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Escola E. B.

2, 3 de Pevidém
Português - 9.º Ano
Auto da Barca do Inferno

O Enforcado
Na derradeira parte do auto, aparece-nos um ladrão a quem a Justiça condenou à forca, ainda com o
baraço em volta do pescoço, que vem convencido de que irá para o Céu. Quem o persuadiu? Gil Vicente
afirma-nos que foi intrujado por Garcia Moniz, Mestre da Balança da Moeda de Lisboa, e, muito
provavelmente, superior do poeta de 1513 a 1517. Este teria convencido o ladrão enforcado de que iria
para o Paraíso, visto ter-se já purificado dos pecados cometidos no purgatório do Limoeiro e que poder-se-
ia considerar um «santo canonizado» por muito ter sofrido durante toda a vida. Contudo o Enforcado,
desiludido pelo Diabo, reconhece finalmente que não tem perdão possível e, tal como já fizera o Judeu,
nem sequer vai pedir ao Anjo que o acolha.

Cena XI – O Enforcado
 Personagem / Classe social
Enforcado/ povo

 Elementos / Simbologia
- Corda – Representa a forma como o Enforcado morreu e a crítica aos oficiais da Justiça que condenavam
injustamente

 Percurso cénico
Cais – Barca do Diabo

 Caracterização psicológica
- Ingénuo
- Influenciável
- Surpreso

 Acusações
Não existem

 Argumentos de defesa
Não existem

 Destino
Inferno

 Intenção crítica
Gil Vicente pretende:
- Denunciar a cumplicidade dos altos funcionários da corte (Garcia Moniz) e dos criminosos.

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