Aula 7º

Tipos de Linguagens de Programação

Prezados(as) alunos(as),
Nesta aula, veremos as quatros principais linguagens de
programação, que são: a Ladder, a lista de instruções, o texto
estruturado e o diagrama de blocos de funções, bem como é
feita a programação dessas linguagens, sendo que será dada uma
breve apresentação de texto estruturado e blocos de funções,
enquanto será feito um detalhamento maior para a de Ladder e
a de lista de instruções. Boa aula!
Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:

• conhecer as formas de se programar um CLP;

• compreender as técnicas e formas de elaborar um programa.
 Automação Industrial 36
A IEC61131-3 não especifica a faixa de valores que as
Seções de estudo variáveis podem assumir.

1.1.3 Tipo de dado

1- Normas vigentes
2- Linguagens de programação Assim como em outras linguagens de programação,
devemos ter cuidado ao se declarar uma variável. Os tipos de
variáveis que temos em um CLP são:
1- Normas vigentes
Quadro 2 – Tipos de dados especificados pela
No ano de 1979, foi criada uma comissão, a International norma IEC 61131-3
Electro-technical Comission (IEC), para discutir um padrão
de linguagem para se programar os controladores lógicos.
Mas somente em 1992 que foi criada a norma que estabelecia
o padrão para programação dos CLP’s.

Esta norma era a IEC 61131, que foi dividida em 8 partes, que são:
• 61131-1 – Informações gerais;
• 61131-2 – Requisitos de equipamentos e testes;
• 61131-3 – Linguagens de programação;
• 61131-4 – Orientações para o usuário;
• 61131-5 – Comunicações;
• 61131-6 – Comunicação via Fieldbus;
• 61131-7 – Programação de controle Fuzzy;
• 61131-8 – Guia para implementação das linguagens. Fonte: Franchi e Camargo (2011).

1.1 Elementos comuns

1.1.4 Símbolo
Os elementos comuns são: os comentários, as unidades
organizacionais, as entradas, saídas e memória, acesso direto Um símbolo nada mais é do que o nome que o
às variáveis, tipo de dado, endereçamento simbólico e programador dá a um endereço. Imagine que você teve que
declaração de variáveis que estudaremos a seguir: programar uma solução e utilizou as 16 entradas digitais. Saber
o que está conectado em cada entrada somente pelo endereço
1.1.1 Unidades organizacionais de (%I0.0 até %I0.15, por exemplo) seria muito complexo,
programas então, cria-se um símbolo para cada endereço. Por exemplo:
%I0.0 – BOTAO_LIGA.
Um programa de CLP é dividido em três pequenas Símbolos obedecem a algumas regras para serem
unidades individuais, para organização do código, chamadas empregados. Vejamos:
de Unidades Organizacionais de Programas (POU – Program • pode-se utilizar letras maiúsculas ou minúsculas,
Organization Units): os programas, os blocos de funções e as símbolo underline (sublinhado “_”) e os números
funções. de 0 a 9;
• não podemos utilizar mais que dois caracteres
1.1.2 Entradas, saídas e memória sublinhados consecutivos;
Os CLP’s têm suas entradas e saídas conectadas a • não se pode deixar espaços em branco;
equipamentos do mundo externo e as variáveis que utilizamos • não se pode começar o símbolo com um número;
para receber/enviar alguma informação é dada através de um • não se pode utilizar acentos;
mapeamento. Apesar das letras do mapeamento de entradas • não é sensitivo na utilização de caixa alta, ou
e de saídas mudarem de acordo com a marca e idioma do seja, botao_liga, BOTAO_LIGA e bOtAo_Liga
CLP, no Brasil comumente encontramos elas de acordo com representam o mesmo objeto.
o quadro a seguir:
Quadro 1 – Identificações do CLP
2- Linguagens de programação
Primeira Letra Inglês Português
I Input Entrada A norma IEC61131-3 definiu que um CLP pode ser
programado por meio das seguintes linguagens:
Q ou O Output Saída
• diagrama de blocos e funções (FBD – Function
M Memory Memória Block Diagram);
Fonte: Editado pelo autor com base em Franchi e Camargo (2011).
• linguagem ladder (LD – Ladder Diagram);

• sequenciamento gráfico de funções (SFC – System
Function Chart);
• lista de instruções (IL – Instruction List);
• texto estruturado (ST – Structured Text).
A linguagem mais difundida na indústria é a linguagem
ladder, porém as outras também são aceitas. Mas qual
linguagem deve ser empregada? Isso, por exemplo, depende se
existe disponibilidade do equipamento ser programado com a
linguagem, o quanto o programador conhece da linguagem, a
solução a ser desenvolvida, a estrutura do sistema de controle,
entre outros fatores.
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2- Linguagens de programação
Nesta seção, foram expostas as diferentes linguagens
utilizadas para programar um CLP, bem como um exemplo
da implementação utilizando cada uma.
Na próxima e última aula, o conheceremos o funcionamento de uma
IHM, sua aplicabilidade e suas características. Até lá!
Vale a pena

Figura 36 – Mesma programação utilizando quatro

linguagens diferentes
Vale a pena ler
FRANCHI, C. M.; CAMARGO, V. L. A. Controladores
lógicos programáveis: sistemas discretos. 2. ed. São Paulo: Érica,
2011.
FRANCHI, C. M. Controle de processos industriais:
princípios e aplicações. 1. ed. São Paulo: Érica, 2011.
GROOVER, Mikell P. Automation, Production, Systems,
and Computer-Integrated Manufacturing. New Jersey: Prentice
Hall, 1987.
GUIMARÃES, Hugo C. F. Norma IEC 61131-3 para
programação de controladores programáveis: estudo e aplicação,
2005. Disponível em: http://www2.ele.ufes.br/~projgrad/
documentos/PG2005_1/hugocasatiferreiraguimaraes.pdf.
Acesso em: 01 jun. 2020.
Fonte: Franchi e Camargo (2011).

Devemos ter cuidado na hora de programar um CLP

com a estruturação do código, pois este facilitara uma eventual
manutenção ou expansão do código futuramente.
Vale a pena acessar

Disponível em: http://www.zpss.aei.polsl.pl/content/

Retomando a aula
Chegamos, assim, ao final de nossa aula. Espera-se
que agora tenha ficado mais claro o entendimento
de vocês sobre Linguagens de Programação. Vamos,
então, recordar?
dydaktyka/PC/PLC_IEC61131-3.pdf.
http://src.lenze.com/lenze-bibliothek/en/K1%20
-%20Software/K19%20-%20Global20Drive/K195%20
-%20Drive%20PLC%20Developer%20Studio/SW_
DDS_IEC611313_Introduction_v2-0_EN.pdf.
Minhas anotações

1- Normas Vigentes

Nesta aula, conhecemos a importância da norma IEC

61131-3 com relação à programação de CLP, pois engloba as
linguagens que serão ensinadas a partir de agora. Estudamos,
também, os elementos comuns utilizados nas programações,
que podem ser de extrema importância para a compreensão
de uma programação. Vimos as identificações de entradas,
saídas e memórias, além dos tipos de dados existentes, bem
como o acesso direto a variáveis