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CAMARA PODERÁ RECONHECER

ATIVISMO JUDICIAL. URGENTÍSSIMO.

Sábado, 08 de maio de 2021

A TODOS OS QUE DEFENDEM A VIDA


E A FAMÍLIA:

Esta terça feira dia 11 de maio de 2021 a Câmara


poderá reconhecer a constitucionalidade do Ativismo
Judicial.

NECESSITAMOS DE SUA AJUDA.

Esta terça feira, dia 11 de maio de 2021, será


votado na Comissão de Justiça e Constitucionalidade
de Câmara um novo relatório para o PL 4754/2016,
que foi rejeitado por 33 votos contra e 32 a favor no
último dia 5 de maio.

O novo relatório foi redigido pelo deputado


Pompeo de Mattos e na prática sustenta que qualquer
Projeto de Lei que possa ser apresentado no futuro
pelo Legislativo para conter o ativismo judicial
sempre será, a priori, inconstitucional.

Pedimos a todos os que receberem esta mensagem


que telefonem, enviem e-mails e se comuniquem com
os Deputados da Comissão de Justiça e
Constitucionalidade da Câmara através de suas redes
sociais. São os mesmos deputados que votaram o PL
4754/2016, tanto os que votaram a favor quanto os
que votaram contra, para que votem contra a
aprovação do Relatório apresentado pelo deputado
Pompeo de Mattos, pelos motivos que são expostos a
seguir.

Agradecemos a todos pelo imenso bem que estão


ajudando a promover.

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1. O QUE ESTÁ ACONTECENDO.

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Na quarta feira dia 5 de maio de 2021 foi votado


na Comissão de Constitucionalidade da Câmara, o
Projeto de Lei 4754/2016, de autoria do Deputado
Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).

O projeto teve como relatora a Deputada Chris


Tonietto (PSL-RJ), que elaborou parecer favorável ao
mesmo. O relatório da deputada Chris Tonietto pode
ser encontrado neste endereço:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?
codteor=2002200&filename=Tramitacao-PL+4754/2016

O PL 4754/2016 tornaria crime de responsabilidade,


passível de impeachment, a usurpação por parte do
Supremo Tribunal Federal de competências do Poder
Legislativo ou Executivo.

A Comissão de Constitucionalidade, porém,


rejeitou o projeto por uma diferença de apenas 1 único
voto. Foram 32 votos a favor do projeto e 33 votos
contrários.

Nestes casos o Regimento Interno da Câmara dos


Deputados, em seu artigo 57, inciso XII, estabelece
que

"XII - SE O VOTO DO RELATOR NÃO FOR


ADOTADO PELA COMISSÃO, A REDAÇÃO
DO PARECER VENCEDOR SERÁ FEITA
ATÉ A REUNIÃO ORDINÁRIA SEGUINTE
PELO RELATOR SUBSTITUTO, SALVO SE
VENCIDO OU AUSENTE ESTE, CASO EM
QUE O PRESIDENTE DESIGNARÁ
OUTRO DEPUTADO PARA FAZÊ-LO."
https://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/legislacao/regimento-interno-da-camara-dos-
deputados/arquivos-1/RICD%20atualizado%20ate%20RCD
%2012-2019%20A.pdf
Por este motivo, vencido o Projeto, o presidente da
Comissão designou o deputado Pompeo de Mattos
(PDT/RS), um dos que haviam votado contrariamente,
para elaborar outro relatório conforme a posição da
maioria. O deputado Pompeo de Mattos apresentou
seu novo relatório nesta sexta feira, dia 7 de maio de
2021.

O relatório de Pompeu de Mattos pode ser lido


neste endereço:

https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?
codteor=2005467&filename=Tramitacao-PL+4754/2016

O novo relatório, conforme estabelecido pelo Artigo


57, XII do Regimento Interno, acima transcrito,
deverá ser votado pelos deputados na próxima sessão
da Comissão de Constitucionalidade, que ocorrerá na
próxima terça feira, dia 11 de maio de 2021.

Caso seja rejeitado pelos deputados, conforme o


regimento interno,

"O PRESIDENTE DESIGNARÁ OUTRO


DEPUTADO PARA APRESENTAR UM
TERCEIRO RELATÓRIO".

O novo relatório, porém, se aprovado, poderá


transformar-se em uma tragédia pior que o próprio
ativismo judicial.

O documento não se limita a expor que o PL


4754/2021 foi rejeitado por estreita maioria. Em vez
disso, se corretamente entendidos seus termos, declara
a inconstitucionalidade de qualquer outro projeto
futuro que possa ser apresentado pelo Legislativo no
sentido de coibir, de qualquer modo, qualquer forma
de ativismo judicial, legitimando o direito de qualquer
juiz decidir qualquer causa segundo qualquer critério.

Pedimos a todos os que receberem esta mensagem


que telefonem, que enviem e-mails e se comuniquem,
através de suas redes sociais, com os Deputados da
Comissão de Justiça e Constitucionalidade da Câmara
os mesmos que votaram contra o PL 4754/2016, tanto
os que votaram a favor quanto os que votaram contra,
para que votem contra a aprovação do Relatório
apresentado pelo deputado Pompeo de Mattos, pelos
motivos que são expostos a seguir.

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2.CONTEÚDO DO RELATÓRIO POMPEU


DE MATTOS

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Inicialmente o relatório afirma que o PL 4754
pretende ampliar o rol dos Crimes de
Responsabilidade que podem ser cometidos pelos
Ministros do STF para incluir a hipótese de

"USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DO
CONGRESSO FEDERAL".

Coloca como primeira objeção que

"O PROJETO ANALISADO NÃO


ESCLARECE, OBJETIVAMENTE,
CRITÉRIOS QUE DEFINAM QUANDO O
MINISTRO DO STF ESTARIA
'USURPANDO' TAIS COMPETÊNCIAS,
PELO QUE A MEDIDA TRAZ FORTE
POTENCIAL PARA LIMITAR E INIBIR A
INDEPENDÊNCIA JUDICIAL".

Se bem que seja verdade que o projeto não apresenta


tais critérios para definir quando ocorreu a usurpação
de competências, a atual lei de Crimes de
Responsabilidade também afirma que o Ministro do
STF incorre em crime de responsabilidade ao

"PROCEDER CONTRA A HONRA, A


DIGNIDADE E O DECORO DE SUAS
FUNÇÕES",
sem estabelecer nenhum critério para definir quando
isto ocorra, e nunca foi declarado inconstitucional por
isto.

O problema, porém, não está aí.

O relatório também afirma que o PL contém vícios


insanáveis de constitucionalidade porque viola

"O PRINCÍPIO DA COMPLETA


LIBERDADE DO JUIZ DE DECIDIR AS
AÇÕES IMPETRADAS NA CORTE.
NENHUM ESTRANHO, NENHUM
GOVERNO, NEM MESMO OUTRO JUIZ
DEVE INTERFERIR NA MANEIRA COMO
UM JUIZ CONDUZ UMA SENTENÇA.
SENDO ASSIM, O PROJETO
REPRESENTA UM ATAQUE À
INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DA
CORTE. NÃO SE PODE AMORDAÇAR
QUALQUER PODER".

Tal afirmação não é correta.

A Constituição estabelece um sistema de freios e


contrapesos pelos quais os poderes se limitam
mutuamente entre si. É assim que o Presidente da
República pode vetar uma lei aprovada pelo
Congresso, e o Congresso pode sustar atos normativos
do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
Se o que Pompeu de Mattos afirma estivesse correto,
teríamos que reescrever a Constituição, mas neste
caso o governo seria tomado pela anarquia.

A Constituição estabelece também, no seu artigo


49, ser competência exclusiva do Congresso Nacional

"ZELAR PELA PRESERVAÇÃO DE SUA


COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM FACE
DA ATRIBUIÇÃO NORMATIVA DOS
OUTROS PODERES",

o que não seria possível se o Poder Judiciário pudesse


livremente com total autonomia invadir as atribuições
exclusivas do Legislativo.

Sendo assim, uma coisa é afirmar que o PL 4754


foi rejeitado por deficiência de técnica legislativa,
outra coisa é afirmar que o PL 4754 é inconstitucional
porque, a priori, o Poder Judiciário não pode ser
questionado em sua liberdade de decidir como bem
entender, em qualquer circunstância, sobre qualquer
assunto.
Se assim fosse, o Supremo Tribunal Federal
também poderia revogar uma cláusula pétrea da
Constituição e não poderia ser questionado.

A Corte, se seguissemos admitirmos a aprovação


do parecer do deputado Pompeu de Mattos, também
poderia revogar a própria Constituição, e teria que ser
constitucionalmente respeitada, em sua liberdade e
autonomia, pelos demais poderes. Isto seria
reconhecer-lhe o direito constitucional de praticar um
golpe de Estado.

E mais ainda, a Corte poderia autorizar um crime,


e esta decisão se converteria em um direito. A Corte
poderia autorizar, por exemplo, alguém a roubar um
banco, ou a praticar um homicídio, e teria sua
liberdade e autonomia teria que ser
constitucionalmente respeitada, quando é sabido que o
magistrado que autoriza um crime incorre no próprio
crime que tiver autorizado e deverá ser punido, neste
caso, pelas penas estabelecidas pela lei. Os juízes não
estão acima do Código Penal. E muito menos, pelos
mesmos motivos, não estarãp acima da Constituição.
Mas é o que deveria ser concluído com base no
relatório do deputado Pompeu de Mattos.

O relatório Pompeu de Mattos também afirma que


"NA FALTA DE LEI, UMA VEZ
PROVOCADO, CABE AO STF SE
PRONUNCIAR",

isto é, legislar. O que não é correto. Quando não há


lei, cabe ao STF exigir do Legislativo produzir a lei,
não legislar em seu lugar.

O relatório Pompeu de Mattos também afirma:

"O QUE ESTAMOS ACOMPANHANDO


HOJE É UMA TENTATIVA DE
CRIMINALIZAÇÃO DA ATUAÇÃO
CONTRA MAJORITÁRIA AO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL".

A "ATUAÇÃO CONTRA MAJORITÁRIA" é uma


expressão introduzida pelos teóricos do ativismo
judicial, como Robert Dworkin, que afirma em seu
livro "LEVANDO OS DIREITOS A SÉRIO", que

"EXISTEM DUAS FILOSOFIAS PELAS


QUAIS OS TRIBUNAIS PODEM
RESOLVER CONTROVÉRSIAS, O
PROGRAMA DO ATIVISMO JUDICIAL E O
PROGRAMA DA MODERAÇÃO
JUDICIAL",
e que os Tribunais devem aceitar o programa do
Ativismo Judicial.

O programa do ativismo judicial, segundo este e


outros autores, consiste justamente em uma atuação
contramajoritária, já que a Constituição, embora
elaborada por representantes eleitos pelo povo, é
votada por uma maioria, e portanto reflete uma
posição majoritária. Neste sentido, para que se possam
defender também os direitos das minorias, o Judiciário
deveria adotar posições contra majoritárias, isto é,
contra a Constituição votada pela maioria.

Apesar da linguagem elegante, tudo não passa de


uma roupagem palatável para autorizar o Poder
Judiciário não apenas a defender as minorias, mas
contrapor-se à Constituição, quando na verdade até as
próprias leis ordinárias que valem para o cidadão
valem também para os juízes.

O que Pompeu de Mattos está pretende é que o


Legislativo brasileiro, ao acolher o seu relatório,
reconheça que qualquer tentativa futura de impedir a
total liberdade e autonomia da Suprema Corte, acima
de qualquer lei e da própria Constituição, será sempre
inconstitucional.

Decididamente não é isto o que estava sendo


votado na quarta feira dia 5 de maio, qualquer que
fosse o lado que tivesse ganho a votação.

Deve-se notar que o relatório Pompeu de Mattos já


está produzindo os frutos esperados, mesmo sem
sequer ainda ter sido aprovado.

Neste sentido, o deputado Wilson Santiago (PTB-


PB), que foi afastado do comando partidário da
Paraíba pelo presidente do PTB, por não ter
comparecido à votação do PL 4754 na quarta feira dia
5 de maio, declarou-se surpreso pelo afastamento em
nota pública. Afirma Wilson Santiago:

"A DECISÃO TOMADA PELO


PRESIDENTE DO PARTIDO, ROBERTO
JEFFERSON, FOI IMPENSADA.

O PROJETO ERA INCONSTITUCIONAL


POIS NÃO SE PODEM RETIRAR DO
JUDICIÁRIO PODERES QUE LHE FORAM
CONFERIDOS NA CONSTITUIÇÃO.

DESTACO TRECHO DO RELATÓRIO DO


DEPUTADO POMPEU DE MATTOS NESTE
SENTIDO QUE DIZ:

'O PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA


JUDICIAL É A COMPLETA LIBERDADE
DO JUIZ. NENHUM ESTRANHO,
NENHUM GOVERNO, NEM MESMO
OUTRO JUIZ DEVE INTERFERIR NA
MANEIRA COMO UM JUIZ CONDUZ UMA
SENTENÇA'.

NÃO IMAGINO QUE O PRESIDENTE


NACIONAL DE UM PARTIDO
COMPACTUE COM DECISÕES DE
FLARGRANTE
INCONSTITUCIONALIDADE.

SEMPRE PAUTAREI MINHAS DECISÕES


POR ARGUMENTOS TÉCNICOS E
POLÍTICOS.

NOSSO PARTIDO NÃO PODE


TRANSFORMAR-SE EM FILIAL DE
GRUPOS EXTREMISTAS E
ANTIDEMOCRÁTICOS".

https://www.clickpb.com.br/politica/wilson-santiago-diz-estar-
surpreso-com-destituicao-da-direcao-do-ptb-na-paraiba-
306473.html
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3. LISTAS DE MAILS, TELEFONES E


REDES SOCIAIS DOS DEPUTADOS DA
CCJ

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A lista dos deputados da Comissão de Justiça e


Constitucionalidade por Partido, com links clicáveis
para todas as redes sociais está neste endereço:

http://www.pesquisasedocumentos.com.br/
CCJ-Partido.pdf

A lista dos telefones dos deputados da Comissão de


Justiça e Constitucionalidade por Estado, mas com
links para copiar e colar, está neste endereço:

http://www.pesquisasedocumentos.com.br/
CCJ-Estado.pdf

A lista dos mails e dos instagrams para marcação de


todos os deputados da Comissão de Justiça e
Constitucionalidade está neste endereço:

http://www.pesquisasedocumentos.com.br/
CCJ-MailsInstagram.pdf
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4. COMO ESCREVER E TELEFONAR

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NÃO IMPORTA A QUAL AUTORIDADE


ESTEJA SE DIRIGINDO, SEJA EDUCADO
AO EXTREMO MAS FIRME E CLARO NA
EXPRESSÃO DE SUAS POSIÇÕES.

MAIS IMPORTANTE DO QUE O MAIL É


TELEFONAR DE VIVA VOZ E
MANIFESTAR-SE NAS REDES SOCIAIS.

A. Estamos em uma Democracia. Insistam em


comunicar-se e fazer com que mais pessoas se
comuniquem. Não deixem a tarefa apenas para
autoridades e especialistas. Isto vai fazer toda a
diferença. O Brasil não é Monarquia nem
Aristocracia. Todos participam do poder.

B. A TODOS OS QUE SE DIRIGIREM,


USEM DO MAIOR RESPEITO EM
QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA. SEJAM
SEMPRE EDUCADOS AO EXTREMO, MAS
NÃO DEIXEM DE EXPOR CLARAMENTE
SEUS PONTOS DE VISTA.
C. Não copie e cole. Não faça nada
padronizado. Use suas próprias palavras. Seja
você mesmo. Mostre que o que você diz é a
expressão de sua própria cidadania, e não da
dos outros. Não delegue suas obrigações
políticas aos outros.

D. É muito importante que além de escrever e-


mails e telefonem de viva voz, expliquem
claramente aos assessores dos deputados a
importância do PL 4754/2016.

E. Ligue primeiro para os deputados de seu


Estado e identifique-se como cidadão deste
Estado. Você é eleitor deles, eles lhe
representam e lhe darão mais atenção se forem
do mesmo Estado. Em seguida, ligue também
para os deputados dos demais Estados.

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