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Sumário ALÔ, VOCÊ!


PRINCÍPIO DA COMPETITIVIDADE ................................................... 9 Este é um material de
PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS ........................................... 9 acompanhamento de Aulas
PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA ................................. 9 Gratuitas transmitidas pelo
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SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS ................................................... 10
Oficial no
EXERCÍCIOS ........................................................................................ 10
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LICITAÇÕES – Lei 8.666/93


Direito Administrativo | Thállius Moraes

INTRODUÇÃO
Conforme exigência constitucional, as contratações realizadas pela Administração Pública devem ser
precedidas de licitação, de modo a ser obtida a proposta mais vantajosa, em observância ao princípio da
indisponibilidade do interesse público.
CF - Art.37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
A Lei 8.666/93 estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos. Aplica-se para
obras e serviços (inclusive de publicidade, compras, alienações e locações) no âmbito dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Desse modo, verificamos que a Lei 8.666/93 é uma lei nacional, aplicando-se a todos os entes da
Administração Pública, e não uma mera lei federal, aplicável somente no âmbito da União e da Administração
Indireta Federal.
Além dos órgãos da Administração Direta, também estão subordinados ao regime da Lei 8.666/93:
 fundos especiais
 autarquias
 fundações públicas
 empresas públicas
 sociedades de economia mista
 demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista possuem atualmente legislação específica
no que tange às licitações (Lei 13.303/2016), sendo aplicadas de forma subsidiária as disposições da Lei
8.666/93. Contudo, esses entes ainda estão submetidos ao dever geral de licitar, sendo que as exceções
porventura existentes devem estar previstas expressamente em lei.
As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações
da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação,
ressalvadas as hipóteses previstas na legislação.
A Lei 8.666/93 conceitua contrato com sendo todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.

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Desse modo, a obrigatoriedade de licitar deve ser interpretada de forma ampla, alcançando não
somente aos negócios jurídicos de natureza contratual propriamente dita, mas a todo e qualquer ajuste em
que haja obrigações recíprocas, ressalvados os casos expressamente previstos em lei.
Qualquer cidadão pode acompanhar o desenvolvimento dos processos licitatórios, desde que não
interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
O procedimento licitatório previsto na Lei 8.666/93 represente um ato administrativo formal,
independente de qual esfera ou Poder da Administração Pública o esteja praticando.
Lei 8.666/93 - Art. 4º. (...) Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto
nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer
esfera da Administração Pública.

OBJETIVOS
A licitação tem por objetivos garantir a observância do princípio constitucional da isonomia (ou
igualdade), a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com princípios estabelecidos na
Lei 8.666/93.
Objetivos da licitação:
 Isonomia
 Proposta mais vantajosa
 Desenvolvimento nacional sustentável
Lei 8.666/93 - Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

A Lei 8.666/93 contempla a possibilidade de imposição ao contratado que promova medidas de


compensação comercial, industrial ou tecnológica.
Lei 8.666/93 - Art. 3º, § 11. Os editais de licitação para a contratação de bens,
serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente,
exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade integrante da
administração pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo
isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso
a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma
estabelecida pelo Poder Executivo federal.
Da mesma forma, nas contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento
dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação que forem considerados estratégicos, poderá ser
feita a restrição de serem utilizados somente de bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País.

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Lei 8.666/93 - Art. 3º, § 12. Nas contratações destinadas à implantação,


manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e
comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a
licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no
País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei
no 10.176, de 11 de janeiro de 2001.

TIPOS DE LICITAÇÃO
Encontramos na Lei 8.666/93 quatro tipos de licitação, que só não serão aplicáveis na modalidade
concurso, cujo critério adotado é o melhor trabalho técnico, científico ou artístico, conforme será
estudado em tópico próprio.
Saliente-se que a Lei 8.666/93 veda a utilização de qualquer outro tipo licitação, somente podendo
o administrador adotar, conforme a situação, um desses quatro tipos previstos expressamente na lei.
1) MELHOR PREÇO
Esse tipo de licitação será utilizado quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as
especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço.
Assim, nesses casos, a Administração formulará as especificações do objeto do contrato, sendo
considerado vencedor o licitante que oferecer a proposta com o preço mais baixo.
2) MELHOR TÉCNICA
O tipo de licitação melhor técnica será utilizado exclusivamente para serviços de natureza
predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização,
supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de
estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, salvo para bens e serviços de informática.
Nas licitações de tipo melhor técnica será adotado o procedimento claramente explicitado no
instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a Administração aceitará pagar.
3) TÉCNICA E PREÇO
As licitações do tipo técnica e preço também serão utilizadas exclusivamente para serviços de
natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização,
supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de
estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.
Importante destacar que esse tipo de licitação será obrigatoriamente adotado no caso de licitação
para contratação de bens e serviços de informática.
4) MAIOR LANCE OU OFERTA
Esse tipo de licitação será utilizado nos casos de alienação de bens (como o leilão, por exemplo) ou
concessão de direito real de uso.

PRINCÍPIOS

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Encontramos na Lei 8.666/93 alguns princípios que regem o processo licitatório. Alguns desses
princípios estão previstos de forma expressa, no próprio corpo da lei, outros, são tratados de forma implícita,
retirados de comandos existentes no texto legal e também de ensinamentos doutrinários.
Vale salientar que os princípios básicos que regem a Administração Pública (como aqueles previstos
na Constituição Federal) também se aplicam às licitações.

PRINCÍPIOS EXPRESSOS
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Os licitantes devem ser tratados de forma isonômica, sendo vedada qualquer discriminação
injustificada, dando oportunidade para que qualquer interessado, que preencha os requisitos legais,
participe da licitação. Entretanto, a legislação prevê tratamento diferenciado em algumas
situações, de modo a também licitar de modo a contribuir com o desenvolvimento nacional sustentável,
com o estabelecimento de regras de desempate e margem de preferência.
Desse modo, a lei proíbe que os agentes públicos estabeleçam qualquer tipo de tratamento
diferenciado em face dos licitantes (seja de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciário) ou
entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que tange à moeda, modalidade e local de
pagamentos. Contudo, conforme acima citado, a própria lei estabelece algumas situações excepcionais
em que o tratamento diferenciado será admitido.
Lei 8.666/90 - Art. 3º, § 1º É vedado aos agentes públicos: (...)
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista,
previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras,
inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo
quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o
disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de
1991.
Conforme vimos, a regra de isonomia entre os licitantes não é absoluta, existindo na lei algumas
situações de tratamento diferenciado.

1) CRITÉRIOS DE DESEMPATE
O Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços:
1. Produzidos no País;
2. Produzidos ou prestados por empresas brasileiras;
3. Produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País;
4. Produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que
atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação;
5. Sorteio.

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2) MARGEM DE PREFERÊNCIA
Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para:
 produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas
brasileiras; e
 bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de
reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
Essa margem de preferência será estabelecida por ato do Poder Executivo Federal, sendo feita com
base em estudos periódicos, em prazo não superior a 5 anos e a margem total não pode ultrapassar 25% do
preço estrangeiro.
Essa margem de preferência poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços
originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul - Mercosul.

3) MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO


PORTE
A Lei 8.666/93 estabelece que as normas de licitações e contratos devem privilegiar o tratamento
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei.

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da legalidade encontra sua base no art. 37 da Constrição Federal e é aplicado de forma
geral a toda a Administração Pública. Ele estabelece que o administrador público somente poderá agir
mediante expressa previsão legal, não podendo praticar atos não previstos no ordenamento jurídico.
As licitações possuem procedimentos integralmente disciplinados em lei, que deverão ser
observados tanto pela entidade que promoverá a licitação quanto pelos licitantes participantes.

PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Esse princípio, que também encontra-se previsto expressamente no texto constitucional, exige uma
atuação imparcial e desprovida de interesses pessoas por parte do administrador, que possui o dever de
tratar os licitantes de forma impessoal (ou isonômica, sem privilégios ou discriminações) e de sempre agir
pautado por uma finalidade pública.
Esse princípio é intimamente relacionado com o princípio da isonomia e do julgamento objetivo.

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PRINCÍPIO DA MORALIDADE E DA PROBIDADE


ADMINISTRATIVA
O princípio da moralidade, que também encontra amparo no texto do art. 37 da CF, exige uma
atuação ética do administrador público, pautada por critérios boa-fé, justiça, equidade e honestidade.
Assim, a conduta do administrador público deve observar não apenas a lei, mas também a moral
administrativa.

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
O princípio da publicidade também é aplicado a toda a Administração Pública de uma forma geral,
estando previsto expressamente na Constituição Federal.
Assim, deve ser dada transparência a todos os atos do procedimento licitatório, que serão públicos,
inclusive no que tange ao instrumento convocatório. Contudo, uma importante exceção reside nas
propostas, que serão sigilosas até o momento da abertura das mesmas.
Lei 8.666/93 - Art. 3º, § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e
acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das
propostas, até a respectiva abertura.

PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO


CONVOCATÓRIO
As normas traçadas no instrumento de convocação (edital ou carta-convite) devem ser observadas,
nada poderá ser feito ou criado sem previsão no ato convocatório. Tais regras devem ser observadas tanto
pela Administração Pública quanto pelos licitantes participantes. Contudo, tais normas não podem ser
contrárias à lei, devendo as disposições do instrumento convocatório sempre estar em consonância com o
ordenamento jurídico.
Em caso de inobservância de tal princípio, ocorrerá a nulidade do procedimento licitatório.
Desse modo, caso a entidade promotora da licitação deixe, por exemplo, de aplicar algum critério
previsto no edital para a classificação, ou aceite propostas fora das condições exigidas, estará violando esse
princípio. Da mesma forma, é vedado que ela faça alterações fora dos casos legalmente admitidos.

PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO


Esse princípio determina que o instrumento convocatório deverá prever previamente critérios
objetivos que irão definir o julgamento da proposta vencedora.

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Assim, ao julgar qual é a proposta vencedora, o administrador deve embasar-se nesses critérios, que
estarão claramente previstos no instrumento convocatório. Vale ressaltar que essa objetividade não é
absoluta, pois, em alguns casos, como nas licitações do tipo melhor técnica, por exemplo, haverá certa
discricionariedade ao selecionar a proposta vencedora.

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
PRINCÍPIO DA COMPETITIVIDADE
Um dos objetivos da licitação é obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração. Isso é
dado em virtude da competição entre os licitantes. Dessa forma, são vedadas licitações com preferência
de bens e serviços sem similaridade, de marcas, características e especificações exclusivas (salvo no caso
de ser tecnicamente justificável).
Esse princípio estabelece que os critérios e requisitos traçados no instrumento convocatório devem
ser justificados em razão do bem, serviço ou produto a ser licitado, sem que haja a inserção de cláusulas
ou condições que limitem injustificadamente a participação.
Presume-se que um grande número de participantes aumenta o caráter competitivo da licitação, o
que resultará em melhores propostas para a Administração.

PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS


Conforme vimos, de acordo com o princípio da publicidade, a licitação não será sigilosa, sendo
públicos e acessíveis ao público todos os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das
propostas, até a respectiva abertura.
Essa regra tem o condão de impedir que os licitantes saibam as propostas oferecidas uns pelos
outros, o que culminará no fato de que eles irão oferecer proposta com valores mais baixos, justamente
com o intuito de vencer a licitação.

PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA


Esse princípio estabelece que o objeto da licitação somente pode ser atribuído ao vencedor, ele
possui prevalência na assinatura do contrato.
Entretanto, importante ressaltar que a Administração pode revogar o ato licitatório, por razões de
interesse público, antes da assinatura do contrato (não existe direito adquirido à assinatura).
Assim, esse princípio não rege que a Administração é obrigada a celebrar o contrato, mas sim que,
caso opte por fazê-lo, deverá ser com o vencedor.

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SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS


No sistema de registro de preços o Poder Público formula uma ata de preços, que será utilizada em
contratações futuras de bens e serviços. Esses sistema é utilizado quando, pelas características do bem
ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes.
Determina a Lei 8.666/93 que esse sistema será precedido de ampla pesquisa de mercado. Os preços
registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Administração, na imprensa oficial.
O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades
regionais, observadas as seguintes condições:
 seleção feita mediante concorrência (Obs: no caso de bens e serviços comuns, poderá ser feita
pela modalidade pregão, conforme rege a Lei 10.520/02 em seu art. 11).
 estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;
 validade do registro não superior a um ano.

Na licitação para registro de preços não é necessário indicar a dotação orçamentária, que somente
será exigida para a formalização do contrato ou outro instrumento hábil.
Contudo, vale salientar que a Lei 8.666/93 rege que a existência de preços registrados não obriga a
Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de
outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro
preferência em igualdade de condições.
O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser
informatizado.
Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de
incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.

EXERCÍCIOS
1) Embora sejam entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, as empresas
públicas, como regra geral, estão obrigadas a licitar antes de celebrar contratos destinados à
prestação de serviços por terceiros.

2) Em regra geral, os contratos com terceiros para a prestação de serviços às sociedades de


economia mista que explorem atividade econômica não serão precedidos de licitação.

3) A garantia do princípio da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a


administração pública e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável são objetivos da
licitação.

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4) O objetivo da licitação pública é escolher a proposta mais vantajosa para o futuro contrato
e fazer prevalecer o princípio da isonomia, visando à promoção do desenvolvimento nacional
sustentável.

5) Melhor técnica e menor preço são exemplos de modalidades de licitação.

6) São considerados tipos de licitação: a de menor preço, a de melhor técnica, a de técnica e


preço e a de maior lance ou oferta.

7) Diferentemente das modalidades de licitação, que estabelecem o critério de julgamento,


os tipos de licitação definem os procedimentos a serem adotados.

8) Para a aquisição de bens e serviços de informática que atendam a determinadas


peculiaridades técnicas, exige-se, em regra, licitação do tipo técnica e preço.

9) O tipo de licitação denominada melhor técnica é empregado, exclusivamente, para serviços


de natureza predominantemente intelectual.

10) A estrita observância ao edital constitui princípio básico de toda licitação. Assim, o
descumprimento desse requisito enseja nulidade do certame.

11) Em regra, a licitação será sigilosa, exceto quanto ao conteúdo das propostas, até a
respectiva abertura.

12) Na administração pública, as normas de licitações devem privilegiar as empresas de


pequeno porte.

13) Dado o princípio da isonomia, é vedado atribuir preferências para bens e serviços
produzidos e prestados no Brasil, ou por empresas brasileiras, mesmo que se trate de critério de
desempate em procedimentos licitatórios, situação que deverá ser resolvida por sorteio.

14) O princípio da adjudicação obrigatória ao vencedor é a garantia de que a administração


pública celebrará o contrato com o vencedor do certame.

15) Autarquia estadual pretende adquirir material de escritório para seu Departamento de
Administração, que os distribuirá dentre os seus órgãos, seguindo critérios estabelecidos por
Portaria do Superintendente. Para tanto,
a) está, como regra, adstrita à realização de licitação como procedimento prévio e obrigatório à
celebração do contrato.

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b) não está obrigado à realização de prévio procedimento licitatório, exigível apenas da


Administração pública direta.
c) está adstrita à realização de prévio procedimento licitatório para todas as suas contratações,
em razão do princípio da legalidade.
d) pode realizar ou não procedimento licitatório, decisão discricionária de competência da
autoridade máxima da autarquia, em razão de sua natureza jurídica de direito privado.
e) a despeito de possuir personalidade jurídica de direito privado, está obrigada, como regra, à
realização de prévio procedimento licitatório, até que sobrevenha lei estabelecendo regime
simplificado de contratação.

16) Ressalvadas as hipóteses de dispensa e inexigibilidade previstas na Lei Federal nº 8.666/93,


a contratação por entes do Poder Público com terceiros deve ser precedida de licitação no caso de
a) serviços, excluídos os de publicidade quando se tratar de sociedades de economia mista.
b) alienações de bens, excluídas as vendas de imóveis pertencentes aos entes da administração
indireta.
c) alienações de bens, incluídos os imóveis, e serviços, incluídos os de publicidade.
d) obras, serviços e alienações de bens, exceto quando o contratante for fundação pública.
e) obras e concessões de serviço público, excluídas as concessões de uso de bens imóveis
pertencentes a empresas públicas e sociedades de economia mista.

17) A licitação do tipo melhor técnica ou técnica e preço aplica-se para


a) a contratação de serviços de natureza predominantemente intelectual.
b) a contratação de qualquer tipo de objeto, quando cabível exclusivamente a modalidade
concorrência.
c) a contratação exclusiva de projetos de alta complexidade.
d) a contratação, a critério exclusivo da Administração, independentemente do objeto, desde que
devidamente justificada.
e) a escolha de trabalho científico ou artístico, apenas.

18) O princípio da vinculação ao instrumento convocatório, nas licitações públicas, significa que
as normas previstas no edital vinculam a todos os licitantes,
a) independentemente do que disponha a lei.
b) e à Administração pública, ainda que eivadas de algum vício de legalidade.
c) e à própria Administração pública, prevalecendo, inclusive, sobre a lei.
d) e à própria Administração pública, prevalecendo, inclusive, sobre a lei, mas não sobre a
Constituição.
e) e à própria Administração pública, desde que não sejam contrárias à lei.

19) Em uma licitação para bens e serviços ocorreu empate entre as propostas. Considere:

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I. Produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos


prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que
atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
II. Produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
III. Produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País.
IV. Produzidos no País.
Nos termos da Lei no 8.666/1993, em condições de igualdade, como critério de desempate, será
assegurada preferência pela ordem, sucessivamente, aos itens
a) I, II, III e IV.
b) IV, I, II e III.
c) IV, II, III e I.
d) II, IV, I e III.
e) II, IV, III e I.

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Gabarito
1. Certo
2. Errado
3. Certo
4. Certo
5. Errado
6. Certo
7. Errado
8. Certo
9. Certo
10. CERTO
11. ERRADO
12. CERTO
13. ERRADO
14. ERRADO
15. A
16. C
17. A
18. E
19. C

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