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Sumário

1. Definição
2. Sintomatologia
3. Tratamento
4. Complicações
5. Cuidados de Enfermagem
1.DEFINIÇÃO
 A hiperbilirrubinemia: do recém-nascido ou neonatal é uma doença que surge
logo nos primeiros dias de vida do bebê, sendo causada pelo acúmulo de
bilirrubina no sangue, e deixando a pele amarelada.

 Qualquer criança pode desenvolver a hiperbilirrubinemia, sendo que as


principais causas são alterações fisiológicas na função do fígado, doenças no
sangue, como anemia hemolítica, doenças hepáticas, provocadas por
infecções ou doenças genéticas, ou até mesmo por reações no aleitamento
materno.

 A Icterícia infantil ocorre porque o sangue do bebé contém excesso de


bilirrubina (hiperbilirrubinemia), um pigmento de cor amarela derivado dos
glóbulos vermelhos do sangue.
 Na maioria dos bebês, a hiperbilirrubinemia é um fenômeno normal e
transitório.

ALGUMAS CAUSAS:
 Anemia hemolítica imunitária ou não imunitária Deficiência de G6PD
 Reabsorção de hematoma Sepse
 Hipotireoidismo
 Doença hemolitica-incompatibilidade Rh e ABO
1.DEFINIÇÃO
 Hiperbilirrubinemia direta:
 Quando a substância passa pelo fígado, é transformada em bilirrubina
"conjugada“ sendo então eliminada nas fezes ou na urina.
 Porém, como o fígado do recém-nascido ainda é imaturo, pode haver um
atraso nessa conjugação, acumulando a bilirrubina no corpo, o que resulta
na icterícia neonatal.
.
 A hiperbilirrubinemia indireta: É uma substância amarela proveniente
do metabolismo da hemoglobina.
 Por isso, quando sua fração "indireta", ainda não transformada, encontra-se
em excesso no sangue, ela dá à pele e aos olhos do bebê a sua coloração,
marelada.
1.DEFINIÇÃO
 Hiperbilirrubinemia: conhecido popularmente
como amarelão, a icterícia neonatal (cor amarelada
da pele e dos olhos causada pela concentração
elevada de bilirrubina no soro) é uma alteração que
em os níveis de bilirrubina ultrapassam os limites
fisiológicos (causados pela imaturidade hepática)
gerando a patologia que deixa o RN com a pele e a
esclerótica amareladas. O tom amarelo na pele e
da parte branca dos olhos
 Os níveis séricos de bilirrubina que causam icterícia
variam com a cor da pele e a região do corpo,
porém a icterícia é visível na esclerótica com um
nível de 2 a 3 mg/dL (34 a 51 μmol/L) e na face com
4 a 5 mg/dL (68 a 86 μmol/L).
 Com o aumento dos níveis da bilirrubina, a icterícia
avança na direção da cabeça para os pés,
aparecendo no umbigo com 15 mg/dL (258 μmol/L)
e nos pés com 20 mg/dL (340 μmol/L). Pouco mais
da metade dos recém-nascidos apresenta icterícia
visível na primeira semana de vida.
1.DEFINIÇÃO
Tipos de icterícia:
 Icterícia fisiológica: ocorre como uma resposta à capacidade
limitada do bebê para eliminar a bilirrubina nos primeiros dias
de vida.

 Icterícia do leite materno: ocorre em bebês amamentados,


devido à baixa ingestão de calorias ou desidratação.

 Icterícia pelo leite do peito: pode ser prevenida ou reduzida


aumentando-se a frequência das mamadas é diferente de
icterícia pela amamentação.

 Icterícia de hemólise: Ocorre devido a doença hemolítica do


recém-nascido, quando apresenta elevada contagem de
células vermelhas no sangue ou sangramento.

 Icterícia relacionada com a função hepática


inadequada: ocorre devido a infecção ou outros fatores.
2-Sintomatologia
Sinais de Alerta: Icterícia após 2 Icterícia: começa pela
semanas de idade testa, nariz e tórax e vai descendo até os
Letargia, irritabilidade, desconforto pés;
respiratório. desaparecendo no sentido contrário: pés,
Icterícia no primeiro dia de vida. pernas, barriga, braços, tórax e testa

O RN deverá ser avaliado


teste do pezinho
2-Sintomatologia
Diagnóstico
Exames para investigação etiológica da
icterícia.
 Hemoglobina,
 hematócrito,
 reticulócitos
 Tipagem sanguínea da mãe e do RN
 sistema ABO e Rh (antígeno D)
 Coombs direto no sangue do cordão ou do
RN
 Coombs indireto se mãe Rh negativo
 Teste de função hepática – TGO, TGP
Sorologias para STORCH
 Avaliação para sepse
 Dosagem sanguínea quantitativa de
glicose--fosfato desidrogenase
 Dosagem sanguínea de hormônio
tireoidiano e TSH (teste do pezinho)
2-Sintomatologia
Exame físico

 O aspecto clínico geral e os sinais


vitais.
 Observar na pele a extensão da
icterícia.
 Pressão suave da pele pode revelar a
presença da icterícia.
 Equimoses e petéquias sugerem
anemia hemolítica.
 A inspeção do aspecto geral pode
revelar pletora (transfusão materno-
fetal), macrossomia (diabetes
materna), letargia ou irritabilidade
extrema (sepse ou infecção) e
quaisquer aspectos dismórficos, como
macroglossia (hipotireoidismo),
achatamento da raiz nasal ou prega
epicantal bilateral (síndrome de Down).

2-Sintomatologia
A icterícia neonatal deve ser melhor investigada
quando ela tiver as seguintes características:

 Inicia-se nas primeiras 24 horas de vida do bebê.


 Apresenta concentrações sanguíneas acima de 20 mg/dl.
 Demora mais de 2 semanas para desaparecer (exceto em
prematuros).

 Quando a bilirrubina direta também está muito elevada.


 A face torna-se amarela com valores entre 4 e 5 mg/dl, o
tronco por volta de 10 mg/dl e corpo inteiro com mais de 15
mg/dl.
 A icterícia dita fisiológica, que é aquela que é considerada
normal e esperada, inicia-se ao redor do 3º dia de vida e
desaparece em até 2 semanas.

 Nos bebês prematuros, ela pode demorar um pouco mais.


 Em alguns recém-nascidos, os níveis de bilirrubina podem
chegar até 15 mg/dl.
3.Tratamento
Formas de tratamento:
 Amamentar o bebe é uma ótima forma de
complementar o tratamento, pois reduz a reabsorção
de bilirrubina no intestino.

 A suspensão do aleitamento materno é necessária


por apenas 1 ou 2 dias, e a mãe deve ser
encorajada a continuar estimulando a secreção do
leite do peito regularmente, para que ela possa
reassumir a amamentação assim que os níveis de
bilirrubina do neonato começarem a diminuir.

 Já no casos mais graves de icterícia, como as de


causa infecciosa, congênita ou genética, o
tratamento é específico de acordo com a causa,
orientado pelo pediatra, durante a internação
hospitalar, podendo envolver uso de antibióticos,
corticóides, hormonioterapia ou, nos casos de
bilirrubina muito elevada, a exsanguíneotransfusão,
que ajuda a remover mais rapidamente a bilirrubina
do sangue.
3.Tratamento
Fototerapia
 A fototerapia :Deve ser realizada no hospital,
de preferência no alojamento conjunto.
 Fototerapia é o uso da luz para fotoisomerizar
bilirrubina não conjugada, transformando-a em
formas mais hidrossolúveis e que possam ser
excretadas rapidamente pelo fígado sem
glucuronidação.

 É ideal naqueles casos em que a elevação da


bilirrubina é mais lenta e no tratamento da
icterícia do prematuro. Consiste na exposição
da cérebro.

 Fototerapia:
 Esse tratamento vem se mantendo como padrão,
usando mais comumente luz branca fluorescente.
(Luz azul, comprimento de onda de 425 a 475 nm, é
mais eficiente para fototerapia intensiva.)
3.Tratamento
O método exsangüinotransfusão:

 É indicada para reduzir rapidamente a


concentração de bilirrubina, quando há risco de Exsanguinotransfusão
acometimento do cérebro, especialmente se
houver hemólise (destruição das hemácias).
indicado para hiperbilirrubinemia grave

 O risco de aparecimento de kernicterus é
indicação absoluta para a realização desse
tratamento.

 A exsangüinotransfusão: consiste na
retirada de todo o sangue da criança e a sua
substituição por outro sangue, sem as
concentrações altas de bilirrubina
4.Complicações:

Encefalopatia bilirrubínica aguda:


Manifestação neurológica aguda e eventualmente
reversível, secundária à toxicidade da bilirrubina no
sistema nervoso central nas primeiras semanas após o
nascimento.

Kernicterus: Forma crônica e permanente da


encefalopatia bilirrubínica

O Kernicterus : lesa o sistema nervoso


central, se manifestando da seguinte
forma:

• Letargia,
• Sucção fraca
• Vômitos
• Hipotonia,
• Crise convulsiva,
• Grito estridente,
• podendo levar até a morte
5.Cuidados de Enfermagem

 Orientar os pais sobre a indicação da


fototerapia e procedimentos efetuados,
orientá-los em caso de duvidas.

 Relacionadas à criança: retirar toda roupa


da criança, exceto a fralda, que protege as
gônadas posicionar a criança a
aproximadamente 40 a 60cm da fonte
luminosa fluorescente utilizar panos
brancos nas laterais do berço
convencional para aumentar a reflexão da
luz e proteger correntes de ar proteger os
olhos do RN com máscara de cor negra,
faixa de crepe ou gaze, trocar a faixa
diariamente, mudança de decúbito de
2/2hs DD, DV, DLD, DLE.
5.Cuidados de Enfermagem
 hidratar a cada 30min ou a cada hora.

 Observar o estado de hidratação da criança: turgor da


pele, prega abdominal frouxa, pele seca hidratar a cada
30min ou a cada hora.

 Realizar balanço hídrico rigoroso de 6/6hs. controlar o


peso diariamente ou 2 vezes ao dia, se a criança for
 pré-termo ou de baixo peso.

 Verificar a temperatura a cada 4hs; desligar as


lâmpadas enquanto fazem a coleta e proteger com
papel escuro o frasco que recebe a amostra coletada
para evitar falsos resultados;
 Observar a coloração das escleróticas diariamente,
principalmente em RN negro.

Observar atentamente o estado geral da criança,
comunicar imediatamente: aumento da letargia alteração
na sucção ou na quantidade do vômito.
 .
5.Cuidados de Enfermagem
 Observar as condições da pele: cor, presença de
erupções e queimaduras.
 Observar as características das fezes: cor
consistência, volume, frequência.

 observar as características da urina, em geral


escuras, devido aos produtos de foto degradação
interromper a fototerapia durante procedimentos como
banho, técnicas de enfermagem, visita da mãe
(sempre que a mãe for ver a criança retirar a proteção
dos olhos para permitir a interação natural e
movimentação ocular não afastar a criança por mais
de 30min, respeitando a continuidade do tratamento.

 Aplicar a fototerapia conforme os períodos e intervalos


indicados, já que em geral não é aplicada
continuamente (12h ligada, 12h desligada).
 A duração da fototerapia é determinada pela resposta
da bilirrubina;
Referência:
Praticas de Enfermagem :Autora Sandra M Nettina
https://bvsms.saude.gov.br
https://www.msdmanuals.com
https://pebmed.com.br
https://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4832/-1/index-2.htm
https://medicoresponde.com.br
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Janete Paulo dos Santos


Ana Maria de Souza
Juliana Aparecida Pinto Ribeiro

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