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Noções Básicas

de Estruturas
Sistemas Estruturais –
Concreto
Elementos Básicos
 Lajes
• Elementos de forma laminar (placas).
• Dispostos geralmente no plano
• horizontal.
• Cargas normais ao seu plano médio (na
maioria dos casos).
• Submetidos fundamentalmente a
esforços de flexão.
 Lajes
Elementos Básicos
 Vigas
• Elementos de barras, dispostos
geralmente no plano horizontal.
• Mais rígidas que as lajes
• Cargas normais ao seu eixo (na maioria
dos casos).
• Submetidas principalmente a esforços de
flexão e a esforços cortantes.
 Vigas
Elementos Básicos
 Pilares
• Elementos de barras, dispostos na vertical
(também chamados de colunas,
principalmente em estruturas metálicas).
• Cargas predominantemente no sentido
axial.
• Submetidos a esforços
predominantemente de compressão.
 Pilares
FUNCIONAMENTO BÁSICO DE
UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL
As cargas são aplicadas nas lajes, que as
transferem para as vigas (que sustentam as
lajes). Por sua vez as vigas também podem
receber outras cargas aplicadas diretamente
sobre elas, que se somam às cargas recebidas
das lajes. Das vigas, as cargas seguem para os
pilares, e descem até os elementos de
fundação.
Os elementos de fundação tratam de transferir
as cargas para o solo.
Cargas
 Cargas permanentes:
• Peso próprio da estrutura
• (cargas de longa duração) - Alvenarias (paredes)
• Revestimentos (de piso e de paredes)
• Pisos
• Enchimentos
• Impermeabilização
• Forros
• Caixilhos
• Aterros
• Outras cargas de longa duração
Cargas
 Cargas acidentais (ou variáveis):
• Sobrecarga a ser considerada para o
uso, ou seja, a carga prevista para a
utilização da edificação, em função de
sua ocupação.
Cargas
 Em uma estrutura convencional, as paredes
não tem função estrutural; assim, as cargas
“descem” desde o pavimento superior até
a fundação apenas através dos pilares, e
vêm se somando piso após piso.

 Cada pavimento possui um funcionamento


independente dos demais, a menos dos
pilares.
As partes da estrutura
 SUPERESTRUTURA – LAJES E VIGAS

 MESOESTRUTURA – PILARES

 INFRAESTRUTURA – FUNDAÇÕES (às vezes


os pilares são considerados como
elementos pertencentes à infraestrutura)
A laje transfere sua carga
para as vigas que estão no
seu contorno.
As vigas recebem as cargas provenientes da
laje (e outras que lhes são diretamente
aplicadas) e as transferem aos pilares.
A viga V2 se apoia nos pilares P3 e P4
(transfere carga).
A viga V4 se apoia nos pilares P4 e P2.
Da mesma forma, a viga V1 se apoia
nos pilares P1 e P2 e a
viga V3 se apoia nos pilares P3 e P1.

O pilar P4 recebe as cargas das


vigas V2 e V4
(suas reações de apoio).
Analogamente o pilar P1 recebe a
carga da V1 e
V3, o pilar P2 da V1 e V4 e o pilar P3
da V2 e V3.
O pilar transmite a carga ao
elemento de fundação, que,
por sua vez a transfere ao terreno
subjacente.

O tipo da estrutura de fundação depende


de vários fatores, como a capacidade
resistente do terreno, grandeza das cargas,
e metodologia construtiva.
ESQUEMA RETICULAR PARA
ESTUDO DA ESTRUTURA
 Para o estudo dos esforços na estrutura adota-se
um esquema reticular onde os eixos das vigas e
pilares são representados por barras e o plano
médio das lajes é representado por uma placa.

 São necessárias a identificação dos elementos e


a adoção de um sistema de coordenadas.
 Alterando-se a posição das “pernas” da mesa
(pilares) teremos uma estrutura com um
funcionamento um pouco diferente:

 O funcionamento da L1 é idêntico ao do exemplo


anterior (isto é, ela está apoiada nas 4 vigas – V1,
V2, V3, V4)
A viga V4 recebe
as cargas da V2
e da V1.
Ela está bi-
apoiada, com
A viga V2 se apoia dois balanços,
nas extremidades em cujas
dos balanços das extremidades se
vigas V3 e V4 apóiam V2 e V1.
 Note que na comparação entre as duas
configurações de mesa apresentadas, as cargas
são as mesmas, o funcionamento das lajes é o
mesmo, mas o funcionamento das vigas é
diferente.

 Na segunda configuração as vigas V1 e V2


continuam bi-apoiadas, porém não se apoiam
mais nos pilares, mas nas extremidades em
balanço das vigas V3 e V4. E estas vigas possuem
funcionamento bem diferente na segunda
configuração, com balanços nas extremidades.

 As cargas nos pilares é a mesma nas duas


configurações.
 A armadura é posicionada nas formas antes do
lançamento do concreto, portanto sem nenhuma
tensão inicial. Após a retirada do cimbramento, a
estrutura passa a estar submetida a esforços, que
deformam a mesma, provocando uma resposta
do aço, no sentido de resistir aos esforços de
tração. A partir desse instante, então, a armadura
começa a auxiliar o concreto a resistir aos
esforços.

 A armadura passiva também é denominada


armadura frouxa.
Existem 2 tipos básicos de protensão:

1- Protensão com aderência posterior


Esquema simplificado dos esforços aplicados pela
protensão em uma viga bi-apoiada
 Com cabo curvo
 Com cabo poligonal
 Esquemas de protensão e dos esforços aplicados
pela protensão em uma viga sobre três apoios
 A seguir uma foto dos primórdios do concreto
protendido, mostrando a armadura de um
viaduto antes da colocação das formas para a
concretagem da superestrutura. Pode-se notar o
traçado dos cabos de protensão, que
praticamente acompanha o diagrama de
fletores ao longo da viga
Foto, tirada na época dos primórdios do concreto protendido, mostrando as bainhas de
cabos de protensão ao longo de vigas de vigas de uma obra de arte (ponte ou viaduto).
 Fotos mais atuais, com a armadura de uma viga
pré-moldada de um viaduto antes de sua
concretagem.
 Como essa viga será bi-apoiada, pode-se notar
que o traçado dos cabos de protensão
acompanha o diagrama de fletores ao longo da
viga.
Foto da cabeça da mesma viga pré-moldada apresentada nas fotos
anteriores, após a concretagem no canteiro, antes de ser protendida.
Observar as placas de ancoragem, por onde serão enfiados os cabos. E os
furos para injeção (na placa do cabo superior fica mais fácil de visualizar)
Detalhes de Dispositivos de Protensão:
 Placa de ancoragem e bainha metálica –
Ancoragens ativas
 Placa de ancoragem e bainha metálica –
Ancoragem passiva
 Macaco de Protensão
 Sequência esquemática de protensão aderente
em uma viga apresentada no catálogo da
empresa Rudloff.

 Esse exemplo ilustra uma viga com protensão


ativa na extremidade esquerda e na extremidade
direita um dispositivo de ancoragem que dispensa
a protensão – denominada ancoragem passiva.
2. Protensão com aderência:

Esse tipo de protensão é muito utilizado em pistas de


protensão, para elementos pré-fabricados, com fios
aderentes.
Fotos da fabricação de placas em uma pista de
protensão, dentro de um galpão

Fase Inicial - Os cabos estão posicionados, assim como as formas, para a


execução de várias placas de concreto, dispostas em série, ao longo da pista.
Fase final – As placas já foram concretadas- ver os macacos de protensão
(amarelos), que previamente tracionaram os fios (antes da concretagem);
notar as juntas entre as placas
 Nas últimas décadas, o uso de protensão sem
aderência, com lajes protendidas moldadas no
local em edifícios comerciais tem sido muito
utilizado.

 Trata-se basicamente de uma protensão com


cordoalhas engraxadas, ou seja, cordoalhas
envoltas por graxa e por capas plásticas, que não
transmitem esforços ao concreto ao longo de seu
comprimento, mas apenas nas ancoragens dos
cabos.

Exemplo de protensão não aderente, com a utilização de cordoalhas engraxadas


Foto ilustrativa de uma laje com
protensão não aderente, os
cabos dentro de cordoalhas
engraxadas, em azul.
Ver detalhe do cabo envolto
pela cordoalha na parte inferior
direita da ilustração.
Comparação entre concreto
armado e protendido
No concreto protendido:
 Há um melhor aproveitamento dos materiais aço e
concreto, pois se trabalha próximo às suas tensões limites.
 Assim sendo, é possível a execução de obras vencendo
vãos bem maiores que os que se conseguiria utilizando
concreto armado.
 Pode-se executar estruturas mais esbeltas que em concreto
armado.
 Há uma proteção muito melhor da própria armadura devido
à inexistência de fissuração (pois o concreto não está
submetido a tração).
 Os custos são mais altos, os materiais são mais caros.
Comparação entre concreto
armado e protendido
No concreto protendido:
 Há necessidade de um controle e de uma fiscalização
muito maiores.
 É necessária a verificação da estrutura em diversos estágios
de execução. Por exemplo, deve-se verificar se, em uma
fase inicial da obra, quando a estrutura não está totalmente
carregada, os esforços de protensão aplicados não estão
provocando excessos de compressão no concreto.
Modo de Execução
Quanto à maneira de execução de peças estruturais em
concreto, armado ou protendido, podemos classificar em:

 Moldado no local (ou moldado “in-loco”): os elementos


são fundidos no local de sua utilização definitiva na
estrutura.
 Pré Moldado: os elementos são fundidos fora do local de
sua utilização na estrutura, por exemplo, no canteiro de
obras, e então levados e posicionados no local definitivo.
 Pré Fabricado: os elementos são fabricados em usinas (sob
um controle rigoroso de execução), sendo depois levados
para a obra e posicionados no local definitivo.
Observações:
1- As estruturas podem ser executadas com alguns elementos
pré-moldados / pré-fabricados e outros
elementos moldados no local.
2- Os elementos em concreto armado não possuem
nenhuma armadura ativa (protendida), ao passo que os
elementos em concreto protendido possuem também partes
de suas armaduras passivas, ou seja, os elementos em
concreto protendido podem ser considerados também
armados.
3- Em alguns casos, em função das necessidades, pode-se
efetuar uma protensão que não elimina totalmente os
esforços de tração. Nesse caso, classifica-se a protensão
como protensão parcial.

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