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Sinais de Mim
Elzana Mattos
Textos › Teoria Literária R$43,40
Brasil e Portugal -
Elos Poéticos
O estilo de Fernando Pessoa Autores diversos
R$30,00
• Identidade perdida
Os Curadores do
• Consciência do absurdo da existência Senhor
ALGuimaraes
• Tensão sinceridade/fingimento, consciência/inconsciência, R$20,00
sonho/realidade
Antologia Escritores
• Oposição sentir/pensar, pensamento/vontade, esperança/desilusão Brasileiros... a Autores
de Países de Língua
• Antissentimentalismo: intelectualização da emoção
Maria Petronilho, denise
• Estados negativos: solidão, cepticismo, tédio, angústia, cansaço, severgnini
EUR10,00
desespero, frustração.
Jovens Escritores do
• Inquietação metafísica, dor de viver
Sertão (antologia)
• Autoanálise Nilson Rutizat, Zenilda
Ribeiro da Silva
R$20,00
O Mito da Cabana
- Características Estilísticas José Humberto C
Soares
R$25,00
• Musicalidade: aliterações, transportes, ritmo, rimas, tom nasal (que
Espaço Cultural
conotam o prolongamento da dor e do sofrimento) Coreto -Antologia
Autores diversos
• Verso geralmente curto (2 a 7 sílabas métricas) R$1,00
• Predomínio da quadra e da quintilha (utilização de elementos formais Como anunciar nesta vitrine?
tradicionais)
• Adjectivação expressiva
• Linguagem simples mas muito expressiva (cheia de significados
escondidos)
• Pontuação emotiva
• Comparações, metáforas originais, oxímoros (vários paradoxos – pôr lado
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10/12/2020 Análise Dos Poemas “Autopsicografia” E “Mar Português”
- Figuras de Estilo
AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
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O fingimento artístico
O poeta, desde que se propõe escrever sobre uma dor sentida, deve
procurar representar, materializando-a, essa dor, não nas linhas
espontâneas em que ela se lhe desenhou na sensibilidade, mas no
contorno imaginado que lhe dá, voltando-se para si mesmo e vendo-se a si
próprio como tendo tido certa dor (inteligibilização do sensível). Todavia, a
metamorfose a que submete a sua dor, fingindo-a, representando-a,
apenas altera o plano onde essa dor decorre. A dor real, ou seja, a dor dos
sentidos, primeiro, é a dor imaginária (dor em imagens), depois. O poeta
materializa as suas emoções em imagens susceptíveis de provocar no leitor
(e o poeta é o seu primeiro leitor) o regresso à emoção inicial.
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dor de que atrás falamos: a dor verdadeira que o poeta teve; a dor que ele
escreve e aquelas que os leitores leem e não têm.
Na terceira estrofe, realçamos as formas verbais “gira” e “entreter”, porque
sugerem a feição lúdica da poesia, cabendo à razão um papel determinante
na produção poética. Enquanto ao coração cabe girar em calhas e entreter,
fornecer emoções, à razão fica reservado o papel mais importante de toda
a elaboração que foi apresentada nas duas primeiras quadras.
MAR PORTUGUÊS
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Mar Portuguez
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conseguiam projetar casas sem janelas numa cidade que chega a ter
temperaturas próximas de quarenta graus no verão. Ou seja, a imaginação
tem algo que não é dedutivo (pelo duto, pelo caminho lógico; do geral para
o particular) nem indutivo (dentro do duto, do caminho; do particular para
o geral). Há algo que Peirce (1977, p. 32-35) chama de abdutivo (afastado
do duto previsível: a eureka de Arquimedes, o insight (grosseiramente
falando), o modelo do átomo vislumbrado pela cobra que morde a própria
cauda em Kekulé; a lendária ou não maçã newtoniana). Aliás, é a abdução
o caminho criativo, é o que aproxima cientistas e artistas a quererem
buscar o novo. É o parece ser que exige depois o ato, a comprovação do
cientista e a realização do poeta. Aliás o termo grego póiesis significa fazer.
Assim, a poesia congrega a determinação da realidade e a abertura do
imaginário. É um sonho, mas é um sonho que exige concretização. Não
adianta dizer que seu tio tem a alma de poeta se ele não materializou, com
palavras, suas formulações. O poeta precisa sentir a dificuldade do fazer.
Aliás, a palavra técnica, para os gregos, tanto significava produção quanto
arte.
CONCLUSÃO
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ACADÊMICO
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