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Fichamento Economia Política - História do Pensamento econômico Capítulos 2 e 3

Sarah Romeu

Capítulo 2 – A teologia e a análise econômica

o Os senhorios feudais tiveram origem depois da desconstrução do império, uma


vez que não existia mais um poder controlador que servia como base para as
relações sociais, políticas e econômicas. Isso gerou consequências negativas para
a divisão social, uma vez que se tornou intensamente hierarquizada, aumentando
cada vez mais a desigualdade;
o A Igreja então se tornou o meio de organização política social, era quem mantinha
o poder de controle da sociedade e quem comandava na estrutura econômica;
o O pensamento religioso cristão imposto fez com que as pessoas moldassem o seu
convívio social nos princípios criados pela Igreja, seu objetivo era fornecer uma
organização que consolidasse a moral, ética e a análise econômica.

2.1 - Santo Agostinho

o A hierarquia criada era vista como meio essencial para se atingir a felicidade,
segundo Santo Agostinho, este usava do lado espiritual para justificar o meio em
que a sociedade se organizava, fazendo com que as pessoas se tornassem
“submissas” a este tipo de organização baseado no pensamento religioso;
o Tinha uma visão econômica de que o lucro e o comércio eram algo ruins, que não
deveriam ser o foco total dos seres humanos, mas sim que estas atividades fossem
um meio de relação social justa que se enquadre na moral e na ética. Porém, com
o advento das atividades comerciais e desenvolvimento urbano, se tornou
necessário desenvolver o pensamento econômico de modo que se tonasse mais
relevante para o homem.

2.2 - Santo Tomás de Aquino

o O pensamento de Santo Tomás de Aquino entendia que o interesse econômico


privado tinha de ser subordinado ao coletivo, as atividades econômicas eram
vistas como algo antinatural mas necessário, continuando se baseando na justiça,
no qual o Estado poderia interver se acontecessem situações que não seguissem
esse pensamento;
o Direito da propriedade não limitado e humanização das regras de furto, nas quais
podiam ser justificadas dependendo da situação;
o Concepção de riqueza e luxo como algo negativo;
o Divergiu do pensamento de Aristóteles sobre a trica justa, pois agora para
constituir o preço justo de uma coisa também se considerava o lucro do
comerciante, a “troca desigual” justa. O que ocasiona na mudança da concepção
de justiça, que até agora era considerado justo equivalente por equivalente;
o Tudo isso influenciou para que o ser humano começasse a dar uma maior
importância ao lucro, o que causou numa mudança drástica nas atividades
econômicas, que agora tinham mais chances de serem desiguais e injustas.

2.3 - A ética protestante: Martinho Lutero e João Calvino

o Lutero entra em contradição a Igreja por entender o trabalho como algo positivo,
como algo que tenha que ser valorizado economicamente, trazendo então um
pensamento que possibilita para o advento do lucro, da riqueza e da ostentação,
porém valorizava a vida simples e todos os trabalhadores tinham essa
possibilidade de deter desses aspectos.
o João Calvino tinha um pensamento parecido, no qual se divergia pelo fato de
considerar que Deus tinham uma parcela de pessoas predestinadas por meio de
uma vocação, elas tinham o objetivo de participarem economicamente sem dar
importância ao lucro, a riqueza e a ostentação. Porém, isso gerava uma
materialização da ordem divina, algo que este era contra assim como Lutero;
o A atividade prestamista não podia se tonar uma profissão, uma vez que não seria
mais uma forma de justa de se obter riqueza, pois estaria sempre cobrando juros
e visando o lucro;
o O pensamento protestante serviu para poder desenvolver melhor o pensamento
econômico, uma vez que ia contra a alguns princípios morais, éticos e da Igreja,
que trouxe para o comércio um foco e desenvolvimento maior.

Capítulo 3 – O Estado moderno, a análise econômica e o mercantilismo


3.1 Formação do Estado moderno e o intervencionismo

o As crises do século XVI tiveram como consequência o enfraquecimento da


nobreza feudal, a desurbanização e o retrocesso das atividades comerciais. Com
isso, a estrutura econômica precisava de um outro tipo de poder que pudesse
administrar as atividades econômicas e que conseguisse suprir as consequências
das crises, foi então criado o Estado Moderno;
o A monarquia gerou mudanças na organização social e econômica, pois com o
advento da força militar, para que se conseguisse pessoas que fizessem parte do
exército, era necessário mudar o foco econômico para investir nesse setor, com
isso a procura de metais, a burocracia e os sistemas centralizados de arrecadação,
imposto, eram as principais características deste tipo de organização política.

3.2 O mercantilismo: principais formuladores, aspectos gerais da doutrina e da ação, suas


modalidades

o Vida econômica constituída pela produção, comercialização, distribuição e


consumo;
o Com o Estado moderno a influência da moralidade cristã no meio econômico
começou a ficar enfraquecida, o que gerou a criação do pensamento de que para
um Estado ser reconhecido, este teria te ter maior acúmulo de riquezas, ou seja,
de metais preciosos;
o Esse pensamento tinha como consequência a potencialização das hostilidades e
dos conflitos entre diferentes Estados;
o O valor, preço das coisas eram estabelecidos a partir da quantidade de metais ou
disponibilidade desses recursos em um determinado Estado, divergindo do
pensamento da moral cristã do peço justo e visando o crescimento econômico do
Estado como prioridade;
o A mudança de preços surge da abundância de ouro e prata, à prática do monopólio,
à escassez do mercado interno e ao consumo de luxo da aristocracia feudal;
o Como a abundância de ouro e prata gera essa mudança? O preço cai por não ser
um produto mais exclusivo ou ele aumenta o preço das mercadorias? O preço
acaba subindo, pois aumenta a quantidade da moeda, isso pela elevada capacidade
de consumo;
o O estado visando receber as vantagens do comércio, que agora estavam sendo
mais voltados para o lado privado, constituiu regras e regulamentações que
garantisse isso;
o As taxas de câmbio deveriam ser justas e atingirem a paridade monetária, pois
assim quando se comercializava internacionalmente ambos os Estados se
beneficiavam;
o Segundo Antonie para que um Estado seja rico é necessário analisar a capacidade
de produção de produtos necessário à vida;
o Com isso, o Estado começou a se preocupar com a população para que
desenvolvessem uma capacidade de trabalho maior, quanto mais produtos
produzidos mais vendas acontecem e mais a economia gira;
o Para os mercantilistas a manufatura trazia mais lucro que agricultura, por ter uma
venda mais ampla e por não depender de fatores climáticos, o que causou no
desenvolvimento urbano e industrial como foco nos Estados;
o Quando se entende que o metalismo não é algo positivo ou algo que funciona para
o desenvolvimento econômico do Estado, se entende que o lucro está relacionado
com as condições do mercado e não da produção;
o Preocupação dos mercantilistas com o controle das condições do comércio;
o Última fase do mercantilismo mudou o foco para o desenvolvimento so setor
manufatureiro.

3.3 Mercantilismo e Colonização

o O pensamento mercantilista também servia como influência para a organização


política, social e econômica tanto dos Estados quanto de suas respectivas colônias;
o O sistema colonial tinha como primeira prioridade o lucro máximo tirado do
aproveitamento de recursos da colônia, fazendo com que essas regiões não
tivessem um certo desenvolvimento econômico interno.

3.4 Os impasses da doutrina

o A doutrina mercantilista baseada no metalismo gerava consequências negativas a


economia do Estado, pois o mercado interno era prejudicado, fazendo com que o
Estado fosse dependente do mercado externo, o que gerava crises dentro da
própria organização política, não aumentando a força do estado, mas sim a
prejudicando.

3.5 A produção como origem da riqueza

o Com o encerramento do pensamento metalista, se tornou necessário resinificar a


maneira como os preços e valores eram estabelecidos.

3.6 As ideias de Wiliam Petty

o O imposto é algo necessário para que o Estado consiga sobreviver e fornecer


recursos a população, porém ele precisa ser neutro e justo;
o Distinção entre preço político e preço natural;
o Preço natural é aquilo que se gasta para a produção do produto e o político é o
preço que se forma a partir da demanda;
o Criação da taxa básica de juros.

3.7 A avaliação crítica do mercantilismo

o Para que o mercantilismo pudesse se estabelecer em um Estado era necessário que


este houvesse algum tipo de centralização;
o Ideias mercantilistas como força para aumentarem o poder dos Estados;
o “Smith atribuía ao “sistema mercantil” uma visão de progresso orientada mais
pela via da ruína dos concorrentes do que pelo aperfeiçoamento da produção
nacional e considerava a sua preservação um sacrifício ao consumidor nacional.”

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