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Olá, investidor!

No relatório de hoje, vamos falar sobre o potencial de valorização das ações da Via, grande varejista que possui
marcas líderes no segmento de atuação (Casas Bahia, Ponto, Extra, Bartira) em condições de competir com uma
boa estrutura para o seu varejo eletrônico.

TURNAROUND
Em 2019, houve uma brusca mudança da gestão da companhia, marcando o início do seu turnaround. Com a
mudança, melhorias e investimentos na operação começaram a acontecer. Mas, ainda ao final do mesmo ano,
a empresa reportou um prejuízo líquido de R$1,43 bi.

O processo de transformação permitiu à Via fechar a lacuna operacional com o principal concorrente, o
Magazine Luiza. A Via entrou forte na operação multicanal (físico + digital), transformando-se em uma
plataforma completa voltada ao varejo. Com isso, ela passou a agregar outras operações complementares, como
logística de última milha (ASAPLog) e financeiro (Banqi), permitindo um crescimento robusto com melhoria de
margens.

Vale ressaltar que, em 2019, as lojas físicas eram responsáveis por 90% da receita da empresa, enquanto apenas
os 10% restantes vinham do digital.

A PANDEMIA ACELEROU A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL


A pandemia do coronavírus forçou a empresa a acelerar essa transformação.

O NPS (medida de satisfação do cliente) aumentou de 67 p.p. no 2T20, para 77 p.p no 2T21. O salto evidenciou
a melhoria na avaliação de seus aplicativos e na experiência dos clientes ao navegar pela sua plataforma.

VIRADA DO LUCRO LÍQUIDO CONSOLIDA TURNAROUND


No 4T20, a companhia consolidou seu turnaround financeiro, revertendo o prejuízo líquido de R$1,43 bi
reportado em 2019 e apresentando um lucro líquido de R$ 1 bi, com uma margem líquida de 3,5%. Além disso,
ela encerrou o ano com forte geração de caixa operacional de R$ 1,4 bi.

Apesar de um ano desafiador para o varejo, a companhia conseguiu concluir sua transformação, apresentando
crescimento sem abrir mão da rentabilidade.

Reabertura comercial e o e-commerce no Brasil

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O avanço da vacinação no Brasil traz perspectivas muito positivas em relação à reabertura comercial no país.
Com isso, esperamos uma retomada de movimento nas operações físicas das varejistas.

O e-commerce brasileiro possui baixíssima participação nas modalidades de compra na população e, por isso,
existe um grande potencial de crescimento nesse segmento. A transformação nos hábitos de consumo,
impulsionada pela pandemia, tem beneficiado esse crescimento. As plataformas de e-commerce, como a Via,
também estão se beneficiando dessa expansão.

CRESCIMENTO DE RECEITA E GMV


Considerando estimativas um pouco mais conservadoras em termos de crescimento, a Via ainda é capaz de
avançar nas margens e nos lucros por, pelo menos, os próximos trimestres. A companhia não necessita, ainda,
renunciar da rentabilidade e realizar uma espécie de “guerra de preços” com a concorrência para atrair fluxo de
clientes.

A Via possui a maior fabricante de móveis da América Latina, o que permite margens melhores que a
concorrência e liderança em um segmento resiliente no Brasil.

AÇÕES DESCONTADAS
As ações da Via (VVAR3) estão sendo negociadas a múltiplos muito abaixo de sua principal concorrente, Magalu
(MGLU3), que é negociada a múltiplos altos, seguindo a faixa de empresas de tecnologia.

Enxergamos um fechamento de lacuna de múltiplos em relação à MGLU3, dando um potencial de valorização


dupla para as ações VVAR3.

PONTO DE ATENÇÃO
A companhia segue queimando caixa ainda em cifras bilionárias. Mas, em função das características da
operação, enxergamos isso, por enquanto, como “dor do crescimento” para o setor.

Concorrência e recuperação da atividade econômica em curso.

O mercado parece ainda pender para o Magazine Luiza como o grande vencedor e pioneiro no varejo digital
brasileiro, sendo a única companhia a gerar um caixa operacional relevante, além de possuir uma gestão
inovadora que segue abrindo caminhos para o desenvolvimento da plataforma de e-commerce no país.

Outras concorrentes como B2W e Mercado Livre também vêm investindo pesado no país e seguem queimando
caixa, sobretudo pelo maior consumo de capital de giro que, a nosso ver, faz parte do crescimento. Porém
sempre se corre o risco de perder a mão e acabar minando a rentabilidade e a saúde da companhia.

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MAIS INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA
A Via segue apresentando iniciativas para otimização e crescimento da multicanalidade e melhorias na
estratégia comercial de vendas e logística. Recentemente, a empresa divulgou que planeja abrir 120 novas lojas
físicas ainda em 2021. O risco de execução é razoavelmente alto, porém enxergamos como uma inovação dentro
do setor que, em caso de sucesso, pode lançar a Via para outro patamar de operação e rentabilidade.

MAIOR PARTICIPAÇÃO DE VENDAS É PROVENIENTE DE CARNÊS


O carnê é uma modalidade mais arriscada quando se olha para os números da inadimplência, de modo que o
risco de não recebimento fica todo com a empresa. Porém, nos anos anteriores à digitalização, foi em função
dessa modalidade que a Via conseguiu crescer, isso porque a companhia é pioneira na operação desta
modalidade de financiamento a clientes.

O risco de inadimplência tende a ser minimizado com a plataforma Banqi, alinhando inteligência de dados com
facilidade de operação das transações financeiras.

RESULTADO DA VIA 2T21


A Via (VVAR3) divulgou seu resultado referente ao segundo trimestre de 2021 na quarta-feira, 11 de agosto. A
dona das Casas Bahia e Ponto (antigo Ponto Frio), que está passando por uma grande reestruturação, inclusive
alterando seu ticker de negociação de VVAR3 para VIIA3 a partir do dia 16/08, vem mostrando um grande
crescimento, inclusive ganhando mercado.

O GMV Bruto (Gross Merchandise Value) teve um crescimento de 51% comparado com o 2T20. Além de crescer,
foi um crescimento maior que o mercado, resultando em ganho de participação de mercado pela empresa. Do
total, 65% das vendas foram digitais, mostrando que a companhia está conseguindo operar bem seu e-
commerce.

Já o marketplace, que deixava a desejar quando comparado aos seus concorrentes, superou a marca de 71 mil
vendedores, um expressivo aumento frente aos 10 mil do início do ano. O número de produtos vendidos em seu
marketplace apresentou grande crescimento, saindo de 3 milhões em março de 2020 para 30 milhões ao final
de junho de 2021. Isso contribui para um aumento de 85% no ano contra ano das vendas do marketplace (3P).

Esses dados representam um avanço de 49,2% na receita líquida, contra o mesmo trimestre de 2020, atingindo
R$ 7,8 bilhões.

O Ebitda ajustado operacional foi de R$ 485 milhões, um aumento de 54,4% em relação ao 2T20.

Na linha final do demonstrativo de resultados, o lucro líquido ajustado do período foi de R$ 45 milhões, contra
prejuízo de R$ 176 milhões no mesmo período de 2020.

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CONCLUSÃO
A companhia entrega mais um forte crescimento, tomando uma participação de mercado cada vez maior, o
que a credencia como uma forte competidora na disputa do e-commerce. Além disso, a Via utiliza a força de
suas marcas e sua expertise em oferecer crédito. O banQi, seu banco digital, foi autorizado a atuar como
sociedade de crédito direto, o que abre ainda mais oportunidades de crescimento para o futuro da empresa.

Após dois anos da nova gestão, os resultados do turnaround executado na empresa são nítidos. A companhia,
que estava praticamente fora do e-commerce, agora se credencia para ser uma das protagonistas. A logística
na entrega dos produtos está se tornando um ponto forte da Via, a qual entrega em praticamente todos os
5.568 municípios brasileiros, sendo a entrega efetuada em 24 horas em 2.500 municípios, onde cada loja
funciona como um hub logístico. Além disso, passará a oferecer seus serviços de logística para marketplaces
de terceiros, principalmente para itens pesados, ramo em que a companhia tem boa presença.

As ações da Via (VVAR3) estão sendo negociadas a múltiplos abaixo de sua principal concorrente, Magalu
(MGLU3), que é negociada a múltiplos altos, seguindo a faixa de empresas de tecnologia.

Enxergamos um fechamento de lacuna de múltiplos em relação à MGLU3, dando um potencial de valorização


para as ações VVAR3.

Este relatório foi produzido pela equipe de analistas da Levante Ideias de Investimento, que abrange a série As
Melhores Ações.

A série é conduzida pelo especialista em ações Flávio Conde.

Com experiência de 30 anos de mercado de ações tendo sido analista, gestor e estrategista de ações. Já
analisou mais de 5 mil balanços e já recomendou mais de 1.500 carteiras de ações. É professor de Valuation na
UNESP e foi do Ibmec e Insper.

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Bons investimentos!

Equipe Levante.

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