Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O texto aborda uma questão muito ampla e que é essencial que haja uma
problematização a respeito do tema diversidade lingüística como forma de valorização
cultural no processo de ensino-aprendizagem.
O que ocorre é que a escola, centrada na linguagem e cultura elitista, não dá conta
do choque cultural que existiu com a inclusão de outras classes, sendo assim, a
linguagem e cultura popular não foram valorizadas em sala de aula. Muitos estudos
lingüísticos reformularam o modo de pensar sobre a questão, apesar de haver até os dias
de hoje destaque da linguagem padrão sobre a linguagem popular e coloquial.
O objetivo proposto no texto é fazer o leitor ter uma reflexão sobre a relação
professor e escola, e pensar em maneiras de trabalhar a diversidade lingüística que há
dentro das salas de aula, possibilitando assim, a valorização e participação dos alunos
das camadas populares; para tal, as autoras evocam estudiosos sobre o tema, como
Magda Soares (1996), e Marcos Bagno.
O texto toca em uma frágil e delicada realidade que existe dentro do âmbito escolar,
a de que a escola inibe os alunos de expor suas ideias e argumentá-las, fazendo com que
o aluno perca o interesse, por conseguinte.
Há uma forte presença da linguagem como instrumento gramatical, considerando-a
como parte correta e superior da linguagem. Tais posturas ideológicas contribuem,
unicamente, para o aumento da discriminação e o fracasso dos alunos, pois através dos
preconceitos e da imposição gramatical é que ficam explícitas as diferenças entre grupos
sociais dentro da sala.
Ao fim, as autoras esclarecem que o ensino deve ser dinâmico, crítico e reflexivo; é
essencial, então, que o aluno seja capaz de interpretar o mundo e tenha autonomia, a fim
de que a taxa de fracasso seja cada vez menor, e para tal, é primeiramente importante a
participação ativa de todos.
Referencia:
Comentário crítico:
Concordo em boa parte com o texto, percebo que a inclusão e uma aula dialogada
(com oralidade e exposição de ideias) é essencial para que haja uma aula significativa.
Pensando em contribuir ainda mais com uma aula decente e um ambiente escolar
diversificado, é interessante que os professores estejam sempre em formação continua,
além disso, acredito ser tão necessário quanto, que os pais participem de maneira
conjunta e ativa, cooperando para que a diversidade em sala de aula aconteça
plenamente, mostrando que todos os indivíduos são partes essenciais no todo escolar.
Acredito que a inclusão da oralidade é completamente necessária para que haja tal
diversidade, incentivar o aluno a expor ideias e melhorar seu pensamento crítico e
leitura do mundo, entretanto, não é possível descartar a escrita e a parte formal do
ensino de línguas, é interessante mostrar para o aluno a riqueza que há por detrás da
linguagem, a parte cultural, a parte social e seu uso (podemos pensar aqui a valorização
dos dialetos de cada falante), a parte da língua como sistema, entre outros.