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BEIRA
2017
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
BEIRA
2017
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
BEIRA
2017
DECLARAÇÃO
Eu, Egas Vicente Ciedade Mendiate declaro por minha honra que esta monografia é
resultado do meu próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de
Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Zambeze, Beira. Ela não foi submetida
antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra universidade.
______________________________________________________________
i
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Vicente Ciedade Mendiate e Maria Teresa Jorge
Bamuenhe, minhas irmãs Stella e Nilza Mendiate.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus pela bênção da vida e saúde, por iluminar o
meu caminho e dar-me forças para superar as dificuldades durante esta caminhada.
Aos meus pais, Vicente Ciedade Mendiate e Maria Teresa Jorge Bamuenhe, por
toda a educação, apoio, amor e paciência que depositaram em mim durante esta longa
caminhada, o que serviu de base para que me tornasse na pessoa que sou hoje, as minhas
irmãs Stella Mendiate e Nilza Mendiate, pelo apoio, força e fé que depositaram
incondicionalmente em mim, aos meus irmãos Gil Mendiate e Sérgio Mendiate que
mesmos estando distantes, sempre se fizeram presentes em todos os momentos dessa
grande batalha.
Aos demais familiares em foco ao meu tio Albino Inácio Cotene, aos meus
cunhados Augusto Camacho e Hélder Mundereia pela grande contribuição e estímulo
durante todos estes anos. A Cacilda Isac Alberto Bova pela força, atenção, amor, apoio e
companheirismo em todos momentos.
Aos velhos amigos José Carlos Mautempo (Fábio), Délio (3H), Jerónimo Bernardo,
Mateus Borges pela força e incentivo de sempre e contributo para a melhoria do conteúdo
desse trabalho. Para Isaías Freitas, Geraldo Guerra, Mário Zuber, Nelson Klironomos os
agradecimentos são dobrados.
Aos novos, que conheci no caminho que este curso me fez percorrer nomeadamente
Ami Issufo, Oliveira Violante, Francisco Araújo, Francisco Barros Jr, Moguen Daipa,
Nelson Malua, Eduardo Pereira, Chidelson Bofana (Chidó) e Ubaldecio Bofana (Golias),
Farai e outros, aos colegas, funcionários e Director do Lar Internato 25 de Maio que
directamente e indirectamente me apoiaram nesta longa caminhada.
E a todos que directa ou indirectamente fizeram parte da minha formação vai o meu
muito obrigado.
iii
ÍNDICE
RESUMO ................................................................................................................. vi
INTRODUÇÃO .........................................................................................................1
Justificativa ................................................................................................................3
iv
1.4.1. História e Evolução ................................................................................23
Conclusão .............................................................................................................44
Recomendações ....................................................................................................46
v
RESUMO
O presente trabalho tem como objectivo melhorar o conforto acústico dos edifícios
ao longo da Rua Alfredo Lawley na Cidade da Beira, para tal fez-se um estudo do
ambiental ruído, principalmente o ruído gerado pelo tráfego rodado. Aplicam-se soluções
de reabilitação acústica recorrendo o uso da tecnologia de chapas de gesso acartonado
como solução do problema de ruído provocado pelo tráfego. Estudou-se o processo de
implementação desta técnica que se baseia simplesmente em revestir as paredes de
alvenaria com as ditas chapas de gesso acartonado. Ao final é apresentado um estudo de
caso o qual se refere a uma necessidade urgente e sua protecção acústica é indicada, visto
que o ruído nesta área perturba os moradores e utentes dos edifícios ao longo da rua, e por
fim chega-se à conclusão que com a utilização e o domínio das técnicas corretas, a
aplicação das chapas de gesso acartonado torna-se uma alternativa altamente viável. É
dado enfoque às soluções que permitem reduzir a componente de ruído aéreo.
vi
ABSTRACT
The present work aims to improve the acoustic comfort of the buildings along the
Alfredo Lawley Street in the City of Beira. A study was made of the environmental noise,
mainly noise generated by road traffic. Acoustic rehabilitation solutions are applied by the
use of gypsum board technology as a solution to the traffic noise problem. We studied the
process of implementing this technique which is based simply on coating the walls of
masonry with said panels of gypsum board. At the end a case study is presented which
refers to an urgent need and its acoustic protection is indicated, since the noise in this area
disturbs the residents and users of the buildings along the street, and finally one arrives at
the conclusion that With the use and mastery of the correct techniques, the application of
gypsum board becomes a highly feasible alternative. It focuses on solutions that reduce the
airborne noise component.
Keywords: acoustic comfort, acoustic rehabilitation, road traffic, gypsum board, noise.
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1: Variação de pressão produzida por uma fonte sonora (Fonte: SALIBA,
2004) ......................................................................................................................................5
Figura 1.2: Espectro sonoro (Fonte: FQ8-Edicoes ASA) ..........................................6
Figura 1.3: meios materiais de propagação do som (Fonte: Acústica de Edifício e C.
Ruído, 2008)...........................................................................................................................9
Figura1.4: Influência da envolvente de uma fonte na propagação sonora (Fonte:
Acústica de Edifício e C. Ruído, 2008) ...............................................................................10
Figura 1.5: Pressão e nível e pressão sonora. (Fonte: B&K, Apud Cetesb, 2005). .12
Figura 1.6: Decibelímetro (Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Decibelímetro) ...............13
Figura 1.7: Fontes de ruído. (Fonte: Arquivo pessoal, 2005). .................................14
Figura 1.8: Tipos de ruído (Fonte: Acústica de Edifício e C. Ruído, 2008) ............18
Figura 1.9: Ilustração da transmissão de ruído através de elementos construtivos
(Fonte: Acústica nos edifícios, 2007)...................................................................................19
Figura 1.10: Ilustração da definição do parâmetro Dxx,2m,nT em paredes
exteriores do edifício (Fonte: Reabilitação Acústica, 2014) ................................................20
Figura 1.11: Diferentes tipos chapas de gesso acartonado (Fonte: GESSO NA
ARQUITETURA, 2005) ......................................................................................................26
Figura 1.12: Aplicacao do gesso no reboco de parede (Fonte: GESSO NA
ARQUITETURA, 2005) ......................................................................................................27
Figura 1.13: Bloco de gesso para execução de paredes (fonte: GESSO NA
ARQUITETURA, 2005) ......................................................................................................28
Figuara 1.14: aplicacao de placas de gesso para forro (fonte: GESSO NA
ARQUITETURA, 2005) ......................................................................................................28
Figura 1.15: aplicação de placas de gesso acartonado (Fonte: GESSO NA
ARQUITECTURA, 2005) ...................................................................................................29
Figura 2.1: Localização da cidade da Beira e da área de estudo (Fonte: Google
Earth) ....................................................................................................................................30
Figura 2.2: Localização do troço em estudo (Fonte: Google Earth) ........................31
Figura 2.3: Trafego na Rua Alfredo Lawley no horário das 11h:30min (Fonte:
própria) .................................................................................................................................34
viii
Figura 2.4: Mapa de ruído Diurno-Entardecer-Nocturno da zona em estudo (Fonte:
Própria). ................................................................................................................................37
Figura 2.5: Dimensionamento de parede de gesso acartonado (fonte: CIOCCHI
2003). ...................................................................................................................................39
Figura 2.6: Planta Baixa (Fonte: Archicad 16) ........................................................40
Figura 2.7: Aplicação da chapa em revestimento estruturado (Fonte: GESSO NA
ARQUITETURA, 2005) ......................................................................................................40
Figura 2.8: Aplicação de placa de gesso acartonado em parede estrutural. (Fonte:
GESSO NA ARQUITETURA, 2005)..................................................................................41
Figura 2.9: Aplicação da chapa em revestimento intermediário (Fonte: GESSO NA
ARQUITETURA, 2005). .....................................................................................................42
ix
LISTA DE TABELAS
x
INTRODUÇÃO
O quotidiano nas cidades e com a evolução tecnológica ocorrida nos últimos anos,
nos expõe continuamente a impactos de sons e ruídos que podem comprometer nossa
qualidade de vida. O aumento dos níveis de ruído, especialmente em meios urbanos e
suburbanos, associada à crescente necessidade de conforto, a protecção acústica dos
edifícios, como forma de garantir um adequado conforto acústico no seu interior, assume
uma importância cada vez maior nos dias de hoje.
A construção civil, assim como outras áreas, vem apresentando cada vez mais um
acelerado processo de renovação tecnológica de seus componentes, materiais, técnicas e
métodos. Actualmente, diversas empresas construtoras buscam nas inovações a melhoria
qualitativa e também produtiva (PESSANHA et al 2002), impondo assim, novos desafios
aos métodos convencionais, sejam de habitações, estruturas ou edificações em geral.
1
diminuam os efeitos dos ruídos nas construções já existes e melhorem a qualidade de vida
dos utentes dos mesmos.
2
Objectivos do estudo
Objectivo geral
Objectivos específicos
Questão da pesquisa
- Que medidas podem ser tomadas para mitigar o ruído provocado pelo tráfego
rodado na Cidade da Beira, especificamente na Rua Alfredo Lawley?
Justificativa
3
madeira maciça, gesso, cortiça, etc.). O Isolamento, como o nome já diz, tem o objectivo
de impedir a passagem/saída dos sons entre distintos ambientes, entre edificações e o
ambiente.
Outro factor que influencia no isolamento é o fato de não se usar apenas uma
barreira, mas criar uma sequência de obstáculos para o som ter mais dificuldade de se
propagar. O uso de paredes duplas, janelas com vidros duplos ou a combinação de
materiais de diferentes densidades são muito importantes para se ter um bom isolamento
acústico.
O nível de desconforto causado pelos ruídos do tráfego nas zonas urbanas, vem se
agravando nos últimos tempos. Visto que algumas destas infra-estruturas fazem fronteiras
com certas ruas muito movimentadas, o que de certa forma garante um maior número de
movimentos de viaturas, cidadãos, existências de indústrias, e como consequência disto, o
nível de ruído aumenta significativamente, o que gera muito desconforto aos utentes das
infra-estruturas, influenciando assim, negativamente no desempenho dos mesmos.
Hipótese do estudo
4
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para entender o controlo sonoro é necessário antes entender o som em si. Esse
capítulo se dedica a expor conceitos e definições importantes que serão utilizadas ao longo
desse estudo.
Figura 1.1: Variação de pressão produzida por uma fonte sonora (Fonte: SALIBA, 2004)
A maioria dos fenómenos ligados à propagação das ondas sonoras pode ser
encontrada no caso da propagação da luz. As comparações serão frequentes, os fenómenos
luminosos são mais fáceis de entender devido a sua visibilidade.
5
O som nada mais é do que a vibração de um meio, geralmente sendo este o ar, em
uma dada faixa de frequência que caia no intervalo de sensibilidade do ouvido humano. O
tímpano capta a vibração e o cérebro interpreta com som. Essa faixa de sensibilidade é
limitada, frequências acima de 20 kHz (ultra-sons) ou abaixo de 20 Hz (infra-sons) são
inaudíveis, conforme ilustra na figura 1, que se apresenta de seguida
Frequência é a medida de quantas vezes o ciclo (intervalo entre dois picos ou dois
vales) ocorre por intervalo de tempo e é medido em Hertz (ciclos por segundo).
Os sons graves têm suas energias situadas nas faixas das baixas frequências e
grandes comprimentos de onda. Os sons agudos são as faixas das altas frequências e curtos
comprimentos de onda. Raramente uma onda sonora tem uma frequência única. Na grande
maioria das vezes o som pode ser considerado uma sobreposição de diversas frequências
formando os sons compostos.
6
Saliba (2004) define o som como “qualquer vibração ou conjunto de vibrações ou
ondas mecânicas que podem ser ouvidas”. A movimentação dessas moléculas é
responsável em transmitir o som até o aparelho auditivo. Dois atributos principais
caracterizam o som: frequência e intensidade. A frequência relaciona-se à velocidade de
vibração ou ao número de ciclos completos que uma partícula executa em 1 segundo,
sendo expressa em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). A orelha humana é capaz de detectar,
em média, sons entre 20 a 20.000 Hz, sendo que a faixa mais importante para se
compreender a fala encontra-se entre 250 a 8.000 Hz. A intensidade do som é representada
pelo volume com que as ondas sonoras são emitidas, medida em decibéis (dB).
Os sons são medidos em decibéis, uma relação logarítmica entre o valor medido e
um valor de referência. As principais grandezas medidas são relativas quanto à potência
sonora do emissor, da pressão sonora da medição e da intensidade sonora.
𝑊
Lw= 10 log10 (𝑊∗) (dB) (1)
Onde:
P
LP= 20 log10 (P∗) (dB) (2)
7
Onde:
𝐼
Li= 10 log10 (𝐼∗) (dB) (3)
Onde:
O ruído aéreo é originado pela excitação directa doar decorrente de fontes sonoras
no exterior ou no interior dos fogos (televisão, rádio, etc..). Como o próprio nome indica, o
ruído aéreo propaga-se pelo ar e pode ser transmitido através dos elementos de construção
(paredes, janelas, etc…).
8
1.1.2. Propagação
A energia sonora, ao ser libertada por uma fonte, produz perturbações no meio
envolvente, meio de propagação, alterando os valores das variáveis de estado: pressão,
temperatura e massa específica. A principal variável neste processo de propagação é a
pressão sonora que origina perturbações, ou seja, variação da pressão relativamente ao
valor em equilíbrio.
Neste processo diferentes sons podem conter a mesma energia mas podem causar,
ao nível do ouvido, sensações completamente diferentes pois, além da energia, as ondas
sonoras são caracterizadas pela frequência (comprimento de onda) e amplitude.
Figura 1.3: meios materiais de propagação do som (Fonte: Acústica de Edifício e C. Ruído, 2008)
9
Quando o som atinge uma superfície, como uma parede de alvenaria, parte da
energia sonora reflecte de volta ao ambiente; parte da energia é retida pela parede, que se
transforma em calor e é dissipado no ambiente; e parte se transmite ao outro lado da
parede. O ruído produzido por uma fonte, que é independente da envolvente onde se
propaga a energia sonora, para além de depender das características da fonte, depende das
características da evolvente, nomeadamente de absorção, de reflexão e de transmissão para
outros locais (figura 1.4)
Figura1.4: Influência da envolvente de uma fonte na propagação sonora (Fonte: Acústica de Edifício
e C. Ruído, 2008)
10
Para Russo (1999), o ruído pode ser conceituado, seguindo diferentes critérios de
classificação:
11
Figura 1.5: Pressão e nível e pressão sonora. (Fonte: B&K, Apud Cetesb, 2005).
12
Figura 1.6: Decibelímetro (Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Decibelímetro)
Tabela1.1: níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico (Fonte: NBR 10152/1987).
13
Notas: a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto o
valor superior significa o nível sonoro aceitável para a finalidade.
Entre as fontes internas que mais perturbam o sossego estão os passos no andar
superior, as conversas dos vizinhos e ruído das instalações eléctricas e hidráulicas.
14
fazem deste uma das principais fontes de poluição sonora das grandes cidades, perdendo
apenas para a poluição do ar e da água (OMS, 2005).
Tabela1.2: Nível Critério de Avaliação para ambientes externos em dB (Fonte: NBR 10.151, 2000)
Uma particularidades do ruído externo, ao contrário do ruído interno, que pode ser
realizado reduzindo os tempos de reverberação, o controle do ruído externo conta com a
interposição de barreiras para interromper ou divergir a propagação sonora.
15
vez que os níveis de ruído são produzidos por diferentes tipos de veículo,
concomitantemente (MORAES, 2002).
Sons gerados por carros, caminhões e afins são seguramente uma das maiores
fontes de ruído nos grandes centros urbanos do mundo, como tal são fontes de estudos há
muitos anos e foco de diversas normas, sendo uma das mais famosas a norma “Calculo do
ruído por transito em vias” do país de Gales, que através de parâmetros de veículos, de
arquitectura e disposição de vias ajuda a estimar a pressão sonora incidente e propor
soluções.
Senchermes (1983), delimita que três grandes grupos de fontes de ruído dominam o
espaço ambiental, sendo elas:
b) Sistema de transporte aéreo: mesmo sendo menos extenso que o ruído terrestre, é
considerado como fonte importante de poluição pelo elevado nível de ruído emitido, tanto
na decolagem como na aterrissagem de aeronaves. Na população que reside próximo aos
aeroportos, observa-se o mesmo nível de desconforto.
Sommerhoff (2002), por sua vez, classifica as fontes de ruído em dois grupos, a
saber:
a) Fontes fixas, sendo aquelas que operam em lugares fixos ou determinados, incluindo:
ruído de máquinas e indústrias; ruído de construções e obras públicas; ruído produzido em
16
edificações residenciais e comerciais; ruído doméstico; ruído gerado por actividades de
lazer e recreação. Os ruídos provocados pelas áreas de lazer acarretam considerável
incómodo aos vizinhos, não somente pelo nível de ruído emitido, mas também por
favorecer um aumento de circulação de tráfego e pessoas, aumentando ainda mais a
poluição sonora no ambiente.
b) Fontes móveis, sendo aquelas que não operam em lugares determinados, havendo um
deslocamento entre o meio urbano, tais como: ruído de tráfego de veículos; ruído de
tráfego de trens; ruído de tráfego de aeronaves e ruído de sirenes e alarmes de veículos.
Graeml; Ribas (2006) afirmam que milhares de pessoas são expostas à poluição
sonora, seja exercendo actividades de trabalho, de estudos ou de lazer. A população urbana
vive imersa numa atmosfera ruidosa e parece estar acostumada.
17
1.2.3. Tipos de ruído
18
1.3. Isolamento acústico: parâmetros relevantes
a) b)
Figura 1.9: Ilustração da transmissão de ruído através de elementos construtivos a) ruido aéreo, b) ruido a
precursão edifício (Fonte: Acústica nos edifícios, 2007)
Índice de valor único (D2m,nT,W) que caracteriza a perda de energia sonora entre o
exterior e os espaços interiores do edifício, proporcionada pelo elemento de
compartimentação da envolvente no exterior do edifício.
Esta perda de energia sonora, entre o exterior e interior, é feita quando num
processo de avaliação experimenta, o microfone para a medição do campo sonoro exterior
é colocado à distância de 2m da superfície (ver figura) e é dada pela equação a seguir.
𝑇
Dxx,2m,nT = 𝐿 + 10 log 𝑇₀ (dB) (4)
Onde:
19
Figura 1.10: Ilustração da definição do parâmetro Dxx,2m,nT em paredes exteriores do edifício
(Fonte: Reabilitação Acústica, 2014)
De uma forma geral, a minimização dos efeitos negativos do ruído pode ser
conseguida através da redução dos níveis de ruído emitidos, do tratamento nos meios de
transmissão e/ou, em casos extremos, através da protecção directamente nos receptores
(aplicável normalmente em locais de trabalho). O Isolamento, como o nome já diz, tem o
objectivo de impedir a passagem/saída dos sons entre distintos ambientes, entre edificações
e o ambiente. Outro factor que influencia no isolamento é o fato de não se usar apenas uma
barreira, mas criar uma sequência de obstáculos para o som ter mais dificuldade de se
propagar. O uso de paredes duplas, janelas com vidros duplos ou a combinação de
materiais de diferentes densidades são muito importantes para se ter um bom isolamento
acústico.
Materiais convencionais
20
Materiais não convencionais.
1.3.2. Caixilharias
21
Tal como acontece com as janelas, a colocação de uma porta pode afectar
significativamente o isolamento sonoro de uma parede ou mesmo de toda a envolvente de
um compartimento. O desempenho acústico das soluções para estas situações, depende da
área, tipo do material e a espessura que estarão presente nas portas.
Neste trabalho se aborda mais na terceira acção básica que consiste na protecção
acústica do compartimento do receptor. Uma vez qua não pode se tratar a fonte do ruído e
nem o caminho do som, por se tratar duma rua que liga grandes centros urbanos da Cidade.
Deve-se lembrar que quanto maior a densidade do obstáculo ao som, maior será o
isolamento. Assim, as paredes de tijolos maciços de grande espessura apresentam as
maiores atenuações e as paredes de tijolos vazados atenuam menos. Outro fenómeno
importante é o do aumento da espessura: ao se dobrar a espessura de um obstáculo, a
atenuação não dobra; mas se colocar-se dois obstáculos idênticos o isolamento será
dobrado.
De uma forma geral, a minimização do ruído transmitido por esta via pode ser
conseguida, de forma bastante eficaz, através da utilização de revestimentos de parede
interiores dos compartimentos com o gesso acartonado nos ditos edifícios. Isolamento
contra o ruído, ambiente interno deve ser isolado dos ruídos externos
22
1.4. Uso do gesso acartonado como isolante acústico.
Durante séculos, o gesso foi usado de maneira limitada, principalmente para fins
ornamentais, sem alcançar maiores aplicações, devido ao seu tempo de pega
(endurecimento) considerado pequeno (de 25 a 30 minutos). No início do século XVIII, a
gipsita começou a ser utilizada na Europa como correctivo em solos. Nos Estados Unidos,
a calcinação da gipsita para emprego na construção civil começou em 1835, mas esta
aplicação só se desenvolveu por volta de 1885, com a descoberta de um método comercial
para retardar o tempo de pega do gesso.
23
quimicamente pela fórmula CaSO4.2H2O. Das duas moléculas de água, uma e meia está
fracamente combinada e a outra meia molécula fortemente combinada. Isto explica o
porquê da ocorrência de, pelo menos, duas fases distintas na fabricação do gesso. Durante
o seu processamento industrial, na primeira fase se desprende a água fracamente
combinada, é quando se obtém o hemidrato, e a segunda fase quando se desprende a água
fortemente combinada, obtendo-se o sulfato anidro solúvel, também conhecido como
anidrita III.
A partir da gipsita são produzidos o gesso alfa e o gesso beta, com processos de
fabricação e aplicações bem diferentes. No momento do desmonte da bancada, já se pode
fazer a classificação da Gipsita, segundo sua destinação, em:
3) Tipo C - para refugo, ou para uso como correctivo de solo, na forma de gipsita, com
partículas de 0 a 5 mm.
Essa classificação tanto leva em conta o tipo do minério, como também o seu grau
de dureza e impureza, os tipos de minério são denominados correntemente por:
- Estrelinha que é a pedra branca, mais pura e de maior dureza, normalmente usada como
Tipo A;
- Rapadura que é estratificada em camadas mais espessas, com dureza intermediária, algum
teor de alabastro e cor mais escura. Pode ser usada como Tipo A ou Tipo B;
- Cocadinha, estratificada em camadas mais finas, apresentando cor mais clara, alto teor de
alabastro e a menor dureza de todas. Usada como Tipo B.
24
Já na selecção do material, a obtenção do gesso alfa se diferencia da do gesso beta,
pelo grau de pureza do minério usado. Os processos de fabricação são bastante
diferenciados. Enquanto o gesso beta é obtido por calcinação simples, o gesso alfa exige a
utilização do sistema de autoclave, seja usando desidratação em meio aquoso, seguida de
centrifugação e moagem, seja fazendo o cozimento da gipsita ao vapor d’água sob pressão,
seguido de moagem.
- Chapa ou resistente à umidade “RU” (verde) - silicone é usado como aditivo ao gesso e
contém hidrofugantes em sua fórmula e é indicada para uso em áreas sujeitas a umidade
por tempo limitado e de forma intermitente e são indicadas para uso em áreas húmidas
como banheiros, cozinhas e áreas de serviço;
- Chapa resistente ao fogo “RF” (rosa) - contém retardantes de chama (fibra de vidro) em
sua fórmula e é indicada para áreas secas nas quais se exija um desempenho superior frente
ao fogo e sendo indicadas para uso em áreas especiais (saídas de emergência, escadas
enclausuradas, etc.).
Outros tipos, como chapas acústicas para forro e chapas com pequena espessura
para uso em superfícies curvas, etc., são derivadas das citadas acima. Na figura e tabela a
seguir se ilustra os tipos de chapas e espessuras disponíveis.
25
Figura 1.11: Diferentes tipos chapas de gesso acartonado, 1 - chapas ST, 2 - chapas RU, 3 - chapas RF
(Fonte: GESSO NA ARQUITETURA, 2005)
Tabela 1.3: Espessuras comerciais das chapas de gesso acartonado (Fonte: GESSO NA ARQUITETURA,
2005)
26
No revestimento, o gesso pode substituir o chapisco, o reboco e a massa de
regularização da superfície, apresentando propriedades extremamente atraentes para o uso
como revestimento, entre elas, a aderência em vários tipos de substratos e o endurecimento
rápido que proporciona rapidez na execução dos serviços. Além disso, destaca-se por
proporcionar um excelente acabamento final nas paredes e tectos de construções,
dispensando o uso de outro material de acabamento. Cabe lembrar que sua aplicação em
ambientes externos não é recomendada, devido a sua alta solubilidade na presença de água.
A figura a seguir ilustra a aplicação do gesso como reboco.
Figura 1.12: Aplicação do gesso no reboco de parede (Fonte: GESSO NA ARQUITETURA, 2005)
27
Figura 1.13: Bloco de gesso para execução de paredes (fonte: GESSO NA ARQUITETURA, 2005)
Figuara 1.14: aplicação de placas de gesso para forro (fonte: GESSO NA ARQUITETURA, 2005)
28
a) b)
Figura 1.15: aplicação de placas de gesso acartonado; a) Chapa ST; b) Chapa RF (Fonte: GESSO NA
ARQUITECTURA, 2005)
29
2. ESTUDO DE CASO
Nesta secção, será usada como base a fundamentação teórica vista no capítulo
anterior, onde será feita a discrição da área de estudo, descrição das características actuais
de trânsito e actual situação ruidosa na rua Alfredo Lawley e a aplicação do gesso
acartonado.
Figura 2.1: Localização da cidade da Beira e da área de estudo (Fonte: Google Earth)
30
A Rua Alfredo Lawley se localizada no centro do município, estende-se ao longo
dos Bairros do Esturro e Matacuane e faz conexão entre o centro da cidade e os bairros
adjacentes (Chota, Macurungo e Macuti), por esse motivo há uma grande e constante
circulação de veículos colectivos, de carga e de passeio. Com todo o seu trajecto asfaltado,
a rua estende-se desde a intersecção com a Avenida Samora Machel e a Rua do
Condestável (1.783) com aproximadamente 2,5 Km de comprimento e 6 m de largura. Ao
longo da sua extensão, a rua esta rodeada por edifícios de habitação (maior parte),
Escritórios, Biblioteca, Hospital e Escola. Não há dúvida de que é o tráfego rodado a
principal fonte de ruído na rua em estudo.
Com o crescimento das cidades em todo o mundo aumenta também o ruído urbano.
Nesta circunstância, Beira é uma cidade que possui diversos problemas sócio -ambientais,
e um factor que vem chamando muito a atenção não só de profissionais e estudantes do
ramo acústico, mas também da população em geral, é o ruído excessivo no meio urbano.
Sem dúvida, a fonte de ruído mais importante nas zonas urbanas é o tráfego rodado. Tal
31
afirmação não só é uma consequência do extraordinário aumento que sofreu o parque
automobilístico nas últimas décadas em todos os países, como também, o fato de que em
geral as cidades não foram concebidas para suportar o volume de veículos que alcançou.
(MARICATO, 1996).
Por outro lado também é de senso como que a fonte de ruído mais significativa
associada ao ruído ambiente exterior é o tráfego rodoviário, salvo situações mais
excepcionais como sejam as de edifícios situados na proximidade de vias-férreas ou
aeroportos.
32
de ruído produzidos pelos veículos pesados (a diesel) superam facilmente os 90 dB.
(MORAES e LARA, 2004). O ruído estabelecido pelos veículos automóveis tem a sua
origem, fundamentalmente, nos seguintes tipos de fonte:
33
Figura 2.3: Trafego na Rua Alfredo Lawley no horário das 11h:30min (Fonte: própria)
Uma forma de garantir uma adequada gestão do ruído ambiente em zonas sensíveis
das cidades reabilitando o seu uso, seria, poe exemplo, a implementação de sistema de
monitorização contínua do ruído estabelecido.
34
públicos, principalmente na Europa, para mapear o impacto ocasionado pelo ruído. Da
mesma forma, ele é um instrumento de sensibilização pública, pois apresenta o problema
de maneira simples e clara, permitindo que, com isso, as comunidades apoiem as
iniciativas para controle do ruído.
35
2.2.1.1. Colecta de dados
O ponto de partida para a elaboração dos mapas acústicos deste trabalho consistiu
na obtenção de grandezas geométricas, acústicas e de tráfego.
36
Através de uma colecta de dados físicos e subjectivos, os níveis de pressão sonora
onde foram identificados os pontos críticos de poluição sonora. Em grande parte dessas
áreas a emissão de ruídos é muito alta ou intolerável na maior parte do dia, levando-se em
consideração as recomendações da Organização Mundial de Saúde, a figura (figura 2.4)
que segue, ilustra os níveis de pressão sonora da área em estudo durante o dia
(principalmente nas oras de ponta). No período diurno (6h-21h), as pressões sonoras
estavam um pouco acima dos níveis aceitáveis e recomendáveis e era consequência do
ruído de tráfego de veículos, potencializado pelas características morfológicas do bairro. O
tráfego de veículos que causava mais impacto acontecia pela via principal, o que gerava
NPS médios entre 85 dB e 95 dB. Enquanto nas vias internas do bairro registravam NPS
médios que iam de 45 dB à 65 dB.
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2.3. Proposta de solução
Para minimizar o problema de ruido gerado pelo trafego rodado nos grandes centos
urbanos, recorreu-se ao uso desta técnica baseando-se como referencia á vários autores e
exemplos já aplicados em vários países e também verifica-se que é uma técnica
sustentável.
A chapa de gesso acartonado comum é formada por uma mistura de gesso (gipsita
natural) em sua parte interna, revestida por um papel do tipo “kraft” em cada face. Existem
outros tipos de placas especiais para usos específicos, como para áreas húmidas placas
verdes (banheiros e cozinha) e para proporcionar maior resistência ao fogo placas rosas. O
que diferencia essas placas são aditivos incorporados ao gesso com o objectivo de
melhorar a propriedade específica a que se destina.
A última etapa da montagem consiste em realizar a vedação das juntas entre placas
ou entre elementos construtivos. Para isto são utilizadas fitas de papel micro-perfuradas,
massas especiais flexíveis, para evitarem-se fissuras, e colas para calafetação. Por fim, a
partição está pronta para receber seu acabamento final, podendo-se utilizar os acabamentos
convencionais aplicados comumente em alvenarias.
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Para as portas e janelas são normalmente deixados os vãos abertos para
posteriormente colocação das esquadrias, cujo procedimento é feito de duas maneiras.
Através da aplicação de espuma expansiva de poliuretano ou através de aparafusamento do
caixilho no perfil metálico leve ou nas tiras de madeiras previamente deixadas em espera
para tal finalidade.
As placas de gesso deverão ser reforçadas com aditivos incorporados ao gesso com
o objectivo de melhorar a propriedade específica a que se destina, nestes casos os aditivos
deverão ser resistentes a humidade e ao fogo, nalgumas vezes adicionando um outro
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material para melhorar o isolamento acústico. Nas figuras que se seguem, mostram-se a
aplicação de placa de gesso acartonado em uma parede estrutural e sua planta baixa.
Figura 2.7: Aplicação da chapa em revestimento estruturado (Fonte: GESSO NA ARQUITETURA, 2005)
Com efeito, para se aplicar essa técnica é composto basicamente por três (3) que
são:
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- Revestimento colado (directo): as placas são coladas directamente sobre a
alvenaria sendo usada massa adesiva disposta sobre a superfície da parede, podendo
receber reforço com a utilização de pregos. Nesse sistema não é possível ocupar o espaço
criado entre a parede e as placas, na figura a seguir se ilustra a execução chapa em um
revestimento colado.
Figura 2.8: Aplicação de placa de gesso acartonado em parede estrutural. Legenda: 1- parede
estrutural; 2- massa adesiva (cola); 3 placa de gesso acartonado (Fonte: GESSO NA ARQUITETURA,
2005).
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Figura 2.9: Aplicação da chapa em revestimento intermediário (Fonte: GESSO NA ARQUITETURA, 2005).
Figura 2.10: Aplicação de placa de gesso acartonado em parede estrutural. Legenda: 1- parede estrutural; 2-
estrutura metálica; 3 placa de gesso acartonado (Fonte: GESSO NA ARQUITETURA, 2005).
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O revestimento directo é indicado quando se tem uma superfície de aplicação
aproximadamente nivelada (a máxima irregularidade admitida da parede é 15 mm).
Existem várias soluções no que diz respeito relativamente ao isolamento dos sons
aéreos dos elementos de compartimentação, podem ser utilizadas soluções de alvenaria
simples, duplas ou de elementos de compartimentação aligeirados. Estas soluções aqui
apresentadas, melhoram o isolamento acústico, aumentando o índice de redução sonora,
sendo a mais baixa em revestimento directo um índice de redução sonora de Rw = 48 dB,
seguindo-se o revestimento estruturado com um índice de redução sonora até Rw = 55 dB
já que existe um espaço crido entre a alvenaria e a chapa de gesso, possibilitando assim o
seu preenchimento com outros materiais como lã de vidro, lã de rocha, etc., e por último
vem o revestimento intermédio com um índice de redução sonora até Rw = 61 dB por
envolver em cada lado uma chapa de gesso, e criando um espaço entre elas que servira
para melhorar o isolamento acústico aplicando outros materiais com os citados acima.
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CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Conclusão
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criado pela parede, estrutura metálica e a chapa de gesso. Para tal facto aponta para a
necessidade de serem efectuados mais estudos deste tipo de modo a reduzir as incertezas e
os receios que ainda lhe estão associados.
Pode-se ainda concluir que o conteúdo do presente trabalho, de fato, poderá ajudar
na elaboração de um projecto e procedimentos executivos para execução e montagem de
revestimentos com chapas de gesso acartonado, tendo sido, desta forma, alcançados os
principais objectivos da presente pesquisa.
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Recomendações
- Fazer uma análise detalhada dos níveis de ruído (níveis sonoros) em fachadas de
edificações sensíveis existentes às margens de Ruas/ Avenidas com fluxo de trafego
elevados;
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Arquitectura de Madrid, Madrid, 2002.
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9/2007 de 17 de Janeiro.
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25. Sistema Placostil: Paredes em Chapas de Gesso Acartonado, n.6, dez, 1998.
Sites
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decibelímetro
http://www.metalica.com.br/artigos-tecnicos/manual-fixac-o-manutenc-o-e-acabamento-
de-drywall
http://arteestilogesso.blogspot.com.br/
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AVALIAÇÃO FINAL - PARECER DO ORIENTADOR
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