervoso e circulatório são típicos de Cephalopoda? Como
essas modificações estão relacionadas com a estratégia de vida desses animais?

Obs. Modificações e alterações poderão ser feitas durante o curso. Uso didático para fins de discussão e 7
organização das aulas. Referências atuais serão discutidas durante as aulas e atualizações da sistemática
serão apresentadas.
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ATIVIDADE R.10. 7
Após observar as estruturas nas figuras acimas acompanhe a dissecação mostrada no link
abaixo. Observe as estruturas que você viu acima no desenho juntamente com as outras
informações que você viu durante as aulas e as leituras dos textos.
https://www.youtube.com/watch?v=elw_Tcw0G0c

Obs. Texto complementar é para uso didático, para fins de discussões e organização das aulas. Referências 8
atuais serão discutidas durante as aulas. Atualizações sobre a sistemática podem ser observadas na literatura
citada em aula. As imagens das pranchas pertencem ao acervo fotográfico do Laboratório de Malacologia e
Sistemática Molecular ICB/UFMG – muitas das fotos não apresentam escala – uso exclusivo didático. A
reprodução não autorizada.
Principais referências bibliográficas
Batista et al. 2016): Octopus insularis where it lives and what it eats BRAZILIAN JOURNAL OF
OCEANOGRAPHY, 64(4):353-364;2016
BRUSCA CR, BRUSCA GJ. Invertebrates. 2003. 2ª edition. Sinauer Associates
Fransozo, A.& Negreiros-Fransozo, M.L.2016. Zoologia dos Invertebrados. Gen/Roca.
2012. Moluscos límnicos invasores no Brasil : biologia, prevenção e controle (pp. 311-315). Porto
Alegre: Redes Editora
Lemanis R., Korn D Zachow S , Rybacki E 4 , Hoffmann R. Evolution and Ontogeny of Cephalopod
Chamber Shape PLOS ONE | DOI:10.1371/journal.pone.0151404 March 10, 2016
OLIVEIRA MP & OLIVEIRA MHR 1999 - Dicionário Conquílio Malacológico – Editora UFJF
OLIVEIRA, MAURY PINTO, ALMEIDA, MARCELO NOCELLE. 2000 Malacologia. Juiz de Fora
RIOS EC 2009 Compedium of Brazilian sea shells. Editora Evangraf ISBN 9788577271733
RUPPERT & BARNES. 2005. Zoologia dos Invertebrados. Sétima Edição. Roca.
Mansur MC, Santos CP, Pereira D, Paz IC, Zurita ML, Rodriguez MT, Nehrke MV, Bergonci PE
(1Ed.), Moluscos límnicos invasores no Brasil : biologia, prevenção e controle.

Obs. Modificações e alterações poderão ser feitas durante o curso. Uso didático para fins de discussão e 9
organização das aulas. Referências atuais serão discutidas durante as aulas e atualizações da sistemática
serão apresentadas.
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