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Revolução Da Informação - Impactos Sociais
Revolução Da Informação - Impactos Sociais
VERSÃO FINAL
1. Preliminares
Será feito um estudo das possíveis mudanças sociais que podem ocorrer com a
aparente revolução da informação que se processa atualmente. Sabe-se que tentar
fazer uma extrapolação com a velocidade em que tudo muda hoje em dia é
difícil, e tal previsão está sujeita a erros grosseiros. O melhor que pode ser feito é
estudar várias possibilidades distintas, tentar avaliar as tendências atuais e
verificar o quanto essas tendências apontam para cada uma daquelas
possibilidades. Ainda neste caso cometemos um erro muito grave, que é supor
que tais tendências vão se manter inalteráveis. A previsão estaria influenciada
pelo que já se observa na época em que ela é feita.
Neste estudo, será feita uma avaliação das seguintes obras, todas elas prevendo
mudanças sociais bem diferentes:
Ainda foi estudada uma quarta obra, que discute os elementos da obra de Huxley
mas que cita o "1984" várias vezes: é o "Regresso ao Admirável Mundo Novo",
um ensaio que o próprio Huxley escreveu cerca de 25 anos após o "Admirável
Mundo Novo".
2.1 "1984"
Na obra, o mundo era governado por três grandes potências, todas elas
com a mesma característica totalitária e com controle total das
informações. Estas três potências eram conhecidas por Eurásia, Lestásia e
Oceania, na qual se passa toda a trama. Em Oceania, que compreendia as
Américas, Austrália, e a Inglaterra (o restante da Europa era parte da
Eurásia), um único Partido governava, e estava constante e alternadamente
em guerra com uma das outras duas potências. A guerra constante era um
fator primordial para que a estrutura social fosse mantida, pois apenas uma
guerra era capaz de absorver o excesso de recursos produzidos por um
sistema industrializado ao extremo. Sem guerras, a enorme quantidade de
recursos teria de ser distribuída igualmente para a "massa", e esta massa
acabaria adquirindo poderes demais (algo obviamente indesejável para um
Partido que queria se manter no poder). Com uma guerra constante contra
qualquer das duas outras superpotências era possível garantir apenas o
suficiente para a subsistência do povo, enquanto o excesso de produção
poderia ser gasto em materiais bélicos e improdutivos. Além disso havia
outra vantagem em se manter uma eterna guerra, que era deixar a
população sempre em estado de alerta, aguardando que o Big Brother
pudesse resolver o problema. Logicamente a guerra não era ameaça para
nenhuma das grandes potências. Ao contrário, ela era mantida exatamente
com as finalidades descritas. Pode-se imaginar até mesmo um acordo entre
as potências para que alguma guerra sempre ocorresse, não importando o
motivo.
das bombas H
Superpopulação
Superorganização
Outro problema que pode levar ao totalitarismo é a aparente
tendência humana à uniformidade e à superorganização da
sociedade. A própria natureza mostra a ineficiência
da uniformidade, ao longo de bilhões de anos de seleção natural.
Por exemplo, o sucesso das espécies que desenvolveram a
reprodução sexuada se deve ao fato de que isto aumenta a
diversidade das células descendentes. Na reprodução unicelular,
exceto por raras mutações no DNA, as células filhas são exatamente
iguais à célula mãe. Ao longo da evolução esta uniformidade se
mostrou ineficiente para a adaptação das espécies a novas
condições, e estas espécies fora lentamente sumindo. Hoje existem
poucas espécies com tais características (não em número de
indivíduos, logicamente, mas em quantidade de espécies). Ao
buscar um mundo uniforme, o ser humano segue um
comportamento anti-natural que bilhões de anos de seleção natural
nos mostraram ser ineficiente.
Propaganda
Basicamente existem hoje em dia dois tipos de propagandas,
as racionais e as não racionais. Uma propaganda racional é aquela
que apela para o raciocínio, descrevendo objetivamente as boas
propriedades de um produto a ser vendido ou as possibilidades reais
de um candidato político. Infelizmente este tipo de propaganda é
raro. O gênero mais difundido na atualidade são as propagandas não
racionais. Tais propagandas são ditadas por paixões, impulsos cegos
e medos irracionais. Geralmente vendem produtos apresentando
provas falsas, falsificadas ou incompletas. A argumentação lógica é
evitada. As características principais deste tipo de propaganda são:
O Soma Eletrônico
3.2 "1984"
Mas a ficção científica não prevê apenas futuros ruins para a humanidade.
Esta obra de Ursula Le Guin é um bom exemplo de previsão com
possibilidades mais otimistas. O sistema anárquico que a escritora prevê é
em grande parte influenciado pelas idéias de Proudhon. O sistema político
totalmente descentralizado parece mostrar que, assim como softwares e
sistemas operacionais, o governo de um povo também pode ser exercido
segundo a idéia de bazar.
A idéia de Leis sendo elaboradas neste estilo também não é tão absurda
quanto possa parecer à primeira vista. Muitos são os exemplos de leis
atuais que precisam ser reformuladas por pressão dos usuários da rede, a
maioria envolvendo o problema dos direitos autorais.
Sendo a rede de alcance mundial, não parece impossível que a longo prazo
o método se estendesse para todo o planeta, pela criação de uma legislação
mundial. Esta seria a realização de um grande sonho de Albert Einstein,
que não era brilhante apenas no campo da física.
"Que podemos nós fazer para incitar as nações a viverem em comum
pacificamente e tão bem quanto for possível? A eliminação do medo e da
defesa recíproca, eis o primeiro problema. A solene recusa de empregar a
força uns contra os outros (e não somente a renúncia à utilização dos
meios de destruição maciça), impõe-se absolutamente. Tal recusa somente
será eficaz se se referir à criação de uma autoridade internacional
judiciária e executiva, à qual se delegaria a resolução de qualquer
problema concernente à segurança das nações. A declaração por parte
das nações de participar lealmente da instalação de um governo mundial
restrito já diminuiria singularmente o risco da guerra." Obviamente
Einstein não estava pensando em nada parecido com a OTAN quando fez
estas afirmações...
4. Conclusões
5. Bibliografia
Obras principais
TÍTULO AUTOR ANO DA
1ªPUBLICAÇÃO
Admirável Mundo Novo Aldous Huxley 1932
Regresso ao Admirável Mundo Novo Aldous Huxley 1957
1984 George Orwell 1949
Os Despossuídos Ursula K. Le Guin 1975
Obras complementares
TÍTULO AUTOR ANO DA 1ª
PUBLICAÇÃO
As Portas da Percepção/Céu e Inferno Aldous Huxley 1954/1956
A Filosofia Perene Aldous Huxley 1946
Europe Of The Dictators (1919-1945) Elizabeth Wiskemann 1966
O Socialismo Utópico Jacqueline Russ 1977
Como Vejo o Mundo Albert Einstein (coletânea 1953
de cartas e ensaios
científicos)
Música e Psique (As formas musicais e R. J. Stewart 1987
os estados alterados da consciência)
6. Webgrafia