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LITERATURA

Professora: IRLENY
Trovadorismo
Trovadorismo- Séculos XII ao XIV
• CONTEXTO HISTÓRICO

- FEUDALISMO: Relação de trocas. Existia nesse sistema, o senhor feudal, que com
a permissão do rei, era guardião das terras e, consequentemente, das pessoas
que nelas trabalhavam. O regime era de servidão, e para garantir que a
autoridade do monarca fosse absoluta, eram contratados cavaleiros que seriam
pagos com terras. Surgiram então, as relações de suserania (autoridade) e
vassalagem.
- TEOCENTRISMO: Deus é o centro do Universo.
- IDIOMA: Galego- português
TROVADORISMO

•A palavra “Trovadorismo” se origina de


“troubadour”, aquele que compunha a trova
(membro da nobreza) e que, em razão disso,
procurava encontrar uma rima para suas cantigas.
Datada do século XII, a Cantiga da Ribeirinha é considerada o primeiro
texto literário em galego-português, foi escrita por Paio Soares de
Taveirós que a dedicou a D. Maria Paes Ribeiro - apelidada "A Ribeirinha",
amante do rei D. Sancho I. • No mundo ninguém se assemelha a mim
enquanto acontecer o que me aconteceu,
• No mundo non me sei parelha, pois eu morro por vós, e ai
mentre me for' como me vai, minha senhora de pele alva e rosada,
ca ja moiro por vós - e ai! quereis que vos lembre
mia senhor branca e vermelha, quando vos já vi na intimidade?
Queredes que vos retraia Maldito dia me levantei
quando vos eu vi em saia! que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)
Mao dia me levantei,
que vos enton non vi fea! E, mia senhora, desde aquele dia, ai!
tudo me foi muito mal
• E, mia senhor, des aquel di', ai! e vós, filha de Dom Paio
Moniz, e bem vos parece
me foi a mi muin mal,
e vós, filha de don Paai de ter eu por vós guarvaia (guarvaia: roupa
Moniz, e ben vos semelha luxuosa)
d'haver eu por vós guarvaia, pois eu, minha senhora, como mimo (ou prova de
pois eu, mia senhor, d'alfaia amor)
Nunca de vós ouve nem ei de vós nunca recebi
valía d'ua correa algo, mesmo que insignificante.
Tipos de cantigas

Cantigas líricas (sentimento) Cantigas satíricas (críticas)


• Cantigas de amigo • Cantigas de escárnio
• Cantigas de amor • Cantigas de maldizer
CANTIGAS DE AMIGO
• CARACTERÍSTICAS
• Ambiente campestre.
• Fazem parte da tradição popular e têm expressão simples e espontânea.
• Escritas por HOMENS e possuem o eu lírico FEMININO
• O eu lírico expressa situação de solidão e tristeza e tem como confidente a mãe
ou a natureza.
• Exemplo na página 24.
CANTIGAS DE AMOR

• CARACTERÍSTICAS
• Origem Provençal, ou seja, pertencente à nobreza
• Apresenta preocupação maior com a linguagem e, por isso, encontram-se
requintes no texto.
• O eu lírico é MASCULINO e é um fiel amante, e sua amada é uma nobre, portanto
rica e, às vezes, casada. O amor então não acontece, caracterizando uma
vassalagem amorosa (servidão do homem para com a mulher amada) que o trata
com indiferença.
• O sofrimento amoroso oferece um forte lirismo no texto.
• Exemplo páginas 24 e 25.
CANTIGAS DE ESCÁRNIO

•A cantiga de escárnio apenas insinua a pessoa da qual se trata no texto. É


composta com uma linguagem bastante trabalhada e conotativa (figurada e
poética), destacando a presença da ironia.
• Exemplo na página 25.
CANTIGAS DE MALDIZER

• As cantigas de maldizer possuem uma linguagem mais simples, direta e agressiva,


usando palavras inapropriadas e obscenas. Na época, essas cantigas forma
colocadas em segundo plano, mas se tornaram importantes como documentos
reveladores de conhecimento histórico, social e linguístico.

• Exemplo na página 26.


PROSA MEDIEVAL

• As cantigas e as novelas de cavalaria são as principais formas literárias do


Trovadorismo.
Novelas de Cavalaria
• Originárias da Inglaterra e da França e de poemas que
valorizavam atos heroicos, as novelas de cavalaria foram as
mais conhecidas manifestações em prosa dessa época. Esses
textos possuem histórias estruturadas com começo, meio e
fim, além de narrarem uma série de acontecimentos que
entrelaçam em várias situações dramáticas. Esses escritos
podem ser agrupados em:
• Ciclo clássico- temas gregos e latinos.
• Ciclo carolíngio- histórias sobre Carlos Magno e os Doze
pares da França.
• Ciclo Bretão ou arturiano- narrativas sobre o rei Arthur e os
Cavaleiros da Távola redonda e a Demanda do santo Graal.

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