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,
BOLETIM DA REPUBUCA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
SlfPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Art, 3. A posse e uso de armas de fogo destinadas as Forças de
Defesa e Segurança é proibida.
Art, 4. É aprovado o Regulamento de Armas e Munições
AVISO
bem como as tabelas e modelos anexos, que fazem parte
A matéria a publicar no «Botutlm da República» integrante deste Decreto.
deve ser remetida em cópia devi Iamente autenticada, Art, 5. É revogada toda legislação contrária à estabelecida
uma por cada assunto, donde co lste, além das lndl- no presente Decreto.
cações necessárias para esse ef sito, o averbamento Aprovado pelo Conselho de Ministros. aos 27 de Março
seguinte, assinado e autenticado: Para pubttceção no de 2007.
«Boletim da República». Publique-se.
A Primeira. Ministra, Luísa Dias. Diogo .
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SUMÁRIO
Conselho de Ministros: Regulamento de Armas e Munições.
Decreto n." 812007: CAPITULO I
Aprova o Regulamento de Armas e Munições e revoga toda Disposições gerais
legislação contrária à estabelecida no presente Decreto.
SECÇÃO I
Decreto .n." 912007:
Objecto
Aprova o Regulamento das Empresas ce Segurança Privada.
ARTIGOI
Objecto
Conselho Constitucional:
O presente Regulamento estabelece as regras relativas
Acórdão n," 1/CCI2007: à detenção. uso e porte, importação, exportação, trânsito de
armas de fogo e munições, por cidadãos moçambicanos
Relativo ao pedido de impugnação di deliberação da Comissão, ou estrangeiros no território nacional.
Permanente da Assembleia da Rep rbltca, respeitante a Carlos
Alexandre dos Reis. ARTIGO 2
(Âmbito de aplicação)
••••••••••••••••••••••••••••••• O presente regulamento aplica-se:
CONSELHO DE MINISTROS a) A todas'as situaçõesde detenção, uso e porte, bem como
a importação. exportação e trânsito de armas de fogo
e munições;
Decreto n," 812007
b) As empresas e associações desportivas que tenham como
de 30 de Abril
instrumento de trabalho as armas e para as quais
Havendo necessidade de adequar à realidade actual o estejam devidamente licenciadas.
Regulamento de Armas e Munições em vigor, ao abrigo do
disposto na alínea b) do n," I do artigo 204 da Constituição SECÇÃO II
da República, o Conselho de Ministros decreta: Definição e classificação de armas e munições
Artigo 1. É permitida, mediante au .orização prévia-a deten-
3
ARTIGO
ção, uso e porte, a importação e exportação de armas de fogo
e munições no território nacional. (De1inlção de armas e munlçOes)
Art, 2. É igualmente permitido. me íiante autorização prévia. 1. Consideram-se armas. para efeitos deste Regulamento,
o uso e porte de armas de recreação para as associaçõesdes- todos os instrumentos ou engenhos como tal classificados. nos
portivas devidamente licenciadas. artigos seguintes e, ainda, 'Os que tenham as características dos
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154-(2) I SÉRIE-NÚMERO 17
1. É proibido o uso e porte por »essoas particulares das 4. Havendo motivos disciplinares ou criminais, as armas
seguintes armas: devem ser entregues ao Comando-Geral da PRM ou aos
a) AJ;espingardas de alma lisa c 'jo comprimento de cano Comandos Provinciais da PRM.
seja inferior a 51cm ou 20 rolegadas;
154-(4) I SÉRIE - NÚMERO J 7
ARTlG020 ARTlGó24
(Extinção de autorl"ação) (Validade das licenças de uso e porte de armas)
Extingue-se a autorização de licenças. sempre que os seus I. As licenças para uso e porte de arma são válidos pelo
titulares sejam compulsivamente apesentados ou deixem de período de dois anos.
exercer os cargos que determinaram a' autorização. 2. A licença de caça não dispensa a de uso e porte das
ARTlG021
respectivas armas durante o período da sua validade.
(Autorizações para as pessoas colectivas públicas ARTIGO 25
ou privadas)
(Obtenção de licenças para o uso e porte de .rm.s)
Às pessoas colectivas públicas ou privadas, onde se torne
I. As licenças de simples detenção ou para o uso e porte de
indispensável o uso de armas de fogo, podem ser autorizadas a
armas são concedidas mediante requerimento, contendo todos
adquirir as armas permitidas neste regulamento, exclusivamente
os elementos de identificação do requerente e a assinatura deste,
para o fim requerido.
reconhecida por notário instruído com os seguintes documentos:
ARTIGO 22 a) Certificados de registo criminal e policial, passados há
(Porte e uso de armas por vigilantes de empresaa menos de três meses;
de segurança privada)
b) Certificado médico de aptidão física;
I. O porte e uso de armas de fogo por vigilantes de empresas c) Fotoc6pia autenticada do Bilhete de Identidade;
de segurança privada carece de licença específica, concedida
pelo Comandante-Geral da PRM.
â) Três fotografias de tipo passe coloridas de 3,5 cm x 4 cm;
e) Prova da necessidade de posse das referidas armas
2. A licença é válida por um anc , renovável, mediante a
passada por entidades policiais;
apresentação de certificados de registo criminal, policial e
certificado de aproveitamento de carreira de tiro. fJ Prova de ter frequentado, com aproveitamento, uma
carreira de tiro que lhe habilite a esse porte;
3. Os vigilantes de empresas de segurança privada só podem
ser portadores de armas de defesa quar do em serviço de guarda- g) Atestado de residência;
costas, em protecção de bancos, de casas de câmbio, em h) Parecer das autoridades policiais;
acompanhamento de veículos de transporte de fundos e valores
i) Informação das autoridades administrativas do local de
e nos casos de reacção rápida.
residência.
SECÇÃO I[
2. Tratando-se de agremiações de tiro, clubes desportivos ou
recreativos e organizações similares, as licenças referidas nas
Licenças de simples detenção, uso e porte de arma
alfneas â)' e e) do artigo 23 são requeridas pelo seu representante
ARTIGO 23
legal,juntando cópia do Boletim da República onde se encontrem
publicados os respectivos estatutos.
(TIpo de licença e Idade permitida para a sua detenção)
3. A nenhum indivíduo pode ser passada mais do que uma
I. Poderão ser concedidas licença; de simples detenção ou licença para o uso e porte de arma de defesa e caça, sendo que
para uso e porte das seguintes espécies de armas, quando cada arma deve possuir o respectivo livrete.
manifestadas e regisíadas:
4. As licenças para o uso e porte de armas s6 podem ser
a) De defesa e brancas, aos maiores de 21 anos que tenham emitidas para cidadãos moçambicanos.
a necessária idoneidade moral; 5. Os estrangeiros que à data da entrada em vigor do presente
b) De defesa contra animais selvagens, aos maiores de 21 regulamento possuam licença de uso e. porte das armas
anos, nas condições previstas no n." 1 do artigo 7; conservam os direitos adq uiridos.
c) De caça, aos maiores de 21 anos; 6. A título excepcional podem ser .I'll8sàda.1iIícenças.de uso e
parle de armas a estrangeiros cujos paJses observam o princípio
â) De precisão, aos indivíduos maiores de 18 anos e às de reciprocidade em relação aos moçambicanos.
agremiações de tiro.clubes desportivos ou recreativos
e organizações similares;
ARTloo26
e) De recreio, aos indivíduos maiores de. 18 anos. e às (Renovaçlio de _u)
entidades referidas na alínea anterior;
I. A renovação das licenças de u~ .• jP1lI·de.artl1lla.llHogo
fJ De ornamentação, de valor estimativo ou de colecção é efectuada mediante a apresen~t<l'ft
aos maiores de 18 anos.
a)Requerimento dirigido ao I.:Q1IlÇ~ilHtil rRM~
2. A concessão q,s licenças descritas no nümero anterior
b) Fotoc6pia autenticada ~ BI1Ma ~lllidade;
é da competência do'Comandante-Geral da PRM.
c) Certificado de registo crliGlll\ll. l1011cjal jlll:;saQQ !to
3. A licença pode ser denegada, quer por inoportunidade
menos de três meses;
fundada em razões de ordem pública, quer ainda porque a quota
â) Certificado médico de aptidãoffsica;
das concessões anuais encontra- se esgotada, quer com
fundamento nos factos que constem do certificado do registo e) Atestado de residência;
criminal do requerente, quer por ounos tidos como prejudiciais fJ Fotoc6pia de licença de uso e porte caducada;
pela autoridade. policial ou por aquela a quem compete a sua g) Duas fotografias coloridas de tipo passe.
passagem. 2. Para os estrangeiros, a renovação de licença para. o uso e
4. Compete ao Ministro do Interior fixar a quota das licenças porte de arma de fogo, para além dos documentos mencionados
a conceder por ano. no número anterior, será mediante apresentação de fotocópías
30 DE ABRIL DE 2007 154-(5)
autenticadas do DIRE, do passaporte, certidão de registo criminal 2. Se for cassada a licença de simples detenção, as armas são
emitido pelas autoridades moçambicanas e um documento apreendidas. iniciando-se o processo da sua reversão a favor do
passado pelas autoridades competentes do país de origem Estado.
certificando a sua idoneidade. 3. Se for cassada a licença para uso e porte, as armas
apreendidas são restitufdas ao seu.leglti'"o proprietário, tnediànte
ARTIGO 27
a apresentação da licença de simples detenção, quanl$o nilo
(Revogaçio de licença com base enllalsas declaraç6es) devam ser consideradas perdidas a favor do Estado.
A obtenção da licença baseada em fs lsas declarações implica 4. Do despacho que denegar, suspender ou cassar as licenças
a sua revogação, a apreensão da arma iniciando-se o processo referidas no artigo anterior, cabe reclamação ao Comandante-
de reversão da arma a favor do Estado e o subsequente -Geral da PRM ou recurso hierárquico no prazo de trinta dias,
procedimento criminal. ou impugnação judicial.
ARTIGO 28 ARTIGO 32
(Delençlo de armas de delesa pessoal e de caça) (Restrlç6es e condlç6lOSde uso de armas de logo)
I. As armas de defesa pessoal, quando conservadas em Não é permitido o porte e uso de armas de fogo, entre outras
residências, devem ser depositadas em cofres apropriados: nas seguintes condições:
2. As armas devem ser conservadas e utilizadas nos locais a) Em virtude da situação do lugar e outras atendíveis que
apropriados para o tiro ao alvo ou nas rer.idências ou propriedades possa colocar a vida de pessoas ou de propriedade
dos seus detentores e, quando forem transportadas, devem ser em perigo;
guardadas em estojos ou caixas apropJiadas.
b) Em estado de embriaguez ou sob efeito de drogas;
1. As armas de precisão.e de 1 ecreio pertencentes a
agremiações de tiro, clubes desportivos ou recreativos e c) Quando o seu portador não esteja em pleno uso das suas
organizações similares só podem ser uti lizadas pelos seus sócios, faculdades mentais, provado por documento médico;
ainda que de idades inferiores às previstas nas alínea d) e e) do d) Quando empregue a arma sem justa causa ou de forma
artigo 23, nos seus recintos privados. negligente;
4. As armas de caça devem ser mantidas descarregadas quando
e) Para resistir a uma ordem legítima da autoridade
não em exercício da caça.
competente.
5. As armas referidas no presente Artigo bem como os locais
doseu acondicionamento estão sujeitos a inspecção periódica a ARTIGO 33
ser ordenada pelo Comandante-Geral Ia PRM. (Ports e uso Ilegal de armas de logo e munlç6es)
ARTIGO 29 O porte e uso ilegal de armas de fogo e munições é punível
(Empréstimo de armas de caça) nos termos da lei penal.
I. A licença para o uso e porte de arma de caça habilita o seu CAPITULO III
possuidor ao uso e porte de arma de caça que não lhe pertença,
devidamente registada, sempre que seja autorizado por escrito Manifesto e Registo de Armas e Munições, Autlência
pelo seu proprietário, devendo tal aule rização ser submetida ao Temporária, Mudança de Residência, 'Morte, Uso e
visto da autoridade policial, que lhe atribui o prazo de validade Cedência de Armas e Munições
julgado conveniente, até' ao limite de um ano. SECÇÃO I
2. A autorização para o empréstimo de arma de caça deve ser Mannesto e Registo de Armaa e Munições
feita em duplicado ou triplicado, consoante se trate de
empréstimo feito por particulares ou por espingardaria, . ARTIGO 34
destinando-se o original ao benefi ciário, o duplicado ao (Manllesto de armas e munlç6es)
Comandante Provincial da PRM e o IJiplícado à espingardaria,
O manifesto de quaisquer armas e suas munições quando
se for o caso.
importadas por espingardarias, detidas por particulares, trazidas
ARTIGO 30 de qualquer país estrangeiro ou adquiridas em hasta pública, é
(Armazenamento e arrecadaçio de armas por empresas obrigatório e processa-se do seguinte modo:
de aegurança prh'ads)
a) Os boletins de manifesto modelo II, devidamente
I. As armas em posse das Empres as de Segurança Privada preenchidos e assinados, são entregues, com as
devem ser-armazenadas ou arrecadadas em cofre. respectivas armas para a conferência, no Comando-
2. As armas na posse das Empresas de Segurança Privada, Geral da PRM ou nos Comando Provinciais da PRM,
bem como os locais do seu acondicic namento estão sujeitos a conforme a área em que residem os proprietários;
inspecção periódica da PRM. b) Em cada boletim de manifesto deve ser descrita uma
ARTIGO 31 arma e suas munições apenas, fazendo-se a anotação
(Denegaçlo, suspenaior cassação e :aricelamento de licença de "arma· do Estado" quando pertencer aos serviços
de sImples detsnçio de uso ,. porte de armas) públicos.
I. O Comandante-Geral da PRM pode em despacho, ARTlG035
devidamente fundamentado. com base nas circunstâncias
(RegIsto de armss)
previstas no número 3 do Artigo 23, ou por outros motivos graves
e ponderosos, denegar, suspender 011 'cancelar as licenças de 1. Os boletins de manifesto silo remetidos ·ao Comando-Geral
simples detenção de uso e porte de ar nas de defesa pessoal, de. da PRM para a elaboração do livrete do registo "modelo V',
caça, de precisão e de recreio, ordenando apreensão das que que só é entregue aos proprietários das armas, de acordo com
tenha sido concedidas e as respectiva: armas. este Regulamento.
154-(6) ISÉRIE-NÚMERO/7
2. O livrete do registo pode ser sub stituído a requerimento do 2. Os titulM" ~ licenças de uso e porte de arma devem
interessado nos casos de deterioração, perda ou outro motivo informar as autQridade& policiais competentes, no prazo de 24
justificado. horas, sobre & ~ de resideRcia 0lI ausência temporária.
3. Quando se trate de substituição de IivrelÇs pertencentes 3. Em caso de lIll)ItO do titulàr. OS membros da famOia ou
aos serviços públicos. os pedidos podem ser feitos por meio de parentes do finadO d4vem,lIQ prUQ de 07 dias, entregar a licença
nota ou de oficio. de' aso e portO'dá anila de fogol a respectiva arma as autoridades
poliçiais co!l\PClClItcs.
Al<TIG036 4. A falta de comlll\Ícaçio da au&anciatemporária do país ou
(RegIsto dII _ pelas .~) 4& IllUdança de resid&lcia pelos titulares das armas de fogo é
I. As armas importadas por espingardarias são registadas em punida com multa nes termos da presente regulamento.
seu nome e, quando forem lJansferi<hs, o acto é averbado nos S. A reincidência das infracçlle$ cQllStaDtesno número anterior
respectivos livretell de proprietário. pelos titulares de arDIas de fOJO' incorre na cassação da licença
e peréa das armas a favor do Esta40.
2. Quando a transferência a que se refere o nómelO lItIterior
seja feita a favor das cotidades não ilentas de licença de lI6Q e SEOÇAOII
porte, estas devem promover o averbamento das armas USo 8 <led6ncIa de ATmu e MunJç6es,
adquiridas na resenha constante das re ferieas licenças, no praze
de quinze dias. ARTJ<;040
(Uso • J!CIfW ••• __ • munlfOes)
3. As armas a que se refere o artigo 34 deste regulamento são
manifestadasdentro do prazo de trinta dias, a contar da data do 1. O indivíduo habilitado com.a licença de uso e porte de
desembaraço aduaneiro. arma de fogo, nos termos deste Regulamento, pode usar até três
4. A falta de manifesto de arma ,ie fogo dentro do prazo armas de fogo: uma de defesa pesaoal e duas de caça.
estabelecido faz incorrer no pa&amento de multa nos termos deste 2. O uso das armas referidas no nómero anterior é limitado às
regulamento. actividades que condicionam a SUl permissão e sempre fora dos
centros populacionais.
ARTIGO 37 3. É proibido o uso de armas e munições de recreio em zonas
(Reglalo. de ann ••• /llrtlllzadaa) urbanas e suburbanas que não ofereçam as necessárias condições
de segurança.
As armas inutilizadas são remetidas com os respectivos
livretes ao Comando-Geral da PRM, para o cancelamento do 4. Os indivíduos que, a data de entrada.em vigor do presente
seu registo e posterior destruição. Regulamento, tenham registado em seu nome um número de
armas superior ao indicado no número 1 do presente artigo, bem
ARTIGO 38 como, os que' possuem pistolas ou rev61veres de defesa pessoal
(Extravio e roubO de arma) acima do calibre permitido para esse fim, devem entregar no
Comando da Polícia as armas excedentãrias e obter novas
1. No caso de extravio ou roubo de urmas, o livrete de registo licenças com calibre ajustado a este Regulamento.
deve ser entregue pelo pr6prio titular ou seu representante legal
no prazo de 24 horas, à autoridade po licial mais prõxíma, com S: O uso indevido das armas de fogo e de munições, ou que a
os fundamentos ou justificativos que tiver a alegar, reduzidos a autoridade' competente considere como não devidamente
auto de notícia. justificado, será punido nos termos da lei penal.
2. A autoridade referida remete, pela. via competente, o livrete
ARTIGO 41
e o decalque do auto referido no nümeo anterior, ao Comando-
Geral da PRM para efeitos de apreciação deste, em coníorrnidade (AlIenação de arma. 8 munlç6es)
com o disposto no número seguinte, com vista a eventual I. Aos individuas que detenham armas de fogo em situação
procedimento contra o ilegal detentor de arma. legal, assim como as munições que lhes correspondam, é
3. Sempre que o extravio ou roubo não for considerado permitido aliená-las a pessoas a quem a lei permita o seu uso e
devidamente justificado pelo Comando ..Geral da PRM, o titular porte.
é punido nos termos da lei penal. 2. Para os efeitos do número I, devem os requerimentos serem
4. Os indivíduos que deixarem as suas armas em locais que dirigidos ao Comandante ..Geral da PRM acompanhados de
possam ocasionar roubo ou extravio das mesmas são punidos livrete de registo, das licenças de uso e porte e da declaração de
nos termos da lei penal. transmissão passada pelo proprietário das referidas armas, com
S. O extravio de arma de fogo qu e não for participado as a assinatura reconhecida por notário,
autoridades competentes, pelo seu titu ar é punido com pena de 3. Os utentes a que se refere a alínea b) do n," I do artigo 23
multa correspondente ao dobro do pr,e;o da arma. são o garante de manutenção e guarda das respectivas armas em
6. O não cumprimento do prazo e! tabelecido no número I sólidas condições de segurança.
deste artigo implica o início do processo de reversão das armas 4. Em caso de morte do proprietário de armas e munições, ,
'a favor do Estado, quando localizada> independentemente da devem as pessoas de famflta ou quando não as tenham, as pessoas
pena anteriormente prevista. que com ele vivia, ou, se o falecido não tinha residência própria,
o dono ou gerente da casa onde a morte se registou, entregá-las
ARTIGO 39
às autoridades policiais da respectiva área, 00 prazo de 7 dias a
(Aue6ncle temporária. mudança d. residência 8 morte)
contar da data da ocorrência, para efeitos de legalização a favor
I. Sempre que o titular da licença de uso e porte de arma fogo dos herdeiros, mediante manifestação de vontade e observados
se augentar do pais por mais de 24 hora" deve depositar as armas todos requisitos para uso e porte de armas de fogo e munições, a
em sua posse e respectivas munições junto as autoridades qual é feita nos seis meses subsequentes, sob pena de serem
policiais competentes. perdidas a favor do Estado.
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30 DE ABRIL DE 2007 154-(7)
I. Compete ao,Comando-Geral da PRM organizar o cadastro (QuanUdades de armaI ,e munlç6es para Importaçiio.
exportação. reexportação. relmportaçiio)
de armas de fogo e munições e respe ctiva fiscalização.
I. Os particulares habilitados com a licença de caça ou de
2. O Cadastro referido no núnero anterior é sobre as
uso e porte de armas de fogo poderão ser autorizados' a importar
autorizações de posse e uso de armas de fogo emitidas,
ou a exportar. através das espingardarias, para seu uso próprio
apreendidas, recuperadas, confiscadas, roubadas bem como os
até três armas, sendo uma de defesa e duas de caça, precisão ou
dados sobre fabrico, importação, exportação e transferência de
recreio e munições até aos limites de 100cartuchos de bala de
armas de fogo e munições, na pOSS(,de singulares, do Estado,
defesa, 500cartuchos chum~ elou bala de caça e 500 cartuchos
de empresas de segurança privada, e e agremiações desportivas
de chumbo elou bala de recreio, por ano.
e espingardarias.
2. Os cidadãos nacionais regressados do estrangeiro. sendo
3. O período mínimo de manutenção dos cadastros é de 10
titulares de licença de uso e porte de armas dos países de
anos. proveniência, bem como os estrangeiros que pretendam fixar
4. O cadastro de armas e munições fica no Departamento de residência em território nacional, poderão ser autorizados a
Armas de Explosivos do Comando-Geral da PRM que é importar suas armas e munições nas condições previstas no
responsável pela sua manutenção. número 1 deste artigo.
5. O acesso aos dados contidos na cadastro acima referido é ARTIGO 49
estritamente reservado aos Órgão; de Defesa e Segurança, (Exeepçõea nal quantidades a Importar)
carecendo de autorização expressa do Ministro do Interior.
I. Poderá ser autorizada a importação de armas e munições
6. As entidades referidas no número 2 deste artigo, incluindo
em quantidades superiores às mencionadas no artigo anterior
os sectores de aquisição de equipam ento das Forças de Defesa e quando se trate de excursões cinegéticas ou turísticas ou quando
Segurança devem fornecer os dados sobre armas de fogo ao se trate de missões de carácter científico e em outros casos
Ministério do Interior para efeitos e e cadastro. excepcionalmente definidos pelo Comandante-Geral da PRM.
154-(8) 1SÉRIE-NÚMERO 17
(Importação de armas e munições par. abate de gado 2. O Comandante-Geral da Polícia pode, a título excepcional,
e sinalização) autorizar a importação, exportação, reexportação, reimportação
e trânsito de armas e munições sem classificação.
Compete ao Comandante-Gera da PRM autorizar a
importação de armas de fogo apropr adas e suas respectivas ARTIGO 64
munições, para abater gado em matadouros, bem como as de (Locais de importação, exportação, reexportação,
sinalização luminosa, destinadas aos ser viços de navegação aérea relmpo~ção e trânsito)
e marítima. A importação, exportação, reexportação, reimportação e
trânsito são feitos pelos Postos de Travessia autorizados.
ARTIGO 58
ARTIGO 65
(Apreensão de armas e munlçõell pelas alflndegas)
(Acondicionamento)
As armas e munições submetidas a ( espacho nas Alfândegas,
que não correspondam ao tipo, modelos e calibres descriminados I. As armas de fogo e munições de guerra são hermeticamente
na respectiva licença de importação, si o apreendidas e perdidas embaladas e devidamente seladas no momento da sua
a favor do Estado, salvo se o importador promover importação, exportação, reexportação, reimportação e trânsito.
imediatamente a sua reexportação. 2. As armas e munições não compreendidas no número
anterior são devidamente embaladas..
ARTIGO 59 3. Ás pistolas de guerra e respectivas munições usadas em
(Licenciamento e Importação de armas e munições serviço de guarda-costas dos altos dignatários de Estado podem
. por agentes diplomáticos ou consulares) ficar isentas do disposto no número J.
O Ministro do Interior em coordenação com o Ministro dos ARTIGO 66
Negócios Estrangeiros e Cooperação, ouvido o Comandante- (Importaçio, exportação, reexportação, reimportação e trânsito
Geral da PRM pode autorizar o uso e porte de arma de fogo ao Ilegal de armas e munições)
agente diplomático ou consular icreditadcs no Estado
A importação, exportação, reexportação, reimportação e
Moçambicano, bem como a irr portação, através de
trânsito de armas e munições sem as devidas autorizações é
espingardarias, de armas de defesa, d~ caça, de precisão ou de
consideração posse ilegal de arma de fogo e munições, sendo
recreio, mediante petição formulada r esse sentido.
punível nos termos da lei penal.
ARTIGO 60 ARTIGO 67
(Armas que dispensam autorizaçãc para sua Importação) (Corretagem do comércio de armas)
I. Não carecem de autorização de mportação: A corretagem consistindo em troca de comissão, vantagem
a) As armas de pressão de ar; monetária ou outra, com vista a facilitar a transferência, aquisição
b) As armas e utensilios referid JS nos n.'" 2 e 3 do artigo dedocumentação, pagamento de qualquer transacção relacionada
10 do presente Regulamento; com a compra ou venda de armas de fogo e munições e outros
materiais afins. ou agindo desse modo como intermediário entre
--_._---------------_.
154-(10) ISÉRIE-NÚMER017
qualquer fabricante ou fornecedor de armas de fogo. munições e 4. Qualquer viatura carregada com munições' não pode dar
outros materias afins e o comparador 011 receptor dos mesmos é entrada em garagens ou oficinas de reparação.
regulada por diploma especifico. 5. É expressamente proibido o transporte na mesma viatura
CAPtruLOv de munições juntamente com produtos inflamáveis.
SECÇÃov ARTIoo76
eonstruçAo de depósitos para arma/enagem de munlçOes (Armazen~ento de arma, muniç6 •• e pólvOra de caça)
e pólvore de ca;a
A armazenagem-de armas, munições e p6lvoraAe caça é feita
ARTIoo74 nos depósitos a que se refere o número 'I do artigo 12 nas
(Conatruçllo de depóaltos de munlç6es e pólvora de caÇI) quantidades seguímes:
1. Os depósitos destinados a. armazenagem de munições e a) As armas de caça, de precisão e de recreio, até 900;
pólvora de caça são construidos no interior do respectivo b) Armasde defesa, até 200;
estabelecimento, ou no caso de reconhecida impossibilidade, em c) Cartuchos de bala e de chumbo, até 800.000;
qualquer outro local que -venha a merecer a aprovação do
á) Pólvora de caça; até 25Kg.
Comando Geral da PRM e do Goverr o local.
2. A construção deverá ser inteira mente de alvenaria, com ARTIGO77
paredes de espessura não inferior 15 Cl n, de cubagem com chapa (VIstorias)
de ferro de espessura superior a 2 m n, as quais deverão abrir 1. As instalações são vistoriadas depois de concluídas, a
para fora. O 'local deverá ficar separado das escadas, da entrada pedido dos interessados ao Ministério da Industria e Comércio,
do edifício e do público, e a porta deverá ter um sistema de no prazo de 15 dias.
ventilação adequado e fechaduras que ofereça absoluta,
2. Da vistoria fazem parte representantes da PRM, das FADM,
segurança.
dos Serviços Nacional de Bombeiros, dos Ministérios da
ARTIGO75 Industria e Comércio, do Trabalho, para a Coordenação da Acção
Ambiental e da Saúde.
(Ucenclamento para a conatruçlo de depósito de Irmaa,
munlç6ea e pól' ora) 3. Além do indicado nos números anteriores deste artigo
1. O licenciamento para a construção de depósito de armas, quanto à vistoria, devem ser observadas as disposições legais
munições e pólvora compete ao Ministério da Indústria e estabelecidas para o licenciamento técnico dos estabelecimentos
Comércio, que organiza o respectivo processo, ouvidos o industriais em vigor.
Comando-Geral da PRM, as FADM " os governos provinciais. 4. Auto de vistoria que aprova as instalações, quando
homologado.pelo Ministro da Indústria e Comércio, é documento
2. Para a organização do processo, o requerente entrega uma
suficiente para comprovar aexistência legal do estabelecimento,
petição dirigida ao Ministro da Indústria e Comércio, com a
de que se envia a cópia ao Comando-Geral da PRM.
assinatura reconhecida por notário, ao qual se junta os seguintes
documentos: ARTIGO 78
a) Memória descritiva e justificativa, com a indicação (Reduçllo da capacidade de armaanamento)
pormenorizada das instala ções; 1. As autoridades fiscalizadoras, sempre que o julgarem
b) Planta topográfica, em escala conveniente, indicando o necessário, averiguam da necessidade de reduzir a capacidade
local exacto do depósito; de armazenagem autorizada ou o encerramento dos depósitos.
c) Planta de depósito, bem como o corte devidamente 2. O processo, para os efeitos do disposto no número anterior,
dimensionado; é presente ao Ministério da Indústria e COmércio para o despacho
final, ouvido o Comando-Geral da PRM.
d). Certificados dos registos criminal, policial e
comportamento cívico do requerente ou dos sECÇÃoVI
administradores ou gerent es, no caso de sociedade; OfIcinas para o carregamento de cartuchame
ARTIao80 ARTIGO 84
(Obrlll'!Ç6es dCl.sproprietário,. das oflclnss) (Livros 4e--reglslOde armas e eacrlluraç6es)
1. Os proprietários dasoficinas a que se refere o número 1 do 1. Nas espingardarias é obrigatória a existência e escrituração
artigo 79 deste regulamento ficam obrigados: dos seguintes livros:
a) A ter e a escriturar as livros modelos XIV e XV, onde a) Livro de depósito, modelo XI, onde são registadas
serão registadas, diariamente, e.m relação ao dia diariamente, em relação ao dia anterior; a entrada e
anterior, as quantidades de c.irtuchos carregados, por salda das armas de fogo e munições, bem como os
calibre e bem assim as vendas efectuadas, com a documentos que derem origem ao movimento;
indicação do número da au .orízação e do nome do b) Livro de vendas, modelo XII, onde se registam
adquirente; diariamente, em relação ao dia anterior, as vendas de
b) A remeter à subunidade Policial mais próxima, até ao armas.
dia 10 do mês seguinte, um extracto em duplicado 2. As armas recebidas para o conserto estão sujeitas ao registo
dos livros descritos na alínea anterior, com a indicação em livro próprio e diferente do referido na alínea a) do número
do movimento ali referido; anterior, devendo estar sempre acompanhadas do respectivo
c) A facultar aos serviços de fiscahzação o exame dos livrete de registo ou fotocópia devidamente autenticada.
livros, constituindo a inobservância do estabelecido 3. Os livros a que se referem os números 1 e 2 deste artigo
nesta alínea o crime de desebediência simples. devem ser autenticados, com termos de abertura e encerramento.
2. Os livros a que se refere a alínea a) do n, o I deste artigo assinatura e chancela, bem como a enumeração em todas as
devem ser autenticados, com termo de abertura e encerramento folhas, pelos serviços de armas e explosivos.
e assinatura ou chancela em todas as tolhas pelo Comandante-
Geral da PRM ou seus delegados. ARTIGO 85
(Autorlzaçio de compra de armas, munições e fulminantes)
ARTIGO 81
1. Toda a venda de armas, munições e fulminantes deve ser
(Proiblçio de venda de pólvora, cartuehame e fulminante) efectuada contra a apresentação de autorização de modelo VIU,
Nas oficinas referidos no número 1 do artigo 79 é proibida a a qual ficará em poder do vendedor para provar a saída do
venda a particulares de quaisquer quantidades de cartuchame, material vendido.
pólvora de caça ou fulminante, salvo! e estiverem devidamente 2. As autorizações referidas neste artigo têm validade de cento
habilitados ao exercicio desse ramo d ~ comércio. e oitenta dias, a contar da data da sua concessão.
3. As autorizações para a compra de armas, munições e
ARTIGO82
fulminantes referidas no número 2, que não forem utilizadas
(Comércio de armas o nunlç6es)
dentro. do prazo da sua validade, poderão ser renovadas por
I. O comércio de armas e rnuniçõe ssó pode ser exercido por período não superior a 30 dias, mediante a apresentação do
espingardarias em nome individual 011 organizadas sob a forma pedido formulado, caso se mantenham as condições que
de sociedades comerciais. permitiram a sua concessão
2. São-abrangidas pelas disposições do número anterior, as 4. A renovação é averbada na autorização original e anotada
oficinas de reparação, quando queira n vender directamente ao no duplicado existente no arquivo.
cidadão que esteja devidamente autorizado. ARTIGO 86
(Quantidade de munlç6es autorlzadaa)
ARTIGO 83
(Venda de armas, munlç6es " pólvora de caça) Os portadores de licença, de uso e porte de arma e os
indivíduos que beneficiem de isenção da mesma licença, podem
1. A venda de armas, munições e pólvora de caça só é ser autorizados a adquirir em cada ano, as seguintes quantidades
permitida às espingardarias que disponham de depósitos de munições:
apropriados para armazenagem nos termos do artigo 75, a) Para armas de defesa pessoal até 100 cartuchos de balas;
devidamente licenciadas pelo Ministério da Indústria e
b) Para caça de subsistência colectiva (licença modelo B),
Comércio, ouvido o Comando-Geral da PRM e os governos
800 cartuchos de chumbo e de bala;
locais, mediante:
c) Para caça limitada para residentes (licença modelo C),
a) Alvará passado nos termos da legislação em vigor; 500 cartuchos de bala e de chumbo;
b) Registo no Comando-Geral da PRM, com o pagamento ti) Para caça desportivaalargada para residentes (licença
da taxa a que se refere a tabela li em anexo; modelo D), 600 cartuchos de chumbo e de bala;
c) Caução no valor de 250 salários mínimos nacional a e) Para caça desportiva praticada por não residentes
favor do Comando-Geral da PRM. (licença modelo E), 750 cartuchos de bala;
2. Os processos de autorização para o comércio de armas, J) Para armas de precisão destinadas para tiro desportivo,
munições e pólvora de caça são instru Idos nos respectivos órgãos número ilimitado de cartuchos de bala.
competentes do Ministério da Indús criá e Comércio.
ARTIGO 87
3. Não é autorizado o exercício do comércio de armas, (Autorlzaçllo excepcional para a compra de munições)
munições e pólvora de caça lias comerciantes cujos
estabelecimentos não estejam situados nas capitais provinciais. 1. Aos portadores de licença de uso e porte de armas de caça
e aos indivíduos que beneficiem de isenção da mesma licença,
4. Não é permitida a venda nos m esmos estabelecimentos de podem ser autorizadas a compra em cada ano, até 100 cartuchos
outros artigos não relacionados com a actividade requerida. de bala ou de chumbo para a sua defesa pessoal.
30 DE ABRIL DE 2007 154-(13)
2. Nos casos de isolamento, devidamente comprovado, poderá 3. O expediente relativo ao cancelamento do alvará do
ser aumentada a dotação das munições referidas no número espingardeiro corre seus trâmites no Ministério da Indústria e
anterior. Comércio ou nas suas Direcções Provinciais.
ARTIGO 88 ARTIGO 93
(Umltaçlo <lecompra de ".unlçlles) (Comércio iJelIal de armas de fogo e munll'6es e falaa
Aos portadores de licença de caça modelo A I é, apenas, repraaOllt8Çlo para obtençlode licença)
permitida a compra em cada ano até 150 cartuchos de chumbo. O Comércio ilegal bem como a falsa representação para a
obtenção de Licença de comércio de armas de fogo e munições
ARTIGO 89
é punido nos termos da lei penal.
(Obrigatoriedade de escrlturaça ••de munições)
1. As entidades oficiais ou particular es que, eventualmente, SECÇÃO VII
organizem torneio de tiro, ou aquelas que por virtude de Apreenslio, confisco, recolha, desactivação e destruição
disposição estatutária se dediquem à prática desse desporto, são de armas e munições
obrigadas a escriturar o impresso modelo X, no acto da recepção
ARTIGO 94
ou de fornecimento 'de munições, de modo a provarem à
fiscalização, em qualquer momento, sobre as quantidades (Apreenslo'de armas e munlçéles)
adquiridas e, bem assim, as usadas por cada atirador. Os Agente da PRM, quando devidamente credenciados,
, 2. Os Cartuchos de bala ou de chumbo remanescentes, devem podem apreender armas e munições. sempre que se verificarem
ser depositados na carreira de tiro pelo atirador, violações aos termos deste Regulamento.
3. Pela inobservância do disposto no número 1 é responsável,
o Presidente da direcção da entidade organizadora ou o seu ARTIGO 95
substituto legal, sendo que pela inobservância do número 2 é (Auto de apreensio)
responsável o Instrutor ou o monitor de tiro.
As apreensões são mencionadas numa certidão, lavrada nA
ARTIGO 90 presença- de duas testemunhas, mencionando-se o motivo da
(Pedido de autorlzaçlo 'para a cOIT,prade mUITiçélea) medida tomada, as características dos objectos visados e as
1. Os pedidos para a compra de mu lições devem ser feitos respectivas quantidades.
por requerimento dirigido ao Comanda rte-Geralda PRM, com,
a assinatura do requerente reconhecida pelo notário. ARTIGO 96
2. Quando se trate de requisição de serviços públicos, para (Armas usadas no cometlll'lento de crimes)
aquisição de armas ou munições podem os pedidos serem feitos
As armas e munições usadas no cometimento de crimes e
por meio de nota ou oficio.
declaradas perdidas a favor do Estado, por decisão judicial
3, Os Comandos Provinciais da PRlI! deveram enviar até 10
transitada em julgado, são entregues ao Comando Geral da
do 'mês seguintes à Repartição de Armas e Explosivos do
Polícia para efeitos de destruição nos termos do artigo·loo.
Comando-Geral da PRM, os mapas das autorizações para a
compra de munições durante o mês.
ARTIGO 97
4. Em caso de extravio, roubo ou destruição das munições
(Destino da. armas e munlç6ea apreendidas)
adquiridas, ou ainda por qualquer outro motivo devidamente
justificado, poderá ser autorizada a compra de novas quantidades 1. As armas e munições apreendidas são remetidas, no mais
de cartuchos de bala ou chumbo. curto espaço de tempo, à Subunidade Policial mais próxima,
acompanhados de cópia do respectivo auto para O respectivo
ARTIG09t
procedimento criminal.
(Autorlzaçlo de compra de munlç6es c••ncedlda nos comandos
provinciais) 2. Quando nas armas e munições aprendidas e que não tenham
As autorizações para a compra de munições e fulminantes, sido usadas para a prática de crimes existam tipos que interessem
concedidas pelos Comandos Provinciais da PRM são unicamente ou contribuam para o enriquecimento das colecções ou séries
válidas para a respectiva província e ncs casos em que a mesma existentes no Museu Militar ou Policial, são entregues,
licença seja usada' em outra província, será sujeita a visto da gratuitamente, passando a fazer parte de>seu acervo patrimonial.
Secção de Armas e Explosivos desta província, depois de
confirmada a sua autenticidade ao órgão emissor. ARTIGO 98
(Confisco de armaa e munlçlles)
ARTIGO 92
(Cancelame!1to do a vará) 1. As armas e munições encontradas -na posse ilegal de
qualquer indivíduo sem conhecimento do seu legítimo
1. O Comandante-Geral da PRM pc <lerá propor ao Ministro
propríetãrlo ou com autorização de empréstimo fora das
da Indústria e Comércio, com fundamento na violação deste
regulamento e ou, noutras disposições legais ou, ainda, na prática condições estabelecidas nos n.··1 e 2 do artigo 29 serão
de actos que atentem contra a ordem, segurança e tranquilidade apreendidas, ficando os seus possuidores sujeitos às disposições
públicas, o cancelamento de qualquer alvará de espingardeiro. da lei penal.
2. O cancelamento implica a suspensiio imediata da actividade, 2. As armas e munições referidas no número anterior poderão
recolhendo as armas, munições e outrcs produtos existentes em ser reclamadas pelo seu legítimo proprietário no prazo de seis
depósito e em estabelecimentos particul ares, para as arrecadações meses, por meio de requerimento dirigido à entidade julgadora
dos Comandos da PRM ou aos paióis das FADM. do processo, findo o qual serão perdidas a favor do Estado.
154-(14) ISÉRIE-NÚMEROl7
ARTIGO99 SECÇÃon
(Recolha de armas e munlçOas) Armas e munlçOes na posse do estado
1. Se houver uma alteração anormal da ordem e segurança
públicas no Pais, o armamento e munições existentes em ARTIGO 106
depósitos ou na posse de particulares pode ser recolhido, sob (Armaa emunlçOes na posse do eatado)
recibo, arrecadando-se em paióis dos Comandos da PRM ou
J. As armas e munições na posse do Estado deverão ser
das FADM, enquanto tais circunstâncias se mantiverem.
devidamente marcadas e catalogadas, fazendo-se inventários
2. A medida prevista no número I deste artigo poderá ser periódicos com clara indicação do seu movimento.
restrita a determinados tipos de calibre de armas na posse de
2. As armas e munições na posse do Estado ficam
particulares, em defesa da sociedade, acondicionadas nos paióis da PRM e das FADM.
3. Compete ao Comandante-Geral da PRM avaliar a alteração 3. As instituições do Estado que pela natureza das suas
anormal da ordem e segurança Públicas e decretar as actividades usam armas de fogo e munições devem requisitá-las
correspondentes medidas de recolha de armas e munições. ou solicitar a sua aquisição na Polícia da República de
Moçambique, sendo esta responsável pelo seu controlo.
ARTIGO IOC
(Entrega voluntária de anr as e munlçOes) 4. Os funcionários devidamente habilitados apenas terão
acesso às armas de fogo e munições mediante requisição. As
Qualquer indivíduo pode renunciar a propriedade das suas
armas e munições em poder do Estado são apenas usadas em
armas e munições a favor do Estado, mediante declaração em
missões oficiais por funcionários habilitados para sua requisição.
papel comum, isenta de qualquer espécie de selo, entregando o
material e respectivo livrete de registo ao Comando Geral da
ARTIGO 107
Policia ou ao Comando Provincial da PRM.
(Aqulalção por compra de armaa e munlçOea na poaae
do ellado)
ARTIGO 101
(Desaetlvaçllo a destruição de armas a munlçOes) A aquisição por compra das armas e munições do Estado
é feita mediante instruções emanadas por despacho conjunto dós
Todas as armas e munições apreendidas ou confiscadas devem
Ministros do Interior, da Defesa Nacional e das Finanças.
ser devidamente armazenadas, reg istadas, marcadas e não
havendo disposição cm contrário, desactivadas c destruídas. ARTIGO 108
ARTIGO 102 (Armas e munlçOea obaol8laa)
(ReaeUvaçlo de armas o munlçOea) As armas e munições obsoletas na posse do Estado serão
A reactivação de Armas eMunições é equiparada a montagem objecto de destruição.
e reparação e punida nos termos da lei penal.
CAPiTULO VII
ARTIGO 103
Rastreio de armas e munições e cooperação
(Competincla de fiscalização d" armaa e munlçOes) Internacional
J. A fiscalização das prescrições deste regulamento compete
essencialmente a PRM, autoridades aduaneiras e Direcções de SECÇÃO I
Indústria. e Comércio. Rastreio de Armas de Fogo e MuniçíÍes
2. É contudo, da exclusiva competência da autoridade militar
a fiscalização das armas e munições utilizadas pelas FADM, ARTIGO 109
bem como a dos estabelecimentos fabris ou outros dependentes (Rastreio de armas de fogo e munlçOes)
ou afectos àquela autoridade. J. A República de Moçambique poderá solicitar auxilio a
ARTIGO 104 outros países para o rastreio de armas de fogo e munições que se
(Participação doa reaultadoli daflacallzação) encontrem no seu território.
De todas as infracções constaiadas pela fiscalização no ãmbito 2. O pedido de auxílio para o rastreio de armas e munições
deste Regulamento será objecto de participação pelo Agente que deverá ser devidamente fundamentado, contendo a descrição das
constatar a infracção, observando-se, na parte aplicável, o armas e munições em causa bem como as circunstâncias em que
disposto na lei processo penal. foram encontradas.
3. A República de Moçambique deverá responder
CAPíTULO vt pontualmente os pedidos de rastreio que lhe tenham sido feitos.
Embargos sobre armas de fogo e munições 4. A República de Moçambique poderá não fornecer
e armas e munições na posse do estado informações sempre que 40 seu uso possa pôr em causa o curso
SECÇÃO I
de uma investigação criminal, violar a legislação em vigor, por
razões de segurança nacional e se não houver garantia de
Embargos sobre armas de I"go e munlçOes
confidencialidade de informação por parte do Estado
ARTIGO 105 requisitante.
(Embarga sobre arma. de fogo. munf96e8)
ARTIGO 110
1. Os Ministérios do Interior, da Defesa Nacional dos
Negócios Estrangeiros e Cooperação e das Finanças são (Cooperação Internacional)
responsáveis por garantir a implementação dos embargos sobre I. O Ministério do Interior é responsável pelo
armas de fogo e munições decretados pelas Nações Unidas. acompanhamento e implantação das obrigações de Moçambique
2. A violação dos embargos é punida nos termos de lei penal. nesta matéria.
30 DE ABRIL DE 2007 154-(15)
As importâncias provenientes de multas pela aplicação deste I. O Comandante-Oeral da PRM pode suspender a montagem,
regulamento destinam-se 50% para .1 receita do Estado, So% exportaçiio, importaçiio, reexportaçiio e reimportaçiio ou de
para os Serviços Sociais do Comando Geral da PRM. carregamento .ímportação, bem como a yenda de armas e
154-(16) ISÉRIE-NÚMEROI7
Tabela das taxas a que se refere o n.O1 do Artigo 112 do Regulamento de armas e
munições.
Tabela A
I. Taxas de importação.
a) espingardarias 7S0,00MT
De defesa pessoal 62S,00MT b) particulares 112S,ooMT
De recreio ou
valor estimativo Soo,OOMT 7S0,00 MT
De ornamentação SOo,oOMT 7S0,ooMT
Branca 7S,OOMT 130,00MT
Tabela das ta,xasa que se ~fere o n.o 3 do Artigo 112 do Regulamento de Armas
e MunIções
Tabela B
Taxas diversas:
a) Pela concessão de licenças de importação de anuas,
munições, peças separadas, pistolas de alarme ou de
outras não designadas especialmente nesta tabela 1301,ooMT
Tabela das taxas a que se refere no nR1 de artigo 115 do Regulamento de Armas
e Munições
Tabela C
1. A cada perito:
a) Fábricas 3251,OOMT
b) Depósitos ou Oficinas 1952,OOMT
2. Ao secretário: 1301,OOMT
A) Oficiais 651,OOMT
B) Sargentos 520,OOMT
C) Guardas 390,OOMT