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Segunda-feira, 30 de Abril de 2007 I SÉRIE- Número 17

,
BOLETIM DA REPUBUCA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

SlfPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Art, 3. A posse e uso de armas de fogo destinadas as Forças de
Defesa e Segurança é proibida.
Art, 4. É aprovado o Regulamento de Armas e Munições
AVISO
bem como as tabelas e modelos anexos, que fazem parte
A matéria a publicar no «Botutlm da República» integrante deste Decreto.
deve ser remetida em cópia devi Iamente autenticada, Art, 5. É revogada toda legislação contrária à estabelecida
uma por cada assunto, donde co lste, além das lndl- no presente Decreto.
cações necessárias para esse ef sito, o averbamento Aprovado pelo Conselho de Ministros. aos 27 de Março
seguinte, assinado e autenticado: Para pubttceção no de 2007.
«Boletim da República». Publique-se.
A Primeira. Ministra, Luísa Dias. Diogo .
•••••••••••••••••••••••••••••••
SUMÁRIO
Conselho de Ministros: Regulamento de Armas e Munições.
Decreto n." 812007: CAPITULO I
Aprova o Regulamento de Armas e Munições e revoga toda Disposições gerais
legislação contrária à estabelecida no presente Decreto.
SECÇÃO I
Decreto .n." 912007:
Objecto
Aprova o Regulamento das Empresas ce Segurança Privada.
ARTIGOI
Objecto
Conselho Constitucional:
O presente Regulamento estabelece as regras relativas
Acórdão n," 1/CCI2007: à detenção. uso e porte, importação, exportação, trânsito de
armas de fogo e munições, por cidadãos moçambicanos
Relativo ao pedido de impugnação di deliberação da Comissão, ou estrangeiros no território nacional.
Permanente da Assembleia da Rep rbltca, respeitante a Carlos
Alexandre dos Reis. ARTIGO 2
(Âmbito de aplicação)
••••••••••••••••••••••••••••••• O presente regulamento aplica-se:
CONSELHO DE MINISTROS a) A todas'as situaçõesde detenção, uso e porte, bem como
a importação. exportação e trânsito de armas de fogo
e munições;
Decreto n," 812007
b) As empresas e associações desportivas que tenham como
de 30 de Abril
instrumento de trabalho as armas e para as quais
Havendo necessidade de adequar à realidade actual o estejam devidamente licenciadas.
Regulamento de Armas e Munições em vigor, ao abrigo do
disposto na alínea b) do n," I do artigo 204 da Constituição SECÇÃO II
da República, o Conselho de Ministros decreta: Definição e classificação de armas e munições
Artigo 1. É permitida, mediante au .orização prévia-a deten-
3
ARTIGO
ção, uso e porte, a importação e exportação de armas de fogo
e munições no território nacional. (De1inlção de armas e munlçOes)

Art, 2. É igualmente permitido. me íiante autorização prévia. 1. Consideram-se armas. para efeitos deste Regulamento,
o uso e porte de armas de recreação para as associaçõesdes- todos os instrumentos ou engenhos como tal classificados. nos
portivas devidamente licenciadas. artigos seguintes e, ainda, 'Os que tenham as características dos

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insrrumentos, engenhos mecânicos ou objectos que as Forças ARTIGO?


de Defesa e Segurança usam para a defesa ou ataque, mesmo (Armas de deles. pessoal)
que sejam de tipo diferente.
I., São armas de defesa pessoal:
2. São munições, os artefactos ou projécteis que alimentam o
funcionamento de uma arma de fogo esponsável pela destruição a) As pistolas semiautomáticas de calibre não superior a
ou danificação de alvo. 7,65 mm, cujo comprimento do-cano não exceda 10
cm;
ARTIGO 4 b) As pistolas até calibre 6,65 mm inclusive, cujo
{Classificação de armas) comprimento do canonão exceda 8 cm;
I. As armas classificam-se em: c) Os revólveres .de calibre inferior a 9 mm, cujo
comprimento do cano não exceda 10 cm;
a) De guerra;
ti) Os revólveres de calibre não superior a 9 mm, cujo
b) De defesa pessoal;
comprimento do cano não exceda 5cm.
c) De precisão;
2. O comprimento do cano é medido:
ti) De caça;
a) Nas pistolas, incluindo a câmara;
e) De recreio;
b) Nos revólveres, excluindo o tambor.
fJ De ornamentação;
8) De valor estimativo; ARTIGO 8
h) Brancas; (Armas de precisão)
i) De competição de grosso calibre; e, Consideram-se armas de precisão:
j) Armas sem classificação. a) As espingardas, pistolas ou revólveres de alma estriada,
2. São também consideradas armas, os instrumentos que de calibre igualou superior a 5,6 mm e inferiores a 6
utilizam cartuchos carregados com carga explosiva. mm, destinadas a tiro desportivo de competição,
quando possuam as seguintes características:
ARTIGO 5
i. Diopter;
(Classlllcaçio de munições)
ii. Alças telescópicas ou deriváveis;
As munições têm a classificação das armas a que se destinam.
iii. Miras especiais com ou sem túnel e gatilho
ARTIGO 6 de cabelo.
(Armas de guerra) b) As pistolas e revólveres destinados a tiro desportivos
I. São armas de guerra o equipamento, armas e munições em de competição poderão possuir canos de comprimento
superior ao estipulado nas alíneas do número I do
uso ou destinados às Forças de Defes a e Segurança e incluem: .
artigo 7.
a) Armas portáteis desenhadas para utilização por várias
pessoas, actuando 'como urna dotação, metralhadoras
ARTIGO 9
pesadas, canhões, -canl.ões auto propulsados,
(Armas de caça)
morteiros de menos de 1IJO mm de calibre, lança-
-granadas, anuas antiianqi.e e lança-raquetes, armas Consideram-se armas de caça:
de recuo, armamentos anti-aéreos. armas de defesa a) As espingardas de um ou mais canos, de alma lisa ou
aérea, veículos automóveín ou reboques de qualquer estriada, destinadas a exercícios venatórios ou a
natureza especialmente pr eparados para receber ou outros previstos na lei;
ser equipados com armas de fogo bem como os
b) As espingardas ou carabinas de um ou mais canos de
protegidos com blindagem ou couraças com mais de
alma estriada com calibre igualou superior a 5,6 mm
5 mm de espessura.
(22) que utilizam cartuchos de percussão central e
b) Melralhadoras ligeiras, rnetra .hadoras semiautomáticas, que tenham sido concebidas para a prática de,
pistolas-metralhadoras, espingardas automáticas e exercícios venatórios.
semiautomáticas de assalto.
2. Consideram-se também armas (e guerra: ARTIGO 10
a) As pistolas de calibre superior a 7,65 mm, cujo (Armas de recreio)
comprimento de cano exceda 10 cm;
I. Consideram-se armas de recreio as espingardas, pistolas
b) Os revólveres de calibre igualou superior a 9 mm, ou ou revólveres e outras de alma estriada, de.calibre inferior a 5,6
de comprimento de cano superior a 10 cm; mm, e de alma lisa de calibre não superior a 9 mm.
c) As espingardas de alma estriada, de calibre igualou
2. Integram, ainda, esta categoria:
superior a 6.5 mm;
ti) As armas de tiro automático de qualquer natureza; a) As armas que permitem o carregamento de uma ou mais
munições, usadas para efeitos de competição;
e) Quaisquer outras armas de fogo ligeiras ou pesadas
afectas a fins exclusivamente militares. b) As armas de precisão, espingardas, pistolas ou revólveres
3. Pode ser excepcionalmente permitido aos indivíduos cujas de alma estriada, com calibre igualou superior a 5,6
actividades o justifiquem pela nece.isidade de cuidar da sua mm, destinado a 'tiro desportivo, competição, quando
defesa contra animais selvagens, ali em caso de isolamento possuam as seguintes caracterfsticas:
devidamente justificado o uso de pi stolas ou revólveres dos i. Alças telescópicas ou deriváveis, miras
calibres mencionados nas alíneas a) e b) do n.· 2 do presente especiais com ou sem tunel e gatilho de
artigo.
cabelo;
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ii. De pressão de ar ou g@;comprimido e, ainda, b) Os revólveres de alarme;


as que em 'conjunto ou separadamente
c) Os silenciadores para armas de fogo ou quaisquer outros
permitam o carrega nento de mais de um
aparelhos com fins análogoSI
chumbo, tenham cali bre superior a 4,5 mm,
bem como as de qualquer cali-bre que á) As substâncias sõlídas, líquidas "ou gasosas que sejam
comprovadamente permitam o lançamento intoxícantes, asfixiantes ou visicantes e, quaisquer
de projécteis, com velocidades iniciais de outras empregues na guerra;
valores aproximados aos das restantes armas e) As armas de fogo sem as habituais características
de recreio.
técnicas, de qualquer modelo, ainda que de fabrico
c) Os arcos aperfeiçoados que possuam aparelho de pontaria
rudimentar com materiais inadequados e impróprios
sofisticado, hastil e mecanismo de disparar com
gatilho. como tubos de cobre, de aço ou galvanizados.

3. As pistolas e revólveres destinados atiro desportivo de ARTIGO 17


competição poderão possuir canos de cc mprimento superior ao (Munições proibidas)
estipulado no n." I do artigo 7.
1. São proibidas as munições perfurantes de ponta aguda e
ARTIGO 11 expansiva, explosivos ou incendiárias, bem como os projécteis
(Armas de ornamentação) para essas munições.
2. São também proibidas as munições destinadas a pistolas
São armas de ornamentação, as de fogo de qualquer calibre
ou revólveres com os respectivos projécteis explosivos, bem
ou modelo fora de uso, as brancas de modelo antigo, as de
como os mesmos projécteis, excepto no que se refere as armas
carácter artístico, brancas ou de fogo e, ainda, as de fabrico
de caça ou tiro desportivo paraas pessoas habilitadas a usá-las.
rudimentar, contanto que sejam empregues exclusivamente na
decoração interna de casas ou façam parte de uma colecção. 3. Para efeitos deste Regulamento, entende-se por:
a) Projécteis perfurantes, os destinados para uso militar
ARTIGO 12
blindado com núcleo duro perfurante;
(Armas de valor estimativo)
b) Projécteis explosivos, os destinados para uso militar
São armas de valor estimativo, as de fogo de qualquer calibre contendo uma mistura química que se inflama em
ou modelo, sem munições e desactivadas das suas funções contacto com o ar na altura do impacto.
essenciais, as brancas de qualquer natui eza, cujos proprietários
requeiram a sua posse a título de recordação ou outro motivo CAPiTULO II
atendível, nos termos deste Regulamento.
Obrigatoriedade e autorização excepcional de
ARTIGO 13 licença de simples detenção, uso e porte de armas e
(Armas brancas: munições, sua denegação, cassação e suspensão
1. Consideram-se armas brancas, as destinadas à luta a curta SECÇÃOl
ou longa distância ou corpo a corpo, 'lue utilizam a força do Obrigatoriedade, e autorização excepcional
utente para obter o efeito desejado.
ARTIGO 18
2. Asarmas referidas no número anterior podem ter efeitos
(Obrfgatorfedade de licença)
contundentes ou de choque, de corte c u de gume, de estocada
ou de ponta. 1. A detenção, uso e porte de armas de fogo para a de-
3. Os utensílios com lâmina destinados a uso doméstico, fesa pessoal e de caça está sempre condicionada à licença.
venatórío, industriais, agrícolas em ofícios ou profissões, são 2. Os portadores de armas de fogo devem fazer-se acom-
considerados armas brancas quando uti lizados fora dos locais e panhar permanentemente das licenças de uso e porte e dos
fins diferentes em que é normal o seu emprego. Iivretes respectivos.
ARTIGO 14 ARTIGO 19
(Armas de competição de g ·osso calibre) (Prerrogativa do Comandant.aeral)
São consideradas armas de competi ião de grosso calibre, as 1. O Comandante-Geral da PRM pode autorizar o uso
espingardas, carabinas, pistolas ou revólveres, de tiro simples,
repetição ou semi-automãtícas, de qur.lquer calibre, com cano e porte de armas de defesa das constantes das alfneas a)
estriado e percussão central, pertencentes às agremiações de e b) do n." 1 do artigo 7, exclusivamente destinadas para a
carreira de tiro e para esse fim destinai ias. defesa pessoal, a outros agentes dos serviços públicos com
funções de carácter policial ou paramilitar, ou outros, quando
ARTIGO 15
se justifique, mediante proposta dos respectivos serviços.
(Armas sem classllil:ação)
2. Os serviços de que dependem os beneficiários das
As armas cujas características não têm enquadramento em
prerrogativas referidas no n." 1 deste artigo devem promover o
qualquer das classificações dos s rtigos anteriores, são
classificadas de acordo com o despacho do Comandante-Geral seu averbamento nos cartões de identidade da função pública.
daPRM. 3. Os beneficiários das prerrogativas constantes deste artigo
ARTIGO 16
e dos precedentes entregam l\l; armas ao Comando da PRM,
(Armas prolbldlS) quando cessam as suas funções.

1. É proibido o uso e porte por »essoas particulares das 4. Havendo motivos disciplinares ou criminais, as armas
seguintes armas: devem ser entregues ao Comando-Geral da PRM ou aos
a) AJ;espingardas de alma lisa c 'jo comprimento de cano Comandos Provinciais da PRM.
seja inferior a 51cm ou 20 rolegadas;
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ARTlG020 ARTlGó24
(Extinção de autorl"ação) (Validade das licenças de uso e porte de armas)
Extingue-se a autorização de licenças. sempre que os seus I. As licenças para uso e porte de arma são válidos pelo
titulares sejam compulsivamente apesentados ou deixem de período de dois anos.
exercer os cargos que determinaram a' autorização. 2. A licença de caça não dispensa a de uso e porte das
ARTlG021
respectivas armas durante o período da sua validade.
(Autorizações para as pessoas colectivas públicas ARTIGO 25
ou privadas)
(Obtenção de licenças para o uso e porte de .rm.s)
Às pessoas colectivas públicas ou privadas, onde se torne
I. As licenças de simples detenção ou para o uso e porte de
indispensável o uso de armas de fogo, podem ser autorizadas a
armas são concedidas mediante requerimento, contendo todos
adquirir as armas permitidas neste regulamento, exclusivamente
os elementos de identificação do requerente e a assinatura deste,
para o fim requerido.
reconhecida por notário instruído com os seguintes documentos:
ARTIGO 22 a) Certificados de registo criminal e policial, passados há
(Porte e uso de armas por vigilantes de empresaa menos de três meses;
de segurança privada)
b) Certificado médico de aptidão física;
I. O porte e uso de armas de fogo por vigilantes de empresas c) Fotoc6pia autenticada do Bilhete de Identidade;
de segurança privada carece de licença específica, concedida
pelo Comandante-Geral da PRM.
â) Três fotografias de tipo passe coloridas de 3,5 cm x 4 cm;
e) Prova da necessidade de posse das referidas armas
2. A licença é válida por um anc , renovável, mediante a
passada por entidades policiais;
apresentação de certificados de registo criminal, policial e
certificado de aproveitamento de carreira de tiro. fJ Prova de ter frequentado, com aproveitamento, uma
carreira de tiro que lhe habilite a esse porte;
3. Os vigilantes de empresas de segurança privada só podem
ser portadores de armas de defesa quar do em serviço de guarda- g) Atestado de residência;
costas, em protecção de bancos, de casas de câmbio, em h) Parecer das autoridades policiais;
acompanhamento de veículos de transporte de fundos e valores
i) Informação das autoridades administrativas do local de
e nos casos de reacção rápida.
residência.

SECÇÃO I[
2. Tratando-se de agremiações de tiro, clubes desportivos ou
recreativos e organizações similares, as licenças referidas nas
Licenças de simples detenção, uso e porte de arma
alfneas â)' e e) do artigo 23 são requeridas pelo seu representante
ARTIGO 23
legal,juntando cópia do Boletim da República onde se encontrem
publicados os respectivos estatutos.
(TIpo de licença e Idade permitida para a sua detenção)
3. A nenhum indivíduo pode ser passada mais do que uma
I. Poderão ser concedidas licença; de simples detenção ou licença para o uso e porte de arma de defesa e caça, sendo que
para uso e porte das seguintes espécies de armas, quando cada arma deve possuir o respectivo livrete.
manifestadas e regisíadas:
4. As licenças para o uso e porte de armas s6 podem ser
a) De defesa e brancas, aos maiores de 21 anos que tenham emitidas para cidadãos moçambicanos.
a necessária idoneidade moral; 5. Os estrangeiros que à data da entrada em vigor do presente
b) De defesa contra animais selvagens, aos maiores de 21 regulamento possuam licença de uso e. porte das armas
anos, nas condições previstas no n." 1 do artigo 7; conservam os direitos adq uiridos.
c) De caça, aos maiores de 21 anos; 6. A título excepcional podem ser .I'll8sàda.1iIícenças.de uso e
parle de armas a estrangeiros cujos paJses observam o princípio
â) De precisão, aos indivíduos maiores de 18 anos e às de reciprocidade em relação aos moçambicanos.
agremiações de tiro.clubes desportivos ou recreativos
e organizações similares;
ARTloo26
e) De recreio, aos indivíduos maiores de. 18 anos. e às (Renovaçlio de _u)
entidades referidas na alínea anterior;
I. A renovação das licenças de u~ .• jP1lI·de.artl1lla.llHogo
fJ De ornamentação, de valor estimativo ou de colecção é efectuada mediante a apresen~t<l'ft
aos maiores de 18 anos.
a)Requerimento dirigido ao I.:Q1IlÇ~ilHtil rRM~
2. A concessão q,s licenças descritas no nümero anterior
b) Fotoc6pia autenticada ~ BI1Ma ~lllidade;
é da competência do'Comandante-Geral da PRM.
c) Certificado de registo crliGlll\ll. l1011cjal jlll:;saQQ !to
3. A licença pode ser denegada, quer por inoportunidade
menos de três meses;
fundada em razões de ordem pública, quer ainda porque a quota
â) Certificado médico de aptidãoffsica;
das concessões anuais encontra- se esgotada, quer com
fundamento nos factos que constem do certificado do registo e) Atestado de residência;
criminal do requerente, quer por ounos tidos como prejudiciais fJ Fotoc6pia de licença de uso e porte caducada;
pela autoridade. policial ou por aquela a quem compete a sua g) Duas fotografias coloridas de tipo passe.
passagem. 2. Para os estrangeiros, a renovação de licença para. o uso e
4. Compete ao Ministro do Interior fixar a quota das licenças porte de arma de fogo, para além dos documentos mencionados
a conceder por ano. no número anterior, será mediante apresentação de fotocópías
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autenticadas do DIRE, do passaporte, certidão de registo criminal 2. Se for cassada a licença de simples detenção, as armas são
emitido pelas autoridades moçambicanas e um documento apreendidas. iniciando-se o processo da sua reversão a favor do
passado pelas autoridades competentes do país de origem Estado.
certificando a sua idoneidade. 3. Se for cassada a licença para uso e porte, as armas
apreendidas são restitufdas ao seu.leglti'"o proprietário, tnediànte
ARTIGO 27
a apresentação da licença de simples detenção, quanl$o nilo
(Revogaçio de licença com base enllalsas declaraç6es) devam ser consideradas perdidas a favor do Estado.
A obtenção da licença baseada em fs lsas declarações implica 4. Do despacho que denegar, suspender ou cassar as licenças
a sua revogação, a apreensão da arma iniciando-se o processo referidas no artigo anterior, cabe reclamação ao Comandante-
de reversão da arma a favor do Estado e o subsequente -Geral da PRM ou recurso hierárquico no prazo de trinta dias,
procedimento criminal. ou impugnação judicial.

ARTIGO 28 ARTIGO 32
(Delençlo de armas de delesa pessoal e de caça) (Restrlç6es e condlç6lOSde uso de armas de logo)
I. As armas de defesa pessoal, quando conservadas em Não é permitido o porte e uso de armas de fogo, entre outras
residências, devem ser depositadas em cofres apropriados: nas seguintes condições:
2. As armas devem ser conservadas e utilizadas nos locais a) Em virtude da situação do lugar e outras atendíveis que
apropriados para o tiro ao alvo ou nas rer.idências ou propriedades possa colocar a vida de pessoas ou de propriedade
dos seus detentores e, quando forem transportadas, devem ser em perigo;
guardadas em estojos ou caixas apropJiadas.
b) Em estado de embriaguez ou sob efeito de drogas;
1. As armas de precisão.e de 1 ecreio pertencentes a
agremiações de tiro, clubes desportivos ou recreativos e c) Quando o seu portador não esteja em pleno uso das suas
organizações similares só podem ser uti lizadas pelos seus sócios, faculdades mentais, provado por documento médico;
ainda que de idades inferiores às previstas nas alínea d) e e) do d) Quando empregue a arma sem justa causa ou de forma
artigo 23, nos seus recintos privados. negligente;
4. As armas de caça devem ser mantidas descarregadas quando
e) Para resistir a uma ordem legítima da autoridade
não em exercício da caça.
competente.
5. As armas referidas no presente Artigo bem como os locais
doseu acondicionamento estão sujeitos a inspecção periódica a ARTIGO 33
ser ordenada pelo Comandante-Geral Ia PRM. (Ports e uso Ilegal de armas de logo e munlç6es)
ARTIGO 29 O porte e uso ilegal de armas de fogo e munições é punível
(Empréstimo de armas de caça) nos termos da lei penal.
I. A licença para o uso e porte de arma de caça habilita o seu CAPITULO III
possuidor ao uso e porte de arma de caça que não lhe pertença,
devidamente registada, sempre que seja autorizado por escrito Manifesto e Registo de Armas e Munições, Autlência
pelo seu proprietário, devendo tal aule rização ser submetida ao Temporária, Mudança de Residência, 'Morte, Uso e
visto da autoridade policial, que lhe atribui o prazo de validade Cedência de Armas e Munições
julgado conveniente, até' ao limite de um ano. SECÇÃO I
2. A autorização para o empréstimo de arma de caça deve ser Mannesto e Registo de Armaa e Munições
feita em duplicado ou triplicado, consoante se trate de
empréstimo feito por particulares ou por espingardaria, . ARTIGO 34
destinando-se o original ao benefi ciário, o duplicado ao (Manllesto de armas e munlç6es)
Comandante Provincial da PRM e o IJiplícado à espingardaria,
O manifesto de quaisquer armas e suas munições quando
se for o caso.
importadas por espingardarias, detidas por particulares, trazidas
ARTIGO 30 de qualquer país estrangeiro ou adquiridas em hasta pública, é
(Armazenamento e arrecadaçio de armas por empresas obrigatório e processa-se do seguinte modo:
de aegurança prh'ads)
a) Os boletins de manifesto modelo II, devidamente
I. As armas em posse das Empres as de Segurança Privada preenchidos e assinados, são entregues, com as
devem ser-armazenadas ou arrecadadas em cofre. respectivas armas para a conferência, no Comando-
2. As armas na posse das Empresas de Segurança Privada, Geral da PRM ou nos Comando Provinciais da PRM,
bem como os locais do seu acondicic namento estão sujeitos a conforme a área em que residem os proprietários;
inspecção periódica da PRM. b) Em cada boletim de manifesto deve ser descrita uma
ARTIGO 31 arma e suas munições apenas, fazendo-se a anotação
(Denegaçlo, suspenaior cassação e :aricelamento de licença de "arma· do Estado" quando pertencer aos serviços
de sImples detsnçio de uso ,. porte de armas) públicos.
I. O Comandante-Geral da PRM pode em despacho, ARTlG035
devidamente fundamentado. com base nas circunstâncias
(RegIsto de armss)
previstas no número 3 do Artigo 23, ou por outros motivos graves
e ponderosos, denegar, suspender 011 'cancelar as licenças de 1. Os boletins de manifesto silo remetidos ·ao Comando-Geral
simples detenção de uso e porte de ar nas de defesa pessoal, de. da PRM para a elaboração do livrete do registo "modelo V',
caça, de precisão e de recreio, ordenando apreensão das que que só é entregue aos proprietários das armas, de acordo com
tenha sido concedidas e as respectiva: armas. este Regulamento.
154-(6) ISÉRIE-NÚMERO/7

2. O livrete do registo pode ser sub stituído a requerimento do 2. Os titulM" ~ licenças de uso e porte de arma devem
interessado nos casos de deterioração, perda ou outro motivo informar as autQridade& policiais competentes, no prazo de 24
justificado. horas, sobre & ~ de resideRcia 0lI ausência temporária.
3. Quando se trate de substituição de IivrelÇs pertencentes 3. Em caso de lIll)ItO do titulàr. OS membros da famOia ou
aos serviços públicos. os pedidos podem ser feitos por meio de parentes do finadO d4vem,lIQ prUQ de 07 dias, entregar a licença
nota ou de oficio. de' aso e portO'dá anila de fogol a respectiva arma as autoridades
poliçiais co!l\PClClItcs.
Al<TIG036 4. A falta de comlll\Ícaçio da au&anciatemporária do país ou
(RegIsto dII _ pelas .~) 4& IllUdança de resid&lcia pelos titulares das armas de fogo é
I. As armas importadas por espingardarias são registadas em punida com multa nes termos da presente regulamento.
seu nome e, quando forem lJansferi<hs, o acto é averbado nos S. A reincidência das infracçlle$ cQllStaDtesno número anterior
respectivos livretell de proprietário. pelos titulares de arDIas de fOJO' incorre na cassação da licença
e peréa das armas a favor do Esta40.
2. Quando a transferência a que se refere o nómelO lItIterior
seja feita a favor das cotidades não ilentas de licença de lI6Q e SEOÇAOII
porte, estas devem promover o averbamento das armas USo 8 <led6ncIa de ATmu e MunJç6es,
adquiridas na resenha constante das re ferieas licenças, no praze
de quinze dias. ARTJ<;040
(Uso • J!CIfW ••• __ • munlfOes)
3. As armas a que se refere o artigo 34 deste regulamento são
manifestadasdentro do prazo de trinta dias, a contar da data do 1. O indivíduo habilitado com.a licença de uso e porte de
desembaraço aduaneiro. arma de fogo, nos termos deste Regulamento, pode usar até três
4. A falta de manifesto de arma ,ie fogo dentro do prazo armas de fogo: uma de defesa pesaoal e duas de caça.
estabelecido faz incorrer no pa&amento de multa nos termos deste 2. O uso das armas referidas no nómero anterior é limitado às
regulamento. actividades que condicionam a SUl permissão e sempre fora dos
centros populacionais.
ARTIGO 37 3. É proibido o uso de armas e munições de recreio em zonas
(Reglalo. de ann ••• /llrtlllzadaa) urbanas e suburbanas que não ofereçam as necessárias condições
de segurança.
As armas inutilizadas são remetidas com os respectivos
livretes ao Comando-Geral da PRM, para o cancelamento do 4. Os indivíduos que, a data de entrada.em vigor do presente
seu registo e posterior destruição. Regulamento, tenham registado em seu nome um número de
armas superior ao indicado no número 1 do presente artigo, bem
ARTIGO 38 como, os que' possuem pistolas ou rev61veres de defesa pessoal
(Extravio e roubO de arma) acima do calibre permitido para esse fim, devem entregar no
Comando da Polícia as armas excedentãrias e obter novas
1. No caso de extravio ou roubo de urmas, o livrete de registo licenças com calibre ajustado a este Regulamento.
deve ser entregue pelo pr6prio titular ou seu representante legal
no prazo de 24 horas, à autoridade po licial mais prõxíma, com S: O uso indevido das armas de fogo e de munições, ou que a
os fundamentos ou justificativos que tiver a alegar, reduzidos a autoridade' competente considere como não devidamente
auto de notícia. justificado, será punido nos termos da lei penal.
2. A autoridade referida remete, pela. via competente, o livrete
ARTIGO 41
e o decalque do auto referido no nümeo anterior, ao Comando-
Geral da PRM para efeitos de apreciação deste, em coníorrnidade (AlIenação de arma. 8 munlç6es)

com o disposto no número seguinte, com vista a eventual I. Aos individuas que detenham armas de fogo em situação
procedimento contra o ilegal detentor de arma. legal, assim como as munições que lhes correspondam, é
3. Sempre que o extravio ou roubo não for considerado permitido aliená-las a pessoas a quem a lei permita o seu uso e
devidamente justificado pelo Comando ..Geral da PRM, o titular porte.
é punido nos termos da lei penal. 2. Para os efeitos do número I, devem os requerimentos serem
4. Os indivíduos que deixarem as suas armas em locais que dirigidos ao Comandante ..Geral da PRM acompanhados de
possam ocasionar roubo ou extravio das mesmas são punidos livrete de registo, das licenças de uso e porte e da declaração de
nos termos da lei penal. transmissão passada pelo proprietário das referidas armas, com
S. O extravio de arma de fogo qu e não for participado as a assinatura reconhecida por notário,
autoridades competentes, pelo seu titu ar é punido com pena de 3. Os utentes a que se refere a alínea b) do n," I do artigo 23
multa correspondente ao dobro do pr,e;o da arma. são o garante de manutenção e guarda das respectivas armas em
6. O não cumprimento do prazo e! tabelecido no número I sólidas condições de segurança.
deste artigo implica o início do processo de reversão das armas 4. Em caso de morte do proprietário de armas e munições, ,
'a favor do Estado, quando localizada> independentemente da devem as pessoas de famflta ou quando não as tenham, as pessoas
pena anteriormente prevista. que com ele vivia, ou, se o falecido não tinha residência própria,
o dono ou gerente da casa onde a morte se registou, entregá-las
ARTIGO 39
às autoridades policiais da respectiva área, 00 prazo de 7 dias a
(Aue6ncle temporária. mudança d. residência 8 morte)
contar da data da ocorrência, para efeitos de legalização a favor
I. Sempre que o titular da licença de uso e porte de arma fogo dos herdeiros, mediante manifestação de vontade e observados
se augentar do pais por mais de 24 hora" deve depositar as armas todos requisitos para uso e porte de armas de fogo e munições, a
em sua posse e respectivas munições junto as autoridades qual é feita nos seis meses subsequentes, sob pena de serem
policiais competentes. perdidas a favor do Estado.

--------------------
30 DE ABRIL DE 2007 154-(7)

5. No caso das armas e munições I, que se refere o número AllTIoo46


anterior vier a ser alienado, a declaração de transmissão de (Falslf/et9iO, ~Io __ e.•sonepçllo
propriedade poderá ser passada pela viüva, pelos herdeiros ou deJti'~T
seus procuradores com poderes para t~,juntando-se a certidão
de óbito do indivíduo falecido. . Aquele .que alterar i1icitarnente,la1sifiCl\(> as características
das armas ou sonegar inforrnaçõescincorre.nas sançõesllrevis\as
6. Se a alienação se 'verificar entre os titulares de licença de
na lei penal, sem prejuízo do início do processo de reversão a
uso e porte de armas de fogo nas mesm 18 classes, basta a simples
favor do Estado. '
autorização da entidade responsãvel pela emissão de licenças.
SECÇÃOU
ARTIGO 42
Importação. Exportação, Reexportação, Reimportação e Trânsito
(Prolblçlo de lublocaçAo e eml","Umo de srmll) de Armes e Munições
É proibido alugar, emprestar ou IIansferir armas de defesa ARTIGO 47
pessoal, ainda que sejam para portadores de licença de uso e
(Importaçlo, exportação. reexportação. reImportação
porte. e trlnllto de armaI e munlç6es)

CAPITuLO I'f I, A autorização para a importação, exportação, reexportação,


reimportação e trânsito de armas completas ou incompletas e
Marcação, Armazenamento de Dados, Importação, peças separadas, munições de pistolas de alarme é concedida
Exportação e Transferência lle Armas de Fogo pelo Ministro do Interior.
SECÇÃO I
'2. O movimento de armas e munições referidas no número
Marcação de armas de togo anterior, é efectuado através dos Serviços das Alfândegas,
ARTIGO 43 3. A importação das armas e produtos referidos neste artigo
(Mareaçllo de armaI de fogo) far-se-ã por meio de espingardarias devidamente licenciadas,
As armas de fogo são marcadas no momento da sua mediante o pagamento de uma taxa por cada unidade dos artigos
importação, exportação, trânsito, apreensão, confisco ou importados, conforme a tabela "A" em anexo.
transferência do Estado para particulares. 4. Os pedidos de importação de armas e munições deverão
ser formulados em separado, descriminando os produtos a
ARTIGO 44 importar, sua origem, nome e marca do fabricante ou do
(Número de lérle da arma de logo) fornecedor, características e quantidades, estância aduaneira por
I. A marcação da arma de fogo é ~ravada de modo indelével onde deve correr o respectivo despacho e referência do número
na parte exterior e superior das câmaras de combustão, com do alvará do importador.
indicação do nome do fabricante, ano e do país, seguida das 5. As armas em trânsito estão sujeitas à fiscalização pelas
iniciais PRM. autoridades moçambicanas.
2. Se forem encontradas armas cujas características não 6. As entidades autorizadas para o exercício das actividades
correspondem às descritas no livrete. de registo, deverá dar-se de importação, exportação, reexportação, reimportação e trânsito
início ao processo de reversão a favor do Estado. deverão possuir no seu quadro de pessoal técnicos com formação
adequada, validada pelo Ministério do Interior.
ARTIGO 45
(cadaltro de armas de 10;0 e munlçõel) ARTIGO 48

I. Compete ao,Comando-Geral da PRM organizar o cadastro (QuanUdades de armaI ,e munlç6es para Importaçiio.
exportação. reexportação. relmportaçiio)
de armas de fogo e munições e respe ctiva fiscalização.
I. Os particulares habilitados com a licença de caça ou de
2. O Cadastro referido no núnero anterior é sobre as
uso e porte de armas de fogo poderão ser autorizados' a importar
autorizações de posse e uso de armas de fogo emitidas,
ou a exportar. através das espingardarias, para seu uso próprio
apreendidas, recuperadas, confiscadas, roubadas bem como os
até três armas, sendo uma de defesa e duas de caça, precisão ou
dados sobre fabrico, importação, exportação e transferência de
recreio e munições até aos limites de 100cartuchos de bala de
armas de fogo e munições, na pOSS(,de singulares, do Estado,
defesa, 500cartuchos chum~ elou bala de caça e 500 cartuchos
de empresas de segurança privada, e e agremiações desportivas
de chumbo elou bala de recreio, por ano.
e espingardarias.
2. Os cidadãos nacionais regressados do estrangeiro. sendo
3. O período mínimo de manutenção dos cadastros é de 10
titulares de licença de uso e porte de armas dos países de
anos. proveniência, bem como os estrangeiros que pretendam fixar
4. O cadastro de armas e munições fica no Departamento de residência em território nacional, poderão ser autorizados a
Armas de Explosivos do Comando-Geral da PRM que é importar suas armas e munições nas condições previstas no
responsável pela sua manutenção. número 1 deste artigo.
5. O acesso aos dados contidos na cadastro acima referido é ARTIGO 49
estritamente reservado aos Órgão; de Defesa e Segurança, (Exeepçõea nal quantidades a Importar)
carecendo de autorização expressa do Ministro do Interior.
I. Poderá ser autorizada a importação de armas e munições
6. As entidades referidas no número 2 deste artigo, incluindo
em quantidades superiores às mencionadas no artigo anterior
os sectores de aquisição de equipam ento das Forças de Defesa e quando se trate de excursões cinegéticas ou turísticas ou quando
Segurança devem fornecer os dados sobre armas de fogo ao se trate de missões de carácter científico e em outros casos
Ministério do Interior para efeitos e e cadastro. excepcionalmente definidos pelo Comandante-Geral da PRM.
154-(8) 1SÉRIE-NÚMERO 17

2. Se os indivlduos que fizerem parte das excursões ou missões ARTI0051


referidas no número anterior utilizarerr na sua entrada, veiculas (saída do caçador •• trangelro do Pars)
automóveis ou aeronaves de turismo, irnmídos de despacho de
importação temporária das Alfânde gas a importação será I. Na saída do País os portadores de licenças entregam às
autorizada mediante a descrição das armas nesses documentos, autoridades aduaneiras do local por onde-saírem, que fazem a
com'a tndícação do tipo, marca, calibre, número, quantidade e sua verificação, confrontando os objectos apresentados com os
prazo de permanência no Pais. registados nessas-lícenças. Os cartuchos ou balas encontrados
na posse do portador dé éada licença que não foram declarados,
3. Se a saída de armas e ou muníçõe s se efectuar através dos
são objecto dó respectivo despacho de reexportação e cobrados
meios referidos no número 2 deste artigo, as estânciás aduaneiras
os devidos direitos.
devem proceder como determina o Q6mero anterior.
2. Quando a saída se efectuar em local diferente do da entrada,
4. As organizações desportivas ou os organismos que
as autoridades que receberem as licenças, depois de cumpridas
promovam competições poderão impoi tar, temporariamente, as
as formalidades prescritas no número anterior, remetê-lo-ão
respectivas armas e munições desde que o requeiram, indicando
dentro das 72 horas seguintes ao Comando-Geral da PRM.
as características das mesmas e o prazo de sua permanência no
Pais. 3. Os que não cumprem o previsto neste Artigo são autuados
por transgressões às leis aduaneiras do País, sendo-lhes
SECÇÃO III confiscadas as armas e munições com que forem encontradas.
Movimentodo turista caçador
ARTlG052
ARTIGO 50
(Importaçllo temporária de armas de recreio
(Entrada do turlata eaçad •• no pars) ou para exposição)
I. Ao turista caçador estrangeiro é lhe permitido a entrada no I. A entrada no País de armas de calibre (.22) cuja
País com três armas de caça, sendo uma de alma estriada; uma equivalência é, em regra, de 5,6 mm, s6 poderá ser permitida
de alma lisa, uma de defesa, SOO cartuc 'os de bala para caça, 50
desde que satisfaçam as indicações previstas no artigo 8 deste
balas para defesa pessoal e 250 cartuchos de chumbo.
Regulamento, incluindo as solicitações apresentadas pelas
2. O turista referido no número anterior deve apresentar, às agremiações de tiro, clubes desportivos ou recreativos e ou
autoridades aduaneiras do local de entr, Ida, as armas e munições organizações similares.
de que é portador.
2. Exceptuando-seo disposto no número anterior, será
3. Quando o turista em referência se fizer acompanhar da permitida a entrada de pistolas e revólveres de calibre (.22) que
respectiva licença de caça do País de residência permanente é
obtenham a classificação de armas de defesa.
passada, em quadruplicado, pela autoridade aduaneira, uma
licença de que conste o nome do porta Jor, a data da entrada no 3. As agremiações de tiro, clubes desportivos ou recreativos
País, o número da licença de caça, a resenha de armas, a e organizações similares, referidos no número I deste artigo.
quantidade de munições e a província em que o turista deseja deverão possuir carreira de tiro apropriada à prática deste
realizar a caça. A licença referida é fei:a em decalque, devendo desperte.
o original ser entregue ao interessado e uma cópia à Direcção de 4, Pode ser autorizada a importação temporária de armamento
Florestas e Fauna Bravia. Cada licença não pode referir-se a que faça parte de' mostruário e se destine à exposição perante
mais do que um indivíduo e extrai-se urna cópia que se envia ao entidades oficiais ou particulares com vista à sua aquisição,
Comando-Geral da PRM; devendo as alfândegas observarem o disposto nos números 3 e
4. Se o turista utilizar viatura automóvel, nos termos das 4 do artigo 47 do presente Regulamento,
facilidades que a esta são concedidas .itravés da fronteira, e se
não estiver munido da respecti va licença de caça, mas provando ARTIGO 53
a sua posse -legal no país de origem, as suas armas serão (Pedido de autorização)
depositadas na estância.aduaneira de entrada.ou seladas pelo 1. Os pedidos de importação de armas ou munições. devem
agente aduaneiro do local de entrada, fazendo o seu averbamento ser formulados por espingardarias, e feitos preferencialmente
completo juniamente com as munições, na licença de importação por encomendas.
temporária do respectivo veículo, entre gando-as ao interessado.
Este por sua vez, transportã-las-ã par" a sede local aduaneira, 2. Compete ao Comandante-Geral da PRM autorizar os
onde serão entregues e 'ficarão a -aguardar pela apresentação da pedidos para a importação, exportação, reexportação e
respectiva licença de caça, sem a qual não pode utilizá-Ias. reimportação de armas e munições e seus derivados.
5. Se as armas e munições vierem por via marítima, férrea ou 3. Autorizados os pedidos acima referidos, é passada a
aérea, o posto aduaneiro de fronteira despachã-las-ã para a sede respectiva licença, conforme o modelo I em anexo em duplicado,
local da respectiva, alfândega, onde ficarão depositadas até devendo o original ser entregue ao requerente e o duplicado
apresentação da respectiva licença de caça pelo interessado. remetido à Alfândega por onde se efectuar'a importação.
6. O turista caçador pode solicitai no posto aduaneiro de 4. As licenças de importação ou compra de armas e munições
entrada e nos termos do regulamento de caça, que lhe seja têm a validade de noventa dias, prorrogável por período não
descontado o período em que suas ,armas estiverem seladas, a superior a 30 dias por motivo justificado, a requerimento do
fim de que o prazo de caça previsto pOI aquele regulamento seja interessado,
apenas contado a partir da data em que (·S respectivos selos forem 5. Se a importação dos produtos embargados ao abrigo de
"retirados pela autoridade policial, que faz a devida anotação na autorização concedida não se realizar no pra~o previsto neste
licença. artigo, por facto imputável ao requerente, fica o mesmo obrigado
7. O caçador turista nacional obedece as regras estabelecidas a reexportar esses produtos, podendo no entanto ser-lhe
pela Direcção Nacional de Fauna Brav ia e tudo quanto respeita excepcionalmente permitida a importação desde que se sujeite
as normas de caça. à penalidade prevista nos termos do presente Regulamento.
3D DE ABRIL DE 2007

ARTIGO 54 2. O usoe porte de armas referidas no número anterior depende


(Verificação e classificação de armas e munições) da autorização dos Comandos Provinciais da PRM.

As armas de fogo ou munições são verificadas e classificadas, .ARTlG061


antes de se efectuar o despacho de irr portação, nas estâncias (Llcença.de exportação de arma. e munições)
aduaneiras, por um perito de armas ou outro membro da PRM
devidamente qualificado, não podendo ! brir-se qualquer volume I. Aos indivíduos que pretendam sair de Moçambique com
na sua ausência. as suas armas de fogo, são passadas as necessárias licenças, pelo
Comando-Geral da PRM, mediante requerimento dirigido ao
ARTIGO 55 Comandante-Geral da PRM, com a assinatura reconhecida.
(Comunicação da Importação de armas e munições) 2, Os estrangeiros contratados que tenham cumprido
integralmente o seu contrato ou cujo contrato tenha sido
I. A importação de armas e suas peç as ou munições deve ser
rescindido unilateralmente pela entidade contratante, poderão
comunicada, mensalmente, por nota, aos Comandos Provinciais exportar qualquer tipo de arma que esteja legalmente na sua
da Polícia e à Direcção Geral das Alfândegas, com a indicação posse.
do número da licença a que respeita.
ARTIGO 62
2. Se as quantidades importadas fo 'em inferiores ao limite
autorizado, a licença de importação continuará em poder do (Generalidade de-tmpertaçãc, export~ção, reexportação
e trlnslto de armas e munlç6es)
importador-para usá-Ia até esse limite, no prazo previsto.
Além dos preceitos contidos nesta secção, a importação,
3. As licenças a que se refere o número 2 do artigo 53, depois exportação e reexportação de armas e munições, estão sujeitos
de utilizadas na totalidade, devem ser 'emetidas pela Direcção às disposições gerais que lhes são aplicáveis, quer da legislação
Geral das Alfândega à Policia. aduaneira, quer da Indústria e Comércio.
ARTIGO 63
ARTIGO 56
(Justificação das quantidades de armas a Importar) (Restrição à Importação, exportação, reexportação, relmportaçio
e trllnslto de armas e munições)
O Comandante-Geral da PRM, sem pre que entenda, exigirá
I. O trânsito das armas de fogo e munições não previstas
a justificação das quantidades de armas ou munições cuja
neste regulamento só pode ser realizado mediante a autorização
importação for requerida.
conjunta dos Ministros do Interior, da Defesa Nacional, das
ARTIG05?
Finanças e dos Transportes e Comunicações.

(Importação de armas e munições par. abate de gado 2. O Comandante-Geral da Polícia pode, a título excepcional,
e sinalização) autorizar a importação, exportação, reexportação, reimportação
e trânsito de armas e munições sem classificação.
Compete ao Comandante-Gera da PRM autorizar a
importação de armas de fogo apropr adas e suas respectivas ARTIGO 64
munições, para abater gado em matadouros, bem como as de (Locais de importação, exportação, reexportação,
sinalização luminosa, destinadas aos ser viços de navegação aérea relmpo~ção e trânsito)
e marítima. A importação, exportação, reexportação, reimportação e
trânsito são feitos pelos Postos de Travessia autorizados.
ARTIGO 58
ARTIGO 65
(Apreensão de armas e munlçõell pelas alflndegas)
(Acondicionamento)
As armas e munições submetidas a ( espacho nas Alfândegas,
que não correspondam ao tipo, modelos e calibres descriminados I. As armas de fogo e munições de guerra são hermeticamente
na respectiva licença de importação, si o apreendidas e perdidas embaladas e devidamente seladas no momento da sua
a favor do Estado, salvo se o importador promover importação, exportação, reexportação, reimportação e trânsito.
imediatamente a sua reexportação. 2. As armas e munições não compreendidas no número
anterior são devidamente embaladas..
ARTIGO 59 3. Ás pistolas de guerra e respectivas munições usadas em
(Licenciamento e Importação de armas e munições serviço de guarda-costas dos altos dignatários de Estado podem
. por agentes diplomáticos ou consulares) ficar isentas do disposto no número J.
O Ministro do Interior em coordenação com o Ministro dos ARTIGO 66
Negócios Estrangeiros e Cooperação, ouvido o Comandante- (Importaçio, exportação, reexportação, reimportação e trânsito
Geral da PRM pode autorizar o uso e porte de arma de fogo ao Ilegal de armas e munições)
agente diplomático ou consular icreditadcs no Estado
A importação, exportação, reexportação, reimportação e
Moçambicano, bem como a irr portação, através de
trânsito de armas e munições sem as devidas autorizações é
espingardarias, de armas de defesa, d~ caça, de precisão ou de
consideração posse ilegal de arma de fogo e munições, sendo
recreio, mediante petição formulada r esse sentido.
punível nos termos da lei penal.
ARTIGO 60 ARTIGO 67
(Armas que dispensam autorizaçãc para sua Importação) (Corretagem do comércio de armas)
I. Não carecem de autorização de mportação: A corretagem consistindo em troca de comissão, vantagem
a) As armas de pressão de ar; monetária ou outra, com vista a facilitar a transferência, aquisição
b) As armas e utensilios referid JS nos n.'" 2 e 3 do artigo dedocumentação, pagamento de qualquer transacção relacionada
10 do presente Regulamento; com a compra ou venda de armas de fogo e munições e outros
materiais afins. ou agindo desse modo como intermediário entre
--_._---------------_.
154-(10) ISÉRIE-NÚMER017

qualquer fabricante ou fornecedor de armas de fogo. munições e 4. Qualquer viatura carregada com munições' não pode dar
outros materias afins e o comparador 011 receptor dos mesmos é entrada em garagens ou oficinas de reparação.
regulada por diploma especifico. 5. É expressamente proibido o transporte na mesma viatura
CAPtruLOv de munições juntamente com produtos inflamáveis.

Transporte de armas e munições ARTIGo?l


sECÇÃo III (Transporte rodovl6rlo da armss a munlçllea)
Transporte de annas e muolçOe. 1. As viaturas que constituam um comboio devem, quando
em marcha, manter entre si uma distância entre 50 a 60m e,
ARTIOo68
quando estacionadas, um intervalo de 20m, pelo menos.
(Tranaporte a .eolte de arm •• a munlç6N)
2. As paragens são sempre feitas fora das vias principais ou
I. O transporte de armas e munições em território nacional é
de maior movimento, longe de quaisquer veículos.
feito pela Policia da República de Moçambique e Forças Armas
de Defesa de Moçambique.
3. À excepção do motorista, seu ajudante e pessoal da escolta,
ninguém pode viajar nas viaturas que transportem armas ou
2. Todas armas e munições ficam 'sujeitos ao acom-
munições.
panhamento por uma escolta, durante a marcha, requisitada pelo
expedidor ao respectivo Comando da PRMIF ADM, com a
ARTIGO72
antecedência mínima de quarenta e oito horas.
(Tranepone Ilegal de armas e munlçlles)
3. Tratando-se de transporte por via fluvial ou' marftima,
devem ser observadas na parte aplicável, as disposições previstas O transporte ilegal de armas e munições é punível nos termos
no Regulamento sobre Substâncias Explosivas em vigor. da lei penal.
4. As remunerações ·a pagar pelo serviço de escolta, são os
SECÇÃO IV
estabelecidos pela legislação aplicável, ficando os requisitantes
Montagem e reparação
obrigados a fornecer o transporte e alimentação aos componentes
da escolta. ARTIGO?3
5. Quando a.deslocação da escolta se efectue para localidade (Autorização para exercfclo de actividade)
onde tenham de pernoitar, para além do previsto no anterior, os
membros da PRM ou das FADM em serviço tem o direito ao I. A reparação e montagem de armas é regulada por legislação
alojamento por conta do expedidor ou destinatãrio. específica.
6. Quando se organize um comboio de veículos, além da 2. Exceptua-se a montagem por espingardarias de armas de
escolta referida no número I deste ar 19o, deve indicar-se' um caça, de recreio, de ornamentação, bem como a reparação das
chefe de comboio. armas referidas no artigo 4 do presente regulamento.
7. A licença de importação da arma ou compra não habilita o 3. A autorização para o exercício da actividade de montagem
seu titular ao porte da arma antes de oc tida a respectiva licença. e reparação de armas referidas no número anterior e o fabrico
de munições é concedida pelo Ministério da Industria Comércioe
ARTIo069 ouvido o Comando-Geral da PRM.
(Competência do comandar ta da acoita)
4. No requerimento para o exercício das actividades referidas
I. O Chefe do comboio ou o com! ndante de escolta fazem no número anterior deverá constar:
cumprir as normas de trânsito estabelecidas e os cuidados a
II) A identificação completa do requerente;
observar durante o transporte, observando rigorosamente o
itinerário, justificando qualquer alteração do mesmo. b) A localização do estabelecimento;
2. Após a entrega das armas ou munições ao destinatário, o c) A identificação do tipo de actividade;
Comandante da escolta menciona no seu relatório modelo XlII
as horas de partida e chegada, as car •.cterfsticas e quantidades ti} O parecer das FADM;
do material transportado, a matrícula c e viatura e a indicação da e) O atestado de residência;
entidade destinatária.
fJ Os certificados de registo criminal e policial.

ARTIOO?O 5. A montagem e reparação de armas e o fabrico de munições


(Obrlgaç6N do destinatário das armas e munlçlles) só podem efectuar-se nos estabelecimentos que reúnam as
necessárias condições, mediante:
1. Todo o expedidor ou destinatário das armas ou munições
a) Licença passada, nos termos da legislação em vigor,
fica obrigado:
pela Direcção Nacional de Indústria;
a) A não transportar em cada viatura peso superior a quatro
b) Inscrição no Comando Geral da PRM, com O pagamento
quintos de carga útil;
da taxa a que se refere a tabela B anexa.
b) A utilizar veículos completam ente fechados ou cobertos
6. O alvará é passado após a vistoria visando, entre outros
com oleados impermeáveis.
aspectos, a verificação das condições de segurança do
2. A altura de carga acima do' leito de viatura que transporte estabelecimento, bem como a comprovação da capacidade que
armas ou munições nunca pode ultrapassar 2m. os titulares possuem para o exercício da actividade requerida.
3. As viaturas contendo armas ou munições não devem ser 7. A montagem ou a reparação de armas de fogo e munições
carregadas ou descarregadas sem que estejam devidamente fora das condições previstas nos números anteriores deste artigo
travadas e calçadas, com o motor des ligado. é punido nos termos da lei.
30 DE A BR/L DE 2007 154-(11)

SECÇÃov ARTIoo76
eonstruçAo de depósitos para arma/enagem de munlçOes (Armazen~ento de arma, muniç6 •• e pólvOra de caça)
e pólvore de ca;a
A armazenagem-de armas, munições e p6lvoraAe caça é feita
ARTIoo74 nos depósitos a que se refere o número 'I do artigo 12 nas
(Conatruçllo de depóaltos de munlç6es e pólvora de caÇI) quantidades seguímes:

1. Os depósitos destinados a. armazenagem de munições e a) As armas de caça, de precisão e de recreio, até 900;
pólvora de caça são construidos no interior do respectivo b) Armasde defesa, até 200;
estabelecimento, ou no caso de reconhecida impossibilidade, em c) Cartuchos de bala e de chumbo, até 800.000;
qualquer outro local que -venha a merecer a aprovação do
á) Pólvora de caça; até 25Kg.
Comando Geral da PRM e do Goverr o local.
2. A construção deverá ser inteira mente de alvenaria, com ARTIGO77
paredes de espessura não inferior 15 Cl n, de cubagem com chapa (VIstorias)
de ferro de espessura superior a 2 m n, as quais deverão abrir 1. As instalações são vistoriadas depois de concluídas, a
para fora. O 'local deverá ficar separado das escadas, da entrada pedido dos interessados ao Ministério da Industria e Comércio,
do edifício e do público, e a porta deverá ter um sistema de no prazo de 15 dias.
ventilação adequado e fechaduras que ofereça absoluta,
2. Da vistoria fazem parte representantes da PRM, das FADM,
segurança.
dos Serviços Nacional de Bombeiros, dos Ministérios da
ARTIGO75 Industria e Comércio, do Trabalho, para a Coordenação da Acção
Ambiental e da Saúde.
(Ucenclamento para a conatruçlo de depósito de Irmaa,
munlç6ea e pól' ora) 3. Além do indicado nos números anteriores deste artigo
1. O licenciamento para a construção de depósito de armas, quanto à vistoria, devem ser observadas as disposições legais
munições e pólvora compete ao Ministério da Indústria e estabelecidas para o licenciamento técnico dos estabelecimentos
Comércio, que organiza o respectivo processo, ouvidos o industriais em vigor.
Comando-Geral da PRM, as FADM " os governos provinciais. 4. Auto de vistoria que aprova as instalações, quando
homologado.pelo Ministro da Indústria e Comércio, é documento
2. Para a organização do processo, o requerente entrega uma
suficiente para comprovar aexistência legal do estabelecimento,
petição dirigida ao Ministro da Indústria e Comércio, com a
de que se envia a cópia ao Comando-Geral da PRM.
assinatura reconhecida por notário, ao qual se junta os seguintes
documentos: ARTIGO 78
a) Memória descritiva e justificativa, com a indicação (Reduçllo da capacidade de armaanamento)
pormenorizada das instala ções; 1. As autoridades fiscalizadoras, sempre que o julgarem
b) Planta topográfica, em escala conveniente, indicando o necessário, averiguam da necessidade de reduzir a capacidade
local exacto do depósito; de armazenagem autorizada ou o encerramento dos depósitos.

c) Planta de depósito, bem como o corte devidamente 2. O processo, para os efeitos do disposto no número anterior,
dimensionado; é presente ao Ministério da Indústria e COmércio para o despacho
final, ouvido o Comando-Geral da PRM.
d). Certificados dos registos criminal, policial e
comportamento cívico do requerente ou dos sECÇÃoVI
administradores ou gerent es, no caso de sociedade; OfIcinas para o carregamento de cartuchame

e) Documento do Conselho Municipal ou entidade ARTIGO 79


competente declarando que não se opõe à construção, (OfIcIna da carregamento de cartuchame)
alteração ou ampliação de, edifício;
1. As oficinas para o carregamento de cartuchame devem
li Titulo de propriedade do respectivo prédio ou autorização dispor, obrigatoriamente de:
escrita do seu proprietárie se for o caso.
a) Máquinas automáticas ou sem i-automáticas para
3. Os documentos referidos no núi nero anterior são entregues carregamento, providas de protecção adequada;
em triplicado, ao órgão competente do Ministério da Indústria e b) Armazém próprio para o material destinado ao
Comércio. carregamento dos cartuchos, tais como chumbo,
4. O requerimento deverá conter: buchas, cápsulas vazias e embalagens;
a) O nome, a nacionalidade e domícílío de quem requer; c) Secção psõpría para a embalagem de cartuchos;
á) Paióis para a pólvora e paiolim para cápsulas
b) O local onde pretende insta .ar o depósito;
detonadoras;
c) As espécies de armas a armazenar e a capacidade e) Dependência apropriada para o guarda do paiol e do
máxima de armazenagem com indicação das paiolim, a qual deverá em regra localizar-se a uma
quantidades de cada eSI écie de armas, munições, distância não inferior a 50 m da oficina.
pólvora de caça a guardar dentro dos limites
2. Na construção do paiol e do paioiim devem ser
estabelecidos no artigo seguinte.
rigorosamente respeitadas todas as medidas de segurança ou
5. Além das formalidades previstas neste artigo para o outras aplicáveis, constantes do Regulamento sobre as
licenciamento técnico, devem ler ainda observadas as Substâncias Explosivas em vigor.
disposições em vigor para o regime de licenciamento técnico 3. A instalação das oficinas descritas no número 1 deste artigo
dos estabelecimentos industriais. é aplicável o disposto nos artigos 76 e 77 deste regulamento.
154-(12) ISÉRIE-NÚMEROJ7

ARTIao80 ARTIGO 84
(Obrlll'!Ç6es dCl.sproprietário,. das oflclnss) (Livros 4e--reglslOde armas e eacrlluraç6es)
1. Os proprietários dasoficinas a que se refere o número 1 do 1. Nas espingardarias é obrigatória a existência e escrituração
artigo 79 deste regulamento ficam obrigados: dos seguintes livros:
a) A ter e a escriturar as livros modelos XIV e XV, onde a) Livro de depósito, modelo XI, onde são registadas
serão registadas, diariamente, e.m relação ao dia diariamente, em relação ao dia anterior; a entrada e
anterior, as quantidades de c.irtuchos carregados, por salda das armas de fogo e munições, bem como os
calibre e bem assim as vendas efectuadas, com a documentos que derem origem ao movimento;
indicação do número da au .orízação e do nome do b) Livro de vendas, modelo XII, onde se registam
adquirente; diariamente, em relação ao dia anterior, as vendas de
b) A remeter à subunidade Policial mais próxima, até ao armas.
dia 10 do mês seguinte, um extracto em duplicado 2. As armas recebidas para o conserto estão sujeitas ao registo
dos livros descritos na alínea anterior, com a indicação em livro próprio e diferente do referido na alínea a) do número
do movimento ali referido; anterior, devendo estar sempre acompanhadas do respectivo
c) A facultar aos serviços de fiscahzação o exame dos livrete de registo ou fotocópia devidamente autenticada.
livros, constituindo a inobservância do estabelecido 3. Os livros a que se referem os números 1 e 2 deste artigo
nesta alínea o crime de desebediência simples. devem ser autenticados, com termos de abertura e encerramento.
2. Os livros a que se refere a alínea a) do n, o I deste artigo assinatura e chancela, bem como a enumeração em todas as
devem ser autenticados, com termo de abertura e encerramento folhas, pelos serviços de armas e explosivos.
e assinatura ou chancela em todas as tolhas pelo Comandante-
Geral da PRM ou seus delegados. ARTIGO 85
(Autorlzaçio de compra de armas, munições e fulminantes)
ARTIGO 81
1. Toda a venda de armas, munições e fulminantes deve ser
(Proiblçio de venda de pólvora, cartuehame e fulminante) efectuada contra a apresentação de autorização de modelo VIU,
Nas oficinas referidos no número 1 do artigo 79 é proibida a a qual ficará em poder do vendedor para provar a saída do
venda a particulares de quaisquer quantidades de cartuchame, material vendido.
pólvora de caça ou fulminante, salvo! e estiverem devidamente 2. As autorizações referidas neste artigo têm validade de cento
habilitados ao exercicio desse ramo d ~ comércio. e oitenta dias, a contar da data da sua concessão.
3. As autorizações para a compra de armas, munições e
ARTIGO82
fulminantes referidas no número 2, que não forem utilizadas
(Comércio de armas o nunlç6es)
dentro. do prazo da sua validade, poderão ser renovadas por
I. O comércio de armas e rnuniçõe ssó pode ser exercido por período não superior a 30 dias, mediante a apresentação do
espingardarias em nome individual 011 organizadas sob a forma pedido formulado, caso se mantenham as condições que
de sociedades comerciais. permitiram a sua concessão
2. São-abrangidas pelas disposições do número anterior, as 4. A renovação é averbada na autorização original e anotada
oficinas de reparação, quando queira n vender directamente ao no duplicado existente no arquivo.
cidadão que esteja devidamente autorizado. ARTIGO 86
(Quantidade de munlç6es autorlzadaa)
ARTIGO 83
(Venda de armas, munlç6es " pólvora de caça) Os portadores de licença, de uso e porte de arma e os
indivíduos que beneficiem de isenção da mesma licença, podem
1. A venda de armas, munições e pólvora de caça só é ser autorizados a adquirir em cada ano, as seguintes quantidades
permitida às espingardarias que disponham de depósitos de munições:
apropriados para armazenagem nos termos do artigo 75, a) Para armas de defesa pessoal até 100 cartuchos de balas;
devidamente licenciadas pelo Ministério da Indústria e
b) Para caça de subsistência colectiva (licença modelo B),
Comércio, ouvido o Comando-Geral da PRM e os governos
800 cartuchos de chumbo e de bala;
locais, mediante:
c) Para caça limitada para residentes (licença modelo C),
a) Alvará passado nos termos da legislação em vigor; 500 cartuchos de bala e de chumbo;
b) Registo no Comando-Geral da PRM, com o pagamento ti) Para caça desportivaalargada para residentes (licença
da taxa a que se refere a tabela li em anexo; modelo D), 600 cartuchos de chumbo e de bala;
c) Caução no valor de 250 salários mínimos nacional a e) Para caça desportiva praticada por não residentes
favor do Comando-Geral da PRM. (licença modelo E), 750 cartuchos de bala;
2. Os processos de autorização para o comércio de armas, J) Para armas de precisão destinadas para tiro desportivo,
munições e pólvora de caça são instru Idos nos respectivos órgãos número ilimitado de cartuchos de bala.
competentes do Ministério da Indús criá e Comércio.
ARTIGO 87
3. Não é autorizado o exercício do comércio de armas, (Autorlzaçllo excepcional para a compra de munições)
munições e pólvora de caça lias comerciantes cujos
estabelecimentos não estejam situados nas capitais provinciais. 1. Aos portadores de licença de uso e porte de armas de caça
e aos indivíduos que beneficiem de isenção da mesma licença,
4. Não é permitida a venda nos m esmos estabelecimentos de podem ser autorizadas a compra em cada ano, até 100 cartuchos
outros artigos não relacionados com a actividade requerida. de bala ou de chumbo para a sua defesa pessoal.
30 DE ABRIL DE 2007 154-(13)

2. Nos casos de isolamento, devidamente comprovado, poderá 3. O expediente relativo ao cancelamento do alvará do
ser aumentada a dotação das munições referidas no número espingardeiro corre seus trâmites no Ministério da Indústria e
anterior. Comércio ou nas suas Direcções Provinciais.

ARTIGO 88 ARTIGO 93
(Umltaçlo <lecompra de ".unlçlles) (Comércio iJelIal de armas de fogo e munll'6es e falaa
Aos portadores de licença de caça modelo A I é, apenas, repraaOllt8Çlo para obtençlode licença)
permitida a compra em cada ano até 150 cartuchos de chumbo. O Comércio ilegal bem como a falsa representação para a
obtenção de Licença de comércio de armas de fogo e munições
ARTIGO 89
é punido nos termos da lei penal.
(Obrigatoriedade de escrlturaça ••de munições)
1. As entidades oficiais ou particular es que, eventualmente, SECÇÃO VII
organizem torneio de tiro, ou aquelas que por virtude de Apreenslio, confisco, recolha, desactivação e destruição
disposição estatutária se dediquem à prática desse desporto, são de armas e munições
obrigadas a escriturar o impresso modelo X, no acto da recepção
ARTIGO 94
ou de fornecimento 'de munições, de modo a provarem à
fiscalização, em qualquer momento, sobre as quantidades (Apreenslo'de armas e munlçéles)
adquiridas e, bem assim, as usadas por cada atirador. Os Agente da PRM, quando devidamente credenciados,
, 2. Os Cartuchos de bala ou de chumbo remanescentes, devem podem apreender armas e munições. sempre que se verificarem
ser depositados na carreira de tiro pelo atirador, violações aos termos deste Regulamento.
3. Pela inobservância do disposto no número 1 é responsável,
o Presidente da direcção da entidade organizadora ou o seu ARTIGO 95
substituto legal, sendo que pela inobservância do número 2 é (Auto de apreensio)
responsável o Instrutor ou o monitor de tiro.
As apreensões são mencionadas numa certidão, lavrada nA
ARTIGO 90 presença- de duas testemunhas, mencionando-se o motivo da
(Pedido de autorlzaçlo 'para a cOIT,prade mUITiçélea) medida tomada, as características dos objectos visados e as
1. Os pedidos para a compra de mu lições devem ser feitos respectivas quantidades.
por requerimento dirigido ao Comanda rte-Geralda PRM, com,
a assinatura do requerente reconhecida pelo notário. ARTIGO 96

2. Quando se trate de requisição de serviços públicos, para (Armas usadas no cometlll'lento de crimes)
aquisição de armas ou munições podem os pedidos serem feitos
As armas e munições usadas no cometimento de crimes e
por meio de nota ou oficio.
declaradas perdidas a favor do Estado, por decisão judicial
3, Os Comandos Provinciais da PRlI! deveram enviar até 10
transitada em julgado, são entregues ao Comando Geral da
do 'mês seguintes à Repartição de Armas e Explosivos do
Polícia para efeitos de destruição nos termos do artigo·loo.
Comando-Geral da PRM, os mapas das autorizações para a
compra de munições durante o mês.
ARTIGO 97
4. Em caso de extravio, roubo ou destruição das munições
(Destino da. armas e munlç6ea apreendidas)
adquiridas, ou ainda por qualquer outro motivo devidamente
justificado, poderá ser autorizada a compra de novas quantidades 1. As armas e munições apreendidas são remetidas, no mais
de cartuchos de bala ou chumbo. curto espaço de tempo, à Subunidade Policial mais próxima,
acompanhados de cópia do respectivo auto para O respectivo
ARTIG09t
procedimento criminal.
(Autorlzaçlo de compra de munlç6es c••ncedlda nos comandos
provinciais) 2. Quando nas armas e munições aprendidas e que não tenham
As autorizações para a compra de munições e fulminantes, sido usadas para a prática de crimes existam tipos que interessem
concedidas pelos Comandos Provinciais da PRM são unicamente ou contribuam para o enriquecimento das colecções ou séries
válidas para a respectiva província e ncs casos em que a mesma existentes no Museu Militar ou Policial, são entregues,
licença seja usada' em outra província, será sujeita a visto da gratuitamente, passando a fazer parte de>seu acervo patrimonial.
Secção de Armas e Explosivos desta província, depois de
confirmada a sua autenticidade ao órgão emissor. ARTIGO 98
(Confisco de armaa e munlçlles)
ARTIGO 92
(Cancelame!1to do a vará) 1. As armas e munições encontradas -na posse ilegal de
qualquer indivíduo sem conhecimento do seu legítimo
1. O Comandante-Geral da PRM pc <lerá propor ao Ministro
propríetãrlo ou com autorização de empréstimo fora das
da Indústria e Comércio, com fundamento na violação deste
regulamento e ou, noutras disposições legais ou, ainda, na prática condições estabelecidas nos n.··1 e 2 do artigo 29 serão
de actos que atentem contra a ordem, segurança e tranquilidade apreendidas, ficando os seus possuidores sujeitos às disposições
públicas, o cancelamento de qualquer alvará de espingardeiro. da lei penal.
2. O cancelamento implica a suspensiio imediata da actividade, 2. As armas e munições referidas no número anterior poderão
recolhendo as armas, munições e outrcs produtos existentes em ser reclamadas pelo seu legítimo proprietário no prazo de seis
depósito e em estabelecimentos particul ares, para as arrecadações meses, por meio de requerimento dirigido à entidade julgadora
dos Comandos da PRM ou aos paióis das FADM. do processo, findo o qual serão perdidas a favor do Estado.
154-(14) ISÉRIE-NÚMEROl7

ARTIGO99 SECÇÃon
(Recolha de armas e munlçOas) Armas e munlçOes na posse do estado
1. Se houver uma alteração anormal da ordem e segurança
públicas no Pais, o armamento e munições existentes em ARTIGO 106
depósitos ou na posse de particulares pode ser recolhido, sob (Armaa emunlçOes na posse do eatado)
recibo, arrecadando-se em paióis dos Comandos da PRM ou
J. As armas e munições na posse do Estado deverão ser
das FADM, enquanto tais circunstâncias se mantiverem.
devidamente marcadas e catalogadas, fazendo-se inventários
2. A medida prevista no número I deste artigo poderá ser periódicos com clara indicação do seu movimento.
restrita a determinados tipos de calibre de armas na posse de
2. As armas e munições na posse do Estado ficam
particulares, em defesa da sociedade, acondicionadas nos paióis da PRM e das FADM.
3. Compete ao Comandante-Geral da PRM avaliar a alteração 3. As instituições do Estado que pela natureza das suas
anormal da ordem e segurança Públicas e decretar as actividades usam armas de fogo e munições devem requisitá-las
correspondentes medidas de recolha de armas e munições. ou solicitar a sua aquisição na Polícia da República de
Moçambique, sendo esta responsável pelo seu controlo.
ARTIGO IOC
(Entrega voluntária de anr as e munlçOes) 4. Os funcionários devidamente habilitados apenas terão
acesso às armas de fogo e munições mediante requisição. As
Qualquer indivíduo pode renunciar a propriedade das suas
armas e munições em poder do Estado são apenas usadas em
armas e munições a favor do Estado, mediante declaração em
missões oficiais por funcionários habilitados para sua requisição.
papel comum, isenta de qualquer espécie de selo, entregando o
material e respectivo livrete de registo ao Comando Geral da
ARTIGO 107
Policia ou ao Comando Provincial da PRM.
(Aqulalção por compra de armaa e munlçOea na poaae
do ellado)
ARTIGO 101
(Desaetlvaçllo a destruição de armas a munlçOes) A aquisição por compra das armas e munições do Estado
é feita mediante instruções emanadas por despacho conjunto dós
Todas as armas e munições apreendidas ou confiscadas devem
Ministros do Interior, da Defesa Nacional e das Finanças.
ser devidamente armazenadas, reg istadas, marcadas e não
havendo disposição cm contrário, desactivadas c destruídas. ARTIGO 108
ARTIGO 102 (Armas e munlçOea obaol8laa)
(ReaeUvaçlo de armas o munlçOea) As armas e munições obsoletas na posse do Estado serão
A reactivação de Armas eMunições é equiparada a montagem objecto de destruição.
e reparação e punida nos termos da lei penal.
CAPiTULO VII
ARTIGO 103
Rastreio de armas e munições e cooperação
(Competincla de fiscalização d" armaa e munlçOes) Internacional
J. A fiscalização das prescrições deste regulamento compete
essencialmente a PRM, autoridades aduaneiras e Direcções de SECÇÃO I
Indústria. e Comércio. Rastreio de Armas de Fogo e MuniçíÍes
2. É contudo, da exclusiva competência da autoridade militar
a fiscalização das armas e munições utilizadas pelas FADM, ARTIGO 109
bem como a dos estabelecimentos fabris ou outros dependentes (Rastreio de armas de fogo e munlçOes)
ou afectos àquela autoridade. J. A República de Moçambique poderá solicitar auxilio a
ARTIGO 104 outros países para o rastreio de armas de fogo e munições que se
(Participação doa reaultadoli daflacallzação) encontrem no seu território.

De todas as infracções constaiadas pela fiscalização no ãmbito 2. O pedido de auxílio para o rastreio de armas e munições
deste Regulamento será objecto de participação pelo Agente que deverá ser devidamente fundamentado, contendo a descrição das
constatar a infracção, observando-se, na parte aplicável, o armas e munições em causa bem como as circunstâncias em que
disposto na lei processo penal. foram encontradas.
3. A República de Moçambique deverá responder
CAPíTULO vt pontualmente os pedidos de rastreio que lhe tenham sido feitos.
Embargos sobre armas de fogo e munições 4. A República de Moçambique poderá não fornecer
e armas e munições na posse do estado informações sempre que 40 seu uso possa pôr em causa o curso
SECÇÃO I
de uma investigação criminal, violar a legislação em vigor, por
razões de segurança nacional e se não houver garantia de
Embargos sobre armas de I"go e munlçOes
confidencialidade de informação por parte do Estado
ARTIGO 105 requisitante.
(Embarga sobre arma. de fogo. munf96e8)
ARTIGO 110
1. Os Ministérios do Interior, da Defesa Nacional dos
Negócios Estrangeiros e Cooperação e das Finanças são (Cooperação Internacional)
responsáveis por garantir a implementação dos embargos sobre I. O Ministério do Interior é responsável pelo
armas de fogo e munições decretados pelas Nações Unidas. acompanhamento e implantação das obrigações de Moçambique
2. A violação dos embargos é punida nos termos de lei penal. nesta matéria.
30 DE ABRIL DE 2007 154-(15)

2. A República de Moçambique sempre que for apropriado ARTIGO 115


deverá solicitar auxílio da Organização Internacional da Policia (Taxaa de verlllcaçlo e claaalllcaçlo prévia das armas
Criminal (INTERPOL) para o rastreio ele armas e munições. e das vlstorlaa)
3. Os funcionãríos ou agentes incumbidos de fiscalização das
I. A verificação e classificação prévia de armamento e
armas e produtos de que trata este regulamento, lavram uma
munições e as vistorias a que se referem, respectivamente, o
acta e rubricam os livros respectivos, lndícando Q seu cargo e a
data da diligência. artigo 54 e n," 2 do artigo 77, são remuneradas nos termos da
Tabela C anexa.
4. Da fiscalização efectuada, os funcionários ou agentes
elaboram um relatório sobre as condições de segurança em que 2. Quando a verificação e classificação prévia sejam
se encontram os estabelecimentos desti nados a armazenagem-e efectuadas dentro das horas normais de serviço a receita reverte
venda de armas e munições, enviando-o ao Comando Geral da a favor do Estado e se for efectuada nas horas de folga, reverte
PRM. a favor dos intervenientes.
3. O transporte e outras despesas com deslocação do pessoal
CAPÍTULO VIII
nomeado para os serviços descritos no número I deste artigo
Omissões, taxss, disposições finais e transitórias correm por conta do interessado .
.SECÇÃOI
ARTIGO 116
Omissões (Obrlgaçoes de s8tlslaçlo das taxaa)
ARTIGO III 1. O pagamento das taxas e remunerações devidas pela
(Caaoa omlasos j aplicação deste regulamento deve ser integralmente satisfeito:
As infracções ao disposto no presente regulamento a que não a) Até ao dia 15 do mês seguinte, as taxas constantes do
corresponda pena especial são punidas com a multa de 25 a 50 número. I da tabela A e antecipadamente à realização
salários mínimos nacional.
do respectivo despacho alfandegário, as taxas
descritas no número n da referida tabela;
SECÇÃO II
b) No acto da entrega dos requerimentos a pedir a
Taxas
concessão de licenças de importação, de uso e porte
ARTIGO 112 ou de simples detenção de armas, de autorizações de
(Pagamento de ta>.as) compra, de saída de armas ou de outras não
I. A montagem, exportação, importação, reexportação e especialmente designadas, bem como a passagem de
reimportação de armas e munições ou carregamento destas está 2's vias dos mesmos documentos e dos livretes de
sujeita à tributação, nos termos da tabela A, anexa a este registo de armas ou as inscrições para o desempenho
regulamento. da respectiva actividade e o depósito e armas, as taxas
2. As taxas incidem sobre cada unidade, consoante se trate constantes da tabela B anexa;
da montagem, exportação, importação, reexportação e c) Antecipadamente à realização da vistoria ou do
reimportação ou de carregamento.
respectivo despacho alfandegário, as taxas constantes
3. A concessão de licença de impor ação, de autorizações de da tabela C anexa.
compra, de saída de armas ou de outras não especialmente
designadas, bem como a passagem c.e 2.'s vias dos mesmos 2. As taxas devidas pelas actividades descritas no n.· I da
documentos e dos livretes de registo de armas, o registo a que se tabela A anexa são cobradas em presença do movimento mensal
refere a alínea b) do n.· I do artigo 83, bem como o depósito de de produção ou venda constante do extracto do livro IV.
armas descritos no artigo 117, estão igualmente sujeitos à
tributação 'nos termos da tabela Bane <a.
ARTIGO 117

ARTIGO 113 (Depósito de armai para guarda I conaerYllçlo)


(eo_o da alvarás e licença e o daatlno das taxaa) 1. Os indivíduos que não desejarem conservar as armas em
I. Pela concessão de alvarás ou lic ença para o exercício de seu poder. 1I0S termos deste regulamento, podem deposita-las
indústria e de comércio, passagem de. 2.'s vias dos mesmos, e em qualquer Comando da PRM. mediante o pagamento da taxa
averbamentos, são devidas as taxas e:n vigor no Ministério da prevista na tabela B.
Indústria e Comércio. 2. No talão de depósito é feita a anotação de que a falta de
2. As taxas constantes das tabelas A, B, C e D anexas, pagamento de nova taxa no prazo de três meses a partir do seu
destinam-se 60% para a receita do Estado, 40% para os Serviços termo implica a 'perda de arma a favor do Estado.
Sociais da PRM.
ARTIGO 118
ARTIGO 114
(Inapecçlo da montaGem, IxportaçIo, ImportaÇlo, reexportaçIo
(Destino doa YlIIores dia multaa) I relmportaçlo ou da carregamento)

As importâncias provenientes de multas pela aplicação deste I. O Comandante-Oeral da PRM pode suspender a montagem,
regulamento destinam-se 50% para .1 receita do Estado, So% exportaçiio, importaçiio, reexportaçiio e reimportaçiio ou de
para os Serviços Sociais do Comando Geral da PRM. carregamento .ímportação, bem como a yenda de armas e
154-(16) ISÉRIE-NÚMEROI7

munições sempre que as condições ) exigirem e, bem assim, SECÇÃO III

estabelecer para produtos determinadas condições mais rigorosas DlsposiçOes transitórIas


de importação ou venda. ARTIGO 119

2. A execução e o fornecimento dos impressos de livretes de (Excepcionalidade do Registo e de Legallzaçlo de Armas)


registo e das licenças de uso e porte ou de simples detenção Os detentores de quaisquer armas previstas rieste Regulamento
constituem exclusivoda Imprensa Nacional, devendo a capa do que ainda não promoveram a sua legalização, devem fazê-lo no
modelo V ser de papel plástico e a de, modelo VI em cartolina. prazo de seis meses a contar da data da entrada em vigor deste
regulamento sob pena de incorrerem no disposto do artigo 33.

Tabela das taxas a que se refere o n.O1 do Artigo 112 do Regulamento de armas e
munições.

Tabela A

I. Taxas de importação.

Por cada peça de arma:

a) De tiro semiautomático 130,OOMT


b) De defesa pessoal e de pressão 66,OOMT
c) De caça:
De alma lisa 130,OOMT
De alma estriada 130,OOMT
d) De recreio 130,OOMT
e) De ornamentação 13,OOMT
f) Branca 13,OOMT
g) De ebate de gado ou outras que utilizem cargas explosivas 1,OOMT
h) De alarme 26,OOMT
i) Outras Peças de armas:
De valor até 651,OOMT 1,OOMT
De valor superior a 651,OOMT até 6 505,OOMT 3,OOMT
De valor superior a 6 505,OOMT 4,OOMT
30DEABRILDE2007 154-(17)

II. Importaçãode armas

Por cada arma de tiro semiautomãtico:

Terri .ório nacional Estrangeiro

a) espingardarias 7S0,00MT
De defesa pessoal 62S,00MT b) particulares 112S,ooMT

De precisão 6S6,SOMT a) Espingardarias 788,ooMT


b) particulares 116l,OOMT

Caça (lisa e estriada) SOO,OOMT a) espingardarias 625,OOMT


b) particulares 7S0,OOMT

De recreio ou
valor estimativo Soo,OOMT 7S0,00 MT
De ornamentação SOo,oOMT 7S0,ooMT
Branca 7S,OOMT 130,00MT

De abate de gado ou de outras


que utilizem cargas explosivas 200,00 MT 300,OOMT

De alarme 2oo,OOMT 300,OOMT

Munições, por cada q LIilogramaou fracção:

De cartucho de bala 13,OOMT 26,OOMT


De cartucho carregado
com chumbo 7,OOMT 13,OOMT
De cartuchos vazios
com fulminantes 9,ooMT 2O,OOMT
De fulminantes de
qualquer espécie 7,ooMT 13,ooMT
154-(18) ISÉRIE-NÚMERO/7

Tabela das ta,xasa que se ~fere o n.o 3 do Artigo 112 do Regulamento de Armas
e MunIções

Tabela B

I. Comprae Emissiiode 2.8 via

Taxas diversas:
a) Pela concessão de licenças de importação de anuas,
munições, peças separadas, pistolas de alarme ou de
outras não designadas especialmente nesta tabela 1301,ooMT

b) Pela passagem de 2as vias das referidas licenças 1301,00MT

c) Pela prorrogação do prazo das mesmas licenças 651,OOMT

d)Pela concessão de autorizações de compra de anuas,


munições, pecas separada, ou de outras nao designadas
especialmente nesta tabela 130,OOMT

e) Pela passagem de 2as vias das referidas autorizações 130,ooMT

f) Pela prorrogação do prazo das mesmas autorizações 65,ooMT

h) Pelo deposito das armas a que se refere o artigo


113 por cada ano ou fracção 1301,OOMT

i) Pela passagem de 2as vias de Iivretes de registo de


armas (excluindo o custo do documente) soooo srr
j) Pela inscrição a q ue se referem as b) do no 1 dos
artigos 15 e 33 e o artigo 72 13 010,00 MT

k) Por cada averbamento de transferência, cancelâmento


ou anulação de registo de propriedade, quando esses
cancelamentos ou anulações não respeitem as armas
apreendidas ou entregues voluntariamente 260,OOMT
30 DE ABRIL DE 2007 154-(19)

Tabela das taxas a que se refere no nR1 de artigo 115 do Regulamento de Armas
e Munições

Tabela C

1. Importâncias a satístazsr por vistoria

1. A cada perito:
a) Fábricas 3251,OOMT
b) Depósitos ou Oficinas 1952,OOMT

2. Ao secretário: 1301,OOMT

2. Remunerações dI.vidas pela verificação e classificação de armamento e munições

Cobranças a efectuar pelo Comando-Geral, Comandos Provinciais ou Distritais da Polícia da


República de Moçambique

Por cada hora-Ou fracção:

A) Oficiais 651,OOMT
B) Sargentos 520,OOMT
C) Guardas 390,OOMT

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