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Atividade Avaliativa

Discente: Guilherme Henrique da Silva

Docente: Atílio Catosso Salles

Letras – Licenciatura (Português/Inglês)

Resumo do texto “Diversidade Linguística e o processo ensino-aprendizagem”, de


Andreia Rezende Garcia-Reis; Gláucia Siqueira Marcondes;

O texto aborda uma questão muito ampla e que é essencial que haja uma
problematização a respeito do tema diversidade lingüística como forma de valorização
cultural no processo de ensino-aprendizagem.

As autoras trazem a concepção de que a escola, inicialmente, era pensada para a


classe alta, a elite social, era, portanto, instituição particular, que com a universalização
do ensino abriu as portas às classes populares. Entretanto, a escola não estava preparada
para atender essa demanda, o que gerou resultados insatisfatórios ao longo dos anos.

O que ocorre é que a escola, centrada na linguagem e cultura elitista, não dá conta
do choque cultural que existiu com a inclusão de outras classes, sendo assim, a
linguagem e cultura popular não foram valorizadas em sala de aula. Muitos estudos
lingüísticos reformularam o modo de pensar sobre a questão, apesar de haver até os dias
de hoje destaque da linguagem padrão sobre a linguagem popular e coloquial.

O objetivo proposto no texto é fazer o leitor ter uma reflexão sobre a relação
professor e escola, e pensar em maneiras de trabalhar a diversidade lingüística que há
dentro das salas de aula, possibilitando assim, a valorização e participação dos alunos
das camadas populares; para tal, as autoras evocam estudiosos sobre o tema, como
Magda Soares (1996), e Marcos Bagno.

O texto toca em uma frágil e delicada realidade que existe dentro do âmbito escolar,
a de que a escola inibe os alunos de expor suas ideias e argumentá-las, fazendo com que
o aluno perca o interesse, por conseguinte.
Há uma forte presença da linguagem como instrumento gramatical, considerando-a
como parte correta e superior da linguagem. Tais posturas ideológicas contribuem,
unicamente, para o aumento da discriminação e o fracasso dos alunos, pois através dos
preconceitos e da imposição gramatical é que ficam explícitas as diferenças entre grupos
sociais dentro da sala.

Em dado momento é exposta a ideia de que a escola é instituição democrática, e por


isso, deve promover a socialização, igualdade e deve contribuir para que haja
diversidade a fim de combater a discriminação. Ela deve compreender que a linguagem
tem variedades e que todas elas têm valor, pois não há linguagem mais ou menos bonita
ou pura, Bagno (1994); linguagem está para muito além de gramática.

Há vários fatores que contribuem para a variedade de formas do falar e escrever do


aluno, como por exemplo, a região, idade, sexo, entre outros. O que torna a língua muito
rica, e não devem ser percebidas como erradas ou inferiores. Por isso, a escola não
deveria, mas acaba por reforçar os preconceitos ao supervalorizar a gramática normativa
que, quase nunca, corresponde às necessidades reais e ao funcionamento real da Língua
Portuguesa.

Considerando tal posicionamento, há o entendimento de que a escola não deve


desvalorizar e escrita, mas a pauta existente é a de que haja também uma valorização da
oralidade em sala de aula, pois há diversas maneiras de avaliar, de lidar com a
linguagem para além do uso da linguagem escrita e normativa. Pensar a inclusão das
práticas orais é pensar também a inclusão dos indivíduos e redução da discriminação e
fracasso escolar, pois o aluno não precisará abrir mão de seu dialeto e personalidade em
prol do uso imagético da linguagem.

Cabe, então, ao professor e escola promoverem esse espaço democrático e se


colocar a favor das práticas que incluem e não desvalorizem a linguagem das camadas
populares, sempre considerando que é por meio da linguagem que os indivíduos se
identificam no seu meio social.

Logo adiante, as autoras reforçam a necessidade de estar sempre a par de novos


conhecimentos, pesquisa e formação, por exemplo, o professor deve ter sua formação
continuada por meio de aulas, palestras, pesquisas, etc. A linguagem é o meio pelo qual
ocorre a integração social, por isso a importância em considerar o tema e compreender
que a participação ativa dos alunos pertencentes ás camadas populares tornam a
aprendizagem mais real e significativa.

Ao fim, as autoras esclarecem que o ensino deve ser dinâmico, crítico e reflexivo; é
essencial, então, que o aluno seja capaz de interpretar o mundo e tenha autonomia, a fim
de que a taxa de fracasso seja cada vez menor, e para tal, é primeiramente importante a
participação ativa de todos.

Referencia:

GARCIA-REIS, A. R. ; MARCONDES, G. S. Diversidade lingüística e o processo


ensino-aprendizagem. Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery. V. 04, p.
04, 2008.

Comentário crítico:

Concordo em boa parte com o texto, percebo que a inclusão e uma aula dialogada
(com oralidade e exposição de ideias) é essencial para que haja uma aula significativa.
Pensando em contribuir ainda mais com uma aula decente e um ambiente escolar
diversificado, é interessante que os professores estejam sempre em formação continua,
além disso, acredito ser tão necessário quanto, que os pais participem de maneira
conjunta e ativa, cooperando para que a diversidade em sala de aula aconteça
plenamente, mostrando que todos os indivíduos são partes essenciais no todo escolar.

Acredito que a inclusão da oralidade é completamente necessária para que haja tal
diversidade, incentivar o aluno a expor ideias e melhorar seu pensamento crítico e
leitura do mundo, entretanto, não é possível descartar a escrita e a parte formal do
ensino de línguas, é interessante mostrar para o aluno a riqueza que há por detrás da
linguagem, a parte cultural, a parte social e seu uso (podemos pensar aqui a valorização
dos dialetos de cada falante), a parte da língua como sistema, entre outros.

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