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Um corpo encontra-se carregado eletricamente quando existe uma desigualdade entre a quantidade de cargas
positivas e a quantidade de cargas negativas, provocada por uma transferência de eletrões. Quando um corpo
transfere eletrões para outro corpo fica carregado positivamente pois o número de cargas negativas será
inferior ao número de cargas positivas. Se para um corpo são transferidos eletrões de um outro corpo, ele
ficará carregado negativamente, uma vez que o número de cargas negativas será superior ao número de
cargas positivas.
Na fricção das varetas há transferência de eletrões do vidro para a seda (A) ficando a vareta de vidro carregada
positivamente (B) e da lã para o plástico, ficando este último carregado negativamente (C).
Neste processo não existe criação de cargas elétricas mas apenas transferência de cargas de um corpo para o
outro, anulando a eletroneutralidade inicialmente apresentada pelos dois corpos. Como cada corpo apresenta
uma carga simétrica do outro, a soma das cargas dos dois corpos continua a ser nula.
Conclusão
No processo que conduz ao aparecimento de corpos carregados eletricamente existe conservação da
Um corpo que apresenta a mesma quantidade de cargas elétricas positivas e negativas uniformemente
distribuídas diz-se eletricamente neutro.
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Nas interações à distância, as forças atuam sem que haja contacto entre os corpos que as exercem e
aqueles que sofrem os seus efeitos.
O campo elétrico ( ) é a grandeza vetorial que caracteriza a região do espaço em torno da carga elétrica
-1 -1
pontual criadora, que no SI pode ser expressa em V m ou em N C .
A força elétrica exercida numa carga q sujeita a um campo elétrico apresenta a direção do campo elétrico, o
mesmo sentido se a carga q for positiva ou sentido oposto se a carga q for negativa, e uma intensidade tanto
maior quanto maior for a intensidade do campo elétrico.
As linhas de campo elétrico são linhas imaginárias que representam o campo elétrico numa determinada
região do espaço em torno de uma carga criadora, indicando a sua direção e o seu sentido, e permitem
averiguar a intensidade do campo elétrico.
Centrípeto Centrífugo
Se a carga criadora é negativa. Se a carga criadora é positiva.
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Existem situações em que estão presentes várias cargas elétricas numa determinada região do
espaço. Nestas as linhas de campo têm origem nas cargas positivas, terminam nas cargas
negativas e nunca se cruzam.
Campo elétrico de duas cargas pontuais, com cargas elétricas opostas ou iguais.
Conhecendo as linhas de campo elétrico, pode caracterizar-se o campo elétrico em cada ponto, uma vez
que este é tangente à linha de campo que passa no ponto, tem o sentido da linha de campo e é tanto
mais intenso quanto maior for a densidade de linhas de campo na vizinhança desse ponto.
O campo magnético ( ) é uma grandeza vetorial que caracteriza a região do espaço em torno de um íman
natural ou de cargas elétricas em movimento, cuja unidade no SI é o tesla (T).
Um íman colocado numa região onde existe um campo magnético fica sujeito a uma força magnética.
Polos magnéticos semelhantes originam forças Polos magnéticos opostos originam forças atrativas
repulsivas entre si. entre si.
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As linhas de campo magnético são linhas imaginárias que representam o campo magnético numa determinada
região do espaço, e que:
- nunca se cruzam;
- apresentam a direção e o sentido do campo magnético.
Num íman em forma de barra Num fio condutor são circulares Num solenoide são semelhantes ao
saem do polo norte e entram no num plano perpendicular ao fio e de um íman em forma de barra no
polo sul e estão mais próximas centradas neste, sendo o sentido exterior e aproximadamente
uma das outras nas imediações dependente do sentido da uniforme no interior.
dos polos do íman. corrente elétrica e obtido pela
regra da mão direita.
Uma agulha colocada numa região onde existe um campo magnético, orienta-se de acordo com o campo (A) devido à ação de
forças magnéticas que a orientam de acordo com o campo magnético nesse ponto (B).
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Oersted descobriu que uma agulha magnética é desviada pela aproximação de um fio atravessado por corrente
elétrica.
A descoberta de Oersted provou que uma corrente elétrica cria um campo magnético à sua volta e constitui
a primeira evidência experimental da ligação entre eletricidade e magnetismo.
O campo magnético criado por uma corrente elétrica é, em cada ponto, tangente à linha de campo magnético,
tem o sentido da linha de campo magnético e é tanto mais intenso quanto maior for a corrente elétrica e menor
a distância ao fio. De acordo com a regra da mão direita, quando o polegar aponta no sentido da corrente
elétrica, o sentido em que os dedos fecham na mão, indica o sentido das linhas de campo magnético.
O fluxo do campo magnético através de um conjunto de espiras iguais e paralelas é igual ao produto do fluxo
através de uma espira pelo número total de espiras.
=N
O fluxo do campo magnético é máximo quan O fluxo é nulo quando o campo magnéti
campo magnético é paralelo à direção normalparalelo ao plano da espira (a = 90º).
plano da espira (a = 0º).
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Quanto maior a área A da espira maior o númQuanto maior a intensidade do campo magné
de linhas de campo que atravessam a espira, maior o número de linhas de campo
maior o fluxo. atravessam a espira, logo maior o fluxo.
A indução eletromagnética explica o aparecimento de uma corrente elétrica induzida num circuito fechado
devido à variação do fluxo do campo magnético.
O galvanómetro indica passagem de corrente elétrica quando o íman se aproxima (A) ou se afasta (B) da espira.
O galvanómetro indica passagem de corrente elétrica quando se movimenta a espira alterando a sua direção em relação
ao íman (C) ou a área delimitada pela espira (D).
A variação do fluxo do campo magnético numa espira origina uma forca eletromotriz induzida nos seus
terminais responsável pelo aparecimento de uma corrente elétrica induzida.
De acordo com a Lei de Faraday, o módulo da força eletromotriz, cuja unidade no SI é o volt (V), induzida
numa espira é igual ao módulo da variação do fluxo do campo magnético por unidade de tempo.
Conclusão
A força eletromotriz induzida é tanto maior quanto:
- menor for o intervalo de tempo em que ocorre a variação do fluxo de campo magnético;
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Grande parte da corrente elétrica é produzida em centrais de produção de energia elétrica com recurso a
geradores de corrente alternada que transformam energia mecânica em energia elétrica. De um modo geral,
pode dizer-se que estes geradores de corrente alternada são constituídos por uma bobina colocada numa
região onde existe um campo magnético criado por um íman.
Nas centrais de produção industrial de energia elétrica coloca-se a bobina em rotação relativamente ao campo
magnético. Assim, o fluxo do campo magnético na bobina irá variar, o que, de acordo como fenómeno da
indução eletromagnética, gera uma força eletromotriz induzida nos terminais da bobina. Ligando estes
terminais a um circuito exterior fechado origina-se corrente elétrica no circuito.
Transformador
Um transformador é um aparelho que permite transformar uma corrente alternada com uma dada tensão noutra
com uma tensão diferente. É constituído por duas bobinas de fio enrolado à volta do mesmo núcleo de ferro. O
primário do transformador é o circuito formado pela bobina ligada a um gerador de corrente alternada (com Np
espiras), enquanto o secundário do transformador é formado pela bobina ligada ao circuito exterior (com Ns
espiras). A relação entre o número de espiras das duas bobinas determina a razão entre a tensão de entrada
(Up) e a de saída do transformador (Us).
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