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Universidade Federal de Goiás

Instituto de Química

Físico-Química Experimental II

Atividade de Solventes em Soluções Não Ideais


Alunos: Bárbara Pinheiro Silva
Isaac Santana Silva

Goiânia
2019
2

Resultados e Discussões

Foi feito o experimento das isotermas de congelamento para a determinação experimental da temperatura
de congelamento (ϴf) da sacarose (b) aquosa em diferentes concentrações.

Para a amostra em 0,2 mol/kg tem-se o Gráfico 1 a seguir:

2.5

1.5

0.5
Temperatura /°C

-0.5

-1.5

-2.5

-3.5

-4.5
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo /s

Gráfico 1. Temperatura de fusão em °C em função do tempo para solução de sacarose em 0,2 mol/kg.

Para a amostra em 0,4 mol/kg tem-se o Gráfico 2 a seguir:

0
Temperatura /°C

-1

-2

-3

-4

-5
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Tempo /s

Gráfico 2. Temperatura de fusão em °C em função do tempo para solução de sacarose em 0,4 mol/kg.
3

Para a amostra em 0,3 mol/kg tem-se o Gráfico 3 a seguir:

2.4

1.6

1.2
Temperatura /°C

0.8

0.4

2.22044604925031E-16

-0.4

-0.8

-1.2
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Tempo /s

Gráfico 3. Temperatura de fusão em °C em função do tempo para solução de sacarose em 0,6 mol/kg.

Para a amostra em 0,8 mol/kg tem-se o Gráfico 4 a seguir:

2.2

1.8

1.4

0.6
Temperatura /°C

0.2

-0.2

-0.6

-1

-1.4

-1.8

-2.2
0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800
Tempo /°C

Gráfico 4. Temperatura de fusão em °C em função do tempo para solução de sacarose em 0,8 mol/kg.
4

Para a amostra em 1,0 mol/kg tem-se o Gráfico 5 a seguir:

2.2
2
1.8
1.6
1.4
1.2
1
0.8
0.6
Temperatura /°C

0.4
0.2
0
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-1.2
-1.4
-1.6
-1.8
-2
-2.2
0 150 300 450 600 750 900 1050 1200 1350 1500 1650

Tempo /s

Gráfico 5. Temperatura de fusão em °C em função do tempo para solução de sacarose em 1,0 mol/kg.

Para a amostra em 1,4 mol/kg tem-se o Gráfico 6 a seguir:

2.5

1.5
Temperatura /°C

0.5

-0.5

-1.5

-2.5

-3.5
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Tempo /s

Gráfico 6. Temperatura de fusão em °C em função do tempo para solução de sacarose em 1,4 mol/kg.
5

As funções utilizadas são as seguintes:


0

( )
− Δ Hf 1 1
ln χ = − (eq. 1)
R T T0
Com χ sendo a fração molar do solvente (água), R a constante dos gases ideais (8,314462 J mol -1 K-1)
∆H0f a variação padrão de entalpia de fusão da água (6000 J/mol), T a temperatura de fusão da mistura em Kelvin,
e T0 a temperatura de fusão do solvente (273,15 K).
Rearranjando a equação 1 para obtenção da temperatura de fusão teórica (Tf), ficamos com a equação (2):

( )
−1
R ln χ 1
T= 0
+ 0 (eq. 2)
− Δ Hf T
É feita a análise dos gráficos acima, e dos patamares, foi obtida temperaturas de congelamento sendo 0, 0,
-1, -2, -2 e -3°C para as soluções em concentração crescente, que foram então convertidos para Kelvin para que
enfim pudéssemos comparar os valores obtidos no experimento em função dos valores esperados pela teoria.
Para a determinação da atividade (a) é feita uma adaptação, da equação (1) e usadas as Temperatura de
Fusão experimentais (ϴf) conforme a equação (3):
−Δ H 0f 1 1
ln a=
R ( lna
− 0 → e =a
θf T ) (eq. 3)

Depois de determinar ‘a’, fez-se o desvio de idealidade (δid), equação (4):

δ id =RT ln ( aχ ) (eq. 4)

Para a determinação do coeficiente de atividade (γ), equação (5):


a
γ= (eq. 5)
χ

Os resultados de todos essas medidas e cálculos são apresentados na Tabela 1.


Tabela 1. Determinação do coeficiente de atividade (γ), desvio de idealidade (δ id) e atividade de solventes (a), pela função Ln(a), todas
adimensionais, Temperatura de Fusão (T f) calculadas em Kelvin e °C e Temperatura de Fusão (ϴ f) determinada pelas isotermas de
congelamento, da fração molar da água em termos da solução aquosa de sacarose (b).

b/ mol kg-1 χ Θf /ºC Tf /ºC Θf /K Tf /K Ln a a δid γ


0,2 0,996 0 -0,37 273,15 272,78 0,0000 1,0000 8,191 1,004
0,4 0,993 0 -0,75 273,15 272,40 0,0000 1,0000 16,411 1,007
0,6 0,989 -1 -1,11 272,15 272,04 -0,0097 0,9903 2,385 1,001
0,8 0,986 -2 -1,47 271,15 271,68 -0,0195 0,9807 -11,775 0,995
1 0,982 -2 -1,83 271,15 271,32 -0,0195 0,9807 -3,698 0,998
1,4 0,975 -3 -2,55 270,15 270,60 -0,0293 0,9711 -10,062 0,996

As determinações das temperaturas de fusão foram feitas em termômetro com graduação de 2°C,
e, portanto, é acrescido de erros de leitura e imprecisão sobre Θf, os afastando dos valores teóricos.
6

Plotando o Gráfico 7 do coeficiente de atividade em função da fração molar, excluindo os pontos


com desvio da idealidade, em módulo, maior ou igual a |11|, os pontos de concentração 0,4 e 0,8 mol/kg.

1.100
Coeficiente de Atividade (γ)

1.050

1.000

0.950

0.900
0.970 0.975 0.980 0.985 0.990 0.995 1.000
Fração Molar do solvente (χ)

Gráfico 7. Coeficiente de atividade (γ) do solvente em função de sua fração molar.

É observado comportamento próximo à de uma solução ideal quando γ→1, lodo podemos concluir que a
γ
solução está suficientemente diluída e conforme tendência de .
χ

Espera-se que em soluções mais concentradas, o efeito da atividade do solvente se eleve


caracterizando um sistema Não-ideal.

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