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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCESSO INDIVIDUAL
1. Regras do MP no Processo Civil como parte na ação e como fiscal da Ordem Jurídica
2. Recursos no Processo Civil
PROCESSO INDIVIDUAL
Quando se fala em MP no Processo Civil, é preciso lembrar que ele pode atuar em duas situações – Parte na Ação
e Parte no Processo.
Parte na Ação
Autor – Regra
Réu – Exceção
O MP não tem personalidade jurídica, é somente um órgão público que age em nome do Estado, por isso é mais
comum ser autor.
Normalmente o MP figura como réu em Ação Rescisória, nos Embargos à Execução (de TAC) e em Ação Anulatória
de TAC.
Observação: atenção ao art. 343, §5º, pois na maioria das vezes no Processo Individual quando o MP é autor ele
age como substituto processual.
Parte no Processo
O MP também pode ser apenas parte no processo atuando como fiscal da Ordem Jurídica.
Neste caso ele não é parte na Ação, ou seja, é uma parte imparcial.
c. Tem o Direito a intimação pessoal (por carga, por remessa, por meio eletrônico);
As características “c”, “d” e “e” também são aplicadas as Defensorias Públicas e as Advocacias Públicas.
b. Terá vista dos autos (para se manifestar) após as partes, ou seja, em regra, depois da contestação e eventual
réplica;
Atenção: Se houver pedido de liminar o MP deve ser manifestar.
c. O MP pode produzir provas e requerer medidas (tutela provisória, arguição de incompetência relativa, desconsi-
deração da Pessoa Jurídica);
d. O MP tem prazo de 30 dias para manifestação ou parecer, SALVO, se a lei prevê prazo específico;
Atenção: segundo o art. 180, §1º do CPC, findo o prazo o juiz requisitará os autos, no entanto, o vencimento do
prazo não preclui o processo, é um prazo impróprio.
e. O MP tem legitimidade para recorrer mesmo atuando como fiscal da lei, ainda que, a parte vencida não recorra
– súmula 99 STJ, além da previsão legal.
SÚMULA N. 99
O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no processo em
que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte.
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Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a
incompetência em preliminar de contestação.
O CPC nos artigos 176 a 181 regra o MP como fiscal da Ordem Jurídica no Processo Civil.
II - interesse de incapaz;
A presença da Fazenda Pública por si só, não é causa de intervenção do MP, pois a presença da Fazenda Pública
revela interesse público secundário ou fazendário, ou seja, o interesse do Estado ou Organização e não interesse
do povo – art. 178, p. único do CPC.
Observações:
1. Como fiscal a intervenção do MP é desvinculada ou imparcial, ou seja, o motivo da intervenção é porque tem um
incapaz, mas o MP não é obrigado a dar um parecer favorável ao incapaz se ele não tem razão, o parecer deve ser
imparcial.
Importante:
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Relatório
“Trata-se de ação......” OU
“Cuida-se de ação......”
Antes de iniciar a fundamentação o ideal é usar uma transição para deixar claro que terminou o relatório e irá iniciar
a fundamentação, da seguinte forma:
“É o Relatório”.
Fundamentação
Na fundamentação desenvolver todo o raciocínio sobre o assunto, a sugestão é começar sinalizando a conclusão,
por exemplo:
“A ação é procedente” OU
“A ação merece procedência” OU
“O Autor não tem razão”.
Dispositivo
Se quiser deixar claro em que termos é a procedência especificar o que ser quer.
Toda vez que o parecer for pela extinção sem mérito, é fundamental dizer “Outrossim, caso superada a preliminar
encampada, no tocante ao mérito, o parecer é pela improcedência, procedência parcial, etc”.
Além das chamadas “cotas” o MP pode oferecer até 3 pareceres no Processo Civil, são eles:
1. Parecer de Mérito no 1º grau (antes da sentença). Nesse caso os pedidos podem ser basicamente de extinção
sem mérito, procedência ou improcedência da ação;
2. Parecer Recursal de 1º Grau – uma das partes recorre da sentença e após o recurso e as contrarrazões das partes,
o promotor se manifesta sobre o recurso. Nesse sentido o promotor tende a falar sobre a admissibilidade do re-
curso, se o mérito comporta provimento ou desprovimento do recurso.
3. Parecer da Procuradoria de Justiça junto ao Tribunal (dificilmente cai na prova, pois não cabe ao Promotor de
Justiça).
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Importante:
Ação ou Execução Civil “ex delicto” – tradicionalmente o MP movia esta ação pedindo na fase de conhecimento,
antes mesmo da condenação penal, a condenação do réu no civil ao ressarcimento das perdas e danos causados
pelo crime, ou então o Promotor aguardava a condenação do réu na área penal, pegava a sentença penal transitada
em julgado, que é título executivo no Cível, e pedia a liquidação e o cumprimento da sentença penal para ressarcir
a vítima dos prejuízos causados pelo réu. O STF declarou a inconstitucionalidade progressiva do artigo do CPP que
dava esta função ao MP, ou seja, na medida em que a Defensoria Pública for se estruturando passa a ser inconsti-
tucional o MP mover a ação Civil “ex delicto”, nas Comarcas onde não tem Defensoria Pública estruturada o MP
pode mover Ação Civil “ex delicto”, se houver Defensoria Pública estruturada passa a ser inconstitucional esta ação
proposta pelo MP.
Quando o Juiz entende que é o caso de intervenção do MP, ele determina a abertura de vista ao MP, se o MP disser
que não intervirá, podem ocorrer 2 situações:
O Promotor de Justiça só atua no primeiro grau, após interposto a apelação quem acompanha é a PGJ, e se for o
caso de Recurso Especial ou Recurso Extraordinário quem fará é a PGJ.
Apelação
Agravo de Instrumento
Embargos de Declaração.
O NCPC restringiu o Agravo de Instrumento. Todas as vezes que houver uma decisão interlocutória de 1º grau irre-
corrível ela deverá ser tratada na apelação em Preliminar nas Razões ou Contrarrazões de Apelação e se for alegada
em Preliminar nas Contrarrazões, o apelante terá 15 dias para se manifestar sobre a preliminar.
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