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O que é torque do motor, para que

serve e como calcular.


Você precisa saber o que é torque do motor, não estamos falando somente
dos motores de automóveis não. Quer entender por que? Leia este artigo e veja
que essa é uma das características mais importantes de um motor.

Ao final dessa leitura você vai compreender o que é, para que serve e a
importância do torque dos motores que são operados no processo produtivo
de sua empresa.

Também vai ficar sabendo como calcular e aumentar a força de rotação de


um motor elétrico, além de aprender um pouco sobre a diferença entre
torque e potência.

O que é torque do motor?


O torque do motor é uma ação aplicada sobre um corpo, com a finalidade de
rotacionar este corpo. Também é chamado momento de uma força, conjugado
ou binário.

Para entender melhor o que é torque de motor, pense na força de giro que
esse motor gera para produzir movimento.

Ele é uma das particularidades mais importantes do motor e saber calculá-lo é


essencial para se dimensionar corretamente o motor elétrico.

Por possuir módulo, direção e sentido, o torque é, portanto, uma grandeza


vetorial que pode ser calculado por meio do produto vetorial entre força e
distância.

Normalmente o torque é medido em N.m (Newton x metro) e segue as


especificações do Sistema Internacional de Unidades (SI).

Uma situação prática de produção dessa força é o uso da chave de roda para
apertar ou soltar os parafusos durante a troca de pneus. O movimento para
atarraxar e desatarraxar os parafusos da roda com a chave de roda (alavanca) é
que se chama torque.

T(Nm)= Força(N) x  Raio (m)


Quanto maior a alavanca , menor será a força necessária.  Se dobrarmos o
tamanho da manivela, a Força F será diminuída pela metade.Portanto, o torque
é o agente dinâmico das rotações de um motor.

Para que serve o torque do motor?

O torque do motor serve para girar objetos e ocorre quando é aplicada uma
tensão na entrada de um motor elétrico, gerando a polarização dos campos
eletromagnéticos.

A interação entre os campos magnéticos do estator e do rotor, faz gerar o


torque,

que é a força de rotação do eixo do motor, fazendo este eixo romper a inércia
para movimentar-se.
Como o torque é igual a força multiplicada pela distância aplicada, quanto
maior o torque aplicado, menor a velocidade, pois torque tem a ver com força e
não com velocidade.

Um exemplo prático da ação do torque no cotidiano são as trocas de marchas


do câmbio de um carro. Quanto menor a marcha, maior o torque, porém a
velocidade é baixa e inversamente, ao aumentar  as marchas, reduz-se  o torque

É importante você conhecer essa relação, porque cada motor tem um torque


máximo e se for aplicado uma carga acima desse torque, o motor não
conseguirá girar o eixo.

Como aumentar o torque do motor?

Podemos aumentar o torque do motor com a diminuição proporcional da


velocidade de rotação e isso é possível instalando redutores, através de sistema
de engrenagens.

A relação entre os tamanhos das engrenagens e o número de dentes das


mesmas permite a taxa de redução da velocidade e o aumento da força.

Se, por exemplo, você juntar ao motor uma engrenagem com 10 dentes e a esta
engrenagem uma maior com 50 dentes, você consegue reduzir a velocidade
numa taxa de redução de 1:5.
E é possível alcançar taxa ainda maior, instalando sucessivamente outras
engrenagens. Esse é o conceito dos Motoredutores DC Bosch

Outra possibilidade de você conseguir aumentar o torque de um motor,


diminuindo a velocidade, é utilizando o sistema de correia dentada com
polias sincronizadoras.

Se ligarmos, com uma correia, por exemplo, um motor de 3000 rpm a uma polia
movida com diâmetro 3 vezes maior, a engrenagem movida vai girar a 1000
rpm, porém com um torque 3 vezes maior que o torque inicial, sem a correia
dentada.

Como fazer o cálculo de torque do motor?


O torque do motor é calculado multiplicando a força aplicada (F) pela distância
do centro do eixo (d), também chamado de braço de alavanca. Quanto mais
distante a força aplicada estiver do eixo, maior será o torque.

Nesse cálculo é importante observar o sinal da rotação produzida. Rotação no


sentido anti-horário, o sinal é positivo; rotação no sentido horário, o sinal é
negativo.

Além disso, o vetor torque é sempre perpendicular ao plano formado pelos


vetores de distância do eixo (d) e força (F).

Para simular o cálculo do torque de um motor elétrico, imagine que você tenha
um motor com capacidade de produzir uma força de 200N, aplicada a uma
distância de 0,5m do eixo de rotação, no sentido anti-horário.

Substituindo os valores na fórmula (T = F x d), o torque produzido por essa


força é igual a +100 N.m.

No vídeo abaixo você confere como definir o torque do motor de passo.

Qual a diferença entre torque e potência?


A diferença entre torque e potência é que torque é alcançado sempre em
rotações mais baixas, enquanto que potência só é alcançada nos giros mais
altos. Embora diferentes, são grandezas complementares.
O torque é a grandeza física que associa a rotação de um corpo à ação de uma
força externa (T = F x d). Esta grandeza física é responsável por tirar ou manter
o motor na inércia.

Potência é a grandeza física que mede periodicamente a energia cedida por


uma fonte.

É calculada a partir do produto entre o torque e a rotação do motor (P = T x N


x 2 x π / 60), sendo P = Potência (W); T = Torque (N.m); N = Rotação do
motor (rpm); π = 3,14159

Quando se fala de torque de um motor, é importante observar que o motor


elétrico, além de torque, também gera trabalho.

Apesar das unidades de medidas e fórmulas serem as mesmas, torque e


trabalho são grandezas diferentes!

Segundo a Revista Quatro Rodas, “dois carros com a mesma potência podem


ter torques diferentes, porque são forças diferentes, mas interdependentes”.

A principal diferença é que o torque no motor existe mesmo se o motor não


estiver em movimento.

Portanto, a diferença entre torque e potência é: o torque é o responsável pela


força que movimenta o eixo do motor para romper a inércia, enquanto a
potência é a responsável por desenvolver a velocidade do motor.

Na indústria automobilística, o torque tem um valor diferente de potência e


pode variar de acordo com os tipos de motor usados.

Conclusão
Ter conhecimento do que é torque do motor é importante para projetar e
implementar de maneira assertiva uma solução de motor elétrico para o seu
processo produtivo.

Medições mecânicas ajudam a caracterizar o motor, construir modelos para a


máquina, garantir a confiança nos controladores e entender os limites do
sistema.

A Kalatec espera ter contribuído para ajudar você no esclarecimento sobre as


funções e as utilidades do torque dos motores elétricos, para que os mesmos
sejam bem aplicados nos processos de fabricação de sua empresa.
Manutenção industrial: tudo que você
precisa saber a respeito!
Máquinas e equipamentos industriais precisam funcionar adequadamente para
que não ocorram problemas nas linhas de produção, comprometendo todo o
trabalho industrial.

A substituição de uma única peça pode fazer grande diferença em todo o


processo de fabricação. Dessa forma, a manutenção deve ser prioridade, para
evitar muitas dores de cabeça.

Infelizmente, ainda há organizações que só reconhecem a importância da


manutenção após algum acidente. E isso, na realidade 4.0 em que estamos, não
é mais tolerado.

Continue a leitura e entenda porque essa área merece investimento!

O que é manutenção industrial?


É o conjunto de ações técnicas e administrativas aplicado em todas as áreas de
uma indústria, com a finalidade de fiscalizar e manter instrumentos e máquinas
em pleno funcionamento.

Esta definição está registrada na norma NBR 5462/1994 da Associação


Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Em outras palavras, manutenção industrial é o conjunto de práticas aplicadas


nas linhas de produção de uma empresa, visando alongar, o máximo possível, a
vida útil das máquinas, equipamentos e instalações.

Essas ações tendem a diminuir a necessidade de manutenções corretivas e


possíveis paradas na linha de produção das indústrias, além de reduzir os
custos com reparos não planejados, além de manter os padrões de qualidade.

Infelizmente algumas empresas desprezam o trabalho da manutenção,


dirigindo-se a ela somente em caso de emergência. Isso é um erro, visto que ela
é tão relevante quanto à logística, qualidade, produção ou a engenharia.
Assim como as demais áreas e funções de uma fábrica, uma boa e bem
elaborada manutenção industrial contribui para a produtividade e qualidade,
garantindo a redução dos desperdícios nos processos produtivos.

Além disso, recuperação, preservação, prevenção e substituição são tarefas


técnicas, da manutenção industrial, altamente favoráveis para o bom
funcionamento da linha de produção de qualquer empresa.

Qual o objetivo da manutenção industrial?


Garantir o bom funcionamento das máquinas e equipamentos da linha de
montagem, por meio de intervenções nos processos previamente mapeados.

Essas intervenções são praticadas para evitar a degradação dos maquinários e


equipagens, provocada pelo desgaste natural ou pelo uso inadequado desses
recursos.

Com essas ações preservativas é possível garantir que a empresa consiga


maximizar seu potencial produtivo, manter a excelência de seus produtos, a
satisfação dos clientes e a lucratividade de seu negócio.

Além disso, é função também da manutenção industrial garantir a segurança de


tudo que está envolvido no processo de fabricação – pessoas, ativos, instalações
ou meio-ambiente.

Por tudo isso, a manutenção de uma empresa deve ser vista como uma área
de investimento e não de desperdício; um setor estratégico e fundamental
para a saúde de sua performance operacional.
Quais são os tipos de manutenção industrial?
Esse setor experimenta muitas transformações e, hoje, além dos três tipos de
manutenção mais conhecidos (corretiva, preventiva e preditiva), já existem
outros com novos processos, técnicas e procedimentos.

Essas transformações e novidades tem gerado mais rapidez e eficácia nas ações
de reparos das linhas de fabricação e montagem.

Dentre os tipos de manutenção utilizados pelas indústrias atualmente, podemos


destacar:
Manutenção corretiva planejada
Acontece em paradas de linha que foram previamente agendadas, de acordo
com planejamento da gestão e PCM (Planejamento e Controle de
Manutenção).

Sua missão é corrigir as falhas dos processos e prevenir interrupções,


consertando equipamentos e peças específicos.

Manutenção corretiva não-planejada


Ocorre de forma urgente, por causa de situações irregulares não previstas,
prejudicando o processo de produção e, consequentemente, toda a empresa.

É aplicada em situações emergenciais sendo considerada um tipo de


manutenção a se evitar – o que é possível realizando corretamente as outras
manutenções.

Manutenção Preventiva Industrial


Baseada em planejamento, é aplicada para evitar situações de manutenção
corretiva. Utiliza um levantamento de dados e históricos relacionados às
máquinas e também informações colhidas com os fabricantes.

Deve ser incorporada à rotina industrial, porém, sem prejudicar a produção e


comprometer a qualidade. Ela reduz a quebra de equipamentos e o risco de
acidentes, além de evitar desperdícios.

Manutenção Preditiva
A Manutenção Preditiva é fundamentada no monitoramento contínuo dos
equipamentos feito pelos operadores, sendo treinados para observar a
performance das máquinas de seus respectivos postos de trabalho.

Esta análise diária inclui a detecção de desgaste e a checagem de condições


térmicas, vibrações, ruídos, entre outros itens que possam causar falhas ou
quebras.

Pode ainda ser feita por equipes especializadas contratadas para analisar fluidos
como os lubrificantes, entre outras ações.
Manutenção TPM
A Manutenção Produtiva Total (TPM) é um tipo de manutenção coletiva que
conta com a participação de todos os trabalhadores para conservar o
maquinário.

Na TPM, os funcionários da manutenção interagem com os demais


trabalhadores, ensinando como operar corretamente as máquinas e dando
instruções para identificar possíveis inconformidades.

Com ela, os departamentos são integrados em prol da produção eficiente,


minimizando perdas e buscando alcançar a meta de zero acidentes, estragos ou
defeitos.

Manutenção TBM
A Time Based Maintenance (Manutenção Baseada no Tempo ou TBM) é um
modelo básico de manutenção em que o foco está na prevenção de
irregularidades por causa de excesso de uso das máquinas.

Aqui, a partir de um treinamento básico, o próprio operador realiza vistorias e


executa tarefas simples como lubrificar ou limpar, entre outras tarefas. A TBM é
complementar às manutenções autônoma e especializada.

Indicadores de Manutenção
Também conhecidos como KPIs (Key Performance Indicators), esses indicadores
servem para medir e melhorar a performance dos processos industriais,
aumentando a eficiência da produção.

Sua proposta é prevenir e enfrentar eventualidades referentes às máquinas e


equipamentos.

Há diferentes indicadores que podem ser usados dependendo da necessidade


da indústria. Conheça alguns:

MTTR
Sigla para o inglês Mean Time To Repair, este indicador aponta o tempo
médio usado para reparos, analisando a agilidade dos funcionários para
realizar os consertos.
O MTTR é calculado dividindo o tempo total utilizado com os reparos pela
quantidade total de consertos executados no mesmo período.

MPd
Verifica o cumprimento dos planos de Manutenção Preditiva (MPd). É
norteado pelas ações do plano de manutenção preditiva realizadas divididas
pelas tarefas programadas da proposta de manutenção preventiva.

ERV
O Estimated Replace Value (ERV), que significa valor estimado de troca, é
relacionado aos custos gerais com a manutenção de uma máquina no período
de um ano e o gasto necessário para adquirir um equipamento novo.

Para fazer o cálculo, divida esses dois valores e multiplique o resultado por 100.
Se o número obtido for maior que 2,5%, a melhor solução é trocar a máquina.
Como fazer a gestão da manutenção
industrial
A economia em reparos fatalmente resulta em gastos futuros com manutenções
corretivas não planejadas.

Por isso, é preciso reconhecer a relevância da manutenção para a indústria, e


depois colocar em prática uma gestão eficiente e de qualidade.
Para tanto, é necessário realizar um planejamento que inclua o conhecimento
da cadeia produtiva e a elaboração de cronogramas que se adéquem ao fluxo
de atividades, interferindo o menos possível.

O planejamento deve incluir roteiros de reparo padrão, materiais necessários e


o tempo previsto para cada atividade. Tudo deve ser registrado para compor o
histórico de manutenções realizadas.

1. Faça uma auto-avaliação


É primordial estudar o histórico da empresa e listar os principais problemas
enfrentados. Cabe também uma reflexão sobre as origens das
irregularidades do maquinário, possíveis causas de avarias ou desgastes de
equipamentos.

Também é necessária uma avaliação quanto aos dados que a equipe de


manutenção tem acesso, para saber se são precisos e completos.

O objetivo é levantar o máximo de informações possível, inclusive a lista de


fornecedores em caso de irregularidades, para traçar um planejamento
assertivo. 

2. Crie um plano de manutenção


A elaboração de uma estratégia deve ser feita com base nas especificidades de
cada máquina, considerando a sua função e a sua relevância na linha de
produção.

O plano de manutenção é composto pelas informações de cada equipamento,


que podem ser colhidas em seus respectivos manuais ou junto aos fabricantes.

A classificação das máquinas quanto a sua importância no ciclo produtivo irá


definir o tipo de manutenção mais adequado e quando as ações deverão ser
feitas. 

3. Estude as condições das máquinas


Existem instrumentos que ajudam a planejar as manutenções e trocas de peças
ou máquinas no momento ideal, otimizando o desempenho dos equipamentos
e aumentando a sua utilização.
Uma opção é a análise LCC (Life Cycle Cost) que levanta os gastos
relacionados ao funcionamento dos aparelhos durante toda a sua vida útil. Este
estudo inclui custos de compra, instalação, operação, manutenção,
desmontagem e descarte.

4. Utilize ferramentas de gestão de processos


Com o advento da indústria 4.0, vários softwares de gestão de processos foram
criados para ajudar as empresas, como a ferramenta digital GMAC (Gestão da
Manutenção Assistida por Computador) que prevê panes e antecipa
decisões.

Também existem diversos modelos de Controladores Digitais que são usados


para programar e operar máquinas, analisando dados dos motores e
planejando trocas.

Há ainda softwares de monitoramento na forma de aplicativos muito úteis para


relatar falhas em tempo real, com foco em manutenção preditiva.

Mas afinal, qual tipo de manutenção


industrial é a mais recomendada?
A manutenção mais aconselhável é a preditiva, porque permite a
programação estudada e prévia de ações que beneficiam a empresa e os
trabalhadores, aumentando a segurança e a produtividade.

Ela realiza medições para prever a ocorrência de problemas, reduzindo perdas


na produção e impedindo paradas desnecessárias. Desta forma, a empresa evita
episódios negativos e trabalha em prol da excelência.

Quando se deve iniciar a manutenção de


equipamentos industriais?
O melhor período para fazer a manutenção de equipamentos industriais é
definido pelo planejamento e cronograma pré-desenvolvidos por cada empresa.

Para que o cronograma de reparos não prejudique o fluxo de atividades, é


importante ter conhecimento dos riscos presentes em cada máquina que
precisa de manutenção e qual o seu papel na linha de produção.
Com o cronograma feito e o agendamento prévio das ações, além de roteiros
de atividade claros e os cuidados devidos, os envolvidos ficam cientes da
necessidade de realizar as manutenções, que refletem na saúde industrial.

Conclusão
Percebemos com este conteúdo que a manutenção industrial não pode ser
desprezada e que pequenos erros evitáveis podem representar uma grande
perda.

Assim, técnicas corretivas, preventivas e preditivas são bem-vindas e favoráveis


para o bom funcionamento das indústrias.

Então, a recomendação é preservar o maquinário, realizando a reposição e a


substituição de peças sempre que necessário. Procure a Kalatec para te
auxiliar com produtos reconhecidos pela qualidade e segurança.

Até a próxima!

Gestão de Ativos: conceito e como


fazer nas indústrias
Muitos empresários têm investido na gestão de ativos, pois sabem que esse é
um dos processos mais importantes dentro de qualquer indústria.

Essa medida propicia um profundo conhecimento sobre o uso, as condições e o


ciclo de vida dos ativos, o que permite otimizar a eficiência operacional e
impulsionar o crescimento dos negócios.

As fábricas se beneficiam de diversas formas, reduzindo custos operacionais e


elevando a qualidade e a quantidade da produção, potencializando o valor dos
ativos em toda a empresa.

Continue a leitura e saiba mais sobre o tema, incluindo a sua relevância para o
setor industrial, maneiras de implantar e muito mais!

O que exatamente é considerado um ativo?


Ativo é qualquer objeto físico (fixo ou móvel) presente em uma indústria, como
peças, equipamentos, máquinas, materiais de escritório, veículos e aparelhos de
informática. Também são consideradas ativos as instalações da empresa, como
galpões e prédios. No geral, trata-se de todo bem material que ajuda a compor
o patrimônio da empresa.

O maquinário do chão de fábrica é um exemplo de ativo industrial, que


possibilita os processos de produção. Ele é formado por redutores, motores
elétricos, CLPs, atuadores, entre muitos outros equipamentos.

Os ativos estão espalhados por todos os ambientes fabris e representam um


valor real para a empresa.

A importância da gestão de ativos no


contexto industrial
A gestão de ativos é fundamental para que eles estejam sempre em condições
apropriadas para utilização e sejam capazes de suprir os processos.

O controle sobre o maquinário ajuda a reduzir problemas como gastos com


troca de peças e novas aquisições, gargalos de produção, paradas
desnecessárias, etc.
A administração dos ativos traz ainda outras vantagens para a indústria, como:

 a possibilidade de automatização de processos e implementação de tecnologias


da Indústria 4.0, para maior aproveitamento dos recursos e maximização de seu valor;
 melhor planejamento de manutenções das máquinas, preservando-as e
potencializando o seu desempenho;

 auxílio na tomada de decisões, com um conhecimento maior sobre os ativos, baseado


em informações colhidas pelo sistema;

 prevenção de possíveis ocorrências negativas relacionadas à saúde, segurança e meio


ambiente;

 aumento da qualidade dos produtos e serviços, devido ao monitoramento mais


próximo de toda a produção;

 maior conhecimento sobre a atuação geral da empresa, possibilitando o


aperfeiçoamento das práticas e impactando todo o negócio; etc.

Como fazer a gestão de ativos nas


indústrias?
O gerenciamento bem sucedido depende de alguns fatores essenciais:

Manutenção do ativo
Os diferentes tipos de manutenção (preditiva, preventiva e corretiva) devem ser
realizados para permitir que o ativo esteja sempre em condições adequadas
para entregar a sua melhor performance.

Deve haver um planejamento dessas ações, contendo cronogramas e indicando


os responsáveis, materiais necessários e custos. Todos os dados relativos às
manutenções devem ser registrados para compor históricos.

Prolongamento da vida útil do ativo


Para preservar as máquinas e demais ativos industriais, melhorias operacionais e
tecnológicas são bem-vindas.

Isso inclui investimento em equipamentos mais modernos e adequados para


cada processo, além de investimento em inovações da Indústria 4.0, como Big
Data, Internet das Coisas (IoT), Cloud Computing, etc.
Tudo isso ajuda a prolongar a vida útil dos ativos, o que resulta em aumento da
produtividade.

Adaptação do ativo
Muitas vezes o ativo precisa “mudar de lugar”, ou seja, ser realocado para um
setor em que seja mais útil. Para isso, é preciso considerar a demanda da
produção, para que as mudanças sejam feitas e se alcance o melhor
desempenho.

PAS 55 e ISO 55.000: entenda os


procedimentos recomendados
Apesar de importante, a gestão de ativos não é um processo tão simples e, por
isso, há alguns anos foi elaborado o procedimento técnico PAS 55, contendo 28
pontos que visam aperfeiçoar o sistema de gestão para todos os tipos de ativos
físicos.

Já a ISO 55.000 é a evolução deste procedimento, e define metodologias para


todo o sistema de gestão e manutenção de ativos.

A norma aponta como fazer a análise do desempenho financeiro do


investimento feito em determinado ativo, como identificar riscos de gestão e
como manter a sustentabilidade organizacional, etc.
Procedimentos ISO 55.0000 (Fonte: AMP Maintenance Fórum)

Conclusão
Concluímos que, com a necessidade constante de aumentar a competitividade e
reduzir custos nas indústrias, a gestão de ativos é um diferencial muito
importante.

Quando bem feita, ela é capaz de trazer diversas vantagens para os negócios,
como o prolongamento da vida útil dos materiais e equipamentos.

Além disso, fornece insights sobre os processos, contribuindo para a tomada de


decisões mais assertivas.

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