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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE TERCNOLOGIA – NT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ARTHUR GOUVEIA DA LUZ

RELATÓRIO DE PRÁTICA DE LABORATÓRIO 1

Porto Velho
19 de dezembro de 2021
ARTHUR GOUVEIA DA LUZ

RELATÓRIO DE PRÁTICA DE LABORATÓRIO 1

Relatório de laboratório prático da


disciplina Eletricidade Básica, parte do curso
de Engenharia Elétrica.

PROFESSORA: Mauren Pomalis C. da Silva

Porto Velho
19 de dezembro de 2021
1. INTRODUÇÃO
Esta atividade consiste em verificar a funcionalidade da lei de ohm e potência elétrica,
como também as leis de Kirchhoff utilizando o aplicativo do site PHET. Dito isto, a lei de ohm
prova que a tensão elétrica é inversamente proporcional á resistência e a corrente elétrica, onde elas
são diretamente proporcionais, já a potência, é o produto entre a corrente e a tensão.
As leis de Kirchhoff são a lei dos nós e a lei das malhas. A lei das malhas diz que “A tensão
aplicada a um circuito fechado é igual à soma das quedas de tensão nesse cicuito.”. A lei dos nós
diz “A soma das correntes que entram numa junção, ou nó, é igual a soma das correntes que saem
da junção.
Dessa forma vê se que: a tensão, também chamada de diferença de potencial (DDP) mede
a diferença de potencial elétrico entre dois pontos distintos, a corrente é o movimento das cargas
elétricas (elétrons) e a resistência se opõe à essa movimentação. Por outro lado, a potência é a
medida de energia que o circuito com os outros três componentes, já supracitados, vão fornecer.
Dessa forma, também se vê que, a diferença de potencial é medida através do voltímetro, a corrente
através do amperímetro, a resistência através de cores variadas nos resistores e a potência pode ser
calculada.
2. CÁLCULOS
Para preparação da prática de laboratório, e posterior confrontamento dos dados, foram
executados os seguintes cálculos:

𝑉 =𝐼∗𝑅
(1)
𝑉
𝐼=
𝑅
(2)
𝑉
𝑅=
𝐼
(3)

𝑉
𝑃=
𝑅
(4)

𝑃 =𝑅∗𝐼
(5)
𝑅 = 𝑅 |𝑅 | 𝑅
(6)
𝑖
𝑖 =
1 1 1
𝑅 + +
𝑅 𝑅 𝑅
(7)
3. EXPERIMENTO PRÁTICO
Neste laboratório prático foi utilizado a lei de ohm em circuitos.
Após o experimento, foram coletados os dados para os cálculos.

4. MATERIAIS UTILIZADOS
Para o Experimento 1, foram necessários:
 Baterias de 2,6V, -5,95V, 23,3V e 1000V(1kV)
 Resistores de 100Ω, 120Ω, 1kΩ e 4,7kΩ
 Multímetro
 Amperímetro
 Fio
Para o Experimento 2, foram necessários:
 Baterias de 12V
 Resistores de 2Ω, 4Ω e 8Ω
 Fio
 Voltímetro
 Amperímetro
Para o Experimento 3, foram utilizados:
 Baterias de 10V e 20V0
 Resistores de 5Ω, 15Ω, 25Ω e 40Ω
 Fio
 Voltímetro
 Amperímetro
5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
5.1. EXPERIMENTO 1 - SIMULAÇÕES E CÁLCULOS:
CIRCUITO A:
Figura 1: CIRCUITO A – SÉRIE

CÁLCULOS:
,
𝑅 =𝑅 +𝑅 𝑖 = ⇒𝑖 = = 0,539 mA

𝑅 = 120 + 4700
𝑅 = 4820 Ω

𝑉 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑉 = 120 ∗ 0,539 ∗ 10 = 0,064 𝑉

𝑉 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑉 = 4700 ∗ 0,539 ∗ 10 = 2,54 𝑉

𝑃 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑃 = 120 ∗ (0,539 ∗ 10 ) = 0,034 𝑚𝑊

𝑃 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑃 = 4700 ∗ (0,539 ∗ 10 ) = 1,365 𝑚𝑊


𝑉 2,6
𝑃 = ⇒𝑃 = = 1,402 𝑚𝑊
𝑅 4820

Nota: O valor da corrente obtido na simulação, não é o valor real da corrente.


O valor real é mostrado nos cálculos. Visto que a corrente obtida é muito
baixa, o simulador não consegue demonstrar o valor real da corrente, mas os
valores da ddp em cada resistor são verdadeiros, e foram obtidos através do
valor real da corrente.
CIRTUITO B:
Figura 2: CIRTUIRO B - SÉRIE

CÁLCULOS:
,
𝑅 =𝑅 +𝑅 𝑖 = ⇒𝑖 = = -0,005267 =-5,267 mA

𝑅 = 120 + 1000
𝑅 = 1120 Ω

𝑉 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑉 = 120 ∗ (−5,267 ∗ 10 ) = −0,632 = −0,63 𝑉

𝑉 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑉 = 1000 ∗ (−5,267 ∗ 10 ) = −5,267 = −5,27 𝑉

𝑃 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑃 = 120 ∗ (−5,267 ∗ 10 ) = 3,328 𝑚𝑊

𝑃 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑃 = 1000 ∗ (−5,267 ∗ 10 ) = 27,741 𝑚𝑊


𝑉 (−5,9)
𝑃 = ⇒𝑃 = = 31,08 𝑚𝑊
𝑅 1120
CIRCUITO C:

Figura 3: CIRCUITO C – SÉRIE

CÁLCULOS:
,
𝑅 =𝑅 +𝑅 𝑖 = ⇒𝑖 = = 20,803 mA
𝑅 = 120 + 1000
𝑅 = 1120 Ω

𝑉 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑉 = 120 ∗ (20,803 ∗ 10 ) = 2,496 = 2,5 𝑉

𝑉 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑉 = 1000 ∗ (20,803 ∗ 10 ) = 20,803 = 20,8𝑉

𝑃 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑃 = 120 ∗ (20,803 ∗ 10 ) = 0,051 𝑊

𝑃 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑃 = 1000 ∗ (20,803 ∗ 10 ) = 0,432 𝑊


𝑉 (23,3)
𝑃 = ⇒𝑃 = = 0,484 𝑊
𝑅 1120

CIRCUITO D:

Figura 4: CIRCUITO D – SÉRIE

CÁLCULOS:

𝑅 =𝑅 +𝑅 𝑖 = ⇒𝑖 = = 4,545 = 4,55 A
𝑅 = 120 + 100
𝑅 = 220 Ω

𝑉 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑉 = 120 ∗ 4,55 = 546 𝑉

𝑉 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑉 = 100 ∗ 4,55 = 455 𝑉

𝑃 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑃 = 120 ∗ (4,55) = 2484,3 𝑊

𝑃 =𝑅 +𝑖 ⇒𝑃 = 100 ∗ (4,55) = 2070,25 𝑊


𝑉 (1000)
𝑃 = ⇒𝑃 = = 4545,46 𝑊
𝑅 220

5.2. TABELA DOS VALORES OBTIDOS NOS CÁLCULOS


FONTE R1 R2 V (R1) V (R2) I total P(R1) P (R2) P (Fonte)
120 4,7k 0,064V 2,54V 0,539mA 0,034mW 1,365mW 1,402mW
2,6V
120 1k -0,63V -5,27V -5,267mA 3,328mW 27,741mW 31,08mW
-5,9V
120 1k 2,5V 20,8V 20,803mA 0,051W 0,432W 0,484W
23,3V
120 100 546V 455V 4,55A 2484,3W 2070,25W 4545,46W
1KV
Tabela 1: Valores obtidos nos cálculos

Observando os cálculos teóricos e o simulador, pode-se ver que existem várias diferenças
nos valores obtidos. Dessa forma, a explicação é a grande diferença entre a fonte e os resistores, no
simulador. Como o resultado é extremamente pequeno, o simulador faz várias aproximações, com
isso os valores ficam diferentes do resultado teórico.
Além disso, como a resistência é muito alta para a quantidade de voltagem no circuito, pelo
simulador os elétrons não se movimentam, ou seja, é como se a corrente não existisse no circuito.
5.3. GRÁFICO V x I DO PRIMEIRO CASO DA TABELA 1
Gráfico 1: Gráfico V x I

5.4. EXPERIMENTO 2 – SIMULAÇÕES E CÁLCULOS:

Figura 5: Circuito 1 – LKC

SIMULAÇÕES:
Figura 6: Tensão no Resistor de 8Ω

Figura 7: Tensão no Resistor de 4Ω

Figura 8: Tensão no Resistor de 2Ω


CÁLCULOS:
4
2∗4 ∗8 8
𝑅 = 𝑅 |𝑅 | 𝑅 ⇒ 𝑅 = ||𝑅 = 3 = Ω
2+4 4 7
3+8

𝑖 = ⇒𝑖 = = = 10,5 𝐴

𝑖 10,5
𝑖 = ⇒ 𝑖 = = 6𝐴
1 1 1 1 1 1
𝑅 𝑅 +𝑅 +𝑅 2 2+4+8

𝑖 10,5
𝑖 = ⇒ 𝑖 = = 3𝐴
1 1 1 1 1 1
𝑅 𝑅 +𝑅 +𝑅 4 2+4+8

𝑖 10,5
𝑖 = ⇒ 𝑖 = = 1,5𝐴
1 1 1 1 1 1
𝑅 𝑅 +𝑅 +𝑅 8 2+4+8

Por definição, sabemos que a queda de tensão nos resistores em um circuito com resistores
em paralelo é a mesma em todos eles, logo:

𝑉=𝑉 =𝑉 = 𝑉𝑅 ⇒ 12𝑉 = 12𝑉 = 12𝑉 = 12𝑉

Observando os resultados dos cálculos teóricos e do simulador, podemos observar que os


valores obtidos são compatíveis, dado que, os valores da tensão, das resistências e das correntes
são altos e o simulador não precisou fazer nenhuma aproximação.

5.5. EXPERIMENTO 3 – SIMULAÇÕES E CÁLCULOS:

5.5.1. SIMULAÇÕES E CÁLCULOS PARA MALHA 1:


Usando LKT combinada com a lei de Ohm para calcular a queda de tensão nos resistores
como também a corrente que percorre a malha 1, temos:
20 4
−𝑉 + 𝑅 ∗ 𝐼 + 𝑅 ∗ 𝐼 = 0 ⇒ −20 + 5 ∗ 𝐼 + 40 ∗ 𝐼 = 0 ⇒ 45𝐼 = 20 ⇒ 𝐼 = = 𝐴
45 9
Encontramos a corrente que percorre a malha 1, 𝐼 = 𝐴, que é aproximadamente uma

corrente de 0,44 A.
Com o valor da corrente obtido, podemos calcular a queda de tensão nos resistores da malha
1, logo:

4 20
𝑉 = 𝐼 ∗ 𝑅1 ⇒ 𝑉 = ∗5= = 2,22𝑉
9 9
4 160
𝑉 = 𝐼 ∗ 𝑅2 ⇒ 𝑉 = ∗ 40 = = 17,78𝑉
9 9
Com os valores das tensões obtidos, vamos ver se a LKT é obedecida:

−𝑉 + 𝑉𝑅1 + 𝑉𝑅2 = 0 ⇒ −20 + 2,22 + 17,78 = 0 ⇒ 0 = 0


Logo a Lei de Kirchhoff para tensão é obedecida na malha 1.
5.5.2. SIMULAÇÕES E CÁLCULOS PARA MALHA 2:

Usando LKT combinada com a lei de Ohm para calcular a queda de tensão nos resistores
como também a corrente que percorre a malha 2, temos:

−𝑉 + 𝑉 + 𝑅 ∗ 𝐼 + 𝑅 ∗ 𝐼 = 0 ⇒ −20 + 10 + 15 ∗ 𝐼 + 25 ∗ 𝐼 = 0
10 1
−20 + 10 + 15 ∗ 𝐼 + 25 ∗ 𝐼 = 0 ⇒ 40𝐼 = 10 ⇒ 𝐼 = = = 0,25𝐴
40 4
Encontramos a corrente que percorre a malha 1, 𝐼 = 0,25 𝐴
Com o valor da corrente obtido, podemos calcular a queda de tensão nos resistores da
malha 2, logo:

𝑉 = 𝐼 ∗ 𝑅1 ⇒ 𝑉 = 0,25 ∗ 15 = 3,75 𝑉

𝑉 = 𝐼 ∗ 𝑅2 ⇒ 𝑉 = 0,25 ∗ 25 = 6,25 𝑉
Com os valores das tensões obtidos, vamos ver se a LKT é obedecida:

−𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉𝑅1 + 𝑉𝑅2 = 0 ⇒ −20 + 10 + 3,75 + 6,25 = 0 ⇒ 0 = 0


Logo a Lei de Kirchhoff para tensão é obedecida na malha 2.
Já obtemos os valores das correntes que percorrem as malhas 1 e 2, agora precisamos
obter a corrente que percorre o nó da fonte de tensão de 20V.

Como as correntes 𝐼 𝑒 𝐼 se encontram no nó da fonte de tensão, temos que a corrente 𝐼


será a soma das duas correntes, logo:

𝐼 = 𝐼 + 𝐼 ⇒ 𝐼 = 0,44 + 0,25 = 0,69

Com o uso da Lei de Kirchhoff para Tensão combinada com a Lei de Ohm conseguimos
obter os valores das ddp em cada resistor como também as correntes que percorrem o circuito.
6. ERROS DE MEDIÇÃO
Foi observado que nem sempre os cálculos eram 100% fiéis ao do aplicativo, a explicação
foi a aproximação dos números usados pelo aplicativo e pelo aluno. Por outra parte, se o
experimento fosse feito em laboratório físico, iria ser observado que esse erro de medição seria
bem maior por causa das tolerâncias dos resistores e de outros contra tempos.
7. CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a lei de ohm e as leis de Kirchhof são de grande importância para
análise de circuitos em séries e circuitos em paralelo. Além disso, a lei é de ohm é a base da
eletricidade, e isso se torna nítido quando a combinamos com a as leis de Kirchhoff para análise de
circuitos.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NILSSON, JAMES W., RIEDEL, SUSAN A., “Circuitos Elétricos”, Pearson Education, Inc,
publicado como Prentice Hall,Copyright ©2001,2000,1996 by Prentice Hall, Inc. desenhar o
que se deseja verificar/simular.
GUSSOW, Milton. Eletricidade básica: Coleção Schaum. Bookman Editora, 2009.

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